Chapter 5 - Terras Perigosas

Ele ficou com insonia por alguns dias, parece que seus instintos de predador nao se despertavam para ele nao se sentir culpado, depois de ficar isolado em sua toca por alguns dias ele sentiu fome.

Ele precisava caçar novamente, saindo melancolicamente ele sentiu um cheiro familiar, goblins, ou pelo menos um goblin

'– Goblins sao ate que bem inteligentes mas sera que consigo caçar um? O goblin que eu matei eu o peguei de surpresa e acertei em cheio o ataque, foi muita sorte'

'– Talvez nao seja uma boa ideia, caçar coelhos deve ser mais facil, alem do mais devem tem outras especies, sei la, uma vaca selvagem? É uma selva entao que tipo de animais tem em selvas...'

'– Onças, passaros, coelhos... droga, nao sei que tipo de animais vivem em uma selva, vou ter que achar por conta propria, entao vou ter que explorar'

'– Tenho que decorar o caminho pra minha toca tambem...'

Ele saio descontente pensando nos varios problemas a resolver, ele ate agora nao havia caçado de verdade, apenas fez emboscadas, tinha que decorar a floresta, descobrir quais animais vivem nela, se esconder de possiveis predadores, tudo isso sendo capaz de usar apenas 3 ataques.

A vida de uma cobra nao é facil ele pensou soltando um longo suspiro...

< * * * >

Ele se certificou de olhar muito bem os detalhes ate o riacho para conseguir voltar a sua toca, e percebeu que o cheiro do goblin ficava mais forte, '– Ele deve estar indo ou esta no riacho' pensou.

Agora ele ia com o dobro do cuidado, ate que viu o goblin, ele ia para o lado oposto a do riacho com uma bolsa molhado presa na cintura, '– um cantil, eles sao mais inteligentes do que eu pensava' 

Ele reparou uma lança de pedra nas costas do goblin e entao desistiu de sua presa, entao subiu na copa de uma arvore para ver o horizonte.

Havia uma grande montanha ao Sul que ia ate o Sudeste e um pouco do Leste, la a vejetaçao era bem diferente, com certeza era uma floresta de pinheiros.

Ao Noroeste haviam arvores muito mais altas, ao Norte um grande lago e ao Nordeste uma planicie sem arvores.

Mas ele se supreendeu ao olhar novamente as montanhas, um GRIFO, Gabriel sentiu um medo primitivo ao ver aquela criatura, aguias sao predadoras naturais das cobras no seu mundo, entao aqui elas seriam os grifos.

Ele desceu desesperadamente da arvore para nao ser percebido pela enorme criatura, la embaixo ele sentiu uma vontade imensa de voltar a sua toca, mas ele se conteve tentando se acalmar.

'– Ele nao me viu... esta tudo bem... vamos seguir pelo riacho e conhecer a area...' Dizia tentando se distrair.

Eleseguio o riacho por umas horas ate que sentiu um cheiro selvagem e bestial no ar, mas com certeza nao era uma animal, mas varios, ele resolveu subir numa copa ver de cima os animais.

Ele precisava conhecer a fauna da floresta afinal, ao subir e ir passando de galho em galho ele viu os animais, eram lobos, lobos de uns 2 metros de altura, eram 8 lobos.

Ele entao observou mais atentamente os animais em busca de algum ponto fraco, mas ele nao era uma lutador marcial ou coisa do tipo pra conseguir saber essas coisas entao simplesmente desistiu.

Ao começar a sair para seu desespero o galho em que ele estava se quebrou caindo junto com ele, e os lobos escutaram isso e foram averiguar imediatamente.

Ele desesperadamente começou a subir uma arvore, mas os lobos o viram antes que ele comecaçe a subir, o que o deixou ainda mais desesperado.

Um dos lobos correu mais rapidamente tentando abocanha-lo, e conseguiu, Gabriel soltou um grito/simbilo de dor, o lobo soltou assustado pelo barulho repentino.

