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Chapter 11 - Capítulo 11 - A cidade élfica perdida (parte 2)

Os primeiros raios de sol vindos pela manhã iluminam a cidade perdida.

E as flores que iluminavam a cidade de noite, se apagaram à medida que o sol nascia.

E Nagaro continua a explorar, já tendo explorado um terço da cidade. 

Nagaro vê que só há casas em cima das árvores e que há pontes que ligam as árvores umas às outras.

-Humm... Pelas minhas experiências lendo light novels, mangás e animes. Desconfio que este lugar é uma vila élfica.

O que me dá certeza de que este lugar é uma vila de elfos, é que todas as construções estão em cima das árvores e que no centro da vila, mesmo estando tão longe, consigo ver uma árvore gigantesca que não é conectada por pontes como as outras árvores.

-(Parece que aquela árvore serve como um centro de adoração).

E considerando que este mundo é um mundo de fantasia e magia, então esse lugar só pode ser uma vila de elfos antiga, e principalmente o que mantém minha teoria são os quadros de dentro de algumas casas que vi. 

Agora mesmo, estou me aproximando do centro da vila, onde tem a árvore que eu vi de longe, e como eu imaginei, é a maior árvore que já vi. 

É tão alta que não dá para ver seu topo, seu tamanho ultrapassa as nuvens.

-(Essa árvore é claramente maior que aquela montanha central de Dragonia). 

As folhas balançam com o vento e os raios de sol da manhã enfatizam a sua imponência. 

-(Daria para ficar vendo essa árvore antiga por horas e horas.) 

Nagaro ficou algumas horas apreciando a árvore, que se falasse, provavelmente contaria centenas de histórias, como o mundo veio a existir ou quando ele viu o primeiro dragão nascer. 

Continuei então a explorar, como estava amanhecendo, ficou ainda mais evidente que houve alguma batalha aqui. 

Eu entro nas casas com a esperança de encontrar alguém ou descobrir alguma pista sobre o que aconteceu aqui, mas não descobri nada de especial e nem uma só pessoa viva. 

Estou prestes a desistir de procurar algo que pudesse ajudar a responder meus questionamentos, então voltei em direção a onde está a árvore no centro da cidade, olhei para a árvore apreciando mais um poucos de sua magnitude, mas repentinamente uma onda de vento forte bateu em minhas costas, fazendo balançar meus cabelos, e a ventania subiu para a topo da árvore, vejo suas folhas balançando fortemente ao vento, mas logo algo me chamou atenção, o vento abriu espaço entre os galhos revelando uma certa casa que estava escondida. 

Nagaro não tinha notado e nem sentido ela antes, devido a árvore ter uma mana bem poderosa, que dificultou a sua identificação, ele também nem a viu antes por causa das folhas que a cobriam, deixando então a casa bem escondida. 

-(Se não fosse esse vento forte eu nem tinha notado aquela casa).

A casa em questão parece que emana um tipo de energia fraca agora que foi revelada, foi então que eu vi um vulto passando pela janela e sumindo.

-!?!?!?

Nagaro levantou as sobrancelhas expressando leve surpresa. 

-O que?! Tem gente lá?!

O vulto tinha sumido em um instante, mas eu pude ver que ele parecia ser um elfo ao julgar pelas suas orelhas, mas eu não perdi tempo, rapidamente escalei a árvore chegando até a casa. Quando cheguei, vi que estava queimada igual as outras, mas ainda parecia permanecer aparentemente segura. 

Tentei sentir se tinha vida no interior da casa, mas por alguma razão, eu não consigo sentir nada de dentro da casa, eu mal consigo sentir essa linha de energia agora.

-(Parece que a qualquer momento vai ceder e partir esta linha de energia). 

-(É como se esta casa estivesse ocultando a presença, tentando se esconder para que ninguém a visse e a sentisse).

Olhei para a porta por um momento. Então eu bati.

-Olá!!! Tem alguém aí?!!

Mas ninguém respondeu.

