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Chapter 6 - Capitulo 6: Demônios Internos

 A noite, como uma criança curiosa, envolveu o Sanatório de Maryvill em seu manto escuro. Anna estava amarrada a uma cadeira, desacordada, e J a observava atentamente.

J era alguém que valorizava o sigilo e estava ciente de que Anna tinha obtido informações valiosas sobre o Sanatório. Ele queria entender melhor o que ela faria com essas informações e estava disposto a qualquer coisa para garantir que nada fosse revelado.

Com paciência, J tentou acordar Anna, que abriu os olhos lentamente ao som de sua voz. Ela ficou momentaneamente desorientada, mas rapidamente percebeu sua situação quando se deparou com a aparência ameaçadora de J.

Apesar da aparência ameaçadora de J, Anna não se encolheu. Ela olhou para J com um misto de coragem e cautela, respondendo de maneira direta.

"Oh, okay. Você é um daqueles assassinos, não é? Já que agora eu não tenho escapatória, sejamos rápidos , okay?", disse Anna, sua voz firme.

A palavra "assassino" fez J se ofender levemente. Ele não se considerava um assassino, ele preferia mais a ideia de se ver como um vingador. No entanto, ele sabia que a distinção não importava naquele momento. Ele estava ali com um objetivo claro: descobrir o que Anna faria com as informações que havia obtido enquanto explorava o Sanatório.

Anna percebeu que estava em uma situação delicada e que suas respostas poderiam ter sérias consequências.

"Primeiramente, quem pergunta?" disse Anna, com um tom casual e destemido, deixando claro que não estava disposta a ceder informações facilmente.

J ficou momentaneamente surpreso com a resposta direta de Anna, mas rapidamente recuperou sua compostura. Ele sabia que estava lidando com alguém perspicaz.

"Eu sou apenas alguém interessado nas mesmas coisas que você", respondeu ele, mantendo seu objetivo de obter informações sobre as descobertas de Anna. "Não estou aqui para causar problemas, mas para entender o que você planeja fazer com as informações que pegou."

Anna permaneceu firme em sua postura. "Bem, você sabe como é, informações valem ouro. E o ouro não costuma ser dado de graça, não é mesmo?"

J percebeu que Anna estava disposta a negociar, e ele estava disposto a isso também, desde que conseguisse obter as respostas que buscava.

"Okay.. Então, o que você quer em troca das informações que pegou?"

"Que tal assim: Você me solta, eu te explico tudo agora, e você me deixa continuar a busca, que tal?", propôs Anna, tentando negociar com J em busca de sua liberdade.

"Não, não posso fazer isso", respondeu ele, sua expressão séria.

Anna sentiu uma onda de frustração, mas manteve a calma. Ela sabia que sua investigação no Sanatório era crucial, especialmente o caso Maryvill, que tinha implicações significativas. "Você precisa me soltar", insistiu ela, "minha busca deve continuar. Tem noção de quanto tempo eu tenho trabalhado nesse caso? Pelo menos uns 6 meses!"

J observou Anna com intensidade, ponderando como poderiam chegar a um acordo que beneficiasse ambos, mas que também o protegesse. Finalmente, ele propôs:

"Posso deixar você sair daqui ilesa, Anna, mas com uma condição. Você concorda em não divulgar nenhuma das informações que obteve sobre este lugar. Mantenha o que viu e descobriu em segredo, e você estará livre."

Anna ponderou as palavras de J por um momento, mas logo percebeu que esse acordo não serviria aos seus propósitos. Ela não estava disposta a desistir das informações que havia reunido, pois sabia que elas eram cruciais para sua investigação em curso.

"Você pode pensar em algo melhor, não acha?" Anna disse com um tom de deboche em relação à oferta de J, desafiando-o a propor algo mais aceitável.

J, no entanto, havia perdido a paciência com a situação. Ele percebeu que Anna não estava disposta a cooperar sob as condições que ele havia oferecido. Com um suspiro de frustração, ele deixou Anna ali, presa na cadeira, sabendo que ela teria dificuldade em se soltar.

