─ Muita coincidência, parte de nós está indo ao Inferno e outra parte tentando impedir que venha algo de lá para a Terra! Muita coincidência mesmo! Maninha, preciso desligar, o táxi com César e o Juninho já está lá embaixo me esperando. Me liga mais tarde que vou dar uma procurada na internet para ver se acho algo sobre este Premonar, se cuida! ─ Joshua desliga e sai correndo todo atrapalhado.
─ Gente, meu irmão nunca ouviu falar sobre Premonar, ele ficou de procurar para ver se encontra algo. ─ ela ficou preocupada com seu irmão.
─ Essa conversa de ir para o Inferno era brincadeira, não é?! ─ Felipe, segurando o braço dela.
─ Um demônio chamado Camus, deu-lhes uma poção capaz de abrir um portal para o Inferno. Ele disse que só assim poderiam salvar o nosso mestre. ─ Patrícia, soltando a mão dele do seu braço.
─ Eu acho impossível funcionar este portal, mas se funcionar é no mínimo engraçado! Estamos tentando impedir que um portal seja aberto para o Inferno e, ao mesmo tempo, de certa forma parte de nós precisa abrir um para lá também! ─ Soraia, diz balançando a cabeça e rindo.
─ Meu irmão disse a mesma coisa! ─ Patrícia e ela riem juntas de mãos dadas.
─ Agora não sei como vamos fazer para conseguir mais informações, o Google não encontrou nada sobre este Premonar e nem sobre o antigo matadouro! ─ Amanda pensativa enquanto olha para seu notebook.
─ Você não viu nada que lhe deu alguma pista do local, o nome da rua alguma fábrica em funcionamento, algum ônibus? ─ Patrícia gesticulando enquanto fala.
─ Espere aí, tinha um cartaz de político no poste em frente. ─ ela lembra-se do momento em que tentava ler a placa do matadouro, no poste a sua frente tinha um cartaz de um candidato a prefeito. ─ de olhos fechados forçando a sua memória.
─ Se descobrir de qual cidade ele é, podemos ver onde se localizam os cartórios mais antigos e importantes de lá, e ir pesquisar diretamente nos arquivos. ─ Felipe, levanta-se empolgado.
─ Vou pesquisar as fotos dos candidatos a prefeitos do estado do Rio de Janeiro, se eu confirmar a cidade, pegarei os endereços dos cartórios. Como faremos para ter acesso a estes documentos? ─ Amanda, digitando no Google. ─ É esse o cara, o matadouro é de Duque de Caxias. ─ ela vira o notebook para todos verem e em meio a dezenas de fotos, está a foto que ela aponta quase no meio da tela.
─ Esse cara aí é o atual prefeito, Carlos Sena. Dizem que ele vem fazendo um bom trabalho lá. ─ Patrícia ao ver a foto.
─ Pode deixar o acesso aos documentos comigo, isso vai ser moleza para mim! Só anda logo, os cartórios em geral fecham por volta das 16 horas. ─ Felipe olhando em seu relógio.
─ O táxi acaba de chegar. ─ o mordomo.
─ Desligar a TV. ─ Alan desliga o videogame, depois desliga a televisão pela voz e caminha até os outros jovens. ─ Mudanças de planos, nós vamos levá-la ao hospital e de lá vamos a Caxias. ─ Alan pega o seu copo de suco e bebe um pouco.
─ É necessário que eu vá? ─ o mordomo.
─ Alfredo, você vai ter que ir também para ficar com ela no hospital. Nós só vamos deixá-los lá e correr para Duque de Caxias.
─ Por favor avise o patrão, ele pode chegar e não ver ninguém em casa.
─ Gente me espera um minuto. ─ Amanda foi ao seu quarto guardar o notebook.
─ O patrão não vai chegar, ele fez uma longa viagem. Avise ao táxi para esperar uns minutos por favor. ─ Alan senta no sofá e termina de beber o seu suco.
─ Será que vai dar todo mundo no carro? ─ Patrícia.
─ A companhia de táxi que nos atende, geralmente manda carro grande. Suponho que vai dar sim, vamos esperar para ver.
─ Que casarão vocês têm aqui rapaz! ─ Felipe foi até a janela olhar a paisagem.
─ Será que ele consegue mesmo ter acesso aos documentos lá no cartório? ─ Alan pergunta a Patrícia.
─ Eu não devia nem estar aqui, quanto mais falando com você! Pensa que eu esqueci o que você tentou fazer?!
─ Eu peço desculpas! Eu perdi o controle, eu reconheço. ─ ele desvia o olhar.
─ Estamos tentando proteger o nosso planeta nesse momento, e só por isso, eu vou te dar uma oportunidade apenas, para me provar que você é melhor que aquele monstro que eu conheci!
─ Eu prometo, que nunca mais aquilo vai se repetir.
─ Pode confiar nele sim, esse aí sabe mentir como ninguém. Este é o seu único dom, e essa lábia dele, pode ser útil sim. ─ ela fala franzino as sobrancelhas.
─ Eu já percebi que ele mente demais mesmo. ─ olhando Felipe na janela.
─ Ele já parou para falar de mulher com você?
─ Não, porquê?
