Após deixarem as Montanhas de Azrak, Elara e Aldric dirigiram-se para a Floresta dos Anciãos, um vasto território de árvores imensas e antigas. O ar era pesado com o perfume das plantas e o som dos animais, criando uma atmosfera de mistério e magia. Segundo o oráculo, a próxima Espada do Destino estava escondida no coração desta floresta, protegida por guardiões antigos.
A viagem foi longa e exaustiva. As trilhas eram traiçoeiras e a floresta parecia viva, com cada sombra e som alertando sobre os perigos que espreitavam. No entanto, Elara sentia uma conexão crescente com a natureza ao seu redor. O amuleto dado pelo oráculo brilhava suavemente, indicando que estavam no caminho certo.
"Estamos próximos," disse Aldric, olhando para o mapa. "O templo deve estar logo adiante."
Enquanto avançavam, a vegetação tornou-se mais densa, quase impenetrável. O som de criaturas invisíveis movendo-se na escuridão aumentava a tensão. De repente, a floresta se abriu para uma clareira circular, no centro da qual erguia-se um antigo templo coberto de vinhas e musgo.
Ao se aproximarem, perceberam que o templo estava protegido por um círculo de pedras rúnicas, cada uma brilhando com uma luz pulsante. Elara sentiu uma energia poderosa emanando das pedras, um sinal claro de que estavam perto da lâmina.
"Essas runas são proteções antigas," Aldric explicou. "Precisamos descobrir como desativá-las para entrar."
Enquanto Aldric estudava as runas, Elara caminhou ao redor do círculo, observando cada detalhe. Sentia que havia algo mais, algo que escapava à vista. De repente, um sussurro suave ecoou em sua mente. "Siga o som do coração da floresta," dizia a voz etérea.
Elara fechou os olhos e concentrou-se, deixando seus sentidos se afiarem. O som de um batimento rítmico, como o coração da própria floresta, guiou-a para uma das pedras rúnicas. Ela tocou a superfície fria da pedra, e a runa brilhou intensamente antes de se apagar.
"É isso," ela disse, virando-se para Aldric. "Precisamos encontrar a frequência correta."
Com paciência e concentração, eles desativaram cada runa, até que o caminho para o templo estivesse livre. Entraram na estrutura antiga, onde a luz do sol filtrava-se pelas aberturas no teto, criando um jogo de sombras místicas. No altar central, descansava a Espada do Destino, brilhando com uma luz dourada.
Elara aproximou-se, sentindo o poder da lâmina reverberar através de seu corpo. Quando a tocou, uma onda de energia percorreu-a, e visões de batalhas antigas e guardiões antigos encheram sua mente. De repente, o chão tremeu e um rugido ecoou pelas paredes do templo.
"Os guardiões," Aldric alertou, puxando sua espada.
De dentro das sombras, criaturas formadas de pura essência mágica emergiram. Eram grandes, com olhos brilhando como brasas e corpos que pareciam feitos de raízes e pedras. Elara e Aldric se prepararam para a batalha.
A luta foi intensa. As criaturas atacavam com força brutal, suas garras rasgando o ar. Elara usava a nova espada com habilidade, cada golpe desferido dissipava uma parte da magia que compunha os guardiões. Aldric, ao seu lado, lutava com destreza, suas habilidades de Guardião mostrando-se vitais.
Com esforço conjunto, eles conseguiram derrotar os guardiões, que se dissolveram em pó mágico, voltando ao solo da floresta. Elara, ofegante, olhou para a lâmina em suas mãos, sentindo o peso da responsabilidade que ela trazia.
"A segunda lâmina," Aldric disse, sorrindo apesar do cansaço. "Estamos um passo mais perto."
Antes de saírem do templo, Elara notou uma inscrição na parede, parcialmente coberta por musgo. "A luz do futuro está nas sombras do passado," ela leu em voz alta.
"Acho que é uma dica para a próxima etapa," disse Aldric, refletindo sobre as palavras. "Devemos estar atentos aos segredos ocultos e ao conhecimento antigo."
Deixaram o templo e a clareira, movendo-se com cuidado pela floresta até encontrarem uma trilha que os levava de volta ao mundo exterior. Cada passo os aproximava do confronto final com Maelrik, e a determinação de Elara crescia com cada vitória.
Com duas Espadas do Destino em mãos e mais enigmas a resolver, Elara e Aldric seguiram em frente, prontos para enfrentar qualquer desafio que o destino lhes reservasse. A missão para salvar Elysium estava longe de terminar, mas com cada espada recuperada, a esperança se fortalecia.