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Chapter 6 - Sua imagem é francamente pior

Enquanto isso, em uma sala privada de um dos restaurantes luxuosos da cidade Imperial...

Achoo! Achoo!

"Parece que alguém está te amaldiçoando, Justin," disse o homem de cabelos platinados sentado à sua frente na mesa de jantar. "Definitivamente uma mulher."

Rowan Lawson, amigo íntimo de Justin e filho da influente família Lawson, era conhecido por sua sagacidade e charme. Os Lawsons estavam entre as quatro famílias mais poderosas da cidade Imperial. Rowan e Justin haviam estudado no exterior juntos, mas, ao contrário de Justin, Rowan havia retornado para gerenciar o negócio da família.

Justin havia vindo à cidade Imperial numa missão da sua avó — encontrar uma mulher.

Ignorando o comentário de Rowan, Justin concentrou-se no arquivo em suas mãos. Com suas feições marcantes e boa aparência, Justin exalava um indiscutível ar de nobreza e elegância. Ele fechou o arquivo e entregou-o ao seu atento assistente, Noah, que estava ao seu lado.

"Me dê todas as informações possíveis sobre ela o mais rápido possível," Justin ordenou.

Noah aceitou o arquivo. "Sim, Sr. Harper."

"Ela?" Rowan exclamou, com sua curiosidade aguçada. "Quem é 'ela'?"

Justin virou-se para ele, seu olhar intenso. "Você vive nesta cidade, então deve saber sobre a filha da família Ford, Natalie Ford. Diga-me o que você sabe sobre ela."

"O que te deu para se interessar por uma mulher como ela?" A expressão de Rowan claramente mostrava seu desdém por Natalie.

Justin levantou uma sobrancelha. "O que você quer dizer com uma mulher como ela?"

"Você não lê as notícias? Veja você mesmo," Rowan falou impaciente, como se o assunto fosse indigno dele. "Se você tem algum interesse nela, esqueça! Ela é uma encrenqueira!"

"Eu vi as notícias. Mas você a conheceu pessoalmente para dizer isso sobre ela?" Natalie pertencia a uma família bem conhecida na cidade e, como qualquer filha de uma família rica, era objeto de fofocas.

"Não conheço, e francamente não quero conhecer," Rowan fez uma cara de nojo. "A imagem dela entre a elite não é apenas ruim; é terrivelmente horrível. Esse Ivan Brown — eu não sei o que ele viu nela para querer se casar com ela, mas no final, ela o fez de bobo," Rowan deu uma risadinha de escárnio. "Já é casada e ainda tentando se casar com outro homem. Eu me pergunto do que ela é feita para ser tão terrível. Eu tenho pena da família dela por ter uma filha assim. Não é de se admirar que a mandaram embora por anos, mas tristemente ela não mudou."

Justin ficou em silêncio. Até agora, ele não havia ouvido uma única coisa boa sobre ela e se perguntava se sua avó ficaria desapontada. Mas ele ainda queria conhecer Natalie pessoalmente antes de tomar quaisquer decisões.

"Faz tanto tempo que não nos vemos e estamos falando sobre essa praga," Rowan disse, tentando mudar de assunto. "Vamos falar sobre você. Estou animado que você vai cuidar dos negócios a partir desta cidade em vez de Bayford. Podemos colocar o papo em dia sobre o que perdemos. Eu vou informar Seth e Nathan também."

Justin respondeu com um murmúrio, sua mente ainda no assunto em questão. Se aquela garota era tão ruim quanto os rumores diziam, então, pelo bem da sua avó, ele precisava transformá-la em uma pessoa obediente e refinada. Ele tinha muitas maneiras de tornar até mesmo um diabo em seu cachorro submisso, quem dirá uma garota teimosa e mimada.

"Você vai assumir como CEO global do império Harper agora, e será difícil para você não aparecer publicamente em nosso próprio país. Quando você planeja se revelar?" Rowan perguntou.

"Ainda não. Uma vez que eu resolva algumas questões importantes, eu o farei."

"Certo."

—-

Uma vez que Natalie estava completamente calma e de volta a si mesma, Mia perguntou, "O que você vai fazer sobre o seu trabalho? Ainda vai continuar trabalhando para os Browns?"

"Vou pedir demissão depois de terminar o projeto atual. Não é certo deixar tudo para o último momento."

"Isso significa que você ainda quer trabalhar com aquele babaca do Ivan, que não mostrou nem um pingo de confiança em você apesar de te conhecer há tantos anos e afirmar que te ama?"

