O dragão negro levantou voo, voltando em direção às montanhas.
Ele bateu as asas sobre as nuvens, seus olhos via embaixo a população dragão.
Ele via todos aqueles dragões vivendo pacificamente, pais levando seus filhos para passear, alguns dragões voando e outros aterrissando dentro das cavernas e anciãos dragões descansando em cima das pedras.
Ele então virou seu rosto em outra direção, vendo outros dragões dormindo à luz do dia, crianças dragões correndo e voando, não muito longe, outras crianças "brincando" de lutinha.
Ele via esses dragões lá embaixo com uma expressão bem séria no rosto, parecendo desgostar do que vê.
-(Os nossos reis passados governavam com seriedade e mão de ferro, piedosos com os aliados, mas impiedosos com os inimigos...)
Soltei um longo suspiro e diminuí minha aura para aquelas lá embaixo não se assustarem. Porque se eles sentissem minha aura, poderiam se sentir oprimidos ou algo do tipo, mas mesmo assim, percebo que alguns dragões tremiam, principalmente as crianças.
O dragão negro franziu ainda mais a testa, olhando eles com desdenho.
-Rum! (Como podem ainda tremerem de medo?!)
-(Me lembro que eu e os outros dragões na minha infância, quando víamos um dragão mais forte, de imediato pensávamos várias maneiras de como derrotá-lo, mas nos dias de hoje... olha para essas crianças, elas tremem só de me ver).
-(E esses novos dragões adultos? Tenho até vergonha de dizer que são a nova geração)
O dragão negro voava se aproximando cada vez mais das montanhas, que se repara bem, tem cinco montanhas, sendo a do meio a maior e está montanha em seu topo tem uma cachoeira no lado oposto à entrada da montanha.
O dragão negro voava em direção a maior montanha, onde reside o novo rei dragão.
Continuou a voar enquanto em seus pensamentos lembrava de algumas coisas.
-(O rei dragão branco Gwyn, era um poderoso rei, e seu pai Blan, o fundador de Dragonia também era... Como os seus legados acabaram assim?)
Bem ao longe, ele via uns dragões se reunindo em volta de um vulcão, queimando na lava um outro dragão.
Um detalhe importante, que os dragões para enterrarem os mortos, eles os jogam nos vulcões, mostrando suas crenças, que segundo os dragões afirmam, que saíram dos vulcões e que devem retornar aos vulcões em sua morte.
Mas logo o dragão voltou sua atenção para a montanha maior.
-(Que pena que o filho de Gwyn, o Grys, foi derrotado pelo novo rei agora)
-(Bem, esse novo rei é bem jovem, tendo só, talvez uns setecentos anos naquela época? Acho que o termo que se dá a isso é. "O prodígio desta geração").
Cheguei até a montanha, pousando na entrada.
-Olá Turti.
Turti responde ao dragão de escamas avermelhadas escuras.
-Oi primeiro guardião.
Turti tinha agora uma cara meio desinteressada.
-Fale. Onde estão os outros três imperadores? Não sinto a presença deles desde ontem de manhã.
-Há, sim, eles saíram já faz um tempo, mas não disseram quando vão voltar, eles saíram porque os informantes disseram que a cidade Wiley foi destruída pelo Silencioso.
O primeiro guardião continuou a falar.
-Quando escutaram as notícias, já estavam querendo encontrá- lo para uma luta, eles saíram em direções diferentes.
Turti escutou os relatórios e não estava surpreso com as informações que recebeu. Ele também quer encontrar Silencioso, já que os dragões costumam querer lutar contra os mais fortes e Turti não é exceção, mas diferente dos outros três que saíram, ele tem obrigações como imperador dragão, sendo ele o mais forte e velho entre os quatro.
Pensei um pouco sobre o que ele disse.
-(Queria sair daqui um pouco também, encontrar um bom desafio, mas não será hoje)
Turti suspirou desanimado e depois disse.
-E o rei?
-Hum...
Antes de responder, o dragão vermelho fez um som de desânimo como se não quisesse falar.
Turti percebeu essa expressão, deu mais um suspiro.
-Ele está dormindo de novo não é?
-...sim...
Turti deu mais um profundo e longo suspiro, que até saiu fumaça.