-Olha!! Eu vou entrar, tá!?

Abrir a porta cautelosamente, mas a porta simplesmente se desmonta e cai no chão, a madeira do chão quebra e a porta caiu, ficando presa nos galhos da árvore.

Mais do que nunca devo andar com cuidado, porque a casa pode desabar devido seu estado e também por ser bem antiga. 

Olho para o interior da casa, vejo que não tem ninguém.

-...

-Olá!... Desculpe pela porta e pelo piso! Se quiser eu posso consertar para senhor ou senhora!

Mas ninguém respondeu.

-...

-(Será que foi a minha imaginação o que eu vi? Foi só impressão minha ter visto um vulto que parecia ser um elfo?)

Pensei por alguns segundos e cheguei a conclusão que só era coisa de minha mente o que eu vi.

-Ah, ah, ah, ah, ah.

-Quão animado será que eu estou para que eu já esteja vendo alucinações de elfos?

Entrando na casa, pisando vagarosamente, cada passo que dou faz a madeira ranger. Eu olhei para todos os lados, observando que a casa por dentro estava relativamente intacta, mostrando a beleza que tem dentro, cada cômodo no teto tem lustres lindos, vários quadros de fotos de família, as paredes como o piso são de madeira, mas são pintados com uma cor amarelada, semelhante ao ouro.

Esta é sem dúvidas a casa mais organizada e bonita entre as demais casas deste lugar. 

Olhei para uma escultura de elfo feita de vidro que está em cima de uma mesinha. 

-(Que bonita). 

-Humm... (O que será que deve ter acontecido para esta vila élfica está assim?)

E mais uma coisa, todas as casas que olhei estavam queimadas por fora, então não deve ter sido uma emboscada visando roubar as riquezas, já que todas as casas tem joias, e as roupas que eu vi também são finas. 

Também não pretendiam fazê-la seu território, já que as queimaram, mas não as queimaram por completo, parecendo que só queriam eliminar ou expulsar a população deste lugar, a questão então é o porquê.

Sem a resposta para as minhas perguntas, continuei a olhar em volta, mas não tinha nada de especial que chamasse atenção, os livros e pergaminhos são muito antigos para até mesmo se pegar. 

Na hora que pegava os livros, eles simplesmente viravam farelo. Então decidi não pegar em mais nada, vai que no futuro alguém descubra esse lugar e consiga de algum jeito restaurar os livros e outras coisas desta vila.

Vendo que não tinha mais nada para se ver, andei de volta em direção a saída da casa. Quando estava de frente a saída, senti o vento vindo do lado de fora me empurrar para trás.

-(Que raios? Que vento forte é esse?)

Quando o vento parou, voltei a caminhar novamente em direção a saída, mas bati o pé em algo. 

Olhei para o chão.

-Hem? (Parece que bati em algo que… parece ser um bastão?). 

Sem mais nem menos, uma alavanca que estava invisível apareceu, nem sequer tinha sentido ela ali, a alavanca é de cor dourada, provavelmente é feita de ouro.

Fico olhando ela por um curto período de tempo. 

-(Sei que eu não deveria fazer isso, mas meu cérebro fala, "apenas faça"). 

Quase que por instinto, Nagaro empurrou a alavanca. Sons de engrenagens são escutados, e sem mais nem menos o piso central da casa começou a afundar revelando uma escada que levava para o porão. 

Nagaro não entendeu o que houve, mas sentiu uma forte energia vindo de outra sala. 

-(A energia fraca que senti do lado de fora da casa agora ficou repentinamente mais forte depois de ter mexido nessa alavanca).

Andei em direção a onde essa energia vem, que até então não sabia de onde exatamente vinha. Chegando até o lugar que a emana, é a sala central da casa, via aquelas escadas que estão no centro da sala. 

Olhei para a nova entrada, só vejo escuridão.

-(Devo entrar?) 

Sei que é de costume haver monstros e terríveis horrores em lugares como este, mas é em lugares deste calibre que costuma ter algumas respostas. 

