Oriana se lembrava das histórias dos idosos, alertando as crianças sobre como as pessoas amaldiçoadas têm olhos vermelhos. Pessoas normais não teriam tanto medo, mas Oriana não era normal. Como uma pessoa que podia manejar a magia, ela acreditava na verdade das lendas e contos antigos.
'Sem falar, este homem apareceu na minha frente do nada!'
O homem estava na casa dos vinte anos, alto, com uma aparência fria e intimidadora, como se o orgulho estivesse profundamente enraizado em seus ossos e todos fossem meras formigas diante dele. Seu traje era de um aristocrata, e sua figura comandava mesmo sem se mover. Ele era tão bonito que parecia não ser uma pessoa real, mas uma obra-prima esculpida.
Uma pessoa normal provavelmente estremeceria sob aquele olhar frio.
Mais do que isso, havia algo nele impulsionando ela a se manter longe dele. Foi uma repulsão instintiva, semelhante ao que ela sentiu com Arlan, aquele jovem nobre.
Ela precisava descobrir sua rota de fuga — e rápido!
