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Chapter 8 - Capitulo 8

Fernanda

Droga, droga mil vezes droga. Coloco a mão no meu peito pra ver se acalmava os batimentos cardíacos dele. "Se controla mulher você não é mais nenhuma adolescente que não pode ver um homem bonito e ficar suspirando por ele como se fossem uma jovem."

Entro rápido na minha sala e vou pro banheiro e assim que entro lá fecho a porta e abro a torneira do lavatório e jogo água em meu rosto pra ver se acalmava a quentura que estava sentindo.

— Ah Fe para de com isso! — Resmungo. Pego a toalha e passo em meu rosto assim acabo tirando a maquiagem que tinha passado. Pego a minha bolsa e retoco a maquiagem.

Assim que termino de passar a maquiagem saio do banheiro e dou de cara com a Lívia Aragão, fico surpresa ao vê-la em minha sala.

— Algum problema? — Pergunto vendo ela sentada.

— Sim! — Ela responde e me sento no meu lugar e fico no aguardo esperando pra ver se ela falava ou não.

Ficamos assim em silencio e nos olhando durante algum tempo. Eu estava curiosa pra saber o que a Lívia estava fazendo aqui.

— Então. — Acabo chamando a sua atenção.

— O que? — Ela pergunta e elevo a minha cabeça pra cima e olho pedindo paciência.

— Senhora Aragão, a senhora veio ate a minha sala e estou esperando! — Falo pra ela.

— Ah sim estava aqui vendo, o que chamou a atenção do Bruno. — Ela pergunta me medindo e olho pra ela sem entender.

— Não entendi! — Pergunto confusa.

— Não se faça de sonsa! — Ela fala.

— Senhora Aragão, estou aqui trabalhando e a senhora está me atrapalhando. — Aviso.

— Ora, ora a novata mostrando as garras. — Ela fala com ironia.

— Senhora Aragão, me desculpa mais preciso trabalhar. — Respondo.

— Não vou ficar aqui, não! — Ela declara e dou suspiro de alivio. E ela se levanta e vai pra porta de saída e me olha e diz: — Só pra deixar claro o Bruno é meu! — Declara e vai embora e fico sem saber o que dizer.

— O que foi que aconteceu? — Pergunto pra mim mesma. Estava pensando ainda no que aconteceu e ouço o meu celular tocar e olho pro visor e vejo um numero desconhecido a minha vontade de não atender era grande e se fosse a minha advogada?

— Alô? — Pergunto ao atender.

— Oi amor! — Ouço a voz do Otávio.

— Amor? Que droga é essa? E porque você esta me ligando Otávio? — Faço perguntas uma atrás da outra pra ele.

— Que isso você é o meu amor. — Ele diz como se nada tivesse acontecido.

— Não, sou o seu amor, Otávio e estamos separados. — O lembro.

— Somos casados eu te amo! — Ele declara e olho pro teto pedindo paciência.

— Otávio, pelo amor de deus já conversamos sobre isso! — Aviso e continuo falando: — E pode receber a minha advogada, Otávio.

— Não sei do que você esta falando? — Ele fala desconversando.

— Pelo amor de deus, homem assina o bendito divorcio é simples. — Peço.

— Eu não vou assinar nenhuma papelada. — Ele declara e deus me controlo pra não gritar.

— Que droga, Otávio eu quero o divorcio. — Praticamente grito.

— E eu já disse que não vou te dar o divorcio enquanto não conversamos. — Ele fala e a vontade que eu tenho de dar uns tapas neles era demais.

— Otávio por tudo que é sagrado, me dê o bendito divorcio. — Peço pela ultima vez.

— Não! — Ele fala.

— Otávio caramba para de agir como criança! — Falo pra ele já cansada.

— Eu te amo e você me ama! — Ele fala e dou uma risada amarga e respondo:

— Engraçado, você falar a palavra amor, deveria ter pensando mais nela quando estava fudendo a sua secretaria. — O lembro e ele tenta falar e não deixo: — Quer você queira ou não Otávio eu vou me divorciar de você! — Aviso e sem o deixar responder mais nada encerro a chamada.

Quando é que o Otávio vai tomar vergonha na cara dele e me dar aquele maldito divórcio. Caramba é pedir muito? Não quero mais ficar casada com ele e muito menos assinar documentos com o meu nome de casada.

Desde que me separei me sinto uma pessoa melhor. No começo eu chorava muito achando que a culpa era minha e não era. Ver o Otávio fazendo sexo com uma mulher mais nova me deixou quase doente.

