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Chapter 53 - Conto 53: Ele já voltou!

Chegou o primeiro sábado da campanha! A família chegou! Nos reunimos na sala, Klaus fala:

- O objetivo desta campanha é agradecer a Deus! O Senhor está falando que quer mais união na família, quer que de vez em quando um ligue para o outro e pergunte: como você está? Ele quer que se unam mais, conversem mais, pois estão juntos, e, não é por acaso. Olhamos uns para os outros e Klaus continua:

- Vamos orar também pela libertação deste lar e pelas bênçãos que cada um quer receber do Senhor.

Fomos para meu quarto, recitamos o "Salmo 91"... Klaus começa a expulsar...

- Vou embora, mas volto! – diz o espectro a ele.

- Deus falou que ele vai embora sim, e não vai voltar mais!

Pedi a Klaus para orar pelo Victor, meu filho mais velho, pois tínhamos discutido no dia anterior. A região ocupada pelo espectro, no plano espiritual, abrangia a cama dele; isso estava influenciado a sua mente e o seu comportamento: está mais agressivo comigo. Fomos até o seu quarto:

- Victor e Ana, deem as mãos. – pede Klaus, e continua. - Vamos orar: Senhor que haja união entre esta mãe e seu filho! Traga paz e bençãos para a família. Em nome de Jesus, que todo mal saia destas vidas e desta casa. Que os anjos acampem aqui e os protejam. Amém.

- Obrigada pela oração, irmão.

- Ana, você se pergunta se falhou na educação do Victor. O Senhor está dizendo que você não falhou, que fez tudo certo. É pra ficar tranquila.

Meus olhos se encheram de lágrimas, pois muitas vezes eu me questionava. Nos abraçamos e choramos. O semblante de Victor voltou ao normal e ele me olhava feliz.

A família fez uma grande roda na sala, e, de mãos dadas oramos por cada um de nós. Quem sentiu que errou, com alguém da família, pediu perdão, e os perdões foram liberados. Clamamos por união e proteção, e agradecemos a Deus pelas vitórias. Depois nos abraçamos e beijamos. Lágrimas nasceram...

- Eu me consagro, oro, expulso e eles não vão embora daqui. – confesso a todos, chateada.

- O Senhor está falando que você tem que expulsar com autoridade! Vão embora, em nome de Jesus! Com autoridade, entendeu? – Klaus responde.

- Sim, entendi, vou fazer.

Finalizamos a nossa reunião com um café da tarde. Demos boas risadas, relembrando acontecimentos da infância. Retornaram para casa, bem e em paz.

Durante a semana... Sinto que eles ainda me espreitam, mas não me perturbaram mais. Estou me recuperando bem da cirurgia.

Numa manhã, chega minha mãe e peço-lhe uma oração.

- O Senhor falou para ler João 14, versículo 6 ao 28. – diz ela, com a bíblia na mão.

Sento no sofá e ela começa a ler, em pé, na minha frente.

- "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces?"

Pela primeira vez, sinto a presença de Jesus. Começo a chorar, peço perdão a Ele pelas minhas fraquezas.

- "Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras."

A luz de Jesus aparece, em visão, atrás da minha mãe... ela é forte e resplandecente...

Jesus existe! Ele é um espírito! Veio até nós! Muitas lágrimas descem pelo meu rosto. Sinto uma paz tão grande, que transborda do meu coração...

- "[...] Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei."

Peço que seja feita a sua vontade na minha vida. Quero ser mais próxima de ti, mais próxima de Deus...

- "Mas o Ajudador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vô-la dou, como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração."

- Não sei porque Deus mandou esta palavra pra você... Eu perguntei e Ele disse: esta é a palavra que tenho para ela, minha filha.

Não respondi. Estava com vergonha de confessar que achava que Jesus era personagem de uma história, como Moisés ou Josué. Pensava que era uma lenda.

- Essa palavra falou muito comigo, mãe, obrigada.

Conversamos e ela se vai.

Fiquei pensando... conhecemos o nome dele: Jesus! Então ele é o caminho! Ao chamá-lo pode enviar anjos para nos livrar do mal. É isso! Vou até o quarto, coloco as mãos no guarda-roupa e mentalizo a luz de Jesus e a sua paz:

"Jesus, perdão por todos os meus pecados. Sei que sou pequena, mas a sua misericórdia é grande! Obrigada por olhar por nós, por nos ouvir e proteger. Obrigada por vir até aqui! Por favor, Senhor, tire esse demônio do meu quarto, da minha vida!" – confesso, chorando.

E com a autoridade, dada por Jesus, continuo:

"Saí agora demônio! Vá e não volte mais! Saí legião deste lugar! Vão embora todos, em nome de Jesus! Senhor envie seus anjos para quebrar todo o mal! E que haja paz! Amém."

Sinto um alívio imenso... finalmente se foram... sinto-me serena. Obrigada Jesus!

Segundo sábado de campanha! Fizemos a roda, oramos, e cada um falou um pouco dos acontecimentos da semana. Confessei a minha felicidade em encontrar Jesus, conto a todos que o espectro não apareceu mais, e que estou livre e feliz!

Klaus então fala:

- O Senhor está dizendo que cada um de nós vai receber uma benção especial nos próximos meses, Ele sabe o desejo de cada um.

- Faz anos que a família não se reúne! Agradeço a Deus, por esta oportunidade, de estarmos todos juntos! – declaro, num dos dias mais felizes da minha vida.

No terceiro sábado encerramos a campanha. Na sala, oramos o "Pai nosso", de mãos dadas, e, depois, cada um falou de acordo com o seu coração. Agradecemos por estarmos juntos.

Terminamos a tarde com churrasco, bolos e sorvete! Demos gargalhadas, abraçamo-nos e conversamos felizes.

Esses pensamentos que prevaleciam na família: "Não vou falar nada, e, sempre me viro como posso, para não incomodar", acabaram nos separando. Chegou um tempo em que parecíamos todos estranhos. Depois dessa campanha começamos a compartilhar alguns problemas, a debater soluções, e, entendendo melhor a cada um de nós, conseguimos nos ajudar mais.

Finalmente, o amor, a união e a compaixão nasceram nesta família!

Há males que vem para o bem.