Chapter 9 - 9. A partir de Agora

"Ainda é inacreditável, não acho que mesmo as poções da capital imperial conseguiriam esse resultado. Talvez no máximo as poções de antes da Corrupção ter começado mas essas são guardadas com mais tranças que o outro do palácio." Sofi disse para todos no cômodo.

Todos sabiam que Sofi não era uma pessoa normal, ela mal mudou desde que Gerard e Agatha eram crianças quando chegou do meio da floresta supostamente vindo de além da barreira possivelmente da área corrompida ou mais além. Em outras aldeias ela teria sido expulsa pelo medo e receio das pessoas, felizmente para ela as pessoas dessa vila eram surpreendentemente gentis, ainda tinham medo e desconfiança dela mas ainda assim ha ajudaram quando estava fraca e desnorteada.

Em retribuição Sofi ajudou alguns dos doentes da aldeia e antes que percebesse já tinha ficado tão avontade com os aldeia que 4 anos haviam se passado, de lá pra cá ela se instalou em uma velha cabana onde fazia diversos unguentos e remédios para os doentes e ajudava como podia na comunidade.

"Agora a questão é—"

"—Oque faremos a partir de agora."

Gerard completou, não oficiante ele seria como um segundo chefe da aldeia, o chefe de fato já estava velho e quase não conseguia comprar suas funções, tanto é que enquanto acontecia toda a confusão com o nobre, os cavaleiros e o Deus que os ajudara, ele estava dormindo desde de tarde e só acordou no dia seguinte para ouvir tudo que tinha acontecido. O resultado?

Ele desmaiou e tem estado desacordado desde então.

"E quais seriam as opções?"

Perguntou Ivan encostado na porta limpando as unhas com uma adaga. Parecendo despreocupado e meio ranzinza, mas todos sabiam que ele estava alerta pra qualquer coisa.

"Isso depende de várias coisas."

"Exemplo?"

"Nós nem sabemos de onde esse nobre veio, quais as conexões que ele e os cavaleiros tem, nem pra onde estavam indo. Tudo isso vai impactar o como devemos agir."

Sofi respondeu Ivan, mostrando novamente que sua mente não trabalha como um aldeão comum.

"E até lá oque devemos fazer, nada?"

Ele perguntou guardando a adaga.

Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, ouviram uma comoção do lado de fora da casa.

Logo um dos aldeões entrou com tudo no quarto já lotado parecendo bem exaltado, mas não com medo ou exatamente urgência.

"Ivan tem uma coisa que você precisa ver!"

"Oque? Mais um problema com javalis?"

O caçador perguntou meio irritado meio rindo.

"Não, na verdade cadê acho que todos deveriam ir ver isso também."

"Ver oque?"

"É mais fácil de acreditar vendo, achamos que pode ter alguma coisa a ver com Ele."

O aldeão apontou para a garrafa vazia encima de um baú encostado na parede. Logo todos ficaram sérios.

"Mostre pra onde."

Logo todos exceto Matt, Constance e Agatha sairam da casa para ver oque tinha acontecido.

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"Muito bem isso é estranho."

Ivan disse olhando para o chão.

Nele tinha uma grande marca negra como se um relâmpago tivesse acertado o lugar, se fosse só isso não seria lá grande coisa, um relâmpago acertando o chão é algo que não acontece com frequência mas ainda assim é algo natural.

O estranho era que ontem mesmo esse ponto da plantação estava normal, sem nada, e de ontem pra hoje não havia chovido. Nem sequer una nuvem apareceu no céu na semana toda, e isso não era tudo um pouco atrás dessa marca tinham pegadas, pegadas descalças e pequenas, pegadas com um pé de 4 dedos.

Mesmo os aldeões já tinham uma ideia de qual criatura essas pegadas pertenciam mas precisavam ter certeza, por isso chamaram Ivan que era um dos que mais encontrava animais e criaturas quando caçava.

"Por favor me diga que isso não é oque eu acho que seja."

Gerard pediu ao velho amigo.

"Quer que eu diga a verdade ou oque você quer ouvir?"

Ivan deu a resposta característica que ele adotou quando viraram adolescentes muitos anos antes. Ela já era uma confirmação por si só.

"Merda..."

"Ainda piora"

Ele disse se aproximando de uma árvore no limite da plantação. Ivan era um caçador por vocação e por instinto, ele sempre teve sentidos mais aguçados, audição, visão e claro olfato, ele não chegava ao ponto de ultrapassar o limite humano, mas era certamente melhor em direção, perseguição, emboscadas e combate que a maioria das pessoas comuns.

Por causa disso ele podia farejar, ate 300 metros, em campo aberto, cercado de pessoas que não tomava banho com muita frequência ele sentiu um cheiro fraco mas pungente, cheiro esse que ficava cada vez mais forte quanto mais se aproximava da árvore, quando estavam há 15 metros dela, Gerard e o aldeão que tinha trazido os dois também começaram a sentir o cheiro e já franziram os rostos, tanto pelo cheiro quanto pelo que aquele cheiro significava.

Na árvore podia ser visto 5 riscos, 4 menores e não muito fundos e um mais longo e mais fundo, era desse risco mais fundo que vinha o cheiro pungente, cheiro de excremento.

Excremento esse que uma criatura humanoide, extremamente irritante e perigosa para aldeias remotas compo a deles eles mais abominação. As marcas eram e o cheiro eram as formas que essas criaturas informavam umas as outras sobre uma fonte se alimento.

Criaturas pequenas do tamanho de crianças, com pele verde, olhos esbugalhados, com orelhas e narizes pontudos.

Goblins.

Uma das pragas mais mortíferas que existem, pequenos, numerosos, espertos, ferozes e inventivos.

Sendo criaturas humanóides eles também tem a característica de poderem usar ferramentas rudimentares e alguns extraordinários podem até mesmo usar magia, felizmente esses só existem em histórias antigas e nos tempos atuais ninguém ouviu falar de qualquer goblin alçando esse feito.

Ainda assim isso não muda o fato deque a existência de goblins é um grande problema para o vilarejo, não só eles são numerosos, espertos e agressivos, eles também são onívoros.

A árvore com as marcas de identificação de goblin mostra que o pequeno mostro que foi vaporizado mais a frente, era apenas um goblin solitário responsável por encontrar uma fonte de alimento para a tribo, e achou o vilarejo.

Um lugar com o máximo de defesa era só um pequeno muro de pedra de no máximo 1 metro, que já tinha furos em algumas partes.

Um vilarejo com um muro literalmente caindo aos pedaços com uma plantação pronta pra colheita com alguns animais de estimação, crianças pequenas e bebes.

Para um grupo de goblins isso é essencialmente um banquete pronto para o ataque.

"Pode ter alguma ideia de quantos são?"

"Nem consigo imaginar, se tivesse sobrado alguma coisa do batedor talvez eu pudesse ter alguma ideia mas..."

Ivan não completou, ele não precisava, se disse mais alguma coisa seria uma crítica ainda mais seria ao ser que os tinha ajudado ainda ontem. E nenhum dos homens ou qualquer pessoa da vila queria que isso acontecesse.

"Hum...."

Felizmente para eles ainda tinha uma pessoa que talvez pudesse remediar essa situação.

"Acredito que estamos com problemas."

Sofi disse olhando para as marcas.