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Chapter 10 - Capitulo IX - Ela...

Porque em cada pedaço de mim, sempre haverá um pedaço de você.

(Filme Diário de uma paixão)

 

 

Acordei com meu celular tocando. "Meu Deus onde coloquei esse telefone", fiquei procurando meio sonolenta, aquele telefone não parava de tocar e eu não o achava.

- Alô! Falou por fim. Era Raquel.

– Ana, o que houve são quase nove horas, você me disse que iria sair bem cedinho, tentei ligar mais cedo, porém só chamava e caia na caixa postal.

- Ah, Raquel! Bebi um pouquinho a mais de vinho ontem, e não acordei.

- O que está acontecendo com você? Pergunta com uma voz preocupada e antes que eu possa responder ela pergunta novamente. – Como foi o jantar?

- Calma Raquel. Eu suspiro tentando organizar meus pensamentos, "Meu Deus, o que houve? Eu estou nua" – Raquel, eu estou bem, só bebi, um pouquinho, amiga não se preocupe, estou bem, o jantar foi incrível, vou ficar mais um tempo por aqui, há uma cooperativa de produtos sustentáveis aqui próximo, e eles querem alguém. OS conheci ontem no jantar. Falei, mas omiti o deus grego Adônis da noite passada. Então continuei.

– Vou descer agora após o almoço até o Vale como eles chamam. É uma vila que fica próxima, e então vou estudar a proposta. Acho que quero ficar por aqui! Confessei à minha amiga.

- Ana, você saiu de um isolamento, para outro! Exclamou, chamando minha atenção.

- Não é bem assim, eles são uma comunidade turística. Há alguns festivais que fazem no decorrer do ano como me explicaram. E eles têm muitos contratos dos produtos com várias empresas no país, tem várias viagens e feiras de negócios. Expliquei.

- Ah! Então tá! Fala ela com um certo tom. – Ana, só não quero que se isole como estava aqui. Você é jovem, ainda, precisa de vida. Falou de forma carinhosa e sem me dar tempo perguntou: – Amiga, e aquele corretor lindo que se tornou seu amigo, o Vinicius?

Havia me esquecido dele. Vinicius era alguém que eu o havia conhecido há dois anos, vinha sendo um bom amigo, e se tornaria um sócio, na empresa de consultoria financeira, pelo menos esse era o plano. Teria de ligar para ele, avisando a mudança de planos, caso aceitasse a proposta da Cooperativa.

- Ana! Raquel a traz de volta. – O que houve com você, está estranha, por acaso foi mordida pelo lobo mau? Fala rindo.

Porém nesse momento, lembrei do homem nu que veio até mim como um sonho estranho, e do jeito como ele me possui, daquele corpo quente, aquela boca.

"Meu Deus! O que foi que fiz?" Pensei.

- Raquel, para de ser boba, só estou de ressaca. Ri de forma descontraída, acho que num primeiro momento convenci minha amiga. Não era hora de contar a ela sobre a noite maluca de sexo que tive.

Colocamos mais alguns assuntos em dia, e depois com muito custo, consegui fazê-la desligar o telefone.

Nesse momento minha atenção voltou-se para o quarto. O que foi aquilo tudo? O quarto aparentava que um furacão passou por ali, não poderia sair e deixá-lo assim com vestígios de um sexo bem feito.

Não poderia deixar o quarto daquela forma, o que Maria pensaria mim? Estava explicado o que aconteceu ali. Resolvi arrumar um pouco o quarto e após fui para o banho.

 Só então, enquanto passava o sabonete pelo corpo que viu as marcas em seu corpo.

"Meu Deus, cinco anos sem um toque de um homem, mas não era para tanto. O que ele pensaria que eu era? Uma ninfomaníaca pelo jeito".

Então pensei comigo que seria melhor descer a serra e não ir até o vale. Era provável que ele estaria lá, mesmo não tendo falado muito durante o jantar, e menos ainda durante o sexo ardente que foi a sobremesa de ambos. Ri baixinho para mim mesma. Ele deveria fazer parte da Cooperativa. Eu não iria, isso era fato. Mal acabei de pensar, meu telefone toca novamente. Um número restrito, quem será?

- Alô. - Digo com um ar de curiosidade.

- Alô, Ana? - Era Giovana.

- Sim. - Respondo de forma tímida.

- Estávamos preocupados, achamos que tinha se perdido ou desistido de nós. - Falou com um ar de curiosidade na voz.

- Não, capaz! Acabei perdendo a hora, mas já estou saindo.

- Perfeito! Ela exclamou. – Vamos esperar você para almoçar conosco, se você sair agora chega a tempo.

Suspirei. Meu plano não daria certo, deveria ir e encarar à situação louca que eu mesma provoquei.

"Ana, você não tem 18 anos para ter uma noite louca com um desconhecido".