Como um velho dragão, ele sabe que o rei tem enormes obrigações e afazeres pelo seu reinado, mas este agora mostra um imenso desleixo e desinteresse pelas suas obrigações.
-Tá, pode se retirar agora se não tiver mais nada a dizer.
-S- Sim senhor.
E o primeiro guardião saiu, indo ao seu outro posto.
Turti então foi entrando dentro da montanha, ele caminha em direção a sala onde deveria estar o rei.
Turti via as enormes colunas de ouro que saiam do chão até o teto, as tapeçarias do piso e das paredes feitas de fio de ouro e outras de algodão e depois para os acentos onde os dragões e o rei ficavam.
Olhei para todos os lados, relembrando como esta sala costumava ficar cheia de fortes e destemidos dragões, mas agora está vazia.
-(Meu pai... dai me paciência. Sei que os jovens de hoje em dia dormem muito... eu acho, mas ele dorme quase o dia todo, comer como um porco e ainda não faz nada, nunca o vi saindo de seu quarto, como raios ele venceu o Grys?)
Questionando se isso realmente aconteceu, mesmo Turti tendo presenciado a luta que houve a muito tempo atrás, ele ainda não acredita.
Dei um suspiro aceitando o fato.
-Não tem ninguém aqui nessa sala, é o "rei" está dormindo, outro dia eu falo do invasor.
E se virou indo embora. Turti queria relatar ao rei sobre o humano, que foi o primeiro de tanto tempo que conseguiu chegar até Dragonia, sendo um não dragão ou não tendo sangue de dragão.
Mas na verdade, isso não importa muito para Turti, o real motivo dele querer vim aqui, foi para relembrar o passado.
Turti então saiu da sala e depois saiu da montanha voando até a sua morada, que é uma montanha do lado diagonal esquerdo da maior montanha, as montanhas envolta são as moradias dos imperadores dragões.
Chegando até lá, Turti entrou pela entrada principal da montanha, caminhando até seus aposentos, durante todo o percurso de dentro da montanha, dava para ver suas pilhas de tesouros, como jóias, ouro, armas e livros que são adequados para dragões.
Entrei no meu quarto e deitei no chão como os antigos faziam, me sinto bem cansado e sonolento.
-(Nossa... já estou com sono? Tô ficando velho mesmo).
....
...
..
.
A lava borbulhava e novos vulcões nasciam no lugar da antiga mata.
Perto do local em que Nagaro morreu.
Em um arbusto sobrevivente do ataque de Turti.
Tem um braço escondido nele, o braço está lentamente reconstruindo todo o corpo, já que regeneração depende de mana e agora ele está praticamente sem.
Passaram- se várias semanas e o corpo finalmente se regenerou por completo, mas ainda não acordou.
Em uma noite, Nagaro despertou arregalando os olhos e pulou no impulso, mas logo se ajoelhou no chão tremendo e suando muito.
Se acalmou um pouco, mas seu corpo ainda estava tremendo. Nagaro olhava seu braço trêmulo.
-N-não acredito que deu certo...
Estou muito feliz por ter sobrevivido por mais um dia, mas não consigo parar de tremer.
Eu fechei os olhos e respirei fundo.
-(Acalme- se... )
Então forcei- me a parar de tremer, meu corpo já não tremia tanto, mas ainda tremia um pouco.
-(Meu corpo deve parar de tremer bem em breve).
Nagaro antes de ser atingido com aquelas chamas do dragão, ele com sua última força restante, esquentou sua mão direita e em rápidos movimentos, cortou seu próprio braço e o jogou mais longe que conseguiu, em uma fração de segundos as chamas atingiram e pulverizando seu corpo.
A sorte de Nagaro foi que o dragão negro não reparou que Nagaro fez, devido o raio sair da boca do dragão, tampando um pouco sua visão, e a onda de explosão ajudou o seu braço a se afastar ainda mais do campo de ataque do dragão negro e escondê- lo.
-Loucura... então posso voltar praticamente da morte?
-...
-...
-Nunca mais farei isso!
-Melhor dizendo! Vou treinar muito para que eu não precise recorrer a isso!
Mas isso é mais uma informação para a lista de fatos sobre minhas capacidades. Nunca tinha testado minha regeneração até esse ponto, por medo de morrer(talvez?) e também porque nunca precisei antes, mas agora depois de passar por essa experiência, farei de tudo para que no futuro eu não precise fazer uma jogada tão arriscada dessa.
