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Chapter 23 - NOVOS INVESTIGADORES

- Vamos nos sentar primeiro!

Nos sentamos. Beatriz, Jenifer e eu, sentamos no sofá e Débora na cadeira.

- A Jenifer já deve ter lhe contado tudo o que está acontecendo?!

- Ela já me contou, e a sua namorada confirmou! E que jeito horrível de conhecer a sua namorada!

Fico desconfortável diante da expressão de ira e decepção que a Débora faz.

Olho para Beatriz, sentada ao meu lado. - Eu fui atrás do primeiro suspeito. Acho que ele é quem está mandando seus lacaios perseguir a minha mãe, e temo que o Giu pode ser perseguido também.

Débora fixa o seu olhar em me, me passando um certo temor daquele olhar furioso. - Se algo acontecer com o meu filho, a culpa vai ser sua; por ter se envolvido com essas pessoas.

- Eu sei... e é por isso que quero proteger todos vocês, nem que custe a minha vida!

Ao falar dessa forma, Beatriz, apertou a minha mão com força e Jenifer ficou irritada comigo.

- Nem fala uma coisa dessa! Eu não sei o que será de nós se você morrer!

- Eu quero ajudá-lo! Pelo bem do meu filho! - diz Débora interrompendo a Jenifer.

- Eu também quero! Não quero deixar o meu irmão morrer, e nem o meu irmãozinho em perigo.

Olho para as duas, e não hesito em aceita- las.

- Tudo bem! Preciso de mais ajuda, só a Beatriz e o Brian, não é o suficiente.

- O BRIAN! - Elas dizem ao mesmo tempo.

Fico nervoso com a reação delas. - Por favor, não conta para a mãe dele. Se ela souber, a depressão dela pode piorar.

- E como você pode envolver o Brian nessa situação, ele é um adolescente de 14 anos, ele nem é capaz de se defender sozinho. - diz a Débora em estado de fúria.

- Ele quise ajudar, e eu não pude fazer nada. Agora...se vocês realmente vai ajudar, já tenho a primeira missão das duas.

Falei da missão para cada uma delas e elas ficaram em silêncio, ouvindo tudo o que eu dizia.

...

- Para onde a minha mãe e os meus irmãos vão? - Giu pergunta

Pego o outro controle do vídeo game e sento ao lado dele.

- É uma missão secreta! Se eu falar, o seu irmão vai ficar bravo comigo; e você já viu como ele está ultimamente.

- É...! O Juliano virou um bad boy, que veste só preto, parece que tá de luto; e quando ele fala sério, dar até medo.

- Dar mesmo! Mas, agora eu vou ganhar de você!

- Não vai não!

Assim começamos a jogar juntos.

...

Chegando na delegacia, estaciono o carro, desco e entro para dentro. Logo na entrada, encontro um policial.

- Bom dia! Gostaria de falar com o delegado!

- Vem comigo!

- O que você quer falar com o delegado! - uma polícial mulher, vem me encontrar.

- Tenho algo para entregar para ele. E a pessoa que me mandou fazer isso, disse que só posso entregar-lo.

- Beleza então! Anda! - Ela segue na frente e eu vou logo atrás dela.

A mulher era toda cheia de atitude, tipo aquelas mulheres que agem feito homem.

Chegando na sala do delegado, ela abre a porta e fala com o delegado.

- Delegado! Tem uma moça aqui querendo falar com o senhor.

- Pode mandar ela entrar!

Entro, puxo a cadeira e sento em frente ao delegado. O delegado é bem bonito. Corpo malhado, cabelos negros, olhos castanho, barba bem feita, e uma postura bem sedutora, assim que o vejo, fiquei balançada.

- Em que posso ajudar? - pergunta ele.

Abro a bolsa e pego o pen-drive que o Juliano me deu.

- Me mandaram entregar esse pen-drive para o senhor. - Entrego o pen-drive para ele e ele recebe da minha mão.

- Quem mandou?

- Não posso falar o nome da pessoa!

- E qual é o seu nome?

- Jenifer Hernandes.

Ele me encara por alguns segundos, pega o pen-drive e conecta no computador.

...

Débora para o carro afastado da mansão Kalil.

- Você vai descer aqui?!

- Vou! - abro a porta do carro, desco e fecho-a novamente.

Débora sai com o carro e eu vou andando em direção à mansão. Chegando em baixo de uma árvore grande do lado de fora do muro da mansão, subo em cima da árvore. Já em cima, sentado em um galho, pego o binóculo e começo a vigiar dentro da mansão.

Do lado de dentro havia dois guardas andando no quintal, outro parado em pé ao lado da porta de entrada e outro sentado em um banco, mexendo com o celular. Todos os guardas estavam de terno.

- Quatro guardas?! Eles são milionários mesmo!

Olho para cima e em uma janela do lado esquerdo, vejo uma empregada andando.

O meu celular toca, pego para atender, e acabo desequilibrando e deixo o celular cair no chão.

- 'Crap'. Agora como vou conseguir falar com Jenifer e Débora?! - olho para o chão e vejo um mendigo passando, e pega o meu celular todo quebrado, olha, ver que não está funcionando, e carrega com ele.

- Não mano! - desco da árvore correndo e vou atrás do mendingo. - Ei! Espera!

O mendingo para, fica olhando para me, e eu consigo alcançar. - Esse celular é meu! Me devolva, por favor! Peço com educação; o mendingo olha para o celular e me devolver.

- Muito obrigado! - pego uma nota de R$50,00 no bolso e dou para ele. - Aqui! Pode ficar para o senhor!

O mendingo olha aquele dinheiro e sorrir de felicidade.

Retorno em direção a árvore e o mendingo segue o seu caminho, todo feliz pelo o dinheiro que recebeu.

- Se Jenifer estivesse aqui, ela ia me matar por eu ter dado o único dinheiro em espécie que tenho. - parei abruptamente, ao perceber que eu estava sem celular e sem dinheiro.

- Droga! E agora?! Como vou voltar para casa?!

Chutei uma lata de lixo ao lado. Com o barulho do chute, um dos guardas abriu o portão e veio na minha direção.

- E agora o que que eu faço? - fiquei parado olhando o guarda vindo, quanto mais ele aproximava, mais eu ficava sem saber o que fazer e qual desculpa eu poderia dar.