Chapter 3 - A Dama de Preto

Há dois dias eu era um estudante de administração na cidade de Osaka até que sofri um acidente e morri, mas reencarnei em outro mundo como um agente funerário...

Sakegi: -Não foi assim que imaginei que seria um isekai funerário! – Com um bisturi na mão, enquanto olha para um corpo decepado sobre a mesa, esperando ser embalsamado para seu funeral.

Howl: -... – sobre o ombro de Sakegi.

Sakegi: -não faço ideia de como fazer isso, e nem sei se quero fazer isso... – olhando líquidos viscosos saírem do corpo do morto. –Que coisa nojenta...uuugh – tapando a boca para o vomito não sair.

Howl: -você tem que aguentar. – Voando no momento que percebe que ele iria vomitar. –Afinal é seu trabalho.

Sakegi: -isso é demais para mim...eu estava estudando administração e não medicina seu pássaro burro. – Vomitando em um balde.

Howl: -isso pode ser um problema, mas para sua sorte o doutor criou servos para fazer esse trabalho enquanto ele estava fora. – Pensativo.

Sakegi: -espera ai...você disse que ele era legista. – Olhando para a coruja.

Howl: -sim, por isso ele foi escolhido para esse serviço, o doutor era magnifico. – Com os olhos brilhando.

Sakegi: -você é muito estranho para uma coruja. – Vendo ele ficar animado ao falar do antigo agente funerário dali. –Mas voltando aos tais servos...

Howl: -há sim, Edmundo, Edgar apareçam e cumprimentem seu novo mestre! – Erguendo as asas para os lados.

No chão dois círculos de luz surgem com runas antigas girando em sua volta, desses círculos saem duas criaturas baixas e deformadas, trajando vestes rasgadas e aventais sujos, eram Edmundo e Edgar.

Edgar e Edmundo: -bem-vindo de volta mestre. – Abaixando a cabeça para Sakegi.

Sakegi: -o que são essas coisas... – olhando para criaturas corcundas.

Howl: -são espíritos menores que o doutor capturou e armazenou em vasos de barro e assim criando corcundas para fazerem o trabalho nos corpos falecidos.

Sakegi: -hein? – Sem entender muito bem o que a coruja fala.

Howl: -só basta da ordem e eles obedecem. – voltando para o ombro de Sakegi.

Sakegi: -muito bem, irmãos Ed... – Para de falar ao ver um deles comer uma mosca que ia passando. –Façam o que sabem fazer... – enojado.

Irmãos Eds: -sim senhor!

Os corcundas começam a trabalhar no corpo do homem em cima da mesa e preparam o caixão.

Howl: -já que resolvemos o problema com os corpos, vamos ao seu treinamento das artes espirituais.

Sakegi: -tá bom. – indo para a recepção.

Howl: -esse é todo o material que tenho disponível para que possa entender sobre ser um agente funerário.

Sakegi: -isso não é muito diferente da faculdade... – olhando a pilha de manuscritos sobre o balcão.

Sakegi passa os próximos dois dias lendo e observando Howl falar sobre almas e como funciona a funerária.

Sakegi: -vem cá...você lembra que no cemitério alguns esqueletos estavam expostos. – anotando informações sobre a chegada de corpos e saída.

Howl: -crooou. – se aproximando. –agora que falou, realmente tinha algo estranho naquela noite. – pensativo.

Sakegi: -pois é...como se alguém acordar em um caixão fosse normal. – para ao ver uma escritura sobre almas borboletas no livro de registro da funerária.

Enquanto isso no centro da cidade que mesmo sendo uma cidade pequena, era bastante movimentada principalmente com a chegada de um certo estabelecimento e sua dona.

-Vai ficar aqui mesmo madame? – Um cocheiro perguntou.

-Sim, pode levar minhas coisas para a pensão, Felix.

-Sim, madame.

-Quem diria que depois de tanto tempo, eu voltaria aqui. – colocando luvas brancas no meio de suas vestimentas escuras. –bom, vamos vê-lo. – abrindo um guarda sol.

Na recepção da funerária, Sakegi continuava a anotar tudo que podia sobre a funerária, bem como seus deveres como agente.

Howl: -bem, já que sua área é administração, não deve ser difícil para você aprender isso tudo. – No balcão da recepção.

Sakegi: -você fala como se eu fosse um excelente aluno na faculdade. – tentando organizar tudo estava fora de lugar na funerária alma solene.

Howl: -o doutor não era muito bom com essa parte...sabe. – Sem jeito ao falar da falta de organização.

Sakegi: -nem uma criança seria tão ruim assim...aaaf...vou passar dias para deixar tudo isso de um jeito que eu consiga entender. –madame mistério? – lendo algo em uma carta que achou debaixo do livro de ofícios.

Howl: -olha você achou, temos que começar seu treinamento no oficio. – vendo que ele tinha encontrado o livro de ofícios.

Sakegi: -oficio? – Aquela palavra que foi dita por Howl lhe sou estranho por um momento.

-Olá! – Batendo na porta.

Uma jovem donzela trajando um vestido longo em tom azul bem opaco, chega a porta da funerária.

