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Chapter 18 - Inicio 1: Um pequeno visitante (3)

Em uma antiga montanha vulcânica, onde as rochas escuras ainda testemunhavam os eco de antigas erupções, um Leão Infernal repousava imponente. Sua grossa e brilhante juba, fortalecida pelas condições severas do ambiente, reluzia sob a luz do sol. Ele acabara de se alimentar de Cabras Cinérias, que outrora vagavam desavisadas pelas encostas. O silêncio era absoluto, exceto pelos ocasionais assovios do vento.

Esse cenário tranquilo foi interrompido por latidos agudos e persistentes de um jovem Coiote Veloz, que se movia entre as pedras com notável destreza. No início, o Leão Infernal ignorou os ruídos, considerando-os irrelevantes. Porém, com o tempo, os latidos começaram a irritá-lo. Seus olhos avermelhados se abriram lentamente, e, com um movimento pesado, ele se levantou. o Coiote Veloz percebeu a atenção do Leão e, como se fosse parte de um jogo, começou a correr em círculos, provocando-o.

Furioso, o Leão Infernal partiu em uma perseguição desajeitada, esmagando pedras e deixando marcas profundas no solo. Embora fosse grande e forte, sua falta de agilidade contrastava com a velocidade do Coiote Veloz, que o conduzia até um desfiladeiro estreito, um local de difícil mobilidade. Mas ainda convencido em sua superioridade contra a pequena criatura, o Leão Infernal sem hesitação a perseguiu para dentro do desfiladeiro, onde acreditou que daria um fim a pequena criatura. No entando, ao se aprofundar para dentro daquele desfiladeiro, ele se deixou vulnerável.

Descendo rapidamente do alto das rochas, com a espada de chifre de Rhinotremor firmemente em suas mãos, Octávio desfere um feroz golpe nas costas do Leão Infernal, A lâmina cortou profundamente a pele resistentes da criatura, o sangue fervente jorrou da ferida recém-aberta, ele tingiu as rochas circulantes do desfiladeiro. O Leão Infernal, pego de surpresa, soltou um rugido profundo de dor e se debateu violentamente dentro do desfiladeiro, ele se virou furiosamente para confrontrar seu atacante.

Enquanto o Leão Infernal se virava,Luna, a Coiote Veloz correu rapidamente entre os espaços das rochas e retornou para o lado de Octávio, que mantinha olhos atentos a furiosa criatura flamejante.

A tensão no ar se intensificou quando o Leão Infernal, com sua juba em chamas, se lançou furiosamente em direção a Octávio e Luna. O rugido da criatura reverberou pela clareira. Octávio sentiu o calor abrasador crescer ao seu redor enquanto observava a criatura avançar em sua direção.

Com uma reação rápida, ele brandiu a espada contra o golpe flamejante da Criatura. As chamas rapidamente se intensificavam, queimando o ar ao redor, e enquanto Octávio e o Leão Infernal estavam para colidirem, Luna, que ficou a o lado de Octávio correu para as costas do Leão Infernal na expectativa de alvejar-lo. A colisão dos golpes foi violenta - a garra Flamejante do Leão Infernal atingiu com força brutal a espada de Octávio, lançando faiscas e pequenas labaredas enquanto Octávio lutava para manter-se firme no lugar.

O calor extremo e a força da criatura faziam seus braços latejarem, e a pressão da garra da criatura o surpreendeu, mas felizmente, neste momento, Luna fazendo um bom uso de sua velocidade desferiu um golpe preciso contra as pernas traseiras do Leão Infernal.

O Leão Infernal enfurecido pelo ataque sorrateiro Rugiu em ira, seu rugido se alastrou por todo o Desfiladeiro. As chamas que ardiam em sua juba se intensificaram ainda mais, seus olhos, agora brilhando em um vermelho flamejante, se fixaram em cruelmente em Octávio. Ele estava prestes a atacar com ainda mais ferocidade do que antes.

Octávio sentiu o perigo iminente, e sabia que não podia alastras mas o confronto contra o Leão Infernal, ainda mas agora que ele havia entrando em seu estado de fúria.

