"As vezes no silêncio da noite fico imaginando nós dois... Por que você me deixa tão solto? Eu não sou e nem quero ser o seu dono, mas é que um carinho as vezes caí bem... Todos os meu desejos e planos (secretos) que conto apenas para você e mais ninguém... Por que você me esquece e some? E se eu começar a me interessar por uma outra alguém? E se ela de repente disser que me ama? ...Pode até falar que me ama só que é até o presente momento, da boca pra fora... Onde está você agora...?" -Caetano Veloso.
Saber que alguém já pode expressar e espremer quase que totalmente sentimentos parecidos só me faz pensar novamente em que há um número finito de personalidades, dentro de 46 cromossomos, adicionando a condição de tempo e lugar.
Meu medo está fundamentado em medos, em teoremas.
Como alguém pode ser agressivo e passivo ao mesmo tempo? Poderia explicar pela múltipla personalidade, pela esquizofrenia ou até mesmo a psicose... Entretanto, não é necessário.
Todos os problemas vêm com suas porcentagens.
O conceito de probabilidade é acreditar em um nível finito de chances, mesmo que pareçam ser infinitas (como, por exemplo, o sentido da ideia de que este, mesmo com meu sentido limitado, ainda posso aceitar como, por enquanto, infinito) elas não são.
Tenho medo (já disse isso antes).
Por que meu tipo é destinado para o fracasso. Lutar contra o fracasso já faz parte dos planos e fracassar, repetindo, é o resultado.
Minha genética falhou e eu me condenei.
Aqui vai uma descrição análoga, mas duvido que entenda.
"Um escravo consentido criado para ficar só, como um soldado preso a uma granada que ameaçam explodir caso eu dê meu melhor."
Como alguém teria paciência para escutar um lunático enlouquecido?
Como alguém abraçaria um cacto cheio de espinhos?
Como alguém amaria isto? Nada mais do que um objeto covarde.