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Chapter 31 - Não Deixou Hematoma

Quem era esse homem e para onde foi o duque? Evan olhou com um olhar atônito para a indiferença dele e não percebeu que já havia descido as escadas e caminhado em direção ao jardim, mas sua atenção foi tomada pelos sussurros.

Ela reconhecia aquela voz, o dono dela. Seu corpo inteiro estremeceu e sua primeira intenção foi se esconder depois do que aconteceu na última vez, mas já era tarde demais. O homem estava em frente a ela, olhando-a com raiva tornando aqueles olhos mel escuros.

— Evangeline! — A única palavra foi suficiente para fazê-la se endireitar. Quando percebeu que ainda estava nos braços de Damien, ela lutou para se libertar, mas o homem espalmou as mãos em suas costas, acalmando-a.

— Senhor Estrela da Meia-Noite, eu não sabia que tinha entrado na minha propriedade sem convite. — o homem não desviou seu olhar frio de Evangeline. Ele a encarava como se quisesse matá-la com seu olhar. Mas, estranhamente, Evan se sentiu melhor ao ouvir Damien.

O homem não tinha se dirigido a ela. Mas sua voz a acalmou e tranquilizou sua mente confusa e os nervos frios.

— Sua graça, peço desculpas pela minha intrusão, mas neste momento você está segurando minha esposa em seus braços. — sua voz era mortalmente fria e ameaçadora, — irei embora assim que você devolver minha esposa para mim. — devolver? Damien ergueu uma sobrancelha.

— Se eu não soubesse, teria pensado que você está falando de um objeto, Lorde Greystone. — o homem estremeceu ao ser assim tratado. Ele foi tratado como um barão e não como um marquês.

— Sua graça! — Os olhos de Harold se estreitaram, — Estive procurando por minha esposa por dois dias sem descanso. Perguntei a todas as pessoas da vila e foi com grande dificuldade que acreditei que seu ajudante a levou. Ian era o nome dele. Sua graça, não sei qual foi o motivo, mas entendo que deve ter sido uma emergência. Não há como sua graça ter sequestrado minha esposa. Mas a forma como você a está segurando está me deixando desconfortável. — havia uma ameaça velada em suas palavras e ele sabia que Damien não era tolo para não percebê-la.

Mas Damien deu um sorriso extravagante e arrogante para Harold em resposta. — E daí? —

E daí! Ele simplesmente perguntou "e daí"? Até mesmo Evangeline piscou diante de sua ação. Embora Harold fosse um marquês e Damien um duque, tratava-se de sequestrar um nobre. Damien não sairia ileso deste caso se se aprofundasse nele.

— Sua graça. — Harold caminhou mais perto, — Gostaria de levar minha esposa para casa. Ela está pálida. — Evan agarrou Damien mais forte quando Harold tocou suas mãos. A pequena ação não passou despercebida por ambos os homens.

— Evangeline, precisamos ir. — Harold avisou com uma voz fria, mas Even não olhou para ele. Ela não lhe deu um olhar sequer, ele não merecia isso e ela não precisava ter medo. Damien cuidaria disso por ela.

— Ir para onde? Para onde minha meia-irmã e sua amante contrataram homens para me violentar? — ela cuspiu friamente quando Harold se rigidificou. Sua mandíbula se contraiu e ela notou choque neles. Ele não sabia? Mas ele a havia avisado.

— Se ela fez isso, eu vou dar uma lição nela, Evangeline. Venha comigo. Precisamos voltar para sua casa. — ele insistiu quando seus lábios se fecharam em uma linha fina. — Ou você quer incomodar um duque com seu capricho.

Se ela não saísse... Ele sofreria rumores estranhos ou, pior, Harold poderia ir ao tribunal real por justiça. Ela respirou fundo e tentou se mover, trazendo um olhar de satisfação no rosto de Harold, mas Damien não a deixou ir.

Seu aperto nela se intensificou. Ele a segurava firmemente enquanto garantia que não a machucasse. Seu toque era estranhamente reconfortante. Ela se lembrava quando Harold a segurava com força no passado. Sempre havia deixado um hematoma em suas mãos e ombros. Mas ele tinha lhe dito que era porque sua pele era sensível. Seria assim se alguém a tocasse com força.

— Não foi o caso. — ela sussurrou, quando Harold franziu a testa. Sua paciência estava por um fio. Se fosse qualquer outra pessoa, ele teria dado um soco direto no nariz e quebrado. Mas era Damien, o homem conhecido pelos ossos de ferro. Era o único no império com quem Harold não podia lutar.

— Evangeline. Você sequer percebe que é uma mulher casada pendurada no palácio vazio de um nobre solteiro e eu, seu marido, encontro você nos braços desse nobre solteiro. Se as coisas vazassem... — ele respirou fundo e olhou para o céu, — Deus do céu! Venha comigo, Evangeline. Este caso clandestino vai arruinar você e o nome de sua família.

— Você estava errado, Harold, me segurar com força não deixava hematomas no meu corpo. — ela olhou nos olhos dele e sussurrou suavemente, deixando-o rígido. Damien se contraiu com a escolha de palavras dela.

— Gerald, jogue esse homem para fora. Não vou entreter nenhum convidado não convidado no meu palácio. — Sua voz estava fria e extremamente perigosa. Os olhos de Harold se arregalaram com isso e ele olhou para Damien como se o homem frio tivesse perdido a razão.

— Sua graça, você não pode me jogar para fora enquanto mantém minha esposa. Isso é sequestro. — ele soltou um suspiro de choque quando Damien deu de ombros e começou a caminhar em direção ao jardim.

— Espere, sua graça... Sua graça. — ele correu mas dois cavaleiros bloquearam seu caminho e olharam para ele friamente. Ambos eram um metro mais altos e vários centímetros mais largos do que ele. Ele os encarou, tentando intimidá-los com sua posição mas eles olharam para Harold como se ele fosse uma praga.

— Saia ou nós o jogaremos para fora, meu senhor. E confie em nós, isso vai deixar mais do que alguns ferimentos no seu corpo frágil.