Sem mais enrolação, comecei a descer pelas escadas, vejo que as escadas estão me levando para um lugar bem mais escuro e tenebroso, mas por alguma razão não sinto qualquer medo. 

....

...

..

O dia amanheceu e muitos aventureiros estão chegando e saindo, carroças vindo e indo, lojas sendo abertas e aventureiros entrando na floresta .

O líder de um grupo aponta sua espada para a floresta.

-Vamos equipe!

-Sim senhor!

E a equipe respondeu seu líder, e seguiram logo atrás dele.

Não muito longe, perto da barraca que passaram a noite, Rixas e sua equipe viram os aventureiros entrando na floresta.

Ricardo.

-Quanto tempo mais ele ainda vai demorar? 

Rixas 

-Acalme-se, a qualquer instante ele deve chegar.

-Eae pessoal!! 

Uma voz masculina foi ouvida, toda a equipe se virou para ver quem era, e como esperado, era um homem fera da raça dos lobos, sua pelagem é cinza, vestindo uma armadura robusta, mas parecida com a armadura de Rixas, mudando somente a cor e tamanho. 

Ricardo. 

-Demorou em? 

Diz Rixas, com a voz descontraída. 

-Estávamos aqui pensando que tinha morrido.

Matheus coçou a cabeça, parecendo estar meio envergonhado, mas logo em seguida recebeu um murro no braço. 

Maria. 

-Demorou muito... fiquei preocupada. 

Sua voz era meio fofa e delicada, com certeza Maria nunca falaria dessa forma para outra pessoa assim. 

Matheus e Maria trocaram olhares, parece que o tempo parou para eles. 

Não perdendo essa oportunidade, Ricardo cruzou os braços dando um sorriso de lado. 

-Hummmm. Quando será o casamento? 

Ambos se viraram para Ricardo, com seus rostos um pouco constrangidos e bochechas um pouco vermelhas. 

-Hã... o-o- oque? não... não é o que você está pensando. 

-Hã... o-o- oque? não... não é o que você está pensando.

Eles dizem em sincronia, tentando justificar esse afeto obviamente romântico, mas isso só reforça ainda mais o que Ricardo quer evidenciar, e eu estou aqui, olhando esses dois, tinha até esquecido que eles se gostam tanto. 

Olhei para minha filha que também olhava para mim, e depois olhamos sorridentes para Matheus e Maria. 

Os dois reparam os olhares de Rixas e Camila. Maria então tenta explicar mas...

-N-Não é o que estão pensand... 

Camila a interrompe 

-Acho que é sim... Rum, rum, rum. 

Maria demonstra um olhar letal para ela, mas é ignorada.

Rixas começou a andar em direção a barraca que montaram para passar a noite.

-Bem, bem, não importa agora, todos já chegaram, então, antes de entrarmos vou explicar nosso plano para você Matheus. 

Matheus olha para Rixas.

-Sim.

E todos o acompanham, Matheus e Maria parecem que estão aliviados pelo assunto ter mudado rapidamente, mas mudaram para uma meia tristonha e constrangida quando Rixas terminou dizendo com seu sorriso maroto. 

-Só não me esqueçam de me convidarem para o casamento. 

Camila e Ricardo deram risadas tentando esconder seus rostos, mas não conseguiram. 

De dentro da tenda, Rixas explicou tudo para Matheus e lhe entregou um mapa. 

Rapidamente saíram da tenda, depois que a desmontaram toda, foram seguindo para a floresta.

Não demorou muito e Ricardo chega perto de Matheus.

-Mas e então. Por que demorou tanto? 

Matheus.

-Ah, sim, demorei para vir porque, tinha pegado uma missão que achei que seria rápida de resolver, mas no final foi um pouco trabalhosa. 

Ricardo ficou curioso.

-Sério? Que missão era?

Matheus.

-Era uma missão de escolta. 

Ricardo.

-Ah, você escoltou quem? Um velho burguês ou algo assim? Era homem ou mulher?