Nagaro olha para o céu noturno e depois olha em volta do campo de batalha que está bem diferente de antes, no lugar das plantas e árvores, agora tem magma e lava percorrendo o chão.
Nagaro se levanta do chão sem mais nenhuma tremedeira.
-(Mas parece que regenerar meu corpo quase todo demora muito para a minha regeneração, um predador poderia ter sentido meu cheiro e ter comido meu corpo no processo, isso é mais um motivo para eu não fazer isso de novo).
Olhei mais uma vez envolta.
-(...E agora?)
Coçou a cabeça dizendo com uma voz calma como se nunca tivesse enfrentado um imperador dragão, atualmente não tem muitos que ousasse enfrenta- ló sem ter ao menos meio mundo ao seu lado, enfrenta um dragão normal exige pelo menos um seleto exército, imagine só um imperador.
Se alguém tivesse visto o que Nagaro fez e também visse ele sair vivo sem ferimentos, diriam que é um semideus que caiu na terra, claro, falariam isso se não vissem a batalha e o ganhador.
-(Agora que percebi)
Olhei para mim mesmo, vendo que estou nu, então fui procurar as roupas.
Ainda me lembra onde joguei e sem muita demora achei elas, mesmo estando de noite.
Peguei as roupas que mais pareciam uns trapos esfarrapados, ela está descorada, rasgada, as bordas queimadas, tendo marcas de mordidas de monstro, qualquer outra pessoa teria jogado isso fora, mas eu não a jogarei, por dois motivos.
É a única que tenho e que também é um presente.
Nagaro vestiu os trapos cuidadosamente para não rasgá-los ainda mais, qualquer um olhando para ele diria que é um mendigo.
Nagaro olhou para as montanhas mais uma vez, com seu olhar calmo, dando um sorriso de leve e saiu do local.
Nagaro deu um sorriso porque ele pôde conversar com alguém, mesmo eles não sendo humanos e também que Nagaro quase morreu, ainda sim, quer vir para este local de novo de nome Dragonia em um futuro distante.
Nagaro corre se distanciando de Dragonia.
-Estranho.
Mesmo lembrando do que aconteceu comigo, eu não sinto raiva dos dragões e nem tenho vontade de vingança ou algo do tipo.
Em minha vida passada eu não era uma pessoa que guardava rancor, mas eu não perdoava pessoas que me fizessem muito mal, mas por alguma razão, nesse corpo sou ainda menos rancoroso.
Nagaro tinha uma expressão leve de um "Sábio de Murim".
-(Será que eu amadureci nesta floresta?)
-(Tipo, alcançando a iluminação?)
Repentinamente um velho rato de pelo vermelho e cauda brilhante apareceu bem na frente de Nagaro.
O velho rato parecia um sábio, só faltou uma xícara de chá quente.
O "Sábio de murim" sumiu num instante, tomando forma de um asura.
-Está bem... com este rato eu faço exceç...
A explosão varreu tudo que estava pela frente.
....
...
..
.
O clima escaldante e a lava no chão dava um toque refinado nessa terra quente.
E Nagaro pisava sobre a lava.
-(Dia sete... eu estou andando em um caminho de lava... )
A partir daquele ocorrido com os dragões, decidi contar os dias, e desde aquele dia, não se passou nenhum dia em que eu não passe por algum sufoco.
Neste exato momento, estou caminhando no magma sem problemas, não é tão quente se comparamos com o inferno que passei a um tempo atrás.
Enquanto Nagaro andava sem direção, uma bola de fogo imensa aparece em um instante ao lado do seu rosto, Nagaro com sua rápida reação e velocidade, se esquiva do ataque.
-Quem fez isso!?
Olho para a direção que veio o ataque e vejo um dragão de escamas vermelhas quase um carmesim me encarando.
Nagaro mantém extrema cautela.
-(Porque tem um deles aqui? Já devo estar bem distante daquelas montanhas, mas ainda sim, me depara com um dragão).
O dragão riu de leve respondendo a pergunta.
-Fui eu e bom esquivo esse o seu.
Nagaro.
-...
Seu tamanho é bem parecido com o do décimo guardião, seu diferencial são em seus chifres que tem um formato em espiral.