"Mia, qualquer homem ficaria bravo ao ver a mulher que ama já casada. Ele deve ter se sentido traído. Quem no mundo vai acreditar que estou casada sem nem mesmo saber disso?"

"Você ainda confia nesse idiota, não é?" Mia praguejou baixinho. "Eu te digo, ele não vai esperar para se livrar de você, esquecendo tudo o que você fez por ele e pela empresa ao longo dos anos."

"Ele não vai fazer isso. Ele sabe separar relacionamentos pessoais e profissionais. Ele sabe que a empresa precisa de mim."

Naquele momento, o telefone de Natalie tocou. Era uma ligação do escritório dela.

Mia olhou para a tela do celular. "Eles sabem o que aconteceu ontem e não podem esperar para te chamar de volta ao trabalho — ou devo dizer, para zombar e insultar você."

"É o meu local de trabalho, e eu tenho que comparecer de qualquer maneira." Natalie atendeu a ligação e ouviu uma voz. "Senhorita Ford, pediram para você comparecer no escritório."

"Estarei aí daqui a pouco," ela disse antes de desligar.

"Natalie, acho que você deveria pedir demissão."

"Eu vou decidir quando chegar lá," Natalie respondeu, arrumando rapidamente o vestido, ajeitando o cabelo e o rosto, e em seguida saindo.

Um carro branco e comum parou no estacionamento das Indústrias Brown. Natalie saiu, apenas para ver um conhecido carro de luxo vermelho passar e estacionar por perto. Determinada a evitar problemas, ela se dirigiu ao elevador e esperou que ele chegasse.

"Nat," uma voz doce chamou. Uma mulher estava ao lado dela, esperando pelo elevador.

"Você não é próxima o suficiente para me chamar pelo apelido," Natalie respondeu friamente, observando sua irmã, que não se mexeria até ser reconhecida.

Briena sempre se manteve como uma dama perfeita. Ela era bonita, usava vestidos caros de estilistas e agia de maneira doce na frente de todos, ganhando o título de uma das jovens mais desejadas entre a elite. Hoje, ela usava um sobretudo bege, seus cachos castanhos caindo sobre os ombros, destacando suas delicadas feições. Seus olhos brilhantes e pele lisa, cada franzir de testa e sorriso exalando elegância. Em contraste, Natalie sempre usava roupas de aparência profissional, adequadas para o trabalho, o que havia se tornado um hábito até mesmo na sua vida cotidiana.

Natalie era indubitavelmente bonita, mas ela consistentemente vestia as mesmas roupas e mantinha o mesmo penteado. Era um daqueles casos em que até a mais bela mulher pode parecer sem graça se não se esforçar para se arrumar e focar exclusivamente no trabalho.

"Apesar de como você é, você é minha irmã, Natalie," Briena falou docemente. "Eu sempre vou me preocupar com você. Não dormi a noite toda preocupada com você. Esta manhã, quando você chegou em casa…"

"Poupe-me das suas encenações," Natalie interrompeu. "Você deveria considerar ser atriz."

O elevador chegou, e Natalie entrou, seguida por Briena. Natalie apertou o botão para o décimo sétimo andar e se afastou.

Um leve sorriso maldoso apareceu nos lábios de Briena. "Você vai apertar o trigésimo andar para mim?"

"Vejo que suas mãos ainda estão presas ao seu corpo," Natalie respondeu indiferente, sabendo o que Briena estava tentando fazer. O trigésimo andar era o espaço privado de Ivan, onde ninguém era permitido sem sua permissão.

"Deixa para lá," Briena apertou o botão sozinha. "Eu sei que você deve se sentir magoada ao ver que Ivan me permite no seu lugar privado."

Natalie não respondeu, concentrando-se na subida do elevador. As palavras de Briena eram para provocar, mas Natalie havia aprendido há muito tempo a não dar a ela a satisfação de uma reação.

Sua indiferença sempre incomodara Briena, e desta vez ela não estava disposta a desistir, especialmente porque finalmente tinha algo que realmente poderia machucar Natalie.

"Aliás, quantas vezes você esteve lá? O que vocês faziam lá? Estou perguntando para saber o que pode ser feito lá…"

A porta do elevador se abriu no décimo sétimo andar, onde ficava o departamento de pesquisa e desenvolvimento. Natalie saiu e virou-se para olhar para Briena, seu olhar frio, seus lábios curvados em um sorriso zombeteiro. "Você deveria perguntar essas questões para o seu noivo. Talvez você goste de ouvir dele o que exatamente fizemos lá."