Matheus.

-Era uma mulher... 

Matheus sente uma aura assassina voltada para ele, não queria saber de onde vinha, mas mesmo assim virou o rosto um pouco rígido, vendo Maria brilhando vermelho ao seu lado. 

O olhar de Maria é sério, que até parece mandar telepatia. "Depois conversamos sobre essa escolta". 

Matheus.

-(Santo senhor da selva, me ajuda).

Ricardo não tinha planejado isso, mas parece satisfeito com os resultados e Camila olha para trás rindo sutilmente. 

.... 

... 

..

.

As grandes árvores e vegetações dificultavam a visão deles, as árvores são tão grandes que quase não se passa os raios solares.

O silêncio só piora a situação, pois a qualquer momento eles podem morrer para um monstro. 

Rixas e seu grupo andam cautelosamente pela floresta que é conhecida pelo mundo como um dos lugares mais perigosos. 

Eles se movem, organizados da forma que discutiram antes, que depois foi repassado para Matheus. Eles se organizaram na seguinte ordem. 

Onde, Matheus se posiciona na frente, vestido com sua armadura e segurando o escudo, sendo ele quem recebe os ataques dos inimigos, além de que, ele sabe usar magias de escudo e proteção, sendo um perfeito tanque do grupo. 

Atrás de Matheus, está Rixas, equipado com sua armadura e três espadas, uma espada longa e pesada de trás das costas e as outras duas estão nas bainhas em sua cintura. 

Atrás de Rixas, está Ricardo e Camila, um do lado do outro, Ricardo vestindo como de costume, um manto que cobriam todo o corpo, mas o mago carregava um cajado em sua mão e debaixo de suas vestes tinha um livro de feitiços. Enquanto Camila vestia suas roupas brancas, mas tinha uma armadura de couro para se proteger por cima da roupa e carregava um cetro. 

Atrás deles estava Maria, vestida agora uma armadura de metal leve, segurando uma espada, preparada para qualquer ataque repentino por trás. 

Eles seguem avançando até o objetivo de sua missão. 

.... 

... 

..

.

Matheus parou de andar na frente, Rixas tomou a liderança, ele avança afastando as plantas do caminho, e sua equipe o segue logo atrás. 

Rixas levanta a mão e sua equipe parou de andar.

-Chegamos no pântalo pessoal.

Maria observa os arredores e depois olhou para frente.

-Tem certeza Rixas? 

Ricardo pega um mapa que sai de seu anel de armazenamento. 

-Bom... Segundo o mapa, a entrada mais fácil de entrar no pântano é aqui. 

Maria. 

-Sei mas... 

Todo o grupo olha para a entrada do pântano, que parecia mais a entrada de uma caverna de tão escura que está, a neblina espessa só piora a aparência e dificultava a visão. 

Rixas.

-Então, peguem suas máscaras e usem as poções, para proteger a pele. 

-Nunca se sabe se o ar de lá é venenoso. 

Seguindo minhas ordens, todos colocaram as máscaras e jogaram as poções no corpo. 

Continuei a dizer. 

-Não se esqueçam! Só temos trinta minutos antes do efeito passar, e não se distanciam muito, qualquer coisa que virem de estranho, avise de imediato, não confiem em outros aventureiros que estejam lá, ouviram bem? 

Minha equipe concordou balançando a cabeça, e seguimos para dentro do pântano, Ricardo avança na frente, estendeu seu cajado para que a névoa envolta deles seja dissipada, e recuou para trás ao lado de minha filha. 

Quando entramos, imediatamente sentimos náuseas por causa do veneno poderoso que o lugar possui, mesmo usando máscaras e poções, ainda sim, somos afetados pelo veneno. Rapidamente minha filha usa sua magia de cura balançando seu cetro, a luz dourada nos cobre, nos retirando qualquer mal estar nosso.

Rixas olha para sua filha agradecendo.

