Observando mais atentamente percebeu mais um órgão espiritual estranho que estava no coração físico da onça.
Ele resolveu observar os dois estranhos órgãos, o primeiro que ele havia visto era redondo e estava coberto por uma emaranhado de vetores que vinham da sua alma além de um grande vetor vindo diretamente do único pulsar presente no animal.
Ele resolveu olhar o outro órgão primeiro, este segundo órgão ficava exatamente no local do coração e tinha o exato mesmo formato, ele era como uma esponja e continha uma grande quantidade de energia líquida, alem de tambem ter um vetor vindo diretamente do pulsar e outro que ia diretamente até o vetor principal.
Mas tambem tinha um terceiro vetor que ia até o topo das costas e se ramificava por toda ela e saindo pelo espírito como se fossem poros, neste momento a grande quantidade de energia líquida concentrada naquele órgão vazava por esses poros.
Ao saírem dos poros a energia adquiria uma estado intermediário entre gás e líquido, parecia uma espécie de fogo líquido, Gabriel percebeu insistentemente que ele poderia absorver essa energia para usar em si mesmo e se curar.
Ele sem perder tempo começou a se enrolar em cima das costas da onça e tentou absorver o máximo de energia possível, ele instantaneamente aplicava essa energia nas partes feridas do seu corpo.
Ele enquanto isso começou a meditar e observar o corpo espiritual da onça novamente, nesse momento era óbvio que o órgão em questão guardava energia para usá-la quando necessário.
Ele observou atentamente o órgão e percebeu que haviam símbolos e uma textura estranha nesse órgão, '– Símbolos mágicos? Finalmente encontrei algo que parece magia de verdade em vez de algum tipo de sistema de cultivo.'
Ele tentou entao decorar os símbolos para quem sabe depois tentar recriar o órgão em si, mas falhou miseravelmente, os símbolos eram fáceis de entender mas ele não conseguia decora-los pois eram complexos.
Mas percebeu outra coisa também, os símbolos desenhados no órgão eram feitos de energia sólida mas era diferente da outra energia sólida que formava todos os órgãos.
Ele não sabia qual era a diferença, ele apenas sentia que era diferente, era algo como um chiado na tela de uma TV só que de certa forma invisível, uma especie de som.
'– Uma frequência?' Ao completar esse pensamento um novo instinto se despertou nele, antes ele via com ou sem energia, ausência ou presença, preto e branco, mas agora ele de alguma forma via cores.
Eram energias diferentes, ele então viu a energia que formava seu espírito em azul a a anergia que fluía no seu espírito em verde, '– Energia espiritual e vital?'
Essa revelação pegou Gabriel de surpresa embora ele já tivesse especulado a existência de outros tipos de energia, não esperava que estavam embaixo do seu nariz (embora ele não tenha um) o tempo todo.
Depois disso resolveu observar o outro órgão, era uma esfera com um pulsar no centro e 3 camadas, a primeira camada tinha vários símbolos que eram bem diferentes daqueles do outro órgão.
A segunda camada tinha uma textura abstrata parecida com aquela do outro órgão porém era mais complexa e complicada, ele a descreveu como "musculos, veias e nervos".
A terceira camada também tinha a mesma textura, o que mais chamou atenção de Gabriel nesse órgão era o fato das texturas e símbolos não serem feitas de energia vital sólida e sim de vários vetores em que a energia vital líquida fluía.
Essa energia vital fluía com a força do pulsar no centro do órgão, na primeira camada a energia vital apenas fluía entre todos os símbolos mas se vez enquanto ele via alguns registros fechados que impediam que a energia vital flui-se por certos símbolos.
Na segunda camada a energia fluía de cima pra baixo e entrava para dentro embaixo indo até a terceira camada que fluía de baixo pra cima e em cima ele subia até a segunda camada fazendo um ciclo, mas não pareciam ter registros.
Nesse órgão Gabriel não tinha certeza do que fazia mas pelos símbolos e os fluidos ele esperava que fosse algum tipo de núcleo que era capaz de fazer algum tipo de magia.
Ele resolveu ver se havia algo especial no pulsar do órgão, ele reparou que alem de símbolo sólidos de energia vital também haviam símbolos de fluido, ele aparentavam fluir com os batimentos do próprio pulsar, ele também reparou que havia uma entrada e uma saída desses fluidos dentro da "pele" do pulsar pra dentro dele.
Provavelmente esses símbolos deveriam fazer o pulsar bater, era um pouco ironico que o pulsar precisasse fazer a energia vital fluir pelo corpo e por ele para que ele fosse capaz de funcionar e fazer a energia vital fluir, era um ciclo que não poderia parar.
A ideia de que se um pulsar parasse de funcionar ele nunca mais voltaria a funcionar deixou Gabriel um pouco desconfortavel, mas ele tinha 3 pulsares então ele poderia se sentir seguro já que se um parasse os outros poderiam revive-lo.
Esse estudo sobre o funcionamento do seu espírito despertou uma curiosidade sobre a sua alma, lá o seu cérebro e espírito se conectaram, definitivamente era algo estupendo e incrível.
Mas resolveu ver isso depois já que ele poderia ver isso depois, ele precisava agora marcar seu território.
Seus ferimentos não doíam mais e pareciam completamente curados, ele então tentou se mover e não doeu ou sentiu dificuldade, então agora ele poderia marcar seu mais novo território e se proclamar o senhor dele.
Ele saiu de cima onça e começou a procurar pelos pontos marcados pela onça e a marcalos com seu próprio veneno.
< * * * >
Ele demorou muito tempo, provavelmente o dia amanheceria em algumas horas, o território não era tão grande mas era complicado se mover naquela selva densa.
Ele então resolveu ir até fenda que provavelmente pertencia a onça, mas se lembrou das pedras pontiagudos do penhasco que poderiam rasgar seus ferimentos.
Ele então se lembrou que poderia tentar se regenerar usando sua energia vital, mas ele não tinha muita energia vital então poderia se recuperar muito.
Ele então pensou em tentar usar a energia vital da onça mas se lembrou que já havia passado muito tempo então provavelmente a energia dela havia se dissipado.
Mas resolveu ir lá de qualquer jeito, ao chegar lá começou e procurar um caminho seguro mas não achou nenhum.
Ele resolveu então dormir na copa de uma árvore, aquele território agora era dele então ninguém deveria importuna-lo, mas se certificou de ficar em uma copa em que um grifo não o veria.