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Chapter 4 - Capitulo 4: Caminhos Entrelaçados

 A respiração ofegante de Anna ecoava pelos corredores do Sanatório enquanto ela corria, se afastando de Arthur e da cena horrível que presenciara. Ela tinha total certeza que uma hora ele iria se vingar pela morte de George, talvez perseguindo Anna até fora do Sanatório. Ao finalmente achar que estava longe o suficiente, ela parou para recuperar o fôlego e voltou a se concentrar em sua investigação. À medida que avançava pelo Sanatório, um choro macabro começou a encher o ambiente. Ela se perguntou se era uma assombração ou se era Arthur, lamentando a perda de seu irmão. Mas Anna não podia se distrair, não podia deixar o medo dominá-la.

Ela ignorou o choro, forçando-se a focar no objetivo. Seguiu em frente, passando por corredores escuros e salas abandonadas, revirando tudo em busca de pistas que pudessem revelar a verdade sombria por trás do Sanatório. Finalmente, Anna chegou à sala de segurança. Um sorriso determinado surgiu em seu rosto quando entrou no local. Computadores, câmeras de segurança e monitores encheram seus olhos. "Bingo!" ela sussurrou.

Anna começou a analisar os registros das câmeras, procurando por qualquer imagem ou gravação que pudesse fornecer mais informações sobre os acontecimentos macabros do lugar. Ela estava decidida a encontrar provas suficientes para expor os horrores do Sanatório ao mundo. As imagens eram perturbadoras. Ela viu vislumbres dos gêmeos pelos corredores, com seus rostos distorcidos e sinistros. Ela viu também cenas de outros pacientes em agonia, sofrendo em meio à escuridão do Sanatório. Cada registro era uma prova de que algo terrível acontecia ali.

No entanto, ela sabia que precisava investigar cada detalhe para obter todas as provas necessárias. Ela retrocedeu as gravações, buscando mais pistas que pudessem revelar a verdade sombria do Sanatório.

Em meio às imagens de dias atrás, uma cena em particular chamou sua atenção. Era a gravação da zeladora entrando na sala dos três pacientes mais perigosos. Anna assistiu atentamente, observando cada movimento da zeladora.

No entanto, em certo momento, a zeladora pareceu sair de seu radar. A tela ficou escura por um breve instante, e Anna sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia que havia algo mais nessa história, algo que estava prestes a ser revelado.

 De repente, um grito ensurdecedor irrompe pelo ar, fazendo com que Anna dê um salto em seu assento. O coração dela dispara enquanto, com mãos trêmulas, apressa a gravação. No meio das imagens aceleradas, ela vislumbra Denis saindo apressadamente de uma sala e adentrando o quarto 2, seguindo logo depois para checar os quartos 1 e 3. O suspense aumenta quando ele entra no quarto 1 e parece não sair mais dali. Anna decide diminuir a velocidade das imagens, sentindo um arrepio percorrer sua espinha, até que, inesperadamente, uma mulher alta com uma máscara de gato antiga surgiu no quarto 2. Ela carregava um machado em uma mão e a cabeça decepada da zeladora na outra. O coração de Anna quase parou com a visão horripilante diante de seus olhos.

A mulher misteriosa parecia saber que estava sendo observada pelas câmeras de segurança. Ela se aproximou da câmera, olhando diretamente para ela, fazendo com que Anna sentisse um profundo desconforto com o olhar daquela figura sinistra.

A mulher alta começou a exibir a cabeça da zeladora para a câmera, balançando-a como um troféu macabro. O som do metal do machado batendo na cabeça decapitada ecoou pelos alto-falantes da sala de segurança, tornando a cena ainda mais aterrorizante.

Anna sentiu o estômago revirar com a visão grotesca diante dela, mas sabia que precisava continuar assistindo. Foi quando ela notou que a cabeça da zeladora agora estava no manequim que havia encontrado anteriormente. O corpo da zeladora estava completamente decomposto, e a imagem era aterradora. O coração de Anna batia descompassado enquanto ela tentava desesperadamente encontrar pistas sobre a mulher alta mascarada na sala de segurança. Seus olhos percorriam as imagens, sua mente buscava qualquer detalhe que pudesse revelar a identidade e as motivações daquela figura sinistra.

No entanto, a porta da sala de segurança se abriu com um rangido perturbador, e Anna se virou bruscamente. Nada além de escuridão a esperava do outro lado da porta. Ela prendeu a respiração, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.

 Anna voltou a atenção para as câmeras, mas antes que pudesse reagir, algo pegou seu pé com força. Ela tentou se soltar, mas era inútil. Em um instante aterrorizante, ela foi arrastada para fora da sala.