Antes de sair do quartinho de vassouras, J tomou uma medida de precaução. Ele pegou uma corda e amarrou a boca de Anna para evitar que ela fizesse barulho e alertasse algum policial.

Anna, apesar de sua frustração, não desistiu. Ela estava determinada a se libertar e continuar sua busca no Sanatório. Usando toda sua força, ela conseguiu, após muito esforço, virar a cadeira, o que soltou as cordas e facilitou sua fuga.

Anna saiu do quartinho, mas sua liberdade foi momentaneamente interrompida quando ela avistou dois policiais no fim do corredor. O perigo de ser descoberta era iminente, e a ansiedade de ser presa aumentou quando um dos policiais notou a porta rangendo. Voltando para dentro, Anna sabia que não tinha tempo a perder e, desesperadamente, procurou uma maneira de escapar. Foi então que notou uma ventilação no teto, uma oportunidade de esconderijo.

Com rapidez e agilidade, Anna abriu a ventilação e começou a escalar antes que os policiais entrassem no quartinho. Ela teve sucesso em se esconder na ventilação a tempo, enquanto os policiais entraram e começaram a procurar pela área.

Os policiais vasculharam cada canto da sala, verificando armários e debaixo das mesas. Finalmente, um deles notou um barulho estranho vindo das ventilações e decidiu investigar. Ele se aproximou e usou sua lanterna para iluminar o interior da ventilação.

Embora não tenha visto Anna, o policial imediatamente transmitiu a informação para o resto da equipe por meio de seu rádio. Ele alertou seus colegas de que havia algo se movendo nas ventilações e que a situação era suspeita.

 A denúncia do policial rapidamente alcançou seus companheiros, que agora estavam cientes da possível presença de alguém nas ventilações do Sanatório. A equipe se preparou para investigar a situação, sabendo que isso poderia significar a presença de um intruso no local.

Agora, não apenas dois assassinos, Arthur e J, estavam soltos no Sanatório, mas uma equipe inteira de policiais estava vasculhando os corredores em busca de pistas. Anna sabia que precisava ser ainda mais cautelosa e astuta em sua investigação, pois cada passo que dava estava sendo observado de perto.

Anna rastejou silenciosamente pelas tubulações do Sanatório, avançando com extrema cautela até que finalmente emergiu na cozinha. O que ela encontrou ali a espantou, como se tivesse entrado em um cenário de carnificina. Era um verdadeiro pesadelo, uma visão do horror que havia ocorrido nas dependências do Sanatório.

Apesar da perturbadora cena diante dela, Anna estava disposta a avançar com sua investigação. Com mãos trêmulas, ela começou a registrar em sua câmera cada detalhe da cozinha, tirando fotos e gravando vídeos que seriam cruciais para complementar sua pesquisa.

Cada gota de sangue derramado, cada corpo mutilado, Anna registrou sem nem pensar. Ela sabia que essas evidências seriam fundamentais para desmascarar o Sanatório, ela provavelmente já tinha mais informações do que aquela equipe inteira de policiais.

Enquanto Anna continuava a registrar a cena de carnificina na cozinha, ela subitamente ouviu passos se aproximando. Seu coração disparou, e ela rapidamente retornou às tubulações, escondendo-se ali enquanto observava silenciosamente.

Um policial entrou na cozinha, aparentemente surpreso com o cheiro e a luz que ainda estava acesa no local. Seus passos hesitantes o levaram para mais perto da cena do massacre, e, de repente, ele notou o horror que ali havia ocorrido.

"Meu Deus, o que diabos aconteceu aqui?" o policial sussurrou para si mesmo.

 O policial respirou fundo, tentando superar a sensação de repulsa e choque. Ele então se comunicou pelo rádio com sua equipe, relatando a descoberta e solicitando apoio imediato.

"Detetive, venha até a cozinha do Sanatório, primeiro andar. Você precisa ver isso", disse o policial. Enquanto o policial continuava examinando o cenário, Anna permaneceu escondida nas tubulações, observando. O iceberg estava ficando ainda mais fundo, mais obscuro a cada nova evidencia.

