Abi olhou ao redor, seus olhos atônitos percorrendo e procurando por alguém.
"Você está procurando por alguém?" o CEO perguntou.
Ela assentiu, seu rosto agora preocupado. "Não consigo ver minha amiga em lugar nenhum. Ela estava lá na fila para comprar uma bebida, mas não está mais lá." Seu dedo indicador apontava para onde tinha visto Kelly pela última vez.
"Você quer que eu a acompanhe e procure por ela?" O homem perguntou educadamente. Abi piscou enquanto sua mente embaçada se lembrava das instruções de Kelly: ficar aqui e esperar pelo seu retorno.
"Talvez ela tenha ido ao banheiro. É bastante perigoso para meninas irem ao banheiro sozinhas," o homem continuou.
"Perigoso?"
"Alguns homens bêbados já são conhecidos por atacar meninas lá se não se cuidam."
Os olhos de Abi se arregalaram em choque e seu coração começou a bater descontroladamente. Ela começou a se preocupar com sua amiga. Tentou ligar para Kelly, mas para seu desgosto, o celular de Kelly vibrou na bolsa ao lado dela. Abi olhou ao redor do bar novamente e ainda não encontrou nenhum vestígio de sua amiga.
O cara CEO se levantou e ofereceu a mão a ela. "Vem. Vou te ajudar a procurar por ela."
Hesitante, Abi olhou para ele, mas no final, sua preocupação com Kelly venceu a batalha.
"Está bem", disse ela, levantando-se sem aceitar a mão que ele oferecia.
"Siga-me." Ele sorriu para ela e Abi assentiu. Seus olhos examinavam os rostos na multidão enquanto ele a levava até o banheiro feminino.
A preocupação de Abi com sua amiga teve um efeito sóbrio nela, e ao avistar o banheiro, ela entrou sem hesitar para procurar por Kelly.
Por dentro, o banheiro feminino estava com pouca iluminação, mas Abi não ligava para a luz enquanto chamava urgentemente, "Kelly? Você está aqui?"
Nenhuma resposta veio. Algumas das portas das cabines pareciam estar fechadas, mas ela empurrou cada uma delas para ter certeza. Infelizmente, o banheiro estava vazio, exceto por ela mesma.
Ela começou a se sentir muito ansiosa.
"Srta. Lee, você a encontrou?" o homem do lado de fora falou através da porta.
"Não... Não tem ninguém aqui," ela respondeu ao abrir a porta do banheiro para sair.
De repente, o homem entrou na frente, bloqueando sua saída enquanto entrava no banheiro. Então ele a empurrou para dentro de uma das cabines e trancou a porta atrás dele.
"Senhor, o que você está fazendo?" Os olhos de Abi estavam arregalados de choque, ainda sem entender o que acabara de acontecer.
"Senhorita Lee, você é tão linda..." Sua voz mudou. Agora tinha um tom rouco, e seus olhos brilhavam com algo assustador.
Abi congelou de medo quando percebeu a situação em que se encontrava. Seu corpo começou a tremer e suas palmas das mãos começaram a suar.
Ela não podia negar ter sentido um pouco de medo quando Alexander Quinn a puxou para seu quarto, mas naquela época, ela tinha sido uma participante voluntária. O que estava sentindo agora era um tipo diferente de medo, o medo de perder o controle e as escolhas, o medo de estar à mercê de um desconhecido.
"P-por favor me solte. Eu não quero isso", ela implorou.
Ele a empurrou com força contra a parede, fazendo com que um pequeno grito escapasse de seus lábios.
"Você acha que eu vou te soltar?" ele sorriu sarcástico. O homem calmo e educado havia se transformado em um predador perigoso.
Ela estremeceu ao vê-lo lamber os lábios, como se estivesse prestes a devorar algo que mal podia esperar para provar. Ele nem mesmo a tocou ainda, mas ela já se sentia tão enojada. Os pelos de seu corpo arrepiaram-se ao tentar afastá-lo, cerrando as mãos em punho e golpeando seu peito, mas seus esforços pareciam não ter efeito. Ele manteve a pegada firme em seus ombros, sem intenção de soltá-la.
Deveria ter prestado atenção no aviso de Kelly! Ela tinha sido advertida de que este lugar estava longe de ser seguro para alguém como ela. Mais cedo, testemunhou casais se beijando apaixonadamente em cantos isolados e até presenciou alguns fazendo ações íntimas em público. No entanto, a ideia de que algo assim pudesse acontecer nunca passou pela sua cabeça.
No que diabos ela estava pensando? Que poderia entrar em um lugar desses e encontrar a experiência tão necessária que estava buscando só porque era isso que ela queria? Sua cabeça estava cheia de arco-íris e unicórnios por causa de todos os filmes e livros de romance que leu que ela nem mesmo pensou que esse tipo de coisa pudesse acontecer.
Ela realmente era tão ignorante.
Abi nunca tinha conhecido tamanha impotência como agora. Ela estava tão aterrorizada que seu corpo inteiro começou a tremer violentamente.
"Está tudo bem, querida... não tenha medo. Prometo que vou fazer você se sentir bem", o homem sussurrou enquanto apertava mais os ombros dela.
No momento em que ele se aproximou dela, Abi gritou.