Chereads / Uma investigação perigosa / Chapter 24 - MISSÃO A CAMINHO

Chapter 24 - MISSÃO A CAMINHO

- Quem é você? - O guarda pergunta ao se aproximar de mim.

- Eu só estou de passagem!

- E que barulho foi esse? Foi você quem fez?

Continuei com a minha postura e a voz firme. - Foi sim! É que, o meu óculos quebrou, e eu tenho astigmatismo.

Não era mentira, eu realmente tenho astigmatismo genético, que é um tipo de astigmatismo herdado, e da minha família, a minha avó tinha, depois o meu pai teve e por fim eu. E foi o diagnóstico do astigmatismo aos 13 anos de idade, que me fez parar de treinar karatê e fez com que eu me tornasse uma pessoa antissocial, por vergonha da doença.

- Vou chamar o uber para você! - Diz ele olhando para me, fingindo está com dificuldade em enxergar, e andando, segurando na parede.

Eu não podia fazer nada com o guarda para não levantar suspeita, mas a estatura mediana, de 1,70 de altura e o corpo magro do guarda, eu ganhava fácil. Se o bodybuilder de 1,85 de altura, perdeu para me, imagina esse guarda.

O guarda chama o uber e vem falar comigo. - Cuidado ao andar por aí assim!

- Tá bom seu guarda! Muito obrigado!

- Disponha! - Ele entra novamente para dentro da mansão, corro e subo a árvore e retorno para o lugar de antes.

- Eu pegar uber...sendo que nem dinheiro eu tenho para pagar. Eu vou é voltar a vigiar a mansão!

...

- Então seu delegado?!

O delegado olha para me, desconfiado. - Aonde você conseguiu essas informações? - pergunta ele.

- Alguém próximo a me que conseguiu e ele apenas me pediu para entregá-lo.

- Precisamos analisar essas informações primeiro! Depois você volta aqui, e traz a pessoa que lhe deu essas informações, junto também.

- Sim senhor!

- Pode ir!

- Com licença! - me levanto da cadeira e saio da sala.

- Ufffa! Consegui! Agora preciso avisar o Juliano.

Pego o celular e saio da delegacia, dentro do carro, ligo para ele, o celular dele chama, mas ele não atende. Tentei umas quatro vezes e sem resultado algum.

- Droga Juliano! Atende! - Eu já estava ficando preocupada.

Tentei uma quinta vez, antes de desistir e ir atrás dele na mansão Kalil.

...

Entro na construtora, falo com a atendente na entrada, e ela me acompanha até uma sala VIP.

Dentro da sala VIP, sou guiada a me sentar em um sofá de luxo e esperar pela esposa do dono da construtora, que eu solicitei conversar.

- Como será que os outros estão se saindo?!

...

De cima da árvore, vejo o uber chegar em frente a mansão, o motorista para e ao ver que não tinha ninguém esperando-o, ele vai embora. Logo depois, um outro carro chega logo atrás do uber, para, e a pessoa desce.

- Jenifer?! O que ela faz aqui?

Desco da árvore e vou falar com Jenifer, que está a minha procura por toda parte.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto para ela, ao aproximar-me dela.

- Vim atrás de você, que não está atendendo o celular.

Pego o colar na minha bolsa e mostro ela.

- O que aconteceu? - ela pergunta aterrorizado.

- Escorregou da minha mão e caiu de cima da árvore.

O guarda sai para ver se eu estava lá ainda e eu começo a fingir que a Jenifer é motorista do uber.

- Esse é o meu endereço... pode me levar para lá, senhorita do uber?!

- Uber?! - Diz Jenifer sem entender nada o que está acontecendo.

- Só entra no carro e vamos embora daqui! - sussurro para ela.

Assim nós fazemos, ela entra do lado do motorista, e eu entro atrás, como um passageiro.

Ela olha para o guarda em pé na porta nos observando, buzina e sai com o carro.

...

Em casa, entro para dentro do apartamento, discutindo com Jenifer, depois que ela soube que eu dei o meu único dinheiro para um mendingo.

- Você às vezes é burro! - diz ela.

Sento ao lado de Beatriz, estico minhas pernas no sofá e deito a minha cabeça nas pernas dela, ignorando totalmente o humor de Jenifer.

- Beatriz, coloca juiz na cabeça do seu namorado!

- E o que ele fez?!

- Ele deu R$50,00 para um mendingo que tinha pegado o celular dele.

Tento mudar de assunto imediatamente, antes que Beatriz fala alguma coisa.

- Aonde Giu está?

- No quarto!

Levanto, seguro na mão de Beatriz e a levo para o meu quarto. E Jenifer fica na sala, só.

...

Tiro o meu casaco, espinduro na cadeira, e deito na cama, Beatriz deita ao meu lado. Assim que ela deita eu abraco-a e beijo .

- Por que você fez isso? - Ela pergunta, ao pararmos de nos beijar.

- Fez, o que? - pergunto, acariciando o seu cabelo.

- Ter dado o seu único dinheiro para o mendingo?

- Imaginei ele passando fome e fiquei com dor e quise ajudá-lo. Mesmo eu ter ficado sem dinheiro para voltar para casa, eu não me arrependo do que fiz; ao ver quão feliz ele ficou.

- Por isso é que eu te amo! - ela diz olhando para mim.

- Também te amo! - abraço ela e volto a beijá-la.

...

Todos nós estávamos reunidos na sala conversando com Débora que já tinha chegado da construtora Kalil.

- Eu conseguir convencer a esposa do senhor Kalil, e irei na casa dela para ver a decoração da mansão, e vou levar alguém de vocês comigo.

- Então... - fico em silêncio.

- Então o que? - pergunta Débora.

- Um dos guardas me viu, aí não vai ter como eu ir com você.

- Como o guarda pôde lhe ver?

- Eu chutei uma lata de lixo, fiz barulho, ele saiu para ver o que estava acontecendo e acabou me vendo. Mesmo eu ter dado uma desculpa, se eu for ele pode desconfiar.

- Jenifer vai comigo, então.

Jenifer e eu trocamos olhares um com o outro.

- Ele também viu a Jenifer e ela teve que fingir ser o uber que ele chamou.

Débora dar um tapa em suas pernas e buffa de raiva. - E quem vai comigo, agora?

- Eu vou! - diz Beatriz

Olho para ela sem dizer nada.

- Pode ser! Você é a única que não fez besteira nessa missão, ao contrário de quem é o líder, que quase estragou tudo. - Diz ela me olhando furiosa.

- E qual dia vai ser? - pergunto para ela.

- Depois de amanhã!

Olho para elas, e abro um sorriso de leve.

- Vamos desmascarar o herdeiro da construtora kalil, Kleber Kalil!