Howl: -preciso me esconder. – ficando atrás do livro.

Sakegi: -se esconder? Mas onde? – olhando para ele.

Howl segurando seu galho torto o gira no ar e de repente se transforma em um broche em forma de coruja e se prende na camisa de Sakegi.

Sakegi: -o que que foi isso? – Abismado com aquilo.

-Oi. – Entrando na funerária.

Sakegi: -o-oi!, seja bem vianda a funerária alma solene, em que posso ajuda-la? – bem nervoso diante da bela moça.

-Logo se ver que é um Vladis mesmo, gentil, atencioso e usa o brasão da coruja. – sorrindo.

Sakegi: -"brasão" – pensou ele. –Obrigado pelo elogio, senhora.

-ah não me chame de senhora, é senhorita, Agatha Romes. – fazendo uma feição de cortesia.

Sakegi: -desculpe, senhorita Agatha Romes. – Mais nervoso.

-Não precisa ser tão formal, me chame só de Agatha. – Chegando mais perto de Sakegi.

Sakegi: -está bem, Agatha. – Sentindo a respiração da jovem em seu rosto.

-Ou melhor, pode me chamar de "minha Agatha" – Encostando os lábios na boca de Sakegi.

Sakegi: -calma ai mulher! – Empurrando ela para trás.

Agatha: -não seja tímido, venha cá, lhe farei muito feliz. – Colocando a mão por dentro do vestido e acariciando as partes.

Sakegi: -o que é que ta acontecendo aqui... – vendo ela virar os olhos em prazer ao fazer aqueles movimentos.

Agatha: -senhor agente, estou prontinha para você. – Colocando na boca os dedos cheios de fluidos viscoso vindo de seu corpo. –Venha! – Indo na direção de Sakegi.

Sakegi: -isso não pode ser normal! – Correndo para dentro da parte que fica os caixões.

Agatha: -por favor abra! – Em êxtase.

Sakegi: -nem fodendo que essa mulher ta afim de mim assim, do nada. – Segurando a porta para a mulher não abrir. – Vendo ela colocar a mão dentro do vestido novamente e mexer revirando os olhos enquanto lambe o vidro da porta por onde ela ver Sakegi.

Agatha: -uh, ah, uh, há. – Soltando gemidos baixos.

Sakegi: -que putaria é essa?! – Vendo aquele ato obsceno ali. –Ela sabe de alguma coisa que eu não sei... só pode ser isso. – Lembrando dos costumes daquela época. –E eu sei quem sabe.

Nesse momento Howl desfaz sua forma de broche e sai voando, mas antes que pudesse escapar Sakegi consegue segurar seus pês.

Sakegi: -há não vai não, me diz o que está acontecendo aqui! – Segurando a coruja que tenta a todo custo sair dali.

Howl: -não sei do que você está falando! – Tentando bicar as mãos de Sakegi.

Sakegi: -ae é, Edmundo, engula esse projeto de pássaro.

Edmundo: -sim senhor. – Soltando a língua na direção de Howl.

Howl: -o que pensa que ta fazendo? Seu troglodita! – Sendo asfixiado pela língua.

Sakegi: -fala agora ou você já era.

Howl: -tá bom eu falo... mas manda ele me soltar. – já quase me voz.

Sakegi: -pode soltar.

Edmundo: -mim não comer pássaro?

Howl: -não sou um pássaro seu idiota.

Sakegi: -hoje não.

Howl: -o que?!

Sakegi: -desembucha.

Howl: -tá. –Se recompondo. –como você herdou a fortuna do doutor as mulheres dessa cidade o ver como um bom partido e tentarão fazer você se casar com elas afim de ficarem ricas.

Sakegi: -era o que suspeitava...droga. – Olhando para a garota se contorcendo na porta. –Temos que dá um jeito na situação.

Howl: -concordo, você não tem tempo para se aventurar com elas. – cruzando as asas.

Sakegi: -o que te faz pensar eu que iria fazer isso?

Howl: -sei lá, tu morreu virgem...

Sakegi: -coruja faladeira, de onde tirou isso? – Segurando a coruja pelas penas do peito.

Howl: -eu estava no caixão quando você falou! – Olhando para a porta. –sumiu.

Sakegi: -o que? – olhando para trás.

Howl: -a garota...

Sakegi: -mas ela estava aqui agora mesmo. – olhando para fora pela janela da porta. –um guarda-sol preto? – vendo o objeto pendurado na porta da funerária.

Howl: -essa não...aquela mulher...o que ela veio fazer aqui?

Sakegi: -do que esta falando?

Howl: -guarda-sol preto? Sakegi, foge, foge o mais rápido possível ou aquela mulher...

-ou aquela mulher o que Howl? – Chegando por trás de Howl.

Howl: -... – engolindo seco. –nada não, madame mistério.

Sakegi: -madame mistério? – lembrando da carta que viu.

A mulher que surge vestia um longo vestido preto com mangas longas, ornamentos roxos, e espartilho, em sua cabeça um chapéu pequeno na cor roxa e pontudo com detalhes pretos, seu olhar era afiado e sedutor, olhos verdes, uma pele sedosa e branca, sua boca carnuda com um tom vermelho escuro, era uma mulher muito bela e misteriosa de fato.

