Os olhos de Layla se arregalaram de choque no momento em que Lucius fez aquilo. Como ele poderia fazer tal coisa diante de seu pai e da cunhada? Ele não temia ninguém?
Ah, bem, Lucius não tinha medo. Ele que assustava os outros.
Roderick quase perdeu o equilíbrio, gritando com o tio para que parasse aquilo.
"Seu filho não é disciplinado há muito tempo, Fiona. Como uma mãe ideal, você deve ensiná-lo algumas maneiras. Ele não pode responder comigo", Lucius disse com um sorrisinho.
"Pai, diga para Lucius parar. É assim que ele deve tratar o herdeiro desta família?" Fiona pediu ao seu sogro.
"Lucius, você deve parar. Você não pode agir como uma criança diante da sua esposa", Alekis finalmente interveio, mas Lucius não soltou o pescoço de Roderick. Seu olhar estava fixo em Layla como se quisesse sua confirmação silenciosa.
Quando seus olhares se encontraram, ele obteve a resposta e soltou o pescoço de Roderick. Fiona correu para o filho, batendo em suas costas enquanto gritava com Lucius para que tratasse seu filho daquela maneira.
"Pai, você deveria ao menos repreendê-lo. Ele sempre nos trata assim", Fiona reclamou.
"Vamos criar um drama diante da nossa nora? O que ela vai pensar de todos nós!?" Alekis elevou sua voz e olhou severamente para Lucius. Mas, como de costume, Lucius não se perturbou com isso.
Layla, por outro lado, continuou olhando para Lucius com incredulidade. Ele fez o que ela não pôde. Uma onda de felicidade correu pelo seu coração. Ele fez o que ela não conseguiu fazer depois de saber como Roderick a traiu com Orabela.
"Fiona, aquilo foi o amor que demonstrei pelo meu querido sobrinho. Você não precisa levar para o coração", disse Lucius com uma expressão solene. "Todos estão cientes da minha raiva também. Eu apenas mato aqueles que me irritam", ele murmurou.
"Eu volto mais tarde", disse Roderick e saiu, seguido pela mãe.
Lucius se acomodou de volta em seu assento e pediu desculpas ao pai pela confusão.
"Você não pode tratar o filho do seu irmão mais velho assim. Mantenha em mente o quanto ele é precioso para mim", Alekis o advertiu.
"Eu estava disciplinando ele. Ele é conhecido por partir corações", disse Lucius, acomodando-se na cadeira de sofá.
Alekis sorriu levemente. "Acredito que você quebrou mais corações do que qualquer um. Ainda estou surpreso que Layla conseguiu capturar a atenção do meu filho. Parecia impossível fazê-lo concordar com o casamento", ele comentou, voltando seu olhar para Layla.
'Até eu não sei como', Layla refletiu interiormente.
"Eu a admiro há algum tempo", Lucius confessou inesperadamente. "Eu só precisava de tempo antes de estar pronto para casar com ela", ele acrescentou firmemente.
A testa de Layla se franziu em confusão. Ele gostava dela? Mas por quê? Ela mal o conhecia até ontem, quando se viu obrigada a se casar com esse homem perigoso.
"Sam, traga-me o arquivo", Alekis ordenou. "Estou te confiando esta empresa e quero que você trabalhe com ética. Pare de ameaçar as pessoas. Entendeu?" Ele olhou severamente para Lucius.
"Claro, pai", Lucius respondeu.
"Sempre que você sorri assim é um sinal claro de que está mentindo para mim", disse Alekis.
"É pelo que nossa família é famosa, pai. Estou apenas levando o legado adiante", Lucius disse.
Layla ainda estava confusa, se perguntando o que exatamente estava acontecendo entre eles.
Naquele momento, Sam retornou com um arquivo e uma caneta nas mãos. Alakis pegou dele e assinou os papéis antes de entregá-los a Lucius. Ele agradeceu ao pai e disse que definitivamente levaria a empresa a novos patamares.
"Claro que sim. Não duvido das suas habilidades. Mas você não se tornará o presidente, pois esse direito pertence ao meu neto", Alekis esclareceu para ele.
A mandíbula de Lucius se apertou, mas ele permaneceu indiferente quanto a isso. "Mas eu amo tomar as coisas, pai, quando eu sou o merecedor", ele proclamou com um sorriso. "É aqui que nos despedimos. Foi realmente uma ótima conversa com você", Lucius disse, levantando-se de seu assento.
"Gostaria de conversar com minha nora. Então, você pode esperar por ela lá fora", Alekis disse a seu filho. Ele não discutiu e se afastou, dando-lhes privacidade.
Layla, agora, sentiu-se nervosa e entrelaçou os dedos com força.
"Eu queria uma mulher que trouxesse alguns benefícios para o meu filho. No entanto, parece que ele está apaixonado por você. Então, eu quero que você seja uma esposa devotada a ele", Alekis afirmou.
"Entendo, Senhor", Layla respondeu.
"Você pode me chamar de Pai", Alekis disse e então deixou o salão de estar. Layla também se levantou e virou-se para sair. Enquanto caminhava pelo corredor para a saída, Roderick apareceu diante dela do nada e a arrastou para um quarto.
"Ahh!" As costas de Layla doeram quando Roderick a empurrou com força contra a parede.
"Você me traiu e seduziu meu tio?" Roderick agarrou seus braços firmemente, seus olhos ardendo de raiva.
"Eu não sou como você, Roderick. Agora, me solte. Eu não sou alguém que você pode tocar", Layla disse. "Eu sou a esposa do seu tio!" Ela afirmou enquanto o encarava.
"Oh, sério? Você era minha para começar, Layla", Roderick respondeu. Ela não conseguiu conter sua raiva e o esbofeteou com força após empurrá-lo para longe.
"Eu nunca fui sua e nunca serei. Você me traiu com Orabela. Você pensa que sou uma tola?" Layla o confrontou.
"Como ousa me dar um tapa?" Roderick esticou a mão para estrangulá-la quando Lucius segurou seu pulso firmemente.
"T-tio!" Roderick gaguejou quando Lucius torceu seu braço, fazendo-o gemer de dor.
"Ah, me solte!" Roderick implorou.
"Acho que vou cortar sua mão, Rick. Você tem me irritado há muito tempo", Lucius pronunciou enquanto pressionava Roderick contra a parede.
"Vovô não vai perdoar você. Vou reclamar para ele!" Roderick o ameaçou.
"Vá e conte para quem quiser!" Com isso Lucius quebrou seu pulso, deixando Roderick se contorcer de dor.
Layla ficou atônita com a maneira como Lucius não hesitou em machucar Roderick antes de ser arrastada para fora do quarto.