A jornada de Elara e Aldric os levou para além da Floresta Negra, através de vastos campos e montanhas escarpadas, até finalmente chegarem às margens do Grande Lago de Lysara. De acordo com o Grimório dos Guardiões, a próxima pista para encontrar as Espadas do Destino estava escondida nas profundezas de uma cidade submersa, uma antiga civilização perdida há séculos.
Elara olhou para a vasta extensão de água com uma mistura de ansiedade e determinação. "Como vamos encontrar uma cidade que está submersa há tanto tempo?" ela perguntou.
"A resposta está no Grimório," Aldric respondeu, folheando as páginas amareladas do livro antigo. "Há um encantamento que nos permitirá respirar debaixo d'água e nos guiar até a entrada da cidade. Mas precisamos ser cautelosos; os perigos das profundezas são desconhecidos e imprevisíveis."
Prepararam-se para a descida, ajustando suas armas e verificando o equipamento. Aldric recitou o encantamento em voz baixa, e uma leve aura azulada os envolveu. "Pronto?" ele perguntou.
Elara assentiu, segurando firmemente a Espada do Destino que haviam recuperado. Juntos, mergulharam nas águas geladas do lago.
Enquanto desciam, a luz do sol diminuía gradualmente, substituída pela escuridão opressiva das profundezas. Porém, a aura azulada ao redor deles proporcionava uma luz suave, iluminando seu caminho. Eles nadaram por algum tempo até avistarem os contornos desbotados da antiga cidade submersa.
A cidade era um espetáculo impressionante, com suas torres de pedra esculpidas e templos imponentes, agora cobertos de corais e vegetação aquática. As estátuas de antigos reis e deuses observavam silenciosamente, guardando os segredos de uma era perdida. No centro da cidade, uma estrutura maior e mais grandiosa destacava-se: o Templo das Marés.
"O Templo das Marés," Aldric disse, apontando para a estrutura. "É lá que encontraremos a próxima pista."
Ao se aproximarem do templo, perceberam que a entrada estava protegida por uma barreira mágica, um brilho suave que os impedia de avançar. Aldric estudou a barreira atentamente, procurando uma maneira de desativá-la.
"Precisamos de um fragmento de coral encantado para quebrar a barreira," ele explicou. "Deve estar escondido em algum lugar na cidade."
Separaram-se para procurar o coral encantado, vasculhando as ruínas e esquivando-se de criaturas marinhas que haviam feito das estruturas submersas suas casas. Elara encontrou o que procuravam em uma antiga praça, onde uma estátua de uma deusa do mar segurava o fragmento em suas mãos.
Quando ela tocou o coral, uma sombra passou rapidamente sobre ela. Olhando para cima, viu uma criatura gigantesca nadando em círculos – um guardião das profundezas, uma serpente marinha com escamas reluzentes e olhos brilhando com malevolência.
Com o coral em mãos, Elara nadou de volta ao templo o mais rápido que pôde, a criatura perseguindo-a implacavelmente. Aldric viu a aproximação dela e a serpente, e preparou-se para a batalha.
"Rápido, Elara!" ele gritou, segurando a espada pronto para enfrentar a serpente.
Elara pressionou o coral encantado contra a barreira, que brilhou intensamente antes de desaparecer. Ao mesmo tempo, a serpente atacou, mas Aldric a interceptou com um golpe poderoso, ferindo-a o suficiente para afastá-la temporariamente.
Eles entraram no templo, fechando a entrada atrás deles. Dentro, a luz azulada revelou um grande salão com murais detalhando a história da cidade e de seus habitantes. No centro, um pedestal com um cristal brilhante chamou a atenção de Elara.
"Aqui está," ela disse, aproximando-se do cristal. "O próximo Fragmento da Visão."
Aldric pegou o cristal e, ao fazer isso, ele e Elara foram envoltos por uma nova visão. Viam-se em uma terra desolada, cheia de ruínas e cinzas. No horizonte, uma figura encapuzada, a mesma que Elara tinha visto anteriormente, levantava outra Espada do Destino, cercada por um exército de sombras.
"Estamos correndo contra o tempo," Aldric murmurou ao saírem da visão. "Devemos encontrar as lâminas antes que ele consiga todas."
Com o novo Fragmento da Visão em mãos e um renovado senso de urgência, Elara e Aldric deixaram o templo, prontos para enfrentar os perigos que ainda estavam por vir. Sabiam que cada passo os levava mais perto do confronto final e da salvação – ou destruição – de Elysium.