Foi tempo o suficiente para ele conseguir subir o bastante para sair do alcance dos lobos, ele subiu a ate uma altura consideravel e se virou pra baixo.

"– Viram seus bastardos eu fugi, hahaha" Simbilou. Seu sorriso sumiu rapidamente quando viu 3 lobos começarem a escalar a arvore.

"– Merda" Simbilou desesperadamente. '– Sobe, sobe, sobe, SOBE!!!' Pensava em desespero enquanto subia a arvore mais e mais.

Olhando de soslaio para baixo viu os lobos pularem de galho em galho, seu cerebro estava fritando devido as emoçoes.

Ele entao chegou ate a copa, mas ja sabia que la nao era o suficiente entao começou a subir o primeiro galho que acho, subindo ate onde conseguia.

Entao os lobos chegaram, eles entao gruniram de forma proveitosa, para eles seu almoço estava servido, entao uma deles começou a andar cuidadosamente sobre o galho.

Gabriel sentia a adrenalina fritar seu cerebro a cada passo do lobo, ele esqueceu-se completamente de como revidar.

Entao sentiu sua pele ser cortada e esmagada, mas nao pelo lobo que agora caia desesperado do galho, mas sim por uma GRIFO.

Ele sentiu todo peso do seu corpo sumir e viu todo diminuir quanto mais alto ele estava, a dor repentina lhe recobrou a razao.

'– Deixei de ser almoço de um pra ser almoço de outro... Merda pensa em algo...'

Morder o grifo era inutil, ele ja caçava cobras e por isso provavelmente era imune aos venenos, sem contar que provavelmente sua pele era muito grossa para ele perfura-la, tentar esmaga-lo com seu corpo era impossivel o vento o impedia de enrolar-se em suas patas.

Ele apenas aceitou sua morte naquele momento.

<***>

Entao ele viu o ninho do grifo, estava dentro da floresta de pinheiros em cima de um penhasco, ele foi brutalmente jogado pelo grifo quando sobrevoo o ninho.

Para sua sorte caio atras dos 5 filhotes de grifo, alem de nao o terem visto ele nao era muito interessante em comparaçao a 2 enormes ursos que eram devorados pelos filhotes famintos.

Gabriel observou com atençao o seu redor procurando um esconderijo, o ninho era feito de varios galhos, penas, ossos e pedras. Achar um espaço entre os galhos grande o suficiente para se esconder nao era dificil, para sua sorte ele caio ao lado de um.

Se escondendo rapidamente naquele buraco embaixo do ninho ele tentou ser o mais silencioso possivel, quase parando de respirar.

'– Merda, merda, merda; se eles me virem vou ser dilacerado em segundos, mesmo que nao me vejam espero que nao sintam meu cheiro, estou sangrando muito'

Realmente, uma mordida de lobo, duas marcas de garras de grifo e varias perfuraçoes causadas ao cair no ninho que era cheio de coisas pontiagudas.

'– Tenho que esperar o anoitecer na esperança deles dormirem para eu fugir'

Ele esperou pela noite, e para sua sorte eles dormiram mesmo, ele entao tentou sair, mas um dos filhotes estava em cima da saida.

Ele so poderia entao cavar uma, mas isso faria barulho, sem escolhas ele começou a cavar, felizmente nenhum grifo parecia ter ouvido ele cavando.

Saindo com dificuldade do ninho ele se viu na beira de um penhasco, o ninho ficava em uma plataforma no penhasco, tinha somente uma parede atras e um precipicio na frente.

Ou ele escalava ou descia, ambas opçoes horriveis, ele era uma cobra, nao tenha pernas nem braços para se segurar.

'– O que eu faço!?! Merda, para subir tenho que ver aonde estou subindo e para isso preciso olhar, mas tambem tenho que usar minha cabeça para escalar, acho que o melhor vai ser descer...'

E entao ele fez a coisa que ele considerou ser o maior desafio da sua vida.