Em 1951, Antony Diego viu Mary Maryvill pela primeira vez e soube instantaneamente que ela era sua alma gêmea. O amor que eles compartilhavam era algo que poucos experimentam em suas vidas, e eles sabiam que eram feitos um para o outro. Os dias se passaram, e eles escreveram cartas um para o outro, compartilhando suas histórias e sonhos mais profundos. O amor deles cresceu e se fortaleceu, até que finalmente se casaram em 1962.
Doze anos depois, no aniversário de casamento, Antony teve uma ideia brilhante: construir uma cidade inteira para honrar sua amada esposa. E assim, começou a construção de uma cidade que levaria quase duas décadas para ser concluída. A cidade era um testemunho do amor que Antony e Mary compartilhavam, e logo se tornou um lugar mágico, onde tudo parecia possível. A família Diego era muito amada pelos moradores da cidade, especialmente seus filhos Otávio e Julie Maryvill. Eles eram considerados anjos pelos habitantes locais, e eram respeitados e amados por todos.
Mas o destino é imprevisível, e a família Maryvill começou a desmoronar. Em 1994, Antony morreu, deixando Mary em desespero. Duas semanas depois, ela se suicidou, deixando os filhos em choque e dor. Otávio não aguentou a perda e deixou a cidade em busca de um novo começo. Julie, por outro lado, estava tão imersa em sua dor que decidiu ficar na cidade e se tornou a prefeita.
Os dias se tornaram sombrios na cidade que antes era tão vibrante, e Julie lutou para manter o espírito de sua mãe vivo. Ela dedicou sua vida a honrar a memória de seus pais, e trabalhou incansavelmente para fazer da cidade um lugar melhor. Mas a perda de seus pais a deixou em uma escuridão profunda, e ela passou anos lutando para encontrar a luz novamente. Com o passar dos anos, a cidade de Maryvill continuou a evoluir, e com isso veio a necessidade de um hospital psiquiátrico. Bruce Tompson, um empresário rico, comprou uma propriedade e construiu o Sanatório de Maryvill. O Sanatório era conhecido por sua alta segurança e cuidado com os pacientes, e em pouco tempo ganhou vários prêmios por sua excelência.
No entanto, com o tempo, algo começou a dar errado no Sanatório. As pessoas começaram a se sentir menos seguras nas proximidades do prédio, e o Sanatório começou a receber críticas por seu tratamento dos pacientes. Os moradores locais começaram a relatar incidentes estranhos e ruídos suspeitos vindo do prédio, mas nada foi feito para investigar essas queixas.
Então, um dia, o Sanatório teve seu primeiro caso de morte. Um paciente, que sofria de esquizofrenia, foi encontrado morto em sua cela. As autoridades locais tentaram encobrir o incidente, alegando que o paciente havia cometido suicídio, mas muitas pessoas não acreditaram nessa história. Os moradores de Maryvill ficaram alarmados e começaram a questionar a segurança do Sanatório.
Nos meses seguintes, a situação piorou. Não só como funcionários, mas vários pacientes foram encontrados mortos em circunstâncias suspeitas, e as investigações sobre essas mortes foram inconclusivas. Os moradores locais começaram a evitar o Sanatório, e o número de pacientes diminuiu drasticamente. A reputação do Sanatório foi arruinada, e muitas pessoas acreditavam que o prédio estava assombrado por espíritos malignos.
Claire Wills era uma mulher corajosa, mas nada poderia tê-la preparado para o que ela iria enfrentar naquele sanatório. Ela não sabia que tinha entrado em uma prisão sinistra, onde as sombras eram tão escuras quanto a alma dos internos que foram trancados lá.
No seu primeiro dia de trabalho, Claire ficou sozinha no Sanatório, sem um guia para mostrar-lhe o caminho. Ela pegou as chaves e começou a limpar o lugar, sem perceber que algo maligno estava se agitando nas profundezas do prédio.
O único outro funcionário com quem ela estava era Denis Venar, um segurança que passava seus dias observando as câmeras de segurança. Claire mal o viu, e ele mal a notou também, mas mesmo assim ela se sentiu mais segura sabendo que havia alguém lá.
Enquanto limpava uma das salas, Claire ouviu um barulho estranho. Era o som de água corrente. Ela seguiu o som até a sala de Elizabeth, mas não encontrou a interna lá. Em vez disso, ela encontrou um manequim, que parecia tão real que por um momento ela se perguntou se Elizabeth tinha sido transformada em uma boneca.
