Esse não pode ser meu fim!!!! Grito em pensamento, então tudo fica branco.
- Ei! Ei! Quem é você;
Uma pequena garota me acorda e pergunta, sua aparência era completamente branca, não quase como um vulto.
Olho em volta, estávamos em uma espécie de belo lago, cheio de flores, árvores e água, já no horizonte grandes muros.
- Onde estou? - Pergunto meio ansioso.
- Não sei.
Droga! Por que eu apaguei do nada? O que aconteceu? Onde é isso? Preocupação imunda minha cabeça, não posso deixar de ficar ansioso. Suspira! Inspira! Preciso me acalmar de uma forma ou de outra.
- O que está fazendo aqui?
Com uma expressão gentil e calma, não sei ao certo o que está acontecendo, mas não a o que ser feito, só me resta ficar calmo, tentar entender a situação.
- Não sei.
- Entendo, tem mais alguém aqui?
- Acho que não.
- E o que tem além daqueles muros?
- Um mar assustador, por isso ninguém vem aqui eu acho, é bastante solitário aqui.
- E já tentou sair daqui?
- Não, é assustador. - Ela diz aterrorizada.
- Mas se não sair daqui não vai ficar sozinha para sempre.
- Talvez. - Ela parece meio triste.
- Mas não tem prolemas, não sei como, mas consegui chegar até aqui, outro devem conseguir.
Faço cafuné em sua cabeça e digo alto enquanto rindo, tentando a animar, tinha uma criança quase chorando na minha frente afinal.
- Sério? - Ela parece esperançosa.
- Não tenho como ter certeza, mas se quiser pode falar comigo pelo menos, como tem se sentido?
- É muito solitário aqui, todos os dias parecem um saco, esse lugar é bonito, mas triste.
Acho que sei onde estou.
- Por que é triste?
- Não sei, acho que é triste por não ter ninguém com quem posso falar, contar, porque eu tenho medo.
- Medo do que?
- Medo de que eu passa toda minha vida sozinho aqui, mas ao mesmo tempo medo de que algum dia cheguem pessoas por aqueles muros.
- Por que?
- Eu passei tanto tempo sozinha, não sei se conseguiria falar com eles, tenho medo de decepcionar, tenho medo que algum dia chegarão pessoas por aquele portão, me odiarão e iram embora.
- Mas se já esta sozinha o que vai mudar?
- Tudo, se eu estou sozinha por ser obrigada a, significa que não é culpa minha, mas se eu tentar me envolver e falhar, seria minha culpa, seriam meus defeitos.
- E qual o problema?
- Seria uma falha, ué.
- Mas qual o problema em falhar, isso que quero saber?
- Óbvio que não posso errar.
- Sabe concorda que é impossível viver sem errar.
- Sim, mas…
- Mas o que? Por que você seria especial, por que só você não pode falhar?
- Isso, eu não sei.
- Mas eu sei, isso é uma maldição, uma maldição que alguém jogou em você, mas não se preocupe vou tirar ela.
- Como?
- Não se preocupe, apenas me dê sua mão, claro se confiar em mim.
- Ok, não sei porque, mas sinto que deveria confiar em você.
- Você deve ter bons instintos, hahaha!
- Não acho que seja isso.
Fico um tempo em silêncio, antes de começar a por fim falar.
- Relaxe.
- …
- Não se preocupe a maldição já está quase removida.
- …
- Você pode errar e quando isso acontecerá terá alguém para te ajudar a levantar.
- ….
- Por isso caia, se machuque, tente levantar, na primeira vez vai tentar rápido de mia e só piorar o machucado, mas tudo bem, tudo bem, tudo bem, está tudo bem, pode tentar de novo.
- …
- Entendeu, tudo bem falhar, diga essas palavras.
- Tu, tudo bem falhar. - Ela fala incrivelmente baixo.
- Pronto.
- Tem certeza.
- Sim, você está completamente livre.
- Entendo, muito obrigado!
Ela abre um lindo sorriso. Já devem imaginar, mas não fiz nada de verdade, apenas disse o que ela precisava ouvir de certa forma.
- Qual o seu nome? - Eu pergunto.
- Nome? O que é isso?
- Hummm! Diria que é algo especial que usamos para nos identificar, por exemplo o meu é Takashi e o seu?
- Acho que não te… ! - Antes de acabar de falar ela parece lembrar de algo.
- O que foi, pode dizer, sei que sabe.
- Sim eu sei, meu nome é…
Enquanto diz essas palavras sua forma começa a mudar, ela fica maior, seus cabelos mais longos, agora pretos, aquilo que antes era um vulto branco forma um belo rosto, um familiar rosto.
- Meu nome é Sayaka.
Não posso conter um sorriso no meu rosto, como eu esperava, nesse caso isso muito provavelmente é a condição para voltar no tempo.
- Entendo, então Sayaka tem alguma ideia de como deveria sair daqui? - Pergunto.
- Você tem algo importante para fazer?
- Sim bastante.
- Entendo, acho que posso te ajudar, provavelmente.
- Estarei contando com você.
Dom!
Com um enorme barulho os portões começa a se abrir lentamente.
- Vá logo, não vou deixá-los abertos por muito tempo.
- Ok, apenas um instante.
- Ei! O que está fazendo.
- Deixando minha marca.
Digo depois de escrever meu nome na maior árvore do lugar.
- Suspiro! Seja mais responsável.
- Até!
Começo a correr até a saída e me despeço com um sorriso.
- Até.
Ela também se despede se curvando levemente para mim, estava lind… Isso! Algo surpreendente chama minha atenção, até mais que sua beleza.
Ao olhar seu reflexo na água algo muito curioso noto, era um demônio, não asqueroso, um demônio muito belo, mas um demônio, seu reflexo era de um demônio.
Me pergunto o que isso significa.
- Takashi!
Um grito alto, voltei ao mundo real.