─ Ele mente tanto, que uma vez o meu irmão me disse que ele estava contando que pegou duas meninas enquanto ia até à padaria comprar pão. ─ Patrícia falando baixo para Felipe não escutar.
─ Ah para com isso, ele não mente tanto assim não, ou mente?! ─ Soraia que também escutou tudo não se contém e ri.
─ É triste, mas é verdade. ─ ela responde enquanto os três começam a rir.
─ Do que vocês estão rindo? ─ Felipe vai caminhando até o sofá e senta junto deles.
─ É que eu contei uma piada para descontrair o ambiente. ─ Soraia consegue disfarçar.
─ Vocês sabem o que o espermatozoide disse para o óvulo? ─ Felipe pergunta.
─ Não. ─ Soraia.
─ Minha casa é um saco! Ah, ah, ah, ah! ─ Felipe e Soraia morrem de rir da piada.
─ Ninguém merece o Felipe contando piadas! ─ Patrícia bufando de raiva.
─ Piada sem graça. ─ Alan fecha a cara.
─ Ela gostou. ─ apontando para a Soraia que quase chorou de tanto rir.
─ Vamos pessoal. ─ Amanda corre até a porta com o endereço anotado em um papel, e seus amigos a seguem. Alan ajuda Soraia a caminhar.
─ Viu? Dá todo mundo. ─ Alan, após acomodar a Soraia no carro. Depois ele senta na frente, no carona.
─ Que bom! ─ responde ela, ao entrar e fechar a porta.
─ Vamos passar no hospital mais próximo e de lá vamos para Duque de Caxias. Estamos com muita pressa, muita pressa mesmo! ─ Alan.
─ Já são 14h35! ─ Felipe preocupasse com a hora.
─ Será que você consegue chegar em Duque de Caxias antes das 16 horas? ─ Amanda pergunta ao taxista.
─ Se vocês forem rápido no hospital, vai depender apenas do trânsito. ─ o taxista só espera que todos entrem no carro e sai a toda velocidade.
─ Precisamos que você voe desta vez amigo. ─ Alan dá uma batidinha nos ombros do motorista.
─ Ok. ─ ele acelera o carro.
Enquanto isso no apartamento do inspetor Almir…
─ Pronto, já banhamos todas as munições e elas já estão secas. Será que dará certo? ─ Francisco.
─ Claro! Você não lembra como foi lá na Casa do Marinheiro? Quanta munição nós gastamos e quase não fizemos efeito nenhum naquelas coisas, aí veio o César com aquela espada beatificada e só de tocar nas criaturas ele as destruía, uma a uma. ─ inspetor Almir lembrando-se da cena pelo seu ponto de vista.
─ Devemos ir preparados para uma guerra então? ─ Francisco coçando a cabeça.
─ Uma guerra infernal meu amigo. ─ ele diz quanto prepara seus equipamentos e armas.
Algum tempo depois na Avenida Dutra, bem em frente ao shopping Via Brasil.
─ Já são 15h30 e ainda não chegou mais nenhum reforço. ─ Cláudio preocupado.
─ Calma, não adianta de nada toda essa ansiedade, em breve a Kelly vai estar chegando. ─ César fala com uma tranquilidade que chega a irritar os seus amigos.
─ Como pode ficar tão calmo, será que não percebe que estamos indo direto para onde o inimigo quer que nós estejamos, é lá que ele vai nos matar! ─ Cláudio o segura pelo manto, levantando-o, pois estava sentado.
─ Calma, estamos juntos nessa e se Deus nos deu este destino é por que é assim que tem que ser. ─ Samantha segura no braço dele, que imediatamente acalma-se.
─ Não, talvez o Cláudio esteja certo. ─ ele caminha até o centro da sala e para virado de costas. ─ Essa noite eu tive um sonho, uma visão, eu vi um anjo e o engraçado é que ele era eu, digo, ele tinha a minha aparência.
─ Eu sei o que você deve ter visto. ─ Joshua folheia um de seus livros todo estabanado, e abre em uma página.
─ Cale-se, deixa ele contar. ─ Juninho põe a mão no livro de Joshua antes de ele começar a ler, já que ele fala feito uma matraca.
─ Enfim, o anjo me contou que a minha missão é impedir que Lúcifer ponha as mãos no Cristal da Luz Eterna. Ele é divido em duas partes, a primeira é responsável pelos poderes de abrir todas as portas, fazendo assim que se possa viajar por todas as dimensões. Com esse poder o seu possuidor pode viajar por todo o universo. A segunda parte, possui a capacidade de aumentar o poder mágico em 100% do seu possuidor, quanto menos poderoso mais aumentará o seu poder. Com este cristal, Lúcifer poderia abrir um portal forte o bastante para levar toda a sua horda de demônios para o nosso planeta, realizando o seu sonho de escravizar toda a raça humana e fazer do nosso planeta um novo Inferno! E isso sem a necessidade de esperar pelo momento exato para abrir o Portal da Última Sombra, ele poderia simplesmente abrir um portal com o seu poder a qualquer instante.
Eu vou sozinho, se vocês quiserem me ajudar protejam o portal. Se eu não retornar dentro de no máximo um mês, fechem-no. ─ ele então, vira-se de costas para os seus amigos e vai caminhando em direção ao portal desenhado no chão.