Anna continuou sua exploração pelas tubulações do Sanatório até que, finalmente, emergiu em uma sala que ainda não tinha visto. Cautelosamente, ela saiu das ventilações e começou a investigar o ambiente. Parecia ser o escritório do diretor do Sanatório, mas estava em um estado de destruição. Mensagens escritas em sangue adornavam as paredes, acusando alguém de ser um monstro e um mentiroso. Anna rapidamente tirou fotos da cena perturbadora com seu celular, documentando cada detalhe.

No entanto, sua investigação foi abruptamente interrompida quando um policial entrou na sala e a descobriu ali. Anna ficou paralisada de choque enquanto o policial a confrontava, questionando como ela havia entrado na sala e o motivo de estar ali. O policial já estava se comunicando com sua equipe para informar sobre a invasão quando, de repente, um machado foi cravado em seu ombro.

Anna gritou alto de terror enquanto Elizabeth violentava o policial com o machado, o afundando ainda mais em sua carne até que a última gota de sangue caia.

Anna não perdeu tempo e correu o mais rápido que pôde, sua adrenalina impulsionando-a a fugir desesperadamente. Enquanto isso, Elizabeth interrompeu sua agressão ao policial e começou a persegui-la implacavelmente pelos corredores do Sanatório.

O som de passos rápidos ecoava pelos corredores sombrios enquanto Anna lutava para encontrar uma rota de fuga. Cada curva, cada esquina, parecia levar a uma saída trancada ou a um beco sem saída. Ela podia sentir a presença ameaçadora cada vez mais próxima, e a urgência de encontrar uma saída se tornou ainda mais premente.

 Anna finalmente alcançou um elevador e, com mãos trêmulas, apertou o botão para o andar mais distante do que estava. Ela viu Elizabeth se aproximando rapidamente, quase alcançando-a quando as portas do elevador se fecharam. Anna respirou aliviada por ter escapado da perseguição iminente, mas seu coração ainda martelava de medo.

Sentada no chão do elevador, Anna tentou recuperar o fôlego. Ela estava completamente abalada com o que havia acabado de acontecer. Com voz trêmula, ela murmurou para si mesma: "Isso não está acontecendo... não pode estar acontecendo."

"É muito arriscado estar aqui...", Anna sussurrou, ponderando sobre os perigos que cercavam o Sanatório. "Talvez o que eu já tenha seja o suficiente, né...?" Ela considerava a possibilidade de recuar diante das ameaças e perigos que a esperavam nas profundezas do lugar. O medo estava presente em cada pensamento, e a ameaça que ela havia enfrentado a fez repensar a profundidade de sua investigação.

A porta do elevador se abriu, e Anna se levantou do chão. Mesmo abalada, ela continuou a explorar o novo andar em busca de qualquer pista ou informação que ainda não havia descoberto. O cenário coloriu-se lentamente quando Emma e Melissa finalmente saíram do banheiro, com os olhos de Emma ainda úmidos devido às lágrimas que derramara. O resto do grupo notou sua aparência abatida e preocupada e imediatamente pararam a conversa para se dirigir a ela.

Joey, Franklin, Melissa e Zoe cercaram Emma com olhares preocupados. Joey foi o primeiro a perguntar: "Emma, o que aconteceu? Você está bem?"

Emma sentiu um nó na garganta enquanto tentava encontrar palavras para explicar a situação. Ela sabia que seus amigos mereciam uma explicação, mas alguns dos detalhes eram complexos demais para serem compartilhados naquele momento.

"É... é uma longa história", começou ela, sua voz trêmula. "Eu tive uma ligação com o meu pai, e foi... foi uma conversa difícil. Mas estou bem agora."

 Franklin, sempre o mais protetor do grupo, colocou a mão no ombro de Emma. "Se precisar conversar, estamos aqui para você, Emma. Não importa o que seja, podemos te apoiar."

Emma se sentiu reconfortada pelo apoio de seus amigos, sabendo que podia contar com eles, mesmo que não pudesse compartilhar todos os detalhes de seus problemas naquele momento.

Emma se sentiu reconfortada, e por um momento, ela esqueceu de seus problemas e emoções.