Mas então Claire notou algo ainda mais assustador. Sob a cama de Elizabeth, havia uma passagem secreta. O cheiro de esgoto era tão forte que fez seus olhos lacrimejarem, mas mesmo assim ela se aventurou para dentro da passagem. Ela avançou pelo caminho estreito, seus passos ecoando sinistramente em meio à escuridão opressiva. A cada passo, a sensação de que algo estava errado só crescia dentro dela. Mas ela não podia parar agora, não depois de ter chegado tão perto. Então, de repente, a luz no fim do túnel apareceu. Ela se aproximou cautelosamente, tentando discernir o que estava por trás daquela luminosidade misteriosa. E então, bem ali, caindo do nada, um bilhete. "Bem-vinda a Maryvill". Claire sentiu um arrepio percorrer sua espinha, uma sensação terrível de que algo muito errado estava acontecendo. Mas ela não podia desistir agora, tinha que encontrar Elizabeth. Então, ela subiu no buraco e continuou sua busca.
Mas à medida que avançava, o medo crescia, como um monstro que se alimentava de sua alma. Cada sombra parecia esconder algo horrível, cada movimento fazia seu coração bater mais rápido. E então, um barulho a chamou, um vulto à sua frente. Claire se aproximou, acreditando que era Elizabeth. Mas quando finalmente chegou perto o suficiente, ela percebeu que era apenas um bando de ratos assustados. Seus nervos já estavam à flor da pele, mas ela se preparou para continuar a busca.
Então, de repente, Elizabeth apareceu. Claire mal teve tempo de se defender, quando o machado de Elizabeth foi erguido para cortar seu pescoço. Com habilidade e rapidez, ela conseguiu se esquivar e empurrar Elizabeth para longe.
Claire correu, procurando desesperadamente por uma arma para se defender. E então, finalmente, ela encontrou uma sala com ferramentas úteis. Uma chave de boca, um martelo e, surpreendentemente, uma pistola carregada com dardos.
Ela pegou a pistola, sua mente em turbilhão, imaginando o que mais poderia encontrar em seu caminho. Havia uma tensão palpável no ar enquanto Claire apontava a arma para Elizabeth. Seus dedos tremiam ligeiramente enquanto ela se preparava para atirar. Quando ela finalmente puxou o gatilho, um dardo voou da arma e atingiu Elizabeth em cheio. A mulher caiu no chão, imediatamente dormente.
Claire olhou para o dardo com descrença. "Morre, desgraçada", ela cuspiu com raiva. Ela tinha certeza de que tinha escolhido um dardo com veneno de rato, mas quando Elizabeth acordou minutos depois, Claire percebeu que havia sido enganada.
"Mas isso não é para matar ratos?!" Claire murmurou consigo mesma enquanto observava Elizabeth se levantar lentamente. Ela pegou os dardos restantes e verificou cada um deles cuidadosamente, mas não havia sinal de veneno de rato em nenhum deles. Ela havia sido enganada por Jonathan, que havia trocado os dardos por tranquilizantes simples.
Agora, Claire se sentia tola e exposta. Ela havia confiado em Jonathan e agora percebia que ele havia a manipulado. Ela não sabia o que viria a seguir, mas sabia que não podia mais confiar nele. Claire teria que ser mais esperta do que nunca se quisesse sobreviver a essa situação terrível. Claire estava decidida a acabar com Elizabeth de uma vez por todas. Ela planejou afogá-la com a água do esgoto e começou a procurar a sala de encanamento. Quando finalmente encontrou, descobriu que a porta estava trancada com madeira. Ela decidiu usar o machado de emergência para quebrar a porta.
Após tirar as madeiras, Claire barricou a porta para impedir que Elizabeth a atacasse. Ela correu para os canos e começou a usar uma chave de boca para soltá-los. Enquanto trabalhava, podia ouvir Elizabeth tentando arrombar a porta para matá-la, o que tornou difícil manusear a chave de boca.
Mas finalmente, Claire conseguiu soltar os canos e a água do esgoto começou a jorrar. O barulho do arrombamento cessou, nisso, Claire abre a porta, já que percebeu que sua ideia foi estúpida, e então, percebe ao lado uma passagem e, sem pensar duas vezes, se jogou em direção a ela. Era mais um túnel, mas dessa vez ela viu uma chance de escapar. Correu o mais rápido que pôde, sentindo uma nova esperança pulsando em seu peito.
Mas a sorte não estava ao seu lado. Uma armadilha de urso, escondida no chão, pegou seu pé em um instante. Ela gritou de dor, mas ninguém veio ajudá-la. Ninguém além de Elizabeth, a assassina que a perseguia desde o começo.
Claire ouviu os passos lentos de Elizabeth se aproximando por trás. Ela tentou se soltar, mas a armadilha era forte demais. Elizabeth se aproximou ao ouvido de Claire, e sussurrou, com sua voz sádica: "Desculpe acabar tão rápido.. Eu não sou tão boa com despedidas.."
Claire sabia que estava prestes a morrer. O medo tomou conta de seu corpo, fazendo seu coração bater acelerado. Ela se debatia, tentando escapar da morte iminente. Elizabeth, impiedosa, levanta seu machado para cima e o enfia no crânio de Claire. O sangue espirrou pela parede, e assim, ela caiu no chão. Elizabeth ainda encarava seu corpo.