Seu grito ecoou pelos corredores vazios, mas logo foi abafado por uma mão gelada que cobriu sua boca. Anna lutou com todas as suas forças, mas parecia estar sendo arrastada por uma força sobrenatural. Seus olhos arregalados encontraram o vazio, incapaz de identificar o que a segurava.

Enquanto Anna era arrastada para as sombras do Sanatório por aquela figura misteriosa, Julye, sua colega e editora-chefe do jornal "Voz de Maryvill", estava no escritório, trabalhando em alguma matéria importante para a próxima edição. Mas sua mente não estava totalmente focada no trabalho.

Desde que Anna havia ido visitar Denis no hospital, ela não dera mais notícias. Julye sabia que a repórter estava passando por um momento difícil após a perda de seu amigo, mas algo a incomodava profundamente. Ela conhecia a determinação e a paixão de Anna por sua profissão e sabia que, mesmo em luto, ela não abandonaria suas investigações.

"Ah, talvez ela só precise de um tempo para se recuperar", pensou Julye, tentando se convencer de que Anna estava apenas passando por um momento de luto e reflexão. Mas sua intuição de jornalista a alertava para outra possibilidade.

"Ou ela foi investigar o Sanatório e..." o pensamento pairou no ar, pois a ideia era perturbadora demais para ser verbalizada. A possibilidade de Anna ter se envolvido em problemas ao investigar aquele lugar sombrio era assustadora e real. Julye lembrava-se das histórias perturbadoras que Anna havia compartilhado sobre o Sanatório. Era um lugar macabro, com uma aura de mistério e horror, e ela sabia que havia algo sinistro acontecendo lá.

 A preocupação crescia em seu peito, e Julye sentia que precisava fazer algo. Ela sabia que não podia simplesmente ignorar essa sensação de inquietação e preocupação em relação a Anna.

Sem mais conseguir se concentrar no trabalho, Julye pegou seu celular e discou o número de Anna. Mas para sua frustração, foi direcionada para a caixa postal. Ela tentou novamente, mas o mesmo aconteceu. Não havia sinal de Anna.

O coração de Julye apertou-se com a ansiedade. Ela então decidiu entrar em contato com outras pessoas que conheciam Anna, mas ninguém tinha notícias dela há dias.

A inquietação só aumentava, e Julye sabia que não podia ficar de braços cruzados. Ela tinha que fazer algo. Era hora de agir.

Decidida, Julye chamou um dos repórteres mais experientes do jornal, pedindo sua ajuda para investigar o desaparecimento de Anna. Eles começaram a traçar os passos da repórter, tentando descobrir onde ela esteve antes de desaparecer.

Enquanto isso, Julye também entrou em contato com a polícia local para relatar o desaparecimento de sua colega. Ela sabia que precisava envolver as autoridades para ampliar a busca por Anna.

Enquanto o tempo passava e as horas se transformavam em dias, a angústia de Julye só crescia. Ela tentava se manter forte e confiante, mas a preocupação e o medo não a deixavam.

A angústia e preocupação de Julye eram insuportáveis à medida que o tempo passava e ainda não havia notícias de Anna. Sua determinação só aumentava, e ela não conseguia simplesmente esperar sem fazer nada. Decidida a encontrar sua amiga, Julye decidiu seguir seus próprios instintos e ir em busca de Anna por conta própria.

Ela pegou seu carro e dirigiu por toda a cidade, perguntando a pessoas e procurando em todos os lugares onde Anna poderia estar. No entanto, cada esforço parecia em vão, e não havia sinal da repórter desaparecida.

 Enquanto conduzia pelas ruas, seus pensamentos não paravam de vagar para todas as possibilidades assustadoras que poderiam ter acontecido com Anna. Mas Julye não podia se render. Ela sabia que tinha que encontrar sua amiga, custasse o que custasse.

Então, algo chamou sua atenção. Uma jovem garota, provavelmente de 16 anos, com 1,60 de altura, entrou em um edifício suspeito. Uma sensação estranha tomou conta de Julye ao observar a garota, como se houvesse algo intrigante sobre ela.

Julye estacionou seu carro, olhando fixamente para o edifício. A garota poderia saber algo sobre Anna? Talvez ela tivesse visto algo, ou quem sabe pudesse fornecer alguma pista.

Sem pensar duas vezes, Julye decidiu seguir a garota. Ela saiu do carro e apressadamente entrou no edifício antes que a jovem desaparecesse completamente.

O edifício era escuro e sombrio, e Julye sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto seguia os passos da garota. Ela se esforçava para ser discreta, não querendo assustar a adolescente.

No entanto, a garota parecia estar bem à vontade naquele ambiente sinistro. Ela entrou em salas e corredores, e Julye a seguia cautelosamente, esperando a oportunidade certa para se aproximar dela.