Após saírem da sorveteria, o grupo de amigos continuou a andar pelas ruas, aproveitando o clima mais leve e descontraído que se seguiu à conversa no banheiro. No entanto, um momento de tensão interrompeu a tranquilidade quando um gangster os parou em um beco, tentando realizar um assalto usando apenas uma faca.

Foi Franklin quem decidiu assumir o papel de herói naquele momento. Ele rapidamente reagiu, agarrando as mãos do gangster e nocauteando-o com um único golpe. O assalto foi interrompido antes que pudesse se tornar uma ameaça real.

Todos ficaram surpresos com a rapidez e ação de Franklin. Joey elogiou sua bravura, mas Melissa e Zoe imediatamente expressaram preocupação com o ato arriscado de seu amigo.

"Franklin, você foi corajoso, mas isso foi uma loucura!" exclamou Zoe, preocupada com a segurança de todos.

Melissa concordou. "Você poderia ter se machucado, Franklin. Não vale a pena correr esse risco."

Enquanto o grupo discutia o que fazer com o gangster inconsciente, Emma observou-o atentamente. : "E se o levarmos para a delegacia?" Emma sugeriu.

Todos ficaram um pouco surpresos com a ideia, mas depois de considerar os riscos de deixar o gangster no beco, concordaram que era a melhor opção. Juntos, eles levantaram o homem inconsciente e o carregaram até a delegacia mais próxima, onde pretendiam entregar o assaltante à polícia e lidar com as consequências de suas ações inesperadas naquela noite.

 Na delegacia, os amigos de Emma fizeram a denúncia do assaltante, e um dos policiais elogiou a bravura de Franklin por reagir ao assalto. O grupo conversou com os policiais por um tempo, compartilhando detalhes sobre o incidente no beco.

No entanto, Emma começou a se sentir apertada e desconfortável na delegacia. Ela decidiu que precisava de um momento sozinha e se dirigiu ao banheiro. Sentada no vaso sanitário, seus pensamentos começaram a se agitar enquanto ela refletia sobre tudo o que estava acontecendo naquela noite. Enquanto as memórias dos momentos bons surgiam em sua mente, as preocupações e os eventos perturbadores também começaram a se manifestar.

Enquanto lavava as mãos, seus pensamentos negativos atingiram o limite. Foi então que algo inexplicável aconteceu. No espelho do banheiro, uma figura bizarra e aterrorizante apareceu por um instante: um urso de pelúcia negro, descosturado, com dentes afiados. Emma deu um grito de susto, pois reconheceu imediatamente aquela imagem.

Ela já havia visto esse urso em visões perturbadoras anteriormente, e sabia o que isso significava: um de seus loopings, um dos labirintos estava se manifestando novamente. O pânico começou a tomar conta dela, e ela se apressou para sair do banheiro.

No entanto, assim que saiu, ela percebeu algo ainda mais perturbador: a delegacia estava completamente às escuras. Na verdade, toda a energia havia falhado, deixando o prédio em total escuridão. O desespero tomou conta de Emma quando ela percebeu que todos, incluindo seus amigos e os policiais, haviam desaparecido.

Enquanto o resto do grupo conversava e esperava por Emma, Melissa começou a ficar inquieta, percebendo que sua amiga estava demorando demais no banheiro. Ela compartilhou sua inquietação com os outros, e todos começaram a estranhar a situação.

Foi então que Zoe, preocupada com a amiga desaparecida, se ofereceu para verificar o banheiro. Ela se aproximou da porta do banheiro e a empurrou, revelando um interior estranhamente silencioso. 

 O silêncio era quase opressivo, e Zoe chamou por Emma várias vezes, sem receber resposta. Ela percebeu que todas as cabines estavam vazias e começou a se preocupar seriamente.

Zoe ficou inquieta, mas antes que pudesse sair e alertar seus amigos, as luzes do banheiro começaram a falhar: Agora, Zoe também estava no labirinto.

Zoe chamou desesperadamente por seus amigos, mas o silêncio continuou a reinar na escuridão da delegacia. "FRANKLIN! MELISSA! JOEY!" gritou ela, mas ninguém respondia. A sensação de isolamento e medo estava se tornando insuportável.

