A escuridão se espalhou pela clareira, e oito doppelgangers emergiram das sombras. Cada um deles era uma cópia sinistra dos competidores presentes, refletindo suas características e habilidades. O ar ficou pesado com a presença dessas criaturas sombrias, e o medo se espalhou entre os participantes.
Lucas, rápido e ágil, reagiu instintivamente. Ele desviou do primeiro ataque do doppelganger que o perseguia, movendo-se com destreza. No entanto, o clone sombrio era tão veloz quanto ele, uma cópia perfeita de sua agilidade. Quando o segundo golpe veio, Lucas não conseguiu escapar a tempo.
A lâmina do doppelganger cortou o ar, encontrando o ombro de Lucas. A dor aguda se espalhou, e ele cambaleou, lutando para manter o equilíbrio. O sangue manchou sua roupa, e ele olhou para o seu adversário com determinação. Não podia se dar ao luxo de hesitar.
Os outros competidores também enfrentavam seus próprios doppelgangers. Alguns lutavam com bravura, enquanto outros eram superados pelas cópias das trevas. A clareira estava mergulhada em caos, com golpes, gritos e magia sendo lançada em todas as direções.
Lucas sabia que precisava encontrar uma estratégia. Seus olhos se estreitaram enquanto ele avaliava o doppelganger à sua frente. Eles compartilhavam os mesmos movimentos, os mesmos reflexos. Era como lutar contra um espelho distorcido de si mesmo.
Com a dor latejando em seu ombro, Lucas se concentrou. Ele não podia permitir que o medo o dominasse. Seu treinamento, sua determinação e a confiança de seu avô o impulsionaram. Ele se preparou para o próximo ataque, buscando uma abertura no padrão do doppelganger.
A batalha pelas esferas de cristal estava longe de terminar. Os competidores enfrentavam não apenas seus adversários reais, mas também suas próprias sombras. E no coração da escuridão, a verdadeira prova de coragem e habilidade estava prestes a se desenrolar.
A clareira, agora mergulhada na escuridão, tornou-se um campo de batalha frenético. Os doppelgangers dos competidores atacavam com ferocidade, usando as habilidades e características dos corpos que haviam copiado.
Lucas, com o ombro ferido, enfrentava seu clone das trevas. Eles se moviam em um duelo mortal, espadas colidindo e faíscas voando. Lucas usava sua velocidade e agilidade para desviar dos ataques, mas o doppelganger era implacável. A dor em seu ombro o impedia de lutar no auge de suas habilidades.
Greg, que havia perdido a esfera de cristal em algum lugar da clareira, agora enfrentava seu próprio doppelganger. O clone usava a magia de lama que Greg possuía. Pequenas ondas de lama se formavam e atingiam todos na clareira. Greg tentava se esquivar, mas a lama o prendia, dificultando seus movimentos.
Três competidores haviam sido derrotados e pegos pelas folhas do labirinto. Eles foram sugados pelas paredes de folhas e levados para outra passagem, onde os curandeiros aguardavam. O diretor havia mencionado essa possibilidade, e agora era uma realidade para alguns.
A clareira estava repleta de tensão, magia e determinação. Cada competidor lutava por sua vida e pela chance de se tornar um cavaleiro da Academia de Cavaleiros Perlasca.
A clareira estava mergulhada em caos, e os doppelgangers das sombras continuavam a assombrar os cinco competidores restantes. A escuridão pairava, e o ar gélido parecia se intensificar. Agora, porém, um novo desafio se apresentava: três dos doppelgangers começaram a manipular as paredes de folhas e espinhos do labirinto, direcionando-as implacavelmente em direção aos competidores.
Dois dos competidores foram pegos pelas folhas traiçoeiras, arrastados para longe da clareira. A luta se tornava mais intensa e frenética a cada momento. Lucas, Greg e o outro competidor que se chamava Bruno estavam agora frente a frente com a verdadeira prova de coragem e trabalho em equipe.
Lucas propôs uma aliança. Ele olhou para Bruno, o competidor que havia concordado em se unir, e depois para Greg, que recusou com desdém.
— Juntos, temos uma chance melhor. — disse Lucas, com sua voz firme. — Se lutarmos como um time, podemos superar esses obstáculos.
Bruno assentiu, determinação em seus olhos. Ele sabia que a união era a chave para a sobrevivência. Mas Greg, o egoísta, permaneceu inflexível.
— Não vou me juntar à ralé. — declarou, olhando com desprezo para os outros dois.
Enquanto eles discutiam, o marcador no céu do labirinto mudou. Uma das esferas de cristal havia sido pega por um competidor que não estava ali com eles. Agora, apenas duas esferas restavam, e ambas estavam na mesma clareira onde Lucas, Greg e Bruno estavam.
