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Chapter 16 - 16

*O melhor de todos os beijos

é o que professa poesia escrita com sangue

Sugo teus lábios para sentir a poesia*

Vladminsk visitara o quarto da esposa que dormia serenamente no seu leito. Depois de condenar alguns ladrões e assassinos por quase toda noite. Sempre retornava a meia noite. Sempre voltava desejoso por querer estar ao lado de sua amada. Por querê-la. Por possui-la. Ele sussurrava em seu ouvido a poesia que escrevera recentemente fazendo-a abrir os olhos sonolentos e logo a hipnotizava. A levara para o quarto do meio. Pedira que se despisse. Ela o fez. Ele a conduziu nua em passos de dança recitando seus próprios poemas. Um pote de porcelana fora posto a sua frente por ele, que pediu-lhe para lavar-se com o liquido que ai estava. Sangue. Sangue de seus condenados. Emália pintou os ombros, os seios e os braços. Finalizou maquiando seus lábios com o vermelho. O conde vampiro não sabia ao certo o quanto isso lhe dava prazer. O cheiro do sangue de seus réus e o sabor na pele de sua esposa lhe tirava a vontade de morde-la. Era uma maneira de protege-la dele mesmo. De ajuda-lo a controlar o desejo profundo que sentia toda vez que estavam juntos na cama. O desejo de leva-la para o outro lado. O lado sombrio do que realmente era. O lado do ser sanguinário que existia dentro de si. Ficava excitado toda vez que a via fazer o que ele pedia. Porem as vezes gostaria que ela o tivesse fazendo sem esta hipnotizada. Sem ser controlada. Ele não sentia vergonha ou remorso por isso. Na cama seu prazer só aumentava quando colocava o corpo da amada em posições favoráveis. Ela também conseguia atingir um orgasmo duradouro e profundo. Seus gemidos eram a prova disso. Assim as noites eram intensas de puro prazer.

Em uma certa manhã Emália dava risadas bobas sem razão. Mas para si havia uma. No entanto o conde e Marienny não sabiam exatamente o porque.

- Qual a razão de toda essa alegria? - perguntou Vladminsk.

- Estou com vergonha de dizer – disse tímida. Ele apenas sorriu. Não tinha nada no pensamento da esposa que pudesse lhe revelar o motivo. Estava tudo confuso devido a intensidade de sua alegria.

- O que poderia ser querida amiga e cunhada - Marienny tentou adivinhar.

- Minhas regras não vem faz um tempo e acho que estou gravida - disse Emália.

Marienny e Vladminsk se entre olharam quase surpresos. Mas não. Isso não seria possível. Os dois irmãos sabiam muito bem que isso era impossível de acontecer.

- Tem certeza - falou o conde.

- Não exatamente. È só uma suspeita, mas pode ser que sim. Já que faz um mês que minhas regras não descem - deu um sorriso contido.

- Vamos chamar um médico para examiná-la. Assim teremos certeza - comentou Marienny para parecer natural. Pediu licença e saiu.

- Você parece não ter gostado - disse ao ver a expressão fria do marido.

- Não é isso. È que fiquei surpreso. Ainda não tinha pensado sobre isso - deu sorriso mórbido.

- Mas eu tinha pensado muitas vezes. Só que você anda tão ocupado que eu não tive a chance de falar. Não queria perturba-lo com isso.

- Ah! Isso não me perturba - mas perturbava sim. Perturbava o fato de ele nunca poder dar o que sua esposa mais desejava. Um filho. Ele providenciava muitas vezes quase tudo que ela pensava e não falava. Tanto que Emália ficava surpresa toda vez que chegava um presente. Como um cavalo de origem Russa. Um vestido que admirava numa vitrine. Uma joia. Uma festa e até mesmo uma carruagem própria ou uma nova casa no litoral. Ela não era do tipo de esposa que exigia ou vivia pedindo coisas extraordinárias que ele não pudesse dar. Ele apenas lia seus pensamentos e descobria seus desejos. Até os desejos obscenos que ela gostaria de realizar com ele. Como uma esposa casta e educada os guardava só para si. Não queria que o marido pensasse mal dela se tivesse um comportamento ousado demais durante suas relações amorosas. Porem ela tinha. Só que não sabia. Não sabia que ele a induzia a se comportar como uma cortesã, as vezes como uma mulher de bordel ou simplesmente como sua inocente esposa. Esse era o segredinho do conde vampiro.

Ele lhe proporcionava tudo que uma mulher mais queria em um homem. Amor, fidelidade absoluta, devoção, felicidade e muito prazer. Mas um complemento principal não podia faltar na vida de um casal feliz. Os filhos. Os frutos do amor. A realização de toda felicidade que sentiam. O legado de amor.

Ele teve que suportar a conversa até fim do chá. Não queria mostrar insatisfação. Mantinha o sorriso no rosto enquanto a esposa falava o quanto seriam felizes com crianças correndo pela casa. Fazendo travessuras no jardim e fazendo bagunça na mesa de jantar. Uma raiva tomava conta de seu peito. Escondera o punho em baixo da mesa para conter a explosão que se formava queimando por dentro.