-(Poções que protegem todo o corpo, são caras, mas eu fiz questão de contrar algumas de melhor qualidade possível para minha equipe, mas mesmo eu tendo desembolsado uma fortuna por essas poções, ainda sim, sofremos leves sintoma de envenenamento, quão venenoso é o ar deste novo pântalo?).

-(Mas graças a minha filha deu para auxiliar na proteção que a poção nos deu).

Rixas percebe que a situação é realmente preocupante, mesmo que agora estejam bem graças a magia de Camila, ele entende que quanto mais tempo passar aqui, mais afetados serão pelo veneno do pântalo, mas como eles já estão aqui, seria um grande prejuízo saírem de mãos vazias, mas Rixas sabe que tem que se preocupar com a segurança de sua equipe. 

Rixas olha para frente, mesmo com a magia de Ricardo a neblina ainda é bem densa.

-Tch(Droga). 

-Mudança de planos.

-Só vamos ficar aqui por dez minutos. 

A equipe rapidamente seguiu as ordens de Rixas, como se estivessem esperando essa ordem, e foram ainda mais apressados até o lago para recolher os materiais de sua busca. 

.... 

... 

..

.

Ricardo usa mais magia de dissipação e a neblina envolta deles fica mais fina, melhorando muito a visão. 

Rixas sorridente. 

-Bom trabalho, melhor mago da guilda. 

Ricardo.

-Eu sei disso, melhor que eu não há ninguém, Rah, Rah, Rah.

Depois desse momento de descontração, Rixas olhou para um lago logo à frente e depois para a equipe.

-Beleza pessoal, usem as luvas, creio que todos já sabem o que viemos fazer aqui, mas vou dizer mais uma vez, nós vamos coletar umas ervas especiais que nascem nos lagos dos pântanos. 

Estas ervas só nascem nas bordas dos lagos, e são muito apreciadas pelos alquimistas e magos, qualquer lago de pântano que exista, essas ervas nascem, mas as de melhor qualidade são as que nascem nesta floresta, e são ainda mais valiosas quando o pântano for novo. 

Rixas e sua turma colocaram luvas e pegaram as plantas que viam nas beiradas do lago e colocaram em seus anéis de armazenamento. Rixas então percebe que já está na hora de irem. 

-Pessoal, já temos que ir. 

Todos compareceram e se reagruparam, indo em direção à onde entraram. 

Matheus olha em volta e fala. 

-É estranho que não fomos atacad... 

Ricardo tampa a boca de Matheus.

-Tá doido? Fala isso não, quer nos azarar? 

Matheus. 

-Não, é só que... 

Maria viu um vulto estranho, que sumiu rapidamente. 

-Gente... Vi algo se mexendo ali. 

Rixas imediatamente pega a espada nas costas. 

-Onde? 

Camila olha em volta, mas não vê nada, só a neblina. 

-Maria, não foi só impressão não? 

Maria.

-Não, definitivamente, tenho certeza que vi algo ali passando rapidamente, e sumindo na neblina. 

Olhava atentamente em volta, percebi algo se movendo perto de uma árvore ao longe.

-(Agora sei que tem algo aqui).

Ordenei à minha equipe que empunhem suas armas. Todos já empunharam as armas, e seguimos para uma formação que tínhamos planejado antes, para caso houvesse vários inimigos, formaram um círculo onde minha filha ficava no centro. 

Ricardo dá um tapa na cabeça de Matheus.

-Viu o que você fez? 

Matheus. 

-O-o que? eu?! 

Ricardo. 

-Sim, tu Matheus e essa sua bocona. 

Mas Ricardo para de falar, percebendo algo se mexendo e falando alto para os demais escutarem. 

Rixas sente a presença dos inimigos se aproximando, dá um sinal dizendo que os inimigos vão atacar a qualquer momento, Ricardo prepara seus feitiços, Camila pronta para curar qualquer um que se ferir e Mathues pronto para defender o grupo. 

Em um instante, uma bola escura do tamanho de uma roda de carroça voa até Maria, que mal teve reação, só conseguindo estender sua espada para se proteger do impacto. 

