DESCOBERTAS part.2
Minha mente mergulhava em um mar de confusão, debatendo-se nas ondas turbulentas das informações que Haru havia compartilhado comigo. A noção de que a tal chave não passava de uma metáfora ecoava incessantemente em meus pensamentos, desafiando minha compreensão. Por mais que eu me esforçasse para decifrar o enigma, tudo parecia absurdamente irreal.
Enquanto eu me afogava nesse oceano de dúvidas e incertezas, Haru, com sua serenidade peculiar, começou a esclarecer a verdade por trás da maldição que nos afligia. Suas palavras fluíam como um rio de sabedoria, revelando uma conexão profunda entre a suposta chave e a existência de uma metade oculta da maldição, que habitava outra pessoa. Cada sílaba carregava consigo uma revelação, um vislumbre da verdade transcendental que parecia inalcançável.
Busquei entender a origem dessas informações surpreendentes e, com a curiosidade ardendo dentro de mim, perguntei a Haru onde ele havia adquirido tal conhecimento. Sua resposta foi simples e direta, mas reverberou em minha mente como um trovão ecoando nos confins de um templo silencioso. "No templo da igreja, encontrei um livro que explicava tudo isso", disse ele, sua voz ecoando com uma mistura de serenidade e emoção contida.
Nesse instante, uma faísca de iluminação atravessou o véu de confusão que me envolvia, dissipando as névoas de incerteza. O vínculo entre a maldição e a igreja, que até então parecia nebuloso e obscuro, de repente tornou-se cristalino. Um sorriso desenhou-se automaticamente em meus lábios, carregado de uma convicção renovada.
A sensação que me invadiu naquele momento não era apenas uma simples esperança, mas algo muito mais profundo e transformador. Era a certeza de que, finalmente, eu havia encontrado a chave para desvendar a maldição que assombrava minha existência. Cada fragmento de desespero que se alojava em meu ser dissipou-se, abrindo espaço para uma determinação indomável.
Eu sabia que o caminho adiante não seria fácil. Quebrar uma maldição ancestral não era uma tarefa para os fracos de coração. No entanto, naquele instante, eu me comprometi a enfrentar qualquer obstáculo que viesse em meu caminho. As amarras que me mantinham prisioneiro da escuridão interna foram rompidas, e uma chama brilhante acendeu-se dentro de mim.
Armado com a revelação de que a chave para a libertação residia na busca pela metade perdida da maldição, eu me preparei para embarcar nessa jornada transcendental. Estava disposto a percorrer os confins do mundo, a enfrentar os abismos mais sombrios e a desafiar até mesmo os deuses se necessário. Pois eu sabia, com cada fibra do meu ser, que a resolução dessa maldição era o único meio de encontrar a paz que tanto ansiava.
continua....