Eu estava me considerando velha já daqui a um mês faria quarenta anos e gostaria muito de estar divorciada pra comemorar o fim de um casamento. Poderia dizer que fui feliz sim em meu casamento dele eu tive duas maravilhosas filhas. Só que tem aquela historia tudo que é bom dura pouco e foi assim o meu casamento durou o tanto que tinha que durar.

A vontade que eu tinha era ir atrás do Otávio e forçar ele assinar o bendito divorcio e estava muito cansada dessa historia. Ele sempre estava arrumando desculpas para não assinar esse bendito papel.

Meu celular toca novamente e olho no visor e vejo que é umas das minhas filhas ligando e atendo:

— Oi Kam! — Respondo.

— Oi, mãe eu e a Kathy estamos querendo ir ao cinema topa ir com a gente? — Ela pergunta e fico emocionada com a forma do carinho.

— Filha fica pra próxima, hoje estou precisando de duas coisas banho e cama, estou me sentindo bem cansada acho que velhice finalmente chegou! — Brinco e poderia dizer que é ate a verdade porque só de falar com o Otávio, me deixou com os nervos a flor da pele e cansada.

— Ah para mãe a senhora ainda é nova! — Ela fala e sorrio.

— Obrigada amor! — Respondo.

— Então caso à senhora quiser ainda tempo, mãe esperamos você! — Ela diz e agradeço:

— Filha, vai se divertir com a sua irmã que eu vou ficar bem! — Respondo e olho pro relógio de pulso e verifico que estava dando a hora de ir almoçar. — Filha a mãe vai sair daqui a pouco à gente se fala.

— Tá bom, mãe mais caso à senhora não liga eu vou te ligar hein! — Ela avisa e dou risada e encerro a chamada e volto pro banheiro e pego a minha bolsa mais antes de sair como toda mulher acaba batendo aquela necessidade de se aliviar e bem nessa hora que o meu telefone toca e começa a dar os toques e termino rápido e me seco e saio correndo e quando atendo o telefone falo:

— Empresa "Amor Proibido", Fernanda de Freitas boa tarde! — Cumprimento.

— Fernanda, é o Bruno você já almoçou? — Droga é ele porque será que esta me ligando? Eu estava tentando esquecer a forma de como meu corpo estava reagindo e ouvindo a voz dele falando o meu nome não é que fico excitada novamente? Droga preciso me controlar! — Alô Fernanda?

— Oi desculpa! — Respondo quando o ouço me chamar. Acho que foi impressão minha mais acho que ele me convidou pra almoçar, ah devo ter ouvido errado.

— Sem problema. — Ele responde e continua falando: — Você ainda não me respondeu, a minha pergunta. — Ele me questiona e respondo rápido:

— Ah sim desculpa, ainda não almocei! — Respondo sem graça, droga estava com fome mais não era de comida.

— Então vamos almoçar! — Ele fala e fico chocada e sem saber o que dizer acabo falando:

— Senhor Mendes, não quero atrapalhar! — Me xingo mentalmente, pela besteira que falo. Não deveria ter falado isso.

— Você não me atrapalha e me espera em frente ao elevador. — Ele pede e encerra a ligação e assim que coloco o telefone no gancho e fico olhando pra ele tentando entender exatamente o que aconteceu agora pouco? O meu chefe me convidou pra sair? "Não começa a pensar em besteira ele não te convidou pra sair e sim pra almoçar!"

Entro novamente no banheiro e olho pro meu rosto e vejo que estava muito corada e aquilo não era bom. Droga tinha que me controlar mais perto desse homem, deus é pai.

Lavo o meu rosto pela segunda vez e retoco a maquiagem e também passo meu desodorante e olho pro meus cabelos pra ver se estava tudo ok e saio do banheiro sentindo as pernas tremulas. Olho pra minha mesa e pego o meu celular e a minha bolsa e saio em direção ao bendito elevador.

E quando chego lá e vejo que ele não estava me dá um misto de tristeza por ver que ele talvez tenha desistido e também de alivio por não saber como me comportaria afinal ele é o meu chefe.

Aperto o botão do elevador e fico ali esperando o esperando chegar quando sinto cheiro do perfume e não precisava nem virar pra saber que era ele que estava chegando e me viro e ele sorri e uma coisa eu podia ter certeza, descer com ele de elevador vai puramente uma tortura e deus me ajude porque estou me sentindo muito atraída por esse homem.

— Que bom, já está me esperando! — Ele comenta sorrindo e as minhas pernas ficam fracas e o elevador chega e dou um suspiro de alivio e entramos e ele diz assim que fecha as portas e me olha e diz: — Enfim voltamos a nos encontrar!