Vladminsk olhou nos olhos da esposa. Suas pupilas cor sangue-azul dilataram causando efeito hipnótico nos de Emália, que ficara logo imóvel. Ele a sentou na cama. Em seguida chamou Raysson.
- faça o que tem que fazer – disse antes de sair. Seu coração doía. Mas não queria sequer imaginar Emália e o primo juntos na cama. Ele fez a mágica. A esposa o veria na pessoa do primo.
Raysson a tocou delicadamente, trazendo-a para si. Tirou sua roupa devagar. Apreciou cada tirada de peça. Finalmente sentiu a pele dela. Era macia como pétala de rosa. Ficou excitado só de amacia-la. Levou-a para cama. Não se importou que ela o chamasse de Vladminsk. Ele quis ser neste momento. Apesar dela estar hipnotizada, ele recebeu prazer por igual. Foi reciproco. Então ele copulou. Sua semente foi plantada no ventre de Emália.
Enquanto isso, Vladminsk bebia bruscamente o sangue dos criminosos que atormentavam os moradores de Londres. A meia noite voltou a seu quarto encharcado de sangue. Foi ao quarto em que deixara sua esposa. A encontrou dormindo sozinha, enrolada nos lenções. Sentou ao seu lado. Acariciou o rosto dela com dedos sujos. O manchou. Fazendo um risco até seu seio. Beijou sua testa e foi ao seu quarto. Trancou-se. Escreveu suas poesias como de costume. Molhando a pena na tinta misturada ao sangue.
Durante a madrugada Emália despertou agitada por um pesadelo. Saiu da cama suada. Foi até a penteadeira e se serviu de água. A taça de marfim com anel de ouro caiu de sua mão quando se deparou com o reflexo do rosto manchado de vermelho. Num desespero, gritou. Mexeu num pequeno pote de tinta. Não lembra de tê-la usado. Olhou ao redor. Ninguém parece ter escutado o seu grito. Foi em busca de Vladminsk. Aparentemente não estava no quarto. Mas as folhas e um pote de tinta numa mesa cor marfim a chamou atenção. Mexeu nas folhas e observou a escrita. Um cheiro estranho exalava do tinteiro de ouro. Ela molhou o dedo no liquido e aproximou do nariz. Não pode saber se a tinta estava passada, pois o cheiro era ruim. Num mal jeito com a mão, acabou virando o pote. A tinta se alastrou no lençol que a cobria. Ainda estava desnorteada, tremia nervosa e suava. Resmungou pelo desastre que causara. Arrumou o lençol no corpo e olhou ao redor. Uma vez só entrara neste quarto, agora andava pelos cômodos, curiosa e tensa. Não viu o marido na cama. A mesma estava perfeitamente arrumada. Ranger de uma porta a fez seguir para dentro do enorme banheiro. A agua da banheira estava suja com sangue. Ficou preocupada, se perguntando se ainda estava sonhando ou se havia acontecido alguma coisa com o esposo. Sentiu um toque frio no ombro. Se moveu assustada. Reconheceu Vladminsk, límpido, perfumado e belo. Enrolado num tecido de veludo.
- ai meu Deus! – disse agitada.
- calma. O que houve? – deu abraço acolhedor nela.
- eu tive um terrível sonho.
- não se preocupe, agora estou aqui.
- o que está havendo – indagou. Analisou o rosto esposo. – você se feriu? onde você estava?.
- respire – levou-a se sentar na cadeira. Mas ela mal conseguia respirar e entender o que estava se passando. Olhava o marido fixamente. Ele a beijou na testa.
- eu desejo tanto – falou baixinho.
- o que? o que meu esposo deseja? - acariciou a face dele.
- provar você. Minha linda e adorável Emália.
- o que meu esposo quer dizer?
- a minha esposa realizaria um desejo do seu amado esposo.
- se tiver ao meu alcance, sim.
- está, é claro que está – sua voz parecia de uma pessoa embriagada. Mas ele estava embriagado de vinho.
- você está cheirando a vinho.
- então, tome vinho comigo.