Ele deu um assobio curto - um sinal para que Luna retirasse do confronto, ela mesmo relutante ainda seguiu seu comando, se retirou momentaneamente do confronto e se afastando a uma distância segura para observar, enquanto o Leão Infernal rugia com fúria crescente. As chamas de sua juba dançavam no ar, banhando as rochas do Desfiladeiro com um brilho vermelho ameaçador.

Octávio respirou fundo e avançou contra o furioso Leão Infernal, que ferozmente o ataca com sua garra flamejante. O golpe veio com uma força avassaladora, o calor quase insuportável, mas Octávio ainda manteve-se calmo, e usou sua agilidade, ele conseguiu desviar do ataque no último segundo. A garra da criatura passou perto o bastante de seu rosto para carbonizar alguns fios de seu cabelo.

Aproveitando a abertura gerada pelo movimento da Criatura, Octávio desferiu um golpe Diagonal devastador, que percorreu o rosto do Leão Infernal. A lâmina atravessou a juba flamejante, cravando-se profundamente na carne da criatura. Um som de carne rasgando ecoou, e a espada abriu uma gigantesca ferida, de cima a baixo, que tomou um dos olhos do Leão Infernal e dividiu seu focinho.

O rugido de dor que se seguiu foi ensurdecedor, ecoando por todo o Desfiladeiro como um trovão. Sangue quente jorrou da ferida aberta, misturando-se ao cenário, às chamas de sua juba agora crepitavam de forma instável. O Leão Infernal, cego de um olho e com seu rosto brutalmente dilacerado, cambaleou para trás, sua fúria momentaneamente contida pela dor excruciante.

Octávio, sem dar tempo ao Leão Infernal para se recuperar, avançou novamente com uma precisão letal. Com um movimento rápido, sua espada cortou horizontalmente, atravessando a juba flamejante e penetrando profundamente na garganta da criatura. O som do golpe foi seguido por um jorro de sangue quente, que escorreu como uma corrente ao chão. O rugido do Leão Infernal, agora misturado com gorgolejos de dor, ecoava fraco enquanto o sangue fluía livremente de sua ferida mortal.

Desesperado e à beira da morte, o Leão Infernal reuniu suas últimas forças. As chamas em sua juba, que antes queimavam com intensidade devastadora, estavam agora fracas, mas mesmo assim, a criatura ergueu uma barreira de fogo em um último esforço de sobrevivência. A parede de chamas se ergueu rapidamente entre ele e Octávio, bloqueando o caminho, queimando o ar ao redor e iluminando o ambiente com um brilho vermelho e incandescente.

O Leão Infernal, confiando em sua barreira de fogo, começou a recuar lenta e rigidamente, suas patas deixando marcas ensanguentadas no chão enquanto se afastava para o fundo do desfiladeiro. Ele acreditava que as chamas seriam o suficiente para manter Octávio à distância, protegendo-o enquanto tentava escapar. O calor das chamas irradiava intensamente, criando uma cortina de fogo que lhe dava uma sensação de segurança.

Mas então, no silêncio inquietante do desfiladeiro, um leve assobio-curto ecoou. E uma brisa fria começou a circular, desafiando o calor opressor, fazendo com que as chamas da barreira vacilassem momentaneamente. O Leão Infernal, debilitado e tomado pela dor, congelou no lugar, seu olho se arregalou de surpresa. Ele sabia que algo estava errado.

Entre as rochas do desfiladeiro, como uma sombra veloz, Luna apareceu. Sua pelagem, iluminada pela luz fraca das chamas, contrastava com a cena caótica à sua frente. Ela se movia com grande agilidade entre as rochas, seus olhos sempre fixos no Leão Infernal, brilhavam com frieza e sadismo. 

O Leão Infernal, agora vulnerável e incapaz de reagir rapidamente, sabia que seu tempo estava acabando. Luna, com a confiança e velocidade que sempre a acompanharam, estava pronta para finalizar o que Octávio havia começado. 