Maria se defende da bola, mas foi empurrada para trás, na hora Camia a segurou por trás. 

-Desculpe Camila.

Camila.

-Tudo bem. 

Percebemos que Maria foi empurrada por algo, mas eu não vi direito, perguntei se ela está bem e Maria respondeu que "sim, estou bem". 

Não conseguiram identificar o que era direito, devido aquela bola ter voltado para onde tinha saído. Sem mais nem menos espinhos voavam em minha direção, empunhei a espada me defendendo do ataque. 

Todos percebem, e se preocupam. Perguntaram se estou bem e eu respondi que "sim". 

Matheus levanta o escudo rapidamente, os espinhos colidiram no escudo e caíram no chão.

-E agora Rixas? 

Rixas com seu rosto sério ordena. 

-Matheus! Erga uma magia de escudo. 

-Ricardo! prepare uma magia que disperse bastante a neblina em volta de nós. 

Ambos rapidamente executam as ordens. O escudo nas mãos de Matheus brilha uma cor prateada e logo em seguida um campo esférico que fica em volta do grupo se forma. 

Sem muita demora, centenas de espinhos vieram de todas as direções, surpreendendo o grupo, os espinhos batem constantemente na barreira, impedidos de acertar a equipe dentro. 

Não sabia que isso iria acontecer, se Matheus não usasse sua magia, poderíamos estar extremamente feridos, não, estaríamos mortos mesmo. Muitos espinhos voam em direção a barreira ficando cada vez mais violenta a onda de espinhos, e alguns dos espinhos são bem grandes. 

Passou alguns minutos e Matheus percebeu que uma rachadura apareceu no canto da barreira.

-Não vai durar para sempre se essa onda de espinhos continuar assim. 

Rixas olha para Matheus e balança a cabeça.

-Aguenta só mais um pouco.

Virei para Maria. 

-Maria! Quando Ricardo dispersar a névoa, faremos aquele ataque planejado! 

Maria.

-Entendido. 

Rixas.

-Ricardo! Hora de brilhar. 

Ricardo. 

-Sim. 

Estendeu seu cajado e uma onda varreu a névoa envolta, revelando quem são os monstros que estão atacando. 

Todos viram que eram porcos espinhos, de tamanhos diferentes, e mais ao fundo, tinha uns porcos espinhos gigantes, parecendo ter o tamanho de orcs. 

Camila. 

-O que são isso? 

Matheus. 

-Não pode ser, são porcos espinhos!? 

Ricardo.

-Nunca vi porcos espinhos deste tamanho!

Todos estão chocados com o tamanho dos porcos espinhos, mas rapidamente comandei para preparar o ataque. 

-Agora! 

Eu e Maria balançamos ao mesmo tempo nossas espadas, ativando nossas habilidades de vento, e em rápidos movimentos, furacões foram formados, matando, machucando e afastando os porcos espinhos, os espinhos que vinham na nossa direção, foram devolvidos para os porcos espinho, mas os porcos espinho grandões ao fundo mal saíram do lugar e não sofreram nenhum incômodo com o nosso ataque. 

Rixas e Maria se preparam para o próximo movimento, mas sentiram náuseas.

Não só Rixas e Maria, mas todo o grupo também.

Rapidamente Camila usa sua magia de cura, restaurando a saúde.

Rixas.

-(Droga! O efeito da poção já está acabando).

-Vamos pessoal!! 

O nosso ataque foi o suficiente para matar os porcos espinhos mais próximos, permitindo que pudéssemos fugir, corremos o mais rápido que pudermos para a saída, mas os porcos espinhos gigantes nos seguem atrás de nós. 

Ricardo.

-(Que incomodo vocês).

Ricardo levantou seu cajado.

-Paralisia! 

E uma onda enevoada atinge os porcos espinhos, deixando eles atordoados, e Ricardo volta a correr. A magia de Ricardo os atordoam por um pequeno tempo, logo eles voltaram a se mexer novamente, mas foi tempo suficiente para nós tomarmos distância. Mesmo já estando bem distantes, os porcos espinhos continuaram a perseguição. 