Finalmente, a jovem garota entrou em uma sala isolada, e Julye viu a oportunidade de se aproximar. Ela entrou devagar, mantendo-se alerta para qualquer movimento suspeito.

"Oi", Julye disse com calma, tentando parecer amigável. "Meu nome é Julye, eu estou procurando uma amiga que está desaparecida, e eu queria saber se você viu alguma coisa."

A garota olhou para Julye, assustada, e não parecia feliz com sua presença. Elas se encararam por um tempo, até que a garota finalmente fala.

"Não... por favor, você não pode ficar aqui, moça...", sussurrou a garota com um tom de apreensão, implorando silenciosamente para que Julye saísse. Mas Julye estava determinada, sua preocupação com Anna a impulsionava a continuar. Ela precisava saber onde sua amiga estava.

 A tensão no ambiente aumentou, e a garota entrou em desespero, lágrimas escorrendo por seu rosto. Ela gritava agora, implorando a Julye para partir. Relutantemente, Julye deu um passo para trás, confusa e assustada com a reação da garota. Nesse instante, um barulho estranho e arrepiante ecoou pelo silêncio ensurdecedor do edifício abandonado. Julye olhou ao redor, buscando uma explicação, e perguntou à garota o que ela havia feito. Mas a garota só continuava a chorar, repetindo insistentemente que Julye deveria ir embora.

Movida pelo medo, Julye decidiu correr, sua mente embaralhada pela culpa por ter causado aquele transtorno. Enquanto Julye corria desesperadamente pelos corredores do edifício, o barulho bizarro que a garota havia causado parecia ecoar por todo o lugar. Seu coração batia tão forte que ela podia sentir as pulsações em seus ouvidos.

Mas ela não podia parar. A sensação de estar presa naquele labirinto sombrio só aumentava seu pânico. Cada vez que ela se virava para tentar encontrar a saída, os corredores pareciam se transformar e mudar de lugar.

E então, em meio à escuridão, ela avistou uma figura sinistra: um mímico. Aquele ser estranho e assustador parecia estar brincando com ela, como se estivesse se divertindo com seu desespero.

A visão do mímico brincando com seu próprio medo deixou Julye paralisada. Seus olhos acompanhavam os gestos estranhos e macabros do ser sinistro, como se ele estivesse encenando um espetáculo de horror apenas para ela.

Enquanto tentava controlar a respiração e superar o medo, Julye desviou o olhar, buscando qualquer oportunidade de escapar daquele pesadelo. Foi então que ela avistou uma porta ao lado, a porta da escada.

Ela não hesitou. Com todo o coração disparado e a mente cheia de pavor, Julye correu em direção à porta e a abriu rapidamente. Ela subiu os degraus da escada o mais rápido que pôde, sentindo o alívio crescer a cada passo que a afastava do mímico.

 O coração de Julye batia descontroladamente enquanto ela corria pelas escadas intermináveis do labirinto. A sensação de estar presa naquele lugar, com agora uma ameaça em seu encalço, era aterrorizante.

Ela subia o mais rápido que podia, cada degrau parecendo uma eternidade. Mas não importava o quanto ela subisse, o final parecia inalcançável, como se o labirinto das escadas fosse infinito. Subindo as escadas, Julye sentiu uma movimentação no canto do olho e não hesitou em se virar. Lá estava o mímico, alguns andares abaixo, andando na ponta dos pés de forma bizarra, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Quando ele notou que Julye o havia visto, o mímico fez uma expressão perturbadora, imitando o quadro "O Grito". A visão era aterradora, e Julye sentiu um arrepio na espinha.

Ela gritou de pavor e, sem pensar duas vezes, redobrou seus esforços para subir as escadas ainda mais rápido. O mímico, por sua vez, parecia ainda mais determinado a alcançá-la, movendo-se de forma ágil e silenciosa.

Julye sabia que precisava encontrar uma saída, mas o labirinto das escadas parecia não ter fim. O desespero começou a tomar conta dela, e a falta de ar e o cansaço a deixavam ainda mais vulnerável.

Olhando para trás novamente, ela viu o mímico a poucos degraus de distância. Seus olhos estavam fixos em Julye, como se estivessem hipnotizados por sua presa. Ela não podia deixar que ele a alcançasse.

"O que você quer de mim? Diga!", gritou Julye, sua voz embargada pelo medo, mas ainda firme.

O mímico olhou para ela com seus olhos sem vida e expressão vazia, mas não disse uma palavra. Ele apenas continuou a se mover em sua direção, na ponta dos pés, como se estivesse brincando com ela. O gesto do mímico ao simular uma motosserra ligada enviou um arrepio pela espinha de Julye. A frente do prédio abandonado estava envolta em escuridão, iluminada apenas pelas luzes dos carros de polícia e seus faróis brilhantes.