Em meio a gorgejos de dor o Leão Infernal rugi furiosamente contra Luna em uma tentativa tola de desuadila de ataca-lo, mas para sua infelicidade Luna não apenas não levou o seu rugido a serio como também o atacou sorrateiramente com suas garras, com raiva e dor o Leão Infernal tenta golpe-ala com suas garras, mas Luna fazendo uso de sua agilidade racial facilmente escapa de seus golpes e contra ataca com uma mordida violenta em sua calda, a arrancando no processo, Com extrema dor, e com sangue em frequência escorrendo de suas feridas o Leão Infernal coloca todas as suas ultimas forças em um ataque um ultimo desesperado contra Luna, O leão Infernal Salta em direção a Luna com seus afiados dentes amostra para retalhar-la cruelmente, Luna foi pega de surpresa com o repentino salto de seu inimigo, mas graças e uma rápida reação em ultim segundo ela consegue esquivar dos mortais dentes do Grande felino, que agora sem forças desaba derrotado no chão, enquanto observa resignante-mente, Luna se aproximar lentamente dele com os caninos amostra. 

Após a morte do Leão Infernal a barreira de Fogo que impedia Octávio de passar desaba sem deixar vestígios para trás, agora sem mas o incomodo impedimento em seu caminho, Octávio avança para dentro do Desfiladeiro e encontra Luna, sentada alegremente com o rabo balançando ao lado do falecido Leão Infernal, Octávio mima momentaneamente Luna com algumas caricias e elogios antes de se virar para o grande cadáver do Leão Infernal, com um sorriso um tanto tenso em seu rosto, ele se aproxima do cadáver com uma Grossa corda de cipó traçado que ele havia criado.

— Bem...vamos lá — murmura para si mesmo, enquanto começa a amarrar a corda ao redor do corpo do Leão Infernal, preparando-se para a longa tarefa de levá-lo até o seu novo abrigo onde poderia trabalhar.

Luna observa pacientemente, ocasionalmente saltando ao redor, como se quisesse ajudar de alguma forma, mas por enquanto, apenas sua presença animava o árduo trabalho de Octávio.

...

Após horas exaustivas de uma caminhada íngreme e cuidadosa, Octávio finalmente chega ao topo da montanha, sentindo os músculos de seus braços e pernas latejarem de cansaço. A carcaça do Leão Infernal, amarrada por grossas cordas de cipó, pesava muito mais do que ele havia imaginado, especialmente quando precisava proteger seu valioso prémio de outras criaturas famintas no caminho. Luna corria adiante e voltava, mantendo-se vigilante e alegre ao seu lado.

Ao alcançar a segurança de seu abrigo — uma caverna vulcânica espaçosa que ele havia "modernizado" para se adaptar às suas necessidades de sobrevivência — Octávio sentiu um alívio imediato. As paredes rochosas e maciças ofereciam não apenas abrigo, mas uma resistência natural contra os perigos do mundo lá fora. Com a proteção adicional contra o clima extremo da região, a caverna proporcionava um ambiente surpreendentemente acolhedor, onde o calor do solo vulcânico se espalhava pelas superfícies, tornando o ar agradável.

Ele caminhou até o centro da caverna, onde uma pequena fogueira ardia, lançando suas chamas dançantes contra as sombras das rochas irregulares nas paredes ao redor. A luz oscilante misturava-se com o calor suave que emanava do solo vulcânico, criando um ambiente acolhedor, algo raro no mundo caótico em que vivia.

Octávio parou por um momento, observando o brilho alaranjado iluminar o seu pequeno Oásis de paz em um mundo arruinado.

Puxando a pesada carcaça do Leão Infernal para perto da fogueira, Octávio se certifica de que o cadáver esteja bem iluminado, garantindo que pudesse trabalhar nos detalhes do imponente corpo da criatura. A luz das chamas lançava sombras estranhas nos cabelos escuras e nas garras afiadas do monstro, tornando o ambiente mais intimidador, mas ele já estava acostumado com essa sensação. Seu olhar, no entanto, logo se voltou para Luna, que o observava ansiosamente, a cauda balançando em uma mistura de curiosidade e excitação.

