Chapter 13 - 13. Primeiras Oferendas

Felizmente Agatha já havia feito uma coisa que poderia ajudá-los com isso.

Ogar e os recém chegados não tinham ideia das coisas que tinham acontecido ontem a noite. Bom vários dos próprios residentes ainda não conseguiam acreditar noque tinha acontecido.

Porém era um fato que algo divino os tinha ajudado com o nobre (porco) e seus chaveiros (bastardos), e pelo menos 4 pessoas (que sem saber o número já estava crescendo) também desconfiavam que quem ou oque quer que tinha ajudado com isso também eliminou o goblin durante a madrugada.

Só pelo que aconteceu com o nobre seria suficiente para reverenciar aquilo, e foi exatamente isso que vários aldeões fizeram com a ajuda de Sofi e Agatha vários aldeões fizeram um pequeno templo de pedra em agradecimento há oque quer que tenha agido ontem.

Era uma construção muito simples algumas pedras lisas sobrepostas justas com uma mistura adesiva de ervas e seiva de árvore.

Agatha ficou responsável pela aparência da estrutura, Sofi deu os materiais e alguns aldeões construíram a pequena construção que mal chegava há um metro na praça da vila, onde geralmente eram comemoramos aniversários, nascimentos e raras festividades.

Esse pequeno projeto foi feito bem rápido em menos de 30 minutos, depois que eles foram ver a plantação. Por mais rudimentar que fosse, ainda era um altar para adoração, e uma das coisas que se fazia em altares era deixar oferendas, exatamente oque eles pretendiam fazer, tanto para agradecer pela noite passada quanto para pedir ajuda com oque estava por vir.

Pode ser presunção deles mas, Gerard, Sofi, Agatha, Ivan e Hannah acreditavam piamente que o ser que tinha ajudado antes iria ajudar outra vez, nada mais justo que oferecer algumas palavras de agradecimento e se possível alguma coisa mais física.

Gertrude ainda não sabia de tudo que tinha acontecido durante a noite, por conta da idade ela tinha ficado muito suscetível a doenças e tinha ficado de cama nos últimos 3 dias com o marido junto há ela principalmente na noite passada.

Ela sabia que algum nobre e seus servos haviam aparecido e causado confusão mas foram detidos de alguma forma, oque ou quem os tinha detido, o como e o oque tinha sido feito com eles ela e o marido já não sabiam.

E francamente não se importavam, uma coisa que eles já tinham visto com frequência graças há idade foi nobres abusarem de seu poder mesmo com o mundo no estado em que estava, então mesmo se algum nobre sumisse ou morresse ela não se importaria, poderia muito bem desejar que ele morresse mesmo, por tudo que lhe dizia respeito.

"Ivan você tem alguma ideia do que fazer?"

"Algumas, mas acho que a melhor seria eu dar a maior parte da caça que tenho guardada para nossos amigos aqui, mas a minha caça mais recente e de melhor qualidade vamos usar como oferenda no altar."

"Oferenda? Altar?"

Ogar não entendeu oque eles queriam dizer com isso, oferenda para quem? Altar? Desde quando o vilarejo teria um altar, e para quem, quase nenhum Deus era realmente cultuado hoje em dia, exceto talvez os deuses da morte do reino sombrio que permitiam uma passagem tranquila para o poz vida.

Mas a adoração efetivamente de divindades não era algo muito realizado atualmente, exceto pela Nação Teológica de Naúrin, mas suas forças eram mais voltadas para manutenção interna e estabilização da barreira que impedia a Corrupção de se espalhar ainda mais, portanto não tinham pessoal efetivo para espalhar muito suas crenças, ainda mais para lugares mais remotos como o vilarejo ou a aldeia.

Para as pessoas desses lugares esperar que algo aconteça é inútil, portanto a fé em Naúrin não era praticada em toda região. Oque tornava a confusão de Ogar bem justificada, ele só esperava que os aldeões não tivessem se voltado para alguma divindade maligna que tem se tornado estranhamente comum ultimamente, como ele ouviu de alguns viajantes.

"Honestamente, nós também não temos certeza quanto a natureza dele, mas no mínimo ele não parece ter intenção de causar dano para nós."

Gerard disse quando viu o olhar no rosto do velho conhecido.