Nagaro mantém o foco total no dragão.
-(Seu rosto tem um sorriso que mais parece um vilão sorrindo, de algum jeito esse sorriso é parecido com o do décimo guardião).
O dragão continuou a falar.
-Uau, finalmente alguém para eu brincar, que não seja um dragão ou um monstro irracional.
Continua a dizer com um tom arrogante.
-Espero que você me entretenha melhor que esses monstros aqui.
Nagaro apenas o encarava com seu rosto frio.
-(É igualzinho)
Sem mais nem menos o dragão vermelho bate as asas voando até ele, para o ataque, Nagaro se esquiva, mas quando se desvia, a cauda do dragão bate nele, jogando para longe.
-(Porque raios os dragões querem me matar?)
Rapidamente dei uma cambalhota para trás, parando em pé, o dragão voa até mim, cuspindo fogo, rapidamente minhas chamas vão até ele e subjuga as chamas do dragão.
Nagaro
-?
O dragão.
-(O que?)
O dragão se surpreende com as chamas, forçando- o a se esquivar do fogo de Nagaro, ao desviar, o dragão parece demonstrar um desgosto no rosto.
Nagaro.
-(O que acabou de acontecer?)
-(O dragão se esquivou das minhas chamas?)
Isso me deixa surpreso, quer dizer que minhas habilidades melhoraram mais ainda desde aquele dia? Ou esse dragão é mais fraco comparado com o décimo guardião?
Mas em um instante o dragão desse a pata até mim. Me defendo da investida do dragão, eu não saio do lugar, meu braço trica um pouco, e minhas pernas doem, mas eu suportei seu ataque!
-(Estou mais resistente?)
O dragão se afastou de mim um pouco, mas eu rapidamente com a outra mão lancei uma rajada de água atingindo a pata do dragão que tinha me atacado e a congelei instantaneamente.
Sai de perto da pata dele e pulei até o dragão, o dragão lança uma rajada de fogo pela boca e eu lançava as chamas pelas mãos. Os dois ataques explodem e quando cheguei bem perto do dragão, dei um soco em seu rosto que o empurrou um pouco para trás, e finalizei com um canhão de fogo cobrindo- o por completo.
Me afastei do fogo prestes a ir embora o mais rápido possível.
-(Espero que com isso eu pelo menos consiga pará-lo).
Não quero lutar com um dragão agora, eu ainda não acho que tenho força o suficiente para lutar contra um dragão e por ele está aqui, pode ser que tenha mais outros, então se eu não sair agora pode ser que outros apareçam.
Mas para o azar de Nagaro, o Dragão Vermelho parece bem atrás dele.
-(Rápido...)
Nagaro virou para trás, mas o dragão desceu a pata até ele, jogando Nagaro para os vulcões.
Os vulcões entram em erupção e explodem jogando lava e magma para todas as direções.
O Dragão olha para o vulcão em que Nagaro foi jogado.
-Hum... (Ele não é pouca coisa).
Ele via Nagaro saindo de dentro do vulcão desesperadamente tentando apagar o fogo de sua roupa.
O dragão sente a mana dele.
-Acho que se eu derrotar você, significa que tenho força para participar do torneio.
Nagaro se virou para ele.
-(Hum? Torneio? Há, sim, escutei isso do décimo e nono guardião, não me disseram com muitos detalhes sobre esse torneio, mas creio que ele deve estar falando do mesmo torneio...)
Nagaro abriu bem os olhos e rapidamente desviou do ataque de lava do dragão, o dragão avança até Nagaro, que se desvia para o lado, saindo do vulcão.
Mais ataques de lava vêm até Nagaro, que continua se desviando.
Nagaro lança suas chamas e o dragão libera lava, os dois golpes se colidem, mas Nagaro teve que sair da frente.
A lava divide a terra e explode os vulcões atrás de Nagaro.
Nagaro se afastava bastante do dragão e olhando para o chão.
-(Isso é lava...)
O gelo na pata do dragão derrete.
-Não fique distraído humano, subestimei você de primeira, mas agora irei com toda a minha força!
Nagaro fala bem baixinho que nem mesmo o dragão escutou.
-Ok...