O tempo estava se esgotando. Os competidores enfrentavam não apenas os doppelgangers, mas também suas próprias escolhas. A batalha pela sobrevivência e pela chance de se tornar um cavaleiro estava longe de terminar.
Ao perceber que não tinha escolhas, Greg com raiva aceito o plano de Lucas. A clareira estava imersa em uma batalha desesperada. Lucas, Greg e Bruno uniram forças, enfrentando os doppelgangers com determinação.
Bruno, com seu escudo habilidoso, defendia Lucas e Greg dos ataques dos clones. Ele se posicionava estrategicamente, bloqueando golpes duplos dos doppelgangers. Seu escudo de madeira vibrava com o impacto, mas ele permanecia firme, protegendo seus companheiros.
Lucas aproveitava sua velocidade para atacar os clones. Sua espada de madeira perfurava os doppelgangers que representavam os outros competidores. Ele se movia como uma sombra, focando em eliminar seus adversários com precisão.
Greg, com raiva nos olhos, conjurava magia de lama. Sua espada em uma mão e a lama na outra, ele atacava implacavelmente. Os clones eram atingidos pelas ondas de lama, mas o doppelganger de Greg tinha uma surpresa guardada. Ele usou uma magia sombria. A lama no chão se ergueu, transformando-se em espinhos grandes e pontudos. Um dos espinhos atingiu Bruno, que se defendeu com o escudo mas arremessando-o para longe na escuridão do labirinto. A dor e o choque se espalharam pela clareira.
Agora, apenas Lucas e Greg permaneciam no local. Eles trocaram olhares determinados. A batalha não havia terminado. Os clones ainda os cercavam, e as esferas de cristal estavam ao alcance. Lucas e Greg sabiam que precisavam continuar lutando, superando a dor e o cansaço.
A clareira estava manchada de sangue, lama e magia. Os competidores enfrentavam seus próprios reflexos sombrios, e a prova de coragem estava longe de ser concluída.
A situação era crítica, mas eles sabiam que precisavam encontrar uma maneira de superar o doppelganger de Greg. Com Bruno fora de combate, a responsabilidade recaía sobre eles.
Lucas, com sua velocidade e agilidade, analisou o clone sombrio de Greg. Ele percebeu que a magia de lama era a chave para derrotá-lo.
— Greg! — disse Lucas. — você precisa usar sua própria magia contra ele. A lama é nossa vantagem.
Greg assentiu, sua expressão séria. Ele empunhou sua espada e concentrou-se.
— Vou criar uma armadilha de lama. — disse ele. — Quando o doppelganger atacar, vou prendê-lo.
Lucas concordou. Eles se posicionaram, esperando o momento certo. O doppelganger de Greg avançou, sua lâmina cortando o ar. Greg conjurou a lama, moldando-a em espinhos afiados no chão. Quando o clone se aproximou, Greg ativou a armadilha.
Os espinhos de lama prenderam os pés do doppelganger. Ele lutou, mas estava preso. Lucas aproveitou a oportunidade, atacando com sua espada. O clone das trevas desapareceu em uma nuvem de sombras, dissipando-se.
Os doppelgangers restantes continuavam a assombrar os competidores. O clone de Lucas avançava, com sua figura distorcida e sinistra. Os outros clones manipulavam as paredes do labirinto, empurrando-as em direção a Lucas.
Lucas olhou para Greg, e ambos sabiam que precisavam agir rápido. O plano era arriscado, mas não havia outra escolha. Lucas sussurrou para Greg.
— Precisamos usar o próprio labirinto contra eles.
Greg assentiu, sua expressão determinada. Eles se separaram, cada um enfrentando um doppelganger. Lucas concentrou-se no clone de si mesmo, que se aproximava com uma espada de sombras. O labirinto parecia se contorcer, as paredes de folhas e espinhos se movendo como serpentes.
Lucas saltou para o lado, evitando um golpe do doppelganger. Ele correu em direção a uma das paredes de folhas, sua mente trabalhando rapidamente. Ele sabia que o labirinto está se movendo e mudando de rotas com frequência. Se pudesse acerta o momento que iria abrir um passagem no labirinto, talvez pudesse entrar e depois sair atrás do seu clone golpeando-o.
Com um grito de concentração, Lucas entrou em uma passagem que abriu na parede de folhas, e então saiu da clareia, ele correu um pouco e então pulou na parede de folhas do labirinto. As folhas se agitaram, e o labirinto pareceu tremer. O clone de Lucas hesitou, confuso.
Greg, por sua vez, percebeu que teria que enfrentar os dois doppelgangers restantes que eram de competidores que já foram eliminados. Ele usava sua magia de lama, criando obstáculos para os clones. Greg conjurou espinhos de lama, prendendo os doppelgangers. Mas os clones eram astutos, desviando e retalhando com suas espadas.
