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Chapter 2 - A Jornada Começa

Elara e Aldric deixaram a floresta de Arwen ao amanhecer, com a luz do sol penetrando pela névoa, iluminando seu caminho. O amuleto no pescoço de Elara brilhava com uma intensidade renovada, como se soubesse que a missão finalmente havia começado. A cada passo, ela sentia a gravidade de sua escolha, mas a presença de Aldric ao seu lado trazia-lhe uma sensação de segurança.

Enquanto caminhavam, Aldric contou a Elara mais sobre os Guardiões das Lâminas e a história de Elysium. Ele explicou que, embora os Guardiões tivessem se tornado lendas para muitos, eles ainda existiam, operando nas sombras para proteger o reino das ameaças que espreitavam além do véu da realidade.

"Há muito tempo, Elyon forjou as Espadas do Destino para defender Elysium de uma antiga escuridão," Aldric disse. "Mas ele sabia que tal poder não poderia ser mantido por um único homem ou uma única geração. Por isso, ele criou os Guardiões, para que sempre houvesse alguém para proteger e esconder as lâminas."

Elara absorvia cada palavra, sentindo-se cada vez mais conectada à sua nova missão. "Quantas lâminas existem?" ela perguntou.

"Sete," Aldric respondeu. "Cada uma com um poder único. E cada uma escondida em um lugar diferente, protegida por encantamentos que apenas um Guardião pode quebrar."

Eles caminharam por horas, atravessando campos abertos e pequenos riachos, até chegarem a uma pequena aldeia ao pé de uma colina. As casas eram simples, feitas de madeira e pedra, com telhados de palha. Os aldeões olhavam curiosos para os recém-chegados, mas ninguém os abordou.

"Precisamos de suprimentos para a jornada," Aldric disse. "E também precisamos encontrar um amigo."

Eles se dirigiram à taverna local, um lugar modesto, mas acolhedor. Dentro, o cheiro de comida fresca e o som de conversas animadas os envolveu. Aldric fez um sinal para o taverneiro, um homem robusto com um grande sorriso.

"Olá, meu velho amigo," Aldric disse, estendendo a mão.

"Ora, se não é o Guardião Aldric!" o taverneiro exclamou, apertando a mão dele com força. "O que o traz aqui?"

"Estamos em uma missão, Baren," Aldric respondeu. "Precisamos de suprimentos e talvez um pouco de informação."

Baren assentiu e os guiou até uma mesa no canto da taverna. Enquanto servia uma refeição quente, Aldric explicou a situação, e Baren ouviu atentamente, seu rosto ficando sério.

"Há rumores de que estranhos têm sido vistos nas redondezas," Baren disse. "Criaturas das sombras, dizem alguns. E tem havido sussurros sobre uma antiga caverna nas montanhas ao norte. Talvez seja onde você deve começar a procurar."

Elara sentiu um arrepio ao ouvir sobre as criaturas das sombras, mas Aldric parecia impassível. "Obrigado, Baren. Sua ajuda é inestimável."

Depois de comerem e reunirem os suprimentos necessários, Aldric e Elara se prepararam para partir. Antes de irem, Baren lhes entregou um mapa antigo, marcado com vários pontos de interesse.

"Este mapa pode ser útil," ele disse. "E lembrem-se, cuidado com a névoa. Nem sempre ela é o que parece."

Elara guardou o mapa cuidadosamente e agradeceu a Baren. Com as provisões em mãos e uma nova determinação em seus corações, eles deixaram a aldeia, seguindo rumo às montanhas ao norte.

A jornada seria longa e cheia de perigos, mas Elara sabia que estava destinada a isso. Com Aldric ao seu lado e o amuleto guiando seu caminho, ela estava pronta para enfrentar qualquer desafio que viesse. A busca pela primeira lâmina havia começado, e com ela, a verdadeira aventura estava apenas começando.