Estava imaginando que ele já tava vindo com tudo, era bom demais para ser verdade, quer dizer que o aquele ataque que eu consegui revidar antes, ele não estava se esforçando para atacar. Isso me deixa um pouco triste, pensei que eu estava muito mais forte que antes, mas pelo visto só o fogo não será o bastante.
Eu afasto qualquer pensamento desnecessário e começo a caminhar em direção ao dragão vermelho, sem mais enrolação, minhas mãos pegavam fogo que rapidamente se transformavam em lava que pingava no chão.
Durante esses dias treinei minhas habilidades e agora o fogo vira lava e a água vira gelo com mais rapidez.
O Dragão fica surpreso ao ver o humano usar lava, deixando- o ainda mais alegre, formando um sorriso horrível em seu rosto ao perceber a aproximação de Nagaro.
-Muito bem.
O dragão avança rapidamente até Nagaro.
....
...
..
.
Ao longe, pássaros, leões, orcs, ifrits, goblins e lizards viam gêiseres de lava subindo ao céu e descendo em terra.
Nagaro e o dragão estão em uma velocidade altíssima, que até viram borrões em pleno ar, a cauda do dragão bate em Nagaro, que se defende cruzando os braços, ele foi arrastado para trás criando um buraco na terra, mas sem que seus pés e mãos fossem quebrados, apenas recebendo hematomas e rachaduras nos ossos
Nagaro se levanta e avança, o dragão perde ele de vista.
-(O que?!)
O dragão carmesim foi golpeado no peito, logo em seguida na cabeça, barriga, costas, no meio da testa.
Seu corpo era empurrado por cada golpe que ele recebia.
-(Como isso é possível?! Ele está mais rápido do que eu?!)
-Grrrrr, ora seu!!...
Antes do dragão terminar de falar, Nagaro pula e golpeia o queixo dele e logo em seguida, Nagaro o chutou, mandando- o a alguns poucos metros longe.
As quatro patas do dragão bateram em terra e avança furiosamente até Nagaro atacando- o com suas chamas e lava incandescente, mas Nagaro lança um lago no dragão congelado- o por completo, de dentro do gelo, o dragão treme e rapidamente seu corpo emana lava destruído o gelo.
A onda de vapor fez Nagaro ser arrastado um pouco para trás, mas permanece firme no chão.
O dragão ruge irritado.
-Vai pagar por isso!!
Rapidamente avancei atacando o dragão em todas as partes do corpo, mas mesmo depois de eu golpeá- lo tantas vezes, eu ainda não consegui quebrar nenhuma de suas escamas e ele também não sangrou nem um pouco, até mesmo o décimo guardião tinha sangrado por receber meus golpes.
Nagaro desvia da lava e se afasta.
-(Ele é mais resistente do que parece)
Percebo que meu corpo está ficando mais forte e resistente do que antes da luta, mas se eu não conseguir machucá- lo, isso vai ser uma batalha eterna.
Rapidamente fui empurrado para trás pelo dragão e um raio de lava veio logo em seguida, me esquivei para o lado e me afasto.
Outro raio de fogo veio até mim.
-(Talvez eu possa ganhá- lo com minhas habilidades?)
Nagaro levanta a mão e um raio de fogo é lançado.
Percebeu o que Nagaro estava fazendo.
-Hum? (Será que esse humano realmente acha que pode me vencer em questão de habilidade?)
-(Ele me surpreendeu com sua velocidade, mas seus golpes não são fortes o bastante para passar por minhas escamas e percebo que está lentamente ficando sem mana).
O dragão com sua pata direita fez o mesmo. As duas energias se chocam criando uma massa incandescente. Os dois disparos estão equilibrados, mas Nagaro percebe que está sendo empurrado para trás.
Nagaro mantém seu rosto sério e com sua outra mão, lança sua habilidade de água, se juntando com seu ataque de chamas.
O dragão sorri achando estranho e graça, que ele tenha lançado água nesse momento crítico.
-(O calor que nossos ataques de chamas está emanando já é o suficiente para fazer seu ataque de água enfraquecer, mas ele juntou suas habilidade de fogo e água em um só ataque, isso faz com que se anulem. Que tolice).
Mas o dragão parou de sorrir ao perceber que o ataque dele não se anulava, pelo contrário, estava mais forte.
-(O que!?)
A energia está à beira de acertar o dragão.
