Boom! Um ataque.
Rispidamente me movo protegendo Afonso, logo em seguida localizo a fonte da explosão, eram doi homem e uma mulher, não usavam máscara, apenas ódio se via em seus rosto, suspiro! Provavelmente são apenas alguns fanáticos.
- Parados!
Ao ouvir o som logo a polícia acaba chegando, vou deixar com eles então, nem importa muito.
- Está bem? - Afonse me pergunta preocupado.
- Claro, não se preocupe eram apenas alguns fanáticos.
- Mesmo que tudo esteja acontecendo em uma cidade vizinha parece que também me tornei o alvo de alguma maneira. - Ele diz infeliz.
- Não há o que ser feito, mas seria bom convidar aquela mulher para discutirem novamente, já que o que ela está fazendo pode ser bem problemático.
- Não preciso nem convidar, ela já solicitou uma visita.
Naturalmente eu já sabia que Sayaka nós visitaria , eu pedi para que fizesse isso.
- Afonse tenho permissão para sair rapidamente.
- Agora! Por que?
- Não tenho certeza, mas acho que estão planejando algo, apenas quero procurar a volta para garantir que ninguém fuja.
- Hummm! Entendo, deixo com você
Assim que saí fui direto para uma pousada aleatória da cidade.
- E ai!
Sayaka nela estava me esperando, ela deveria chegar em apenas dois dias, mas ela veio mais rápido, assim poderíamos usar esse tempo para planejar.
- O que faremos?
- Quero que convença o Afonse de que tudo isso foi planejado pela igreja desde o começo, peça desculpas por ter o envolvido e depois faça ele decidir por si mesmo nos ajudar.
- Tá, não deve ser tão difícil, apenas que ele não parece confiar em mim.
- Sim, infelizmente esse é o caso, apesar de que ele confia em mim pelo menos, só nos resta fazer o melhor para conseguir sua confiança, vale dizer ele tem um fraco por pessoas que são gentis, ele tende a confiar facilmente em alguém que o salva.
Depois de dizer isso estava prestes a sair e deixar tudo com ela, quando…
- Espere!
Me viro, ela joga um cristal para mim.
- Até agora você não sabe os dons que tem, não te entendo por que se deixar por último desse jeito.
Não digo mais nada, apenas aceito o presente, irei usar logo.
Mas agora que penso em suas palavras, por que não tinha feito esse teste até agora? Bem acho que apenas aconteceu dessa forma, primeiro foi por que não sabia como seria e mandei a Yunyun primeiro como teste, depois a Akeno foi por necessidade e Sayaka por curiosidade, mas sendo bem honesto acho que enrolei um pouco com isso sem necessidade, não que importe muito.
Teste feito, resultado: 4 dons
1° Nomeado: Aprimoramento físico
Permite: aprimoramento das habilidades físicas, quanto maior a tensão maior o efeito.
2° Nomeado: Aprimoramento mental
Permite: calma, pensamento lógico e resistência a ilusões e ataques mentais.
3°Imperador das chamas.
Permite: usar e aprender magias de fogo com enorme facilidade.
4° Desconhecido
De novo um dom desconhecido, que porre isso. Parece que das habilidades que acabei ganhando apenas uma é ativa, bem já tinha notado minha facilidade com magias de fogo, mas imagino que deveria me aproveitar mais disso, até agora quase não uso magia em combate.
...
- Bem vinda.
- Fico feliz que esteja disposto a me receber.
Sayaka entra na sala, ela está como sempre linda. Afonse a recebeu educadamente e ofereceu uma bebida, no momento temos na sala apenas eu, Afonse e Sayaka.
- Eh, gostaria de falar sobre assuntos bem importantes, por isso se possível seria melhor ser a sós. - Sayaka diz olhando para mim.
- Desculpe, ele é meu segurança não estou dispostos a abrir mão.
- Entendo, se confia nele também confiarei.
No fim acabo ficando na sala e fizemos parecer que Sayaka não queria isso.
- Primeiro me deixa pedir desculpas, soube que foi atacado por fanáticos religiosos, isso provavelmente aconteceu por causa das minhas ações.
Sayaka se cura ao dizer isso.
- Entendo que não queria me envolver, mas deveria saber da forte presença religiosa por aqui, dessa forma acabei ficando em até mais perigo que você.
- Desculpa por isso.
- Mesmo que se desculpe, apenas porque quis assumir um conflito com a igreja.
Meio segurando o choro ela diz:
- Por que não podia permitir que continuasse fazendo aquelas coisas, principalmente depois de matar meu…
Ela para de falar, dando uma impressão de que é algo muito doloroso para falar sobre. Ela retoma o fôlego, volta a uma cara séria, com um sorriso meio forçado.
- Desculpe acabei perdendo a compostura, isso não importa agora, apenas vim pedir desculpas e perguntar se quer algum tipo de compensação pelos problemas causados.