Lucas continuou a perturbar o labirinto. As paredes de folhas se desfizeram, e ele aparece atrás do seu clone dando-lhe um golpe fatal. O clone de Lucas gritou e sua forma se desvanecendo.
Greg aproveitou a oportunidade. Ele lançou uma onda de lama nos doppelgangers que restavam, prendendo-os completamente. Os clones gritaram, com um deles desaparecendo em sombras. Agora, apenas um clone permanecia.
O ar estava carregado de tensão enquanto Lucas e Greg enfrentavam o último doppelganger. O clone, uma cópia sombria de uma arqueira derrotada no começo da batalha, disparava flechas com precisão mortal. As flechas explodiam ao atingir o solo, criando pequenas crateras na clareira.
Lucas, mesmo ferido, se posicionou ao lado de Greg. Sua espada de madeira estava manchada de sangue negro, mas sua determinação permanecia inabalável. Greg conjurou uma barreira de lama, protegendo-os dos ataques do doppelganger. As flechas ricocheteavam, mas o clone não desistia.
— Precisamos encontrar uma brecha. — Disse Greg com sua voz firme.
Lucas assentiu. Ele estudou o clone. A arqueira original era habilidosa, mas o doppelganger tinha suas fraquezas. Lucas percebeu que a magia de lama era a chave. Ele apontou para o solo, e Greg entendeu.
Greg lançou uma onda de lama em direção ao clone. A visão do doppelganger foi obscurecida, e suas flechas erraram o alvo. Lucas avançou, com sua espada cortando o ar. O clone tentou se esquivar, mas Lucas era implacável.
A espada de madeira encontrou o coração do doppelganger. O clone se desfez em sombras, dissipando-se como fumaça. A clareira ficou em silêncio, exceto pelo som da respiração pesada de Lucas e Greg.
A clareira, antes envolta em escuridão, agora brilhava com uma luz suave. As duas esferas de cristal, cintilantes e preciosas, estavam ao alcance de Lucas e Greg. Lucas não conseguiu conter seu sorriso brilhante e correu para abraçar Greg, mas o outro competidor desviou habilmente, provocando-o.
— Nos seus sonhos, ralé. — disse Greg, com um sorriso zombeteiro.
Lucas riu, apesar do cansaço e da dor em seu ombro ferido. Juntos, eles pegaram as duas esferas de cristal, sentindo a energia pulsar em suas mãos. As esferas eram um símbolo de triunfo e perseverança.
Com as esferas em mãos, Lucas e Greg voltaram ao labirinto. Graças à magia das esferas, as paredes de folhas começaram a se abrir, revelando a saída. O labirinto, que antes os havia desafiado, agora parecia guiá-los gentilmente para fora.
Eles correram, seus passos ecoando nas passagens de folhas. Finalmente, chegaram ao final do labirinto e emergiram em um pátio amplo. Léo e os outros competidores que haviam completado o desafio estavam lá, esperando pelos últimos a sair.
O diretor da academia, Lucius, os cumprimentou.
— Parabéns por concluir o labirinto. — disse ele, com sua voz solene. — Vocês enfrentaram seus medos e desafios. Agora, estão um passo mais perto de se tornarem verdadeiros cavaleiros.
Num passe de mágica, o labirinto se desfez. As paredes de folhas se transformaram em uma chuva de confetes dourados, flutuando no ar como uma pintura de arte em movimento.
Após a intensa batalha no labirinto, Léo se aproximou de Lucas. Os curandeiros haviam tratado os ferimentos de Lucas, e ele estava mais feliz do que o normal. A adrenalina da luta ainda pulsava em suas veias.
Léo, com um tom incrédulo, não pôde deixar de provocar.
— Como foi trabalhar com o mimado do Greg lá dentro? — perguntou ele. — Afinal, vocês dois são como água e óleo.
Lucas riu, apesar da dor.
— No começo, foi difícil. — admitiu. — Mas era a única forma de sair daquele labirinto. Greg pode ser insuportável, mas ele é habilidoso.
Os dois amigos conversaram sobre as experiências dentro do labirinto. As batalhas, os desafios e até mesmo as personalidades conflitantes dos competidores. Léo ouviu atentamente, balançando a cabeça em concordância.
Enquanto eles compartilhavam histórias, o diretor da academia, Lucius Perlasca, convocou os trinta competidores restantes. Ele os parabenizou por terem concluído o labirinto, reconhecendo a coragem e a perseverança de cada um.
— Descansem bem esta noite. — disse ele. — O último teste para ingressar na Academia de Cavaleiros Perlasca os aguarda ao amanhecer.
Lucas e Léo trocaram olhares. A jornada estava longe de terminar. Mas eles estavam prontos para enfrentar o próximo desafio e provar que mereciam o título de cavaleiros.