— Agora quero beijar a outra clone também!
Ema estava pensando nas bobeiras que Audrey tinha falado, na noite em ela resolveu se dar ao luxo de sair de casa.
A polinésia não fazia isso com frequência, sempre dedicada aos estudos. Afinal era bolsista e não poderia ficar perdendo seu tempo quase precioso com diversão.
Seus pais não tinham dinheiro para pagar faculdade para todos, por serem em 7 irmãos, por isso cada um desde cedo deveria ser dedicado à escola.
Mas nenhum dos 6 irmãos de Ema levavam tão à sério as atividades escolares como a garota.
Ema podia se vangloriar de nunca ter tirado menos que A-. Era uma das mais esforçadas da universidade.
Poderia muito bem fazer como a irmã, Funaki, curtir as festas nos finais de semana e tirar média o suficiente para passar.
Ema quase riu alto, Audrey na noite da festa beijou Funaki pelo menos três vezes, sem que a garota percebesse sua intenção antes do ato.
— Eu não sou a irmã lésbica, Audrey! Não faça mais isso!
— Eu não sou lésbica, sou bi.
— A clone é bi?! Eu também!
A polinésia começou a rabiscar o que seria Funaki e Audrey na praia, não estava nem aí para a matéria no quadro, já sabia mesmo do que se tratava.
A aula acabou e Ema juntou seu material.
— Ema, posso ter uma palavrinha com você?
A polinésia quase morreu naquele momento, ele iria chamar sua atenção?!
— Fiquei sabendo que precisava de dinheiro. — O professor começou. — E como é muito inteligente... Pensei que se você fosse tutora em algumas matérias poderia te ajudar financeiramente.
— Ótimo, professor. — Ema falou, animada. — Eu adoraria.
*****
Ema e Funaki estavam se preparando para sair do pátio da universidade, na van das duas.
— Ema, espera!
A polinésia brecou o carro de forma brusca, Ayla apareceu ao lado do carona, assustando Funaki.
— Carona?
— Entra, Ay. — Funaki falou.
— Depois que ela começou a sair com Emeraude está toda indie. — Ema brincou, olhando para a jaqueta jeans que Ayla usava.
— A jaqueta é da Emeraude, não estou virando indie.
— Ah! Está só pegando as roupas dela mesmo.
Funaki saiu do veículo para abrir a porta para Ayla. Somente ela e Ema, conseguiam abrir, por estarem acostumadas.
— Obrigada pela carona. — Ayla falou ao se sentar na parte traseira do carro das Griffin, ignorando a fala de Ema. — Meu carro está com a Emeraude.
— Ela é rica, maior de idade e mesmo assim não tem um carro?! — Ema ironizou.
— Ela tem um motorista particular.
— Ela trocou um motorista por seu cosplay de carro da Emma Swan? — Funaki perguntou com sarcasmo. — Ricos são idiotas às vezes.
— Ela falou que precisava ir em algum lugar sem que os pais soubessem. — Ayla deu de ombros.
— E você deixou assim sem mais nem menos? — Ema perguntou. — Ela foi comprar droga por acaso?
— Não, louca. — Ayla riu. — Se ela quiser droga, consegue no quarteirão dela mesmo.
— Sério?
— Aham, Funaki.
— Uau.
— Ricos também gostam de "se divertir". — Ayla mexeu os dedos fazendo aspas.
— Bela diversão. — Ema riu. — Pelo menos eles tem dinheiro para se curarem depois do vício.
— É, verdade.
— Falando em ricos, Ema vai ser tutora de alguns riquinhos por aí. — Funaki falou com um sorriso.
— Legal, EJ.
— Adoro quando chama ela de EJ. — A irmã riu da careta de Ema.
— A única EJ aqui é a Ayla. — Ema brincou.
— Não preciso ser EJ, Emeraude trabalha muito bem.
— Uuuh! — as duas irmãs gritaram ao escutarem Ayla.
— Informação desnecessária. — Ema acrescentou.
— Só estou dizendo a verdade. — Ayla retrucou. — Você pegou a Audrey?
— Pegou a Audrey? Como assim?
— Sim, Ema, como tutora. — A latina falou como se fosse óbvio.
— Ah! Ainda não sei, quem vou ajudar.
— Então Audrey pode ser uma opção ainda.
— É, quem sabe?! — Ema falou, não muito animada.
"Audrey parece legal drogada, mas sem drogas nem um pouco, além de ser rica e provavelmente mimada."