Ele não pôde deixar de achar divertido como Luna parecia sempre saber quando algo interessante estava por vir. Com um sorriso suave, Octávio enfiou a mão dentro do enorme corpo do Leão Infernal e puxou de suas entranhas uma estranha esfera vermelha, brilhante e pulsante, algo que ele já havia encontrado antes em outras criaturas. Ao entregá-la para Luna, ela não perdeu tempo. Com uma mordida rápida, a esfera desapareceu em sua boca, e ele pôde ver uma mudança imediata. Os movimentos de Luna tornaram-se um pouco instáveis, como se estivesse sobrecarregada, mas ainda assim, com um leve tremor, ela se afastou e caminhou lentamente para o canto da caverna, onde sua cama, feita de pele de Lobo Vermelho, a aguardava. Em poucos segundos, ela se deitou e mergulhou em um sono profundo.

Octávio observava de longe, um pequeno sorriso preocupado no rosto. Ele ainda não entendia o que eram essas estranhas esferas que encontrava dentro de algumas das criaturas que enfrentavam. Elas não estavam em todas — algumas criaturas as tinham, outras não. O que tornava tudo ainda mais enigmático era a obsessão que Luna e outras criaturas demonstravam quando uma dessas esferas aparecia. Era como se fossem incapazes de resistir ao seu poder, como se algo nelas despertasse um instinto profundo, levando-as a consumir a esfera sem hesitar.

Voltando sua atenção para o cadáver do Leão Infernal, Octávio começou a trabalhar meticulosamente. Sabia que, para tirar o máximo proveito dos materiais, precisaria de paciência. O corpo da criatura era bastante resistente, mas ele já havia aprendido a como lidar com isso.

Com suas ferramentas improvisadas e afiadas, ele começou a esfolar o Leão Infernal, removendo cuidadosamente sua pele escura e espessa, que um calor incomum. Após horas de esforço, finalmente extraiu grandes pedaços do couro que seriam usadas para a criação de suas mais novas armaduras. Com elas sendo:

Ombreiras Leoninas da Fúria: Feitas a parir do couro mais resistente e das presas do Leão Infernal, moldadas para garantir, mobilidade e eficácia em combate. as ombreiras apresentam detalhes sutis, com linhas que lembram o contorno de um rosto do leão, mantendo a simbologia da criatura, mas sem comprometer a praticidade.

As ombreiras eram de tamanho médio, cobrindo a parte superior dos ombros e parte do peitoral, com uma camada adicional de proteção nas laterais. Elas possuíam um leve brilho escuro, como se ainda estivessem impregnadas do calor residual da Falecida Criatura.

Capa de Juba Infernal: Feita inteiramente da juba do Leão Infernal, focada principalmente em proteção e resistência. O seu design é simples, mas eficaz, com reforços de couro em pontos estratégicos.

Após três semanas de intenso trabalho, Octávio finalmente terminara suas criações. Cheio de empolgação, ele se virou para mostrá-las a Luna, que havia passado a última semana em um sono profundo. Antes que ela pudesse lançar seu característico olhar indiferente às invenções de Octávio, um forte tremor sacudiu a caverna. O chão tremeu violentamente, derrubando tudo ao redor — desde objetos até grandes pedras que se desprendiam das paredes.

Pensando que se tratava de uma possível erupção vulcânica iminente, Octávio, alarmado, rapidamente agarrou Luna e correu para fora da caverna. No entanto, ao chegar ao lado de fora, ele percebeu que o que estava acontecendo era muito mais do que uma erupção local. O horizonte se partia, o chão se rasgava em fendas enormes, e o céu parecia oscilar com a magnitude dos tremores.

Era um terremoto global.

Usando sua espada como apoio, Octávio se ajoelhou e cobriu Luna com seu corpo, tentando desesperadamente a proteger da grande devastação que ocorria ao seu redor. 

..

O que Octávio ainda não sabia era que, enquanto a Devastação se desenrolava, o mundo estava renascendo. Era o início de uma nova era. E o novo mundo... estava dando suas boas-vindas.

!!!!!!!FIM DO INICIO 1!!!!!!