Oque não ajudou muito para aliviar muito a preocupação de Ogar, mas conhecendo Gerard e as pessoas do vilarejo ele sabia que no mínimo eles não pretendiam engordamos para depois sacrificados ou coisa assim.

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Pouco depois uma verdadeira multidão foi reunida na praça, a maior parte obviamente consistindo dos recém chegados que vieram pela comida sendo distribuída, era basicamente guisado com dois pedaços de pão duro, mas como no caminho para o vilarejo eles mal tiveram tempo de comer alguma além de talvez uns dois pedaços de charque e água, só experimentar o calor de algo quente e que enchesse a barriga já era uma enorme satisfação para todos.

Contudo tinha um pequena grupo, talvez contando com no máximo 20 ou 30 pessoas, que não estavam nem ajudando com a comida ou comendo, esses estavam na frente de uma pequena construção que os recém chegados só notaram agora.

Parecia uma pequena torre com um triângulo na ponta feio com 3 pedras alongadas, vários dos mais velhos já haviam estado no vilarejo algumas vezes na vida mas tinham certeza que nunca tinham visto aquilo antes. Mas alguns podiam adivinhar um pouco do que aquilo era e qual o propósito, ainda que o porque de terem o construído ainda não fizesse sentido.

Os aldeões residentes não se importaram muito com a reação dos recém chegados, todos estavam mais concentrados no que estava prestes a acontecer.

Bem em frente ao altar recém construído, Ivan tinha acabado de colocar sua caça mais recente e difícil, um javali selvagem adulto inteiro, que ele tinha conseguido usando apenas sua adaga.

Ele limpou o javali o melhor que pode com a ajuda com Hunson o açougueiro do vilarejo, a carcaça do javali estava o mais limpa possível, sem sangue, sem vísceras ou sujeira de qualquer tipo (N/A: incluído na parte de trás se é que me entendem).

Ninguém ali sabia muito bem como uma oferenda deveria ser dada há uma divindade mas tinham certeza que dificilmente algo com cheiro podre seria aceito. Ou se qualquer coisa realmente seria aceita, mas no se de não ser ainda poderiam aproveitar um pouco do javali, oque algumas pessoas estavam secretamente esperando que acontecesse.

Com o javali devidamente colocado aos pés do altar, Hannah que foi votada como "mediadora" da situação, depois de ter sido uma das únicas que agiu contra o nobre e seus cavaleiros além de Matt que estava impossibilitado, se pôs a frente de todos em um pequeno palanque (na verdade era só uma caixa).

"Meus amigos, obrigado há todos por virem. Vários de vocês sabem porque estamos aqui, para os que não sabem, vou explicar o mais rápido e sucitamente possível." Hannah então explicou oque tinha acontecido aos recém chegados que estavam prestando atenção com as tijelas de madeira com o ensopado nas mãos (sim vários tinham trazido tijelas com as coisas que conseguiram pegar antes de saírem correndo).

"E por isso, agora nós iremos tentar nos desculpar pela nossa ousadia de ontem. Apenas pedimos sem oferecer nada em troca. Agora nós oferecemos esse javali como agradecimento pela ajuda que nos foi dada, como desculpa por não termos agradecido antes e como uma prova de que nos acreditamos em sua existência." Ela concluiu com o máximo de convicção que conseguiu.

Para os residentes a performance de Hannah foi admirável e inspiradora, embora não tenha tido tanto efeito com os recém chegados. Eles ficaram sim impressionados com a paixão e os detalhes que Hannah contou a história, mas para eles parecia simplesmente isso, uma história.

Eles não viram nada remotamente divino os ajudando quando um bando de goblins invadiu suas casas e matou seus amigos e conhecidos, isso sem contar nos que tiveram a horrível experiência de ver eles devorarem alguns dos cadáveres bem no meio do campo de batalhando quando fugiam.

Por isso para eles, tudo que Hannah disse parecia mais uma história para poder animar o espírito dos recém chegados, e essa cerimônia era apenas um jeito mais teatral de oferecer um javali inteiro para os que não não conseguiram escapar.

Tocante mas muitos também consideravam inútil, alguns até cogitavam se deveriam dizer para esquecerem essa besteira e assar o javali de uma vez, mas não eram sem tato a esse ponto.

Porém, todos esses pensamentos estouraram para o nada assim que o javali foi envolvido em uma luz branca e sumiu bem diante dos olhos deles.