Rixas olha para trás.

-Rum.(Que insistentes).

Os porcos espinhos percebendo que não iriam alcançá- los, decidiram lançaram seus espinhos até eles. Os espinhos voaram em altíssima velocidade prestes a acertar Ricardo que está atrás. 

Ricardo vê os espinhos se aproximarem, mas não teve tempo de se defender. 

-(Ah não...) 

Para sua salvação, Matheus aparece rapidamente usando seu escudo, defendendo- o dos espinhos. 

-Valeu Matheus. 

Matheus voltou a correr, mas ficou atrás de Ricardo.

-Disponha. 

E correram rapidamente, mas os porcos espinhos não pararam de persegui-los.

Camila está perdendo velocidade, sendo assim, ficando para trás, Rixas vê que sua filha está para trás e se move para ajudá-la, mas Matheus foi mais rápido, a segurando pelos braços. 

Camila se sente incomodada, mas não falou nada. 

Rixas e Maria dão um olhar mortal para Matheus, que finge não vê-los, mas fica suando frio. 

Rixas, Maria, Matheus e Ricardo disseram. "Aceleração" e correram em uma velocidade altíssima, voltando para onde vieram, deixando os porcos espinhos para trás, que por sua vez, pararam de persegui- los, parecendo não quererem deixar o território. 

.... 

...

..

.

Nagaro ainda descia as escadas. 

-(Porque será que aqui é tão escuro? Essa escuridão não é normal, parece que a mana interage com a escuridão).

Poderia usar minhas habilidades de fogo para clarear o lugar, mas não sei o porque, sinto que não deveria fazer isso, sabe quando se tem aquela sensação que se fizer algo vai dar errado, é isso que estou sentido agora. 

-(Por quanto tempo será que estou descendo? Sei que essa casa é enorme, mas acho improvável que tenha um porão tão grande assim). 

-Hum? 

Parece que bati em algo liso, será que é outro escudo invisível, levantei as mãos em direção no que eu bati, tentando identificar o que é, sentindo que é uma parede provavelmente não invisível, sinto que em seu centro parece que tem uma espécie de círculo que era um pouco maior que minha mão, mas não tem maçaneta para girar ou botão para apertar, sendo então esse círculo inútil. 

Quando eu deslizei minha mão em cima do círculo, percebi que minha mana foi absorvida pelo círculo. 

-Hum... (Será que talvez para abrir caminho devo usar minha mana?).

Então levantei minha mão e a coloquei de novo no círculo, liberando minha mana no círculo. 

-(Como eu imaginei, o círculo interage com a mana). 

O círculo absorve minha mana e começa a brilhar. 

-(Uau... ele absorve bastante mana, mas parece que não é o suficiente né?) 

Então liberei toda a minha mana, e o brilho do círculo aumentou até que a luz ofuscou meus olhos, forçando a ter que cobrir meus olhos com as mãos. 

Quando a luz diminuiu, a parede em minha frente se abriu, revelando uma outra área escura. 

-Como é que é? É só isso? 

Deu um suspiro, Nagaro demonstra um desânimo, porque só abriu uma outra ala, que é ainda mais escura que a ala que ele está. Nagaro tinha uma expectativa de que talvez encontrasse um tesouro, não é que Nagaro tem ganância ou algo do tipo, mas seria legal ser o primeiro a achar um tesouro perdido. 

Nagaro deu mais um suspiro.

-(Já estou aqui mesmo, então vamos em frente).

Nagaro atravessou a porta, quando deu mais três passos depois de ter atravessado, a parede atrás dele se fechou em altíssima velocidade, fazendo um barulho alto ecoante. 

Virei em direção à porta, mas agora estou incapaz de ver qualquer coisa, estou novamente no breu ainda mais intenso. 

-(Será que eu não deveria ter atravessado?) 

....

... 

..

.

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