O dragão enrugou a cara e as chamas viraram lava em um instante. E novamente os ataques de ambos se mantêm equilibrados, mas o dragão agora está começando a se cansar.
-(Que chato... Que humano persistente, aceite logo sua morte!)
-(Mas está tudo bem, é só uma questão de tempo para que a mana dele acabe a qualquer momento)
Nagaro começou a suar e enfraquecer.
-(Droga, calculei mal!).
-(Mas que idiotice Nagaro! Como posso ter cido burro em achar que poderia vercer um dragão desse jeito!)
A energia está cada vez mais próxima de atingir Nagaro.
Nagaro percebe que o Dragão abre sua boca e um raio está prestes a sair dela.
-A não...
Vejo lava pingando da boca dele, parece que vai ser um disparo de destruir tudo, mas não posso fazer nada, minhas mãos estão ocupadas e eu não faço disparos pela boca.
-(Se eu receber um ataque deste não sairei vivo).
Não tendo mais tempo para pensar, o raio sai da boca dele indo até mim, então fiz a única coisa que deu para eu fazer, me esquivar, cancelei os meus próprios ataques fazendo que o ataque do dragão viessem até mim, dois raios massivos estão prestes a me atingir.
Para desviar, usei toda a minha vontade e flexibilidade, meus pés e braços dispararam explosões na terra me fazendo voar e desviar dos ataques, mas infelizmente o raio que veio da boca do dragão acertou minhas pernas, pulverizando- as na hora.
-Tch. (Sabia que eu não conseguiria me manter por muito tempo igualado a essa energia).
-(Os dragões tem sim convicção para manter a arrogância e orgulho, isso mostra mais uma vez que eu não sou grande coisa para eles e nem para este mundo, e é por isso que irei melhorar ainda mais minhas capacidades).
Os raios de lava continuaram a seguir destruindo e matando tudo pelo caminho, até que os raios sumissem da vista de todos, mas deixando para trás um rastro da destruição e cinzas.
O dragão aproveitando essa chance rapidamente voa em direção a Nagaro.
-(Vou finalizar isso agora!!)
Nagaro flutuando ainda no ar, vê que o dragão está a poucos metros de atingi- lo.
Sinto meu corpo fraco, acho que gastei muita mana com aqueles ataques, bater de frente contra um dragão não é uma boa ideia. Olhei para aquele dragão, sentindo como se o tempo estivesse ligeiramente mais devagar, não sei se sou eu que estou vendo tudo mais lento, ou se estou tão cansado que até meu cérebro vê tudo mais devagar.
-(Acho que minhas habilidades são muito boas e sinto que posso fazer varias coisas com elas, só não descobri essas formas ainda, mas tem algo que me interessou, desde o momento que usei minhas habilidades em conjundo contra quele dragão negro, eu me perguntava, o que acontece se eu juntar minhas habilidades de fogo mais à de água em uma?)
Nagaro estende suas duas mãos formando um semicírculo, enquanto o dragão está prestes a acertá- lo.
Os olhos de Nagaro se encontram com os olhos do dragão carmesim.
-(Eu descobri uma nova habilidade... Vapor)
Uma poderosa fumaça de vapor saiu de suas mãos, empurrando o dragão para fora do campo de lava até o outro lado da floresta.
Nagaro se surpreende.
-Uau!... Não sabia que iria dar tão certo!
-(Se eu imaginasse que aconteceria isso, teria usado vapor logo de cara!)
Quando descobri essa habilidade, fiquei treinando incansavelmente para poder ficar forte, mas não imaginei que ficaria tão forte assim.
No mundo, habilidade vapor é considerada um poder difícil de usar porque para executá- la, deve esquentar e esfriar ao mesmo tempo, e para um corpo ficar em uma temperatura alta é baixa, é muito perigoso, imagine, metade do corpo anormalmente quente e a outra extremamente fria. E o vapor fica mais forte quando mais quente o corpo fica e Nagaro estava com a temperatura de uns três ou quatro vulcões.
Nagaro caiu de cara no chão.
-Essa é minha chance!
Sem muita demora, minhas pernas se regeneram e sai correndo o mais rápido possível, porque sei que apesar de meu ataque ter sido forte, meu oponente é um dragão e é provável que não tenha se machucado muito só com um ataque desses.
E Nagaro correu para fora da floresta de lava.
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