 A noite era sombria e silenciosa, dando a sensação de que o próprio local estava assombrado. Os policiais, com expressões preocupadas, examinavam o exterior do edifício em busca de pistas que pudessem explicar o desaparecimento misterioso de Anna.

Enquanto os policiais investigavam, uma figura frágil e apavorada permanecia à distância, chorando incontrolavelmente. Era Emma, a mesma garota que tinha encontrado Julye anteriormente. Seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar, e ela suplicava aos policiais para não entrarem naquele lugar amaldiçoado.

"Por favor... não vão lá dentro", ela implorava, soluçando entre as palavras. "Se vocês entrarem, não vão voltar... nunca mais..."

Os policiais olharam para ela com certa desconfiança, eles não sabiam se deveriam levá-la a sério ou não. De repente, atrás das viaturas, surge um homem. Ele era alto e magro, emanando uma aura de mistério e frieza. Ele vestia um impecável terno azul escuro, combinado com uma camisa preta debaixo, dando a impressão de ser alguém de negócios. Seus sapatos pretos brilhavam, sugerindo que ele valorizava a aparência e a elegância.

Seus olhos, por trás dos óculos, pareciam penetrantes e analíticos, como se estivessem constantemente avaliando tudo ao seu redor. A marca de uma aliança em seu dedo que chamava a atenção, indicando que ele era casado, além da presença de um lenço preto, tentando cobrir o pescoço dos leves machucados.

Os policiais notaram isso, mas era outro aspecto do homem que os deixava verdadeiramente desconfiados.

Seu comportamento parecia calmo e controlado, quase debochado, enquanto ele abordava Emma. As palavras que dirigia à garota eram firmes e autoritárias, e seu olhar parecia impor uma sensação de obediência nela. O modo como Emma se encolhia ao encará-lo, mesmo quando insistia em sua versão dos acontecimentos, deixava claro que ela sentia medo dele.

 Quando o homem se despediu dos policiais com um sorriso sutilmente irônico, eles não puderam deixar de sentir um arrepio na espinha. Havia algo nessa pessoa que não se encaixava, algo sinistro e perturbador que não podia ser explicado apenas pelas marcas no pescoço.

Enquanto ele entrava em seu carro com Emma, os policiais trocaram olhares preocupados, questionando-se sobre o que poderia estar realmente acontecendo ali.

Enquanto o carro se afastava do local, o interior estava carregado com uma tensão palpável. Emma olhava pela janela, com os olhos cheios de lágrimas e o coração pesado. Seu pai dirigia em silêncio por um tempo, até que finalmente o quebrou, sua voz carregando uma mistura de frustração e preocupação.

"Você precisa entender que isso tudo não passa de sua imaginação, Emma. Essas histórias que você está contando sobre esses tais labirintos... elas não fazem sentido", disse ele, seu tom firme e autoritário. "Você está assustando a si mesma e a todos ao seu redor com essas invenções."

Emma balançou a cabeça, seus cabelos com pontas azuis dançando em torno de seu rosto enquanto as lágrimas escorriam. "Pai, você não entende! Eu sinto... eu sinto que estou causando isso. Eu estou fazendo acontecer."

Seu pai soltou um suspiro impaciente, os dedos apertando o volante com firmeza. "Emma, isso é o que chamamos de efeito placebo. Você está tão obcecada por essas histórias que está começando a acreditar nelas. Sua mente está brincando com você."

Emma olhou para ele, os olhos cheios de frustração. "Não é isso, pai! Eu estou dizendo a verdade! Eu vi... coisas. Eu senti coisas acontecendo, e aquele prédio foi só um dos vários cenários!"

Seu pai lançou um olhar duro em sua direção, os olhos ocultos atrás dos óculos. "Você não sabe do que está falando.. A mente é uma coisa complexa, e muitas vezes ela nos prega peças. Tudo isso não passa de um mero fruto da sua imaginação."

 A discussão continuou em um tom cada vez mais acalorado. Emma tentava expressar sua convicção de que algo sobrenatural estava acontecendo, enquanto seu pai argumentava de volta com uma mistura de autoridade e preocupação paternal.

Finalmente, em um acesso de frustração, seu pai gritou: "Chega, Emma! Não quero mais ouvir essas histórias absurdas. Você está mentindo para si mesma! E isso só está te atrasando! Pare de deixar-se enganar por essas idiotices!"

As lágrimas de Emma continuavam a cair enquanto ela se encolhia no banco do carro. Ela queria que seu pai entendesse, que acreditasse nela, mas suas palavras pareciam cair em ouvidos surdos. E assim, o carro avançava pela noite, carregando consigo um abismo crescente entre eles, alimentado pela incompreensão e pela divergência de crenças.