No entanto, Zoe continuou a chamar, e Emma, à distância, finalmente ouviu seu nome sendo gritado. Determinada a encontrar seus amigos, Emma começou a seguir a voz de Zoe, respondendo com urgência. A voz de Emma serviu como um farol de esperança para Zoe, que continuou a chamá-la.

Mas então, em um momento de terror absoluto, o enorme urso de pelúcia negro e descosturado apareceu diante de Zoe e a empurrou com força no chão. Zoe gritou de susto enquanto caía, sentindo-se completamente vulnerável.

Emma chegou ao local justamente naquele momento, vendo a gigantesca fera costurada à sua frente, seus olhos vazios e dentes afiados adicionando uma camada extra de horror à cena.

O urso de pelúcia carregava um enorme machado e levantou-o ameaçadoramente em direção a Zoe. Ela olhou para a morte nos olhos naquele momento, mas antes que o machado pudesse descer, Emma conseguiu agarrar a mão de sua amiga a tempo e ambas correram o mais rápido que puderam.

As duas chegaram em uma sala desconhecida, e Emma tentou desesperadamente barrar a porta com tudo o que tinha para impedir que o urso as alcançasse. Zoe, ainda ofegante e apavorada, começou a fazer uma série de perguntas. 

"Que diabos era aquilo?! Onde estamos?! Como viemos parar aqui?!!" gritou ela para Emma, sua voz tremendo de pânico.

Emma se sentiu um lixo por ter arrastado sua amiga para essa situação, mas tentou explicar da melhor maneira possível. "Aquilo é... um carrasco de pensamentos negativos, Zoe. E isso, esse buraco em que entrei e sem querer te levei junto, é o labirinto."

Zoe estava atônita com a explicação de Emma, tentando processar o que acabara de acontecer. Qualquer pensamento, qualquer medo, poderia ser transformado em algo feito para te matar. "E, sendo honesta... Não é a primeira vez que isso acontece," admitiu Emma com a voz tremendo.

Zoe notou a emoção na voz de Emma e decidiu aprofundar a conversa. "O que aconteceu?" perguntou ela com compaixão. "Pelo o que eu entendi, você só cria isso quando tem algo te incomodando profundamente... O que é?" Zoe perguntou, adotando um tom acolhedor.

Emma hesitou por um momento, sentindo o peso avassalador de suas emoções, mas Zoe mostrou uma compreensão profunda e um apoio inabalável, encorajando-a a abrir seu coração. Com lágrimas nos olhos, Emma finalmente desabafou, expressando sua angústia com uma voz quebrada e trêmula.

"É como se o mundo inteiro estivesse esmagando os meus ombros, Zoe," soluçou Emma, seus olhos cheios de dor e desespero. "Meu pai me acha maluca, pessoas morreram por minha causa, e ninguém parece acreditar em mim. Eles acham que sou louca quando tento explicar tudo..."

Zoe, com os olhos marejados, rapidamente envolveu Emma em um abraço apertado, segurando-a com ternura enquanto as lágrimas da amiga molhavam seu ombro.

"Eu estou aqui para você," Zoe sussurrou com a voz embargada pela emoção. "Eu entendo que você está sofrendo, Emma. Vai ficar tudo bem, eu prometo.."

"NÃO TÁ TUDO BEM, ZOE! VOCÊ QUASE MORREU!" Emma exclamou, sua voz entrecortada pelo choro. "Eu entendo o que você está fazendo... e eu agradeço por isso, agradeço por ser minha amiga. Mas eu nunca consegui escapar disso sem levar alguém de volta!" Emma estava despedaçada, suas palavras ecoando como um grito de dor.

No entanto, a calma de Zoe demonstrou toda a consideração que ela tinha pela amiga. Com um toque gentil no rosto de Emma, Zoe olhou profundamente em seus olhos e disse com convicção, mesmo que sua voz estivesse trêmula de emoção. "Nós vamos conseguir, Emma. Você só precisa confiar em si mesma... e em mim."

Emma, ainda abalada por suas emoções, encontrou forças para se levantar do chão, inspirada pela determinação de Zoe em ajudá-la a superar essa situação.