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Chapter 2 - o desperta do poder

Capítulo 306: O Despertar do Poder

Adelmo estava diante do Trono de Deus, sua mente fervilhando de pensamentos e incertezas. O que ele tinha diante de si não era apenas um símbolo de poder, mas um desafio monumental. Cada passo que ele dava em direção à cadeira parecia pesar toneladas, como se o próprio peso do universo estivesse sobre seus ombros.

Ele havia descoberto que as ruínas que encontrara ao longo de sua jornada não eram apenas vestígios de um mundo antigo, mas peças de um quebra-cabeça divino que revelava a verdade sobre sua presença naquele lugar. A chave para o trono estava vinculada a algo muito maior do que ele imaginara: uma batalha cósmica que envolvia deuses, criaturas imortais e forças que transcendiam a compreensão humana.

E, de algum modo, Adelmo, com sua inteligência única, fora escolhido para desempenhar um papel crucial nessa guerra.

"Você não pode se sentar no trono, Adelmo," disse Asha, interrompendo seus pensamentos. Ela apareceu atrás dele, sua presença serena contrastando com a tensão do momento. "Isso não é sobre governar. Isso é sobre destruir."

Adelmo se virou para ela, surpreso. "Destruir o quê?"

"Este mundo, este ciclo interminável de destruição e recriação. O trono é uma ilusão, uma armadilha feita para aqueles que têm sede de poder. Ele foi forjado para manter o equilíbrio entre os deuses e suas criaturas, para garantir que nenhum ser ascenda ao poder absoluto." Asha olhou profundamente nos olhos de Adelmo, como se estivesse tentando penetrar sua alma. "O trono é a prisão dos deuses."

Adelmo permaneceu em silêncio. Ele sentia que a verdade que ela revelava fazia sentido. Mas por outro lado, ele também sabia que suas ações até ali haviam sido guiadas por um impulso de poder, uma necessidade de entender e controlar tudo ao seu redor. Poderia ele, então, abrir mão disso?

"Você não é o único que foi teletransportado para cá", Asha continuou. "Outros como você, com habilidades únicas, foram trazidos para este mundo por um propósito que nem eles mesmos compreendem. Alguns querem destruir o sistema dos deuses, outros querem controlá-lo. E todos nós, no fundo, estamos apenas tentando sobreviver."

Aquelas palavras ressoaram em sua mente. Ele não estava lutando apenas por sua própria sobrevivência, mas por algo muito maior. Ele percebeu que a verdadeira batalha não era contra os outros caídos ou contra as criaturas que assolavam o mundo, mas contra a própria essência daquele lugar.

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Capítulo 307: A Revelação

Enquanto o debate sobre o poder do trono continuava, Adelmo sentiu uma onda de energia emanando das profundezas da estrutura que o rodeava. A luz do cristal em seu peito, o medalhão que havia encontrado nas ruínas, brilhou intensamente, como se tivesse sido ativado por uma força maior.

"Esse... esse cristal", disse Adelmo, encarando Asha. "Ele me trouxe até aqui, não foi?"

"Sim. Ele é a chave para o verdadeiro propósito deste mundo. Não é apenas uma ferramenta de poder, é um elo entre a Terra e os outros mundos. Ele é o que mantém o equilíbrio entre todas as realidades."

Adelmo tocou o cristal com a ponta dos dedos e, no momento em que o fez, uma onda de memórias e visões tomou conta dele. Ele viu o passado, o presente e o futuro do mundo. Viu os deuses que haviam criado o ciclo de destruição, viu os caídos que haviam sido enviados para destruir e reconstruir a realidade, e viu, por fim, o verdadeiro poder por trás do trono.

O trono de Deus não era apenas uma cadeira. Era uma prisão, uma prisão que aprisionava as almas dos deuses, mantendo-os sob controle para que jamais pudessem desafiar o equilíbrio universal. O poder supremo não estava em conquistar o trono, mas em libertá-lo.

"Você entendeu, não é?" Asha perguntou, sua voz cheia de melancolia. "O trono não é a solução, é o problema."

Adelmo respirou fundo, compreendendo finalmente o dilema que ele enfrentava. A verdadeira batalha não era entre ele e os outros caídos, mas entre ele e o próprio sistema de controle dos deuses. Para conquistar o trono, ele teria que destruir a ordem que o mantinha, e isso significava que ele precisaria sacrificar qualquer chance de dominar aquele mundo.

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Capítulo 308: O Sacrifício

Adelmo se virou para a estrutura diante dele. O trono brilhava como uma miragem, atraente, mas também carregado de uma ameaça mortal. Ele sentiu que sua missão estava chegando ao fim, mas a decisão que ele precisava tomar ainda pairava sobre ele como uma espada afiada.

"Se eu destruir o trono", ele murmurou para si mesmo, "tudo o que eu conheci e todos os que vieram comigo para este mundo serão perdidos."

"Não", Asha respondeu, "eles não serão perdidos. Eles estarão livres. Todos que vieram para cá foram escolhidos para desafiar o ciclo. O que você destruirá não são as pessoas, mas o próprio sistema que as aprisiona."

Adelmo olhou para o cristal em seu peito. A força que ele sentia dentro de si era inimaginável, mas ele sabia que o preço por essa liberdade seria alto. Ele teria que destruir tudo o que conhecia e abrir mão de qualquer ideia de governar ou controlar o destino do mundo.

Com um último olhar para o trono, Adelmo fez sua escolha.

Ele não se sentou no trono. Em vez disso, ele erguia o cristal acima de sua cabeça e, com um grito de determinação, usou o poder do medalhão para romper as correntes que mantinham o equilíbrio entre os deuses e os mundos.

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Capítulo 309: O Novo Ciclo

A explosão de energia foi devastadora. O mundo tremeu e as ruínas ao redor de Adelmo desabaram. O céu se rasgou, como se estivesse liberando uma pressão imensa que havia sido acumulada por eons.

Mas, à medida que a destruição tomava conta do mundo, algo novo começou a nascer. As criaturas, que antes eram hostis e selvagens, começaram a se acalmar. As ruínas desapareceram, dando lugar a novas terras, vastas e imaculadas, prontas para serem exploradas. O ciclo de destruição e reconstrução finalmente chegou ao fim.

Adelmo caiu de joelhos, exausto, mas aliviado. Ele sabia que sua missão estava concluída. O trono de Deus não precisava mais existir, e com ele, a era dos deuses havia chegado ao fim. Agora, a verdadeira liberdade poderia começar.

Asha se aproximou dele, sorrindo levemente.

"Você fez a escolha certa", ela disse. "Agora, o mundo terá a chance de começar de novo. Mas o que você fará agora, Adelmo? O que você deseja para o futuro?"

Adelmo olhou para o horizonte, vendo as terras inexploradas à sua frente.

"Agora", ele disse com um sorriso decidido, "é hora de reconstruir... de criar algo novo. Algo livre."

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Fim.