- Como assim isso não importa, o que estava prestes a dizer é verdade por acaso?
Ele pergunta meio consternado.
- Sim.
Ela diz com uma voz completamente séria.
- E tem alguma prova.
- Infelizmente não o suficiente.
- Então por que deveria confiar em suas palavras.
- Não deveria, não tenho nada que me faça ser confiável.
Ela diz meio curvada e tremendo de medo, o que faz Afonse recuar.
- Ok, não pretendo te chamar de mentirosa, mas quero uma prova de que de fato amava meu irmão pelo menos.
- Acho que provavelmente não posso te dar o que deseja.
- O que quer dizer?
- Eu o amava, amava muito, mas isso nunca foi como um marido.
- Então como! - Ele se irrita novamente.
- Antes de responder sua pergunta me permitiria contar uma longa história.
Ela enche uma xícara com chá, depois oferece para ele. Claramente será uma longa conversa. Meus pêsames inocente nobre, mas acabou de cair nas garras de um demônio.
- Ouvirei o que tem a dizer.
Afonso parece sérios ao dizer isso, ele já foi parcialmente fisgado nesse caso.
- Meus pais sempre quiseram que eu fosse uma garota perfeita, alguém que pudesse honrar a família.
- …
- Eu tinha que estudar todos os dias, ser composta todos os dias, ainda assim eu fazia tudo, apenas por que eu queria a atenção deles.
- …
- Meus pais eram muito ocupados, por isso passavam pouco tempo comigo, essa era minha única forma de ficar com eles, eu então tentei desesperadamente ser a melhor, a melhor em tudo, perfeita, até um ponto de loucura.
- …
- Mas, mas um dia eu não suportei mais, eu briguei com meus pais e naquele dia eles prestaram atenção em mim, minha mãe nunca tinha passado tanto tempo falando comigo quanto quando ela me deu um grande sermão.
Sua cara parecia absurdamente triste em lembrar do passado, ainda assim sua voz continuava clara.
- Depois disso comecei a os desagradar mais e mais, apenas por que queria ter eles ao meu lado, mas então um dia eles simplesmente morreram, nunca pude nem vou poder me desculpar, ou falar com eles corretamente.
- Isso..
Afonso não sabia o que dizer em frente a garota que parecia desesperada.
- Isso apenas até o dia em que conheci Gilbert, ele foi como um irmão mais velho, amigo e pai para mim.
No momento que ela diz isso, por um fração de segundo seu olhar parecia rir, daquele ponto em diante Afonse estava na palma de sua mão, ela já tinha o entendido, já sabia o que dizer, sabia qual seriam suas respostas.
Ainda que seja tudo parte de um plano dela, não consigo deixar de pensar que parte da história contada foi real, principalmente porque em vários momentos eu senti um pequeno uso de mana.
Ou seja, acho muito provável que ela estivesse usando seu dom, contando suas fraquezas para poder ver a do Afonse, não tenho como confirmar, mas creio que seja o caso.
- Eu, é muito complicado, pressão constantes, naquele inferno ele era meu unico acalento!
Meus pensamentos são interrompidos pelo choro alto do homem na minha frente, suspiro! Vou apenas deixar isso com a Sayaka, ainda assim não posso fingir que não existo.
- Relaxe, você tem certeza de que pode confiar nela. - Digo.
- Sim, eu reconheço uma boa pessoa quando vejo uma.
- Se diz fique a vontade.
- Não quer se juntar a gente também,- Sayka me chama para conversar.
Logo começamos a beber, enquanto Afonse fala sobre seus problemas e inseguranças, Sayka dá respostas gentis oferecendo soluções e eu só ouço de forma passiva.
Apenas em resumo do que entendi, parece que o Afonse gostava muito do irmão, pois era o única da família que o tratava normalmente. Ele odiava a pressão de ser um gênio e blá blá blá.
- Já está amanhecendo, imagino que deve ir para casa, por favor fique seguro, terei certeza de assumir a responsabilidade por tudo. - Sayaka diz com determinação.
- Espere, por favor permita-me ajudá-la? - Afonse diz alto e sério.
- Se assim deseja, mas precisa saber do perigo, além do mais prefiro agir sozinha.
- Eu não vou atrapalhar, mesmo que tenha que me usar como peão de sacrifício quero vingar meu irmão, não posso perdoar esses atos horríveis da igreja.
- Se quer assim, vamos fazer isso então, assim que possível vou entrar em contato sobre nosso planos futuros.
- Entendo.
Ele diz com um sorriso, parece que ele não vai ser mais um problemas.
No dia seguinte sou acordado com uma notícia, o barão de rosária que estava doente foi assassinado, parece que seu filho fugiu pra outro país, entre suas anotações encontraram algo curioso: não posso provar mas tenho certeza, o papa me quer morto.