Sakegi: -aaa! – Paralisado o ver a imponente presença de tal dama de preto.

Madame: -então é você o mais novo agente funerário. – Passando a língua nos lábios.

Sakegi: -o que você fez com a garota... – sentido que ela tinha sumido com a tal Agatha.

Madame: -ah sim, aquele inconveniente... mandei ela para casa sobre um feitiço. – Mostrando que possui poder ao balançar os dedos no ar.

Howl: -o que quer aqui? – olhando para a mulher.

Madame: -vim conhecer o sobrinho de Eitor. – fintando Howl.

Howl: -essa não..."ela vai tentar aquilo de novo..." – sem perspectiva de coisa boa.

Madame: -ei você, olhe para mim. – Apontando para Sakegi que ficou parado no mesmo lugar o tempo todo. –meu nome é Tulipa Natalie, a madame mistério e você?

Sakegi: -s-sou Sakegi Tomoya Vladis, o agente funerário. – engolindo seco.

Madame: -muito bem Sakegi, agora irei sentar em você. – subindo o vestido e mostrando suas belas pernas.

Sakegi: -...vai sentar em mim?...perai o que? – sem entender o que ela quis dizer.

Madame: -você finge não ter entendido, mas seu amigo ai em baixo entendeu. – Apontada para a calça de Sakegi.

Sakegi olha para baixo e percebe que estava armado, o volume era tão grande que poderia ser visto de longe.

Sakegi: -é o que! – Cobrindo a frente de sua cintura. –Outra pervertida!

Madame: -entendo, você é tímido, nunca fez antes não é. – fazendo um sinal com as mãos.

Sakegi: -o que você tem isso? – Gritando. –além do mais, eu não quero uma velha!

Howl: -há! ... – sem acreditar no que ele acabou de dizer.

Madame: -velha? Eu? – mudando a expressão do rosto que era liso como um pêssego para um roto sério e franzido.

Sakegi: -sim, sua pervertida. – com o forrico que não passava nem wifi.

Madame: -como ousa! – uma onda de energia começam a acometer o lugar. –Satisfação...

Howl: -espera, Madame! - Tentando se aproximar, mas a onda era muito pesada e impedia que ele se aproximasse,

Madame: -você pode ser um Vladis mas irá pagar por me insultar, Satisfação inata! – criando uma esfera roxa.

Sakegi: -é agora que morro de vez. – vendo ela lançar um bola de energia roxa em sua direção.

Edgar: -mestre! – se joga na frente do golpe.

Sakegi: -...! – espantando com o que o corcunda fez.

Edgar um dos corcundas defende Sakegi do golpe de madame mistério e acaba sendo totalmente destruído com a foça do poder dela.

Sakegi: -Edgar... – serrando o punho.

Madame: -maldito corcunda, mas dessa vez não escapara! – Criando outra esfera roxa de energia.

Sakegi: -não importa quem você seja, ou o que deseja comigo, mas não posso permitir que destrua essa funerária. – pegando sua bengala, a de verdade... – "essa coruja idiota só me ensinou essa palavra então terá que servir" – ossos do oficio!

Uma forte onda de poder sair da bengala rumo a Madame que ao perceber do que se trata desfaz seu golpe e cria uma proteção para ela.

Madame: -isso é... – sentindo a presença do oficio.

O golpe de Sakegi sai da funerária e repercute por vários e vários quilômetros, sendo sentida por vários criaturas e seres.

-Esse poder... – um homem em um cavalo sente a repercussão.

Na funerária, Howl acaba caindo após as ondas se chocarem sendo desfeitos, fazendo a atmosfera retomar ao seu estado natural.

Howl: -ai, tudo está girando. – Zonzo.

Sakegi: -caramba, eu fiz tudo isso? – olhando para o lugar todo bagunçado após a repercussão.

Madame: -que bela demonstração de poder. – Desfazendo sua proteção. –só me faz querer sentar em você mais ainda. – Lambendo os lábios.

Sakegi: -nem vem que não tem. – Apontando a bengala para ela.

Madame: -que bela bengala, e estou falando das duas. – Fitando o olhar para baixo.

Sakegi: -hein? – Cobrindo a frente de sua calça.

Madame: -bom, parece que as coisas estão em ordem por aqui. – descendo ao chão pois estava flutuando. –você escolheu bem Eitor. – olhando para Howl. -Agora irei para minha pensão.

Howl: -pensão? – voando até o ombro de Sakegi. –então você...

Madame: -sim, estou de volta à cidade. - Olhando para Sakegi. –eu e você ainda não terminamos. – batendo palmas duas vezes ela abre uma abertura na parede da funerária e o corpo do corcunda retorna como era antes de ser atingido.

Sakegi: -...! – abismado.

Madame: -e cuide bem do seu amigo ai em baixo. – passando pela abertura que logo se fecha após isso. –Logo será meu.

Sakegi: -o que é essa mulher? – Sentindo alivio após ela ter saído.

Howl: -uma bruxa...

Sakegi: -tô lascado. – fechando o zíper da calça.