Esme olhou para suas mãos que não estavam apenas presas, mas entrelaçadas pelas mãos maiores do demônio. A sensação familiar de repulsa havia desaparecido há muito tempo, substituída por uma mistura de antecipação e trepidação.
Ela estava plenamente consciente de que não tinha mais um parceiro, ou talvez ela estivesse simplesmente quebrada, o que explicaria por que ela podia detectar seus feromônios.
A realização de que ele possuía um lobo a chocou, já que ele nunca havia se transformado ou mostrado sinais de reconhecer sua presença.
Lá no fundo, Esme sabia que não desprezava completamente a sensação de estar presa assim. Apesar do passado sombrio do demônio e das vidas inocentes perdidas em suas mãos, ela não odiava completamente a maneira como ele a fazia se sentir. Naquele momento, a conexão elétrica entre eles ofuscava suas reservas morais, deixando-a dividida e conflitante.