- eu...
- tome – ele lhe serviu o mesmo copo que havia usado. Ela cheirou e experimentou um gole. O restante que havia sobrado. Ele se pôs a sua frente. Sentou-a. Ficou entre as pernas dela. Agachado. Começou a acariciar as coxas dela. Sua boca fria sentiu a maciez da pele. Marcou-a com beijos. Emália bebeu a sobra de vinho e pôs de lado a taça vazia. Seu esposo a estava tocando de uma forma que jamais sentira. Ele seguiu com mão até sua virilha. Delicadamente a invadiu. A esposa não hesitou. Isso a acalmou e fizera esquecer o terrível pesadelo. Dessa vez ele não precisou hipnotiza-la. A dominou pelo prazer íntimo de sua mão dentre suas coxas. Ela se entregou aquela intimidade profunda. Gemeu suave. Insistia que ele continuasse. Ele o fez. Quanto mais mexia, mais ela queria. Ficou tão dominada pelo prazer que o marido lhe proporcionava, que todos seus sentidos se concentraram num ponto e então rugiu quando alcançou o clímax. Ela fraquejou e caiu sobre ele. Vladminsk a colocou nos braços e levou-a para banheira. A agua ainda estava morna. Tirou o tecido e entrou.
- minha esposa está tão quente, que ainda quero sentir seu fervor até o amanhecer. Eu a amo, eu a amo... - não resistiu. Cravou os dentes na parte da carne que fica entre o pescoço e o ombro. Emália gritou com a dor, mas a sensação de prazer ainda a dominava. Em fim o conde pode sentir o sabor do sangue de sua amadíssima esposa. Ele havia se controlado até agora. Se controlado desde que a viu pela primeira vez. A penetrou como um animal e simultaneamente a sugou, mas sempre cuidadoso para não desfalece-la. Sabia o grau de potência da sucção. Sabia a quantidade que precisaria sugar para manter uma pessoa viva. Se passasse de um certo limite a mataria. Era experiente em sugar numa velocidade surreal, acima da capacidade de um vampiro comum. Tinha uma força estrondosa, capaz de matar em 3 segundos. Conseguia controlar a sucção alterando o tamanho das presas. Ao diminuir as presas afinavam e sugavam menos sangue e ao aumentar, engrossavam, sugando mais sangue. Ao ver que a esposa ficara exausta. A enxugou. A cobriu com lençol e a levou de volta para o quarto de encontro. Ao mesmo tempo que deitara Emália na cama, Raysson entrara. O mesmo achou que Emália estivesse sozinha. Vladminsk estreitou os olhos em sua direção.
- como se atreve vir aqui visitar minha esposa sem minha permissão – falou com as presas latentes.
- desculpe conde. Eu apenas vim ver como a lady Emália estava. Pois pensei ter escutado um grito.
- sim, houve um grito, mas agora está tudo bem.
- um detalhe conde Vladminsk.
- que detalhe?
- o conde fez sua parte no intercurso?.
- minha parte?
- para que o intercurso seja completo e você garanta que sua semente vingue no ventre de sua esposa é preciso que... – Raysson salivou.
- é preciso o que duque Raysson?
- que façamos o intercurso ao mesmo tempo.
- está querendo dizer que nós dois...
- sim. Você entendeu.
- como eu poderia suportar ver você em cima de minha esposa.
- não, você seria o primeiro, o meu sêmen seria apenas para servir como aquecedor. Assim...
- assim...
- assim o seu sêmen seria o precursor para desenvolver a vida.
- então porque o duque não me alertou disse antes?
- porque achei que o conde já teria o feito antes, quando disse para eu fazer a minha parte.
- então o que fizemos hoje foi em vão.
- talvez. O conde não vai querer que sua esposa engravide de outro homem.
- que erro, que falha?! – disse com raiva nos dentes. – saia daqui, depois conversaremos sobre isso.
Jogou um vaso de porcelana na parede que explodiu na mesma hora. Para se acalmar espetou a carne da esposa com a unha do dedo mindinho e levou a boca.