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Lina disparou da cama, a testa úmida, o cabelo grudando nela. Acordou em um suor frio, seu pensamento inicial arrepiando seu sangue. Um imortal... Seus olhos tremiam, enquanto tentava pensar na possibilidade disso acontecer.
Quando o mundo moderno está infestado de vampiros, qualquer coisa pode acontecer. Quase dois séculos atrás, espécies que existiam apenas em contos de fadas saíram das sombras. Eles devastaram o mundo moderno com força horrível, mas beleza fascinante.
Uma guerra entre humanos e espécies sobrenaturais ocorreu. Era o mesmo conto clichê do bem contra o mal. E como sempre, a história era contada pelos vencedores. Os Vampiros reinavam supremos, enquanto os Lobisomens se esconderam.
"Quase dois séculos atrás, vampiros e lobisomens eram lendas de livros," Lina murmurou para si mesma, tocando seu pescoço novamente, um hábito dela quando estava nervosa. "Agora, eles administram o governo monárquico em cada país, trazendo a aristocracia de volta à sociedade moderna."
Lina engoliu em seco e encarou a escuridão, agradecida por a tempestade ter passado. Mas seu coração trêmulo não se acalmava.
"A possibilidade de imortais existirem não é impossível," Lina pensou consigo mesma.
Vampiros infiltraram cada aspecto da vida, desde a cafeteria até donos de empresas corporativas multibilionárias. Lobisomens dominavam o mundo do crime, uma espécie escondida nas sombras, para prevenir outra Guerra das Espécies de estourar. Nesse caso, onde estavam os Imortais...? E quantos deles existem?
"Como os Imortais são criados?" Lina murmurou, tentando lembrar-se de suas lições de história.
Talvez um Vampiro de Sangue Puro...? Lina sabia que os Vampiros de Sangue Puro eram extremamente raros, pois eles eram os ancestrais dos vampiros atuais que vagavam pelas ruas. Todo vampiro era um descendente deles. O primeiro que veio à mente foi o Rei de Sangue Puro em Wraith, um país do outro lado do mar em relação a Ritan.
Ritan era o país mais proeminente do Leste que era governado por um governo sem as famílias reais tradicionais como Wraith, onde o Rei Elias governava com sua esposa humana.
"Imagine ser uma aluna tão dedicada que você faz perguntas até em seu sono," Isabelle resmungou do outro lado do quarto, apertando os olhos ao ouvir o sussurro.
Isabelle tinha um sono extremamente leve e ficou feliz em adormecer uma vez que a chuva cessou, mas agora, foi acordada pelo murmúrio de Lina.
"Queria ter metade da sua dedicação, Lina. Talvez então eu não precisasse chorar quando repetisse minhas aulas durante o Verão," Isabelle bocejou, virando-se para ver que Lina havia se levantado.
Lá vai o problema com cochilos — você acorda no meio da noite e não dorme até a tarde. Que padrão de sono distorcido. Lina adorava repetir isso.
" Se você tivesse metade da minha dedicação, você não choraria por repetir as aulas, mas de exaustão por estudar," Lina fungou, saindo da cama para fazer mais pesquisas.
Imortalidade deveria ser impossível. Não havia como o Segundo Rei de Ritan estar vivo... certo? E quanto a Sebastian? Ela estava confusa, pensando se Sebastian também era um Imortal, mas lembrou de uma informação-chave. A família de Sebastian tinha o juramento de proteger a Coroa.
"Aliás," Isabelle disse cansada. "É exatamente como você previu, as fotos foram retiradas. Qualquer lugar que as postou levou um processo aterrorizante, então nenhuma empresa de mídia ousou mantê-las no ar."
Lina fez uma pausa. "Retiradas por quem?"
Isabelle deu de ombros, assim como Lina abria seu computador. Ela não precisava adivinhar quem as retirou. E ela tinha uma forte sensação de que não tinha sido coisa do Kaden.
No entanto, Lina se lembrava de como o Segundo Rei de Ritan era recluso. Ninguém ousava espalhar rumores sobre ele, pois fofocas resultavam em de-tonguing e lábios costurados, literalmente.
Era exatamente por isso que historiadores lutavam para recuperar informações sobre a vida privada do Segundo Rei, exceto o infame Massacre das Quatro Gerações, onde ele matou todas as pessoas à sua frente no trono.
Diziam que o dia em que Kade se tornou Rei foi o dia em que começou sua tirania. Apesar de ser o homem mais poderoso do mundo, ele nunca sorriu. Nunca se casou. Nunca teve descendentes.
Historiadores não sabiam o motivo, mas Lina sabia.
"Aliás, Isabelle," Lina disse, virando-se para sua boa amiga. "Você acha que um homem pode obter imortalidade?"
Isabelle rolou na cama, intrigada pela pergunta. "Você está falando do conto de fadas sobre A Rosa Dourada?"
"Rosa Dourada?" Lina repetiu, surpresa pela ideia da história de fadas. Como ela pôde se esquecer?
"Sim," Isabelle bocejou. "Quase todo menino e menina conhece o conto de fadas da Rosa Dourada, uma mulher com cabelo loiro e olhos verdes."
De repente, Lina foi lembrada de uma memória desagradável, seu peito doendo.
"É uma história popular para menininhas que sonhavam em se tornar a escolhida ao invés de uma princesa," Isabelle explicou sonolenta. "O conto da Rosa Dourada falava de uma mulher misteriosa com habilidades estranhas, mas úteis."
"Sim, eu sei," Lina sussurrou. "Quem quer que abrace a Rosa Dourada ganhará uma súbita onda de força, aqueles que consumirem seu sangue se tornarão os mais fortes do mundo e quem desvirginá-la será agraciado com imortalidade. Alguns até diziam que seus ossos moídos poderiam fertilizar a terra mais estéril."
Isabelle assentiu, seus olhos se abrindo e fechando ao mencionar a história do conto de fadas. "Você me cobre de volta na cama?"
Lina riu suavemente, caminhando até a amiga e fazendo isso. Era melhor desabar no dormitório, em vez das ruas. Assim, Lina tocou a mão de sua amiga e viu o futuro. Paparazzi cegantes, cantos frequentes e gritinhos animados piscaram em seus olhos. Ela adivinhou que Isabelle também estava voltando para casa para as Férias de Inverno.
"Neste mundo de angústia e desespero... Eu sou a madeira queimando um incêndio devastador..."
O toque arrepiante fez a coluna de Lina endurecer. Seus olhos se voltaram rapidamente para o celular que vibrava sem parar, um nome de chamada assustador piscando na tela.
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