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Você Não É Santo, Vossa Majestade

IamHellenn
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Synopsis

Chapter 1 - Capítulo 1 - Sentimento Pecaminoso.

๑ ⋆˚₊⋆────ʚ Thalia ɞ────⋆˚₊⋆ ๑

Sentimento Pecaminoso.

As pessoas sempre dizem que os sonhos eram considerados expressões divinas e existiam deuses atribuídos a eles. Porém não sei se os meus sonhos eram realmente expressões divinas, mas se eu falasse tal coisa seria considerado blasfêmia.

Os meus sonhos são assustadoramente sombrios, sempre é o mesmo sonho que me assombra. Um lugar extremamente verde com muitas árvores em volta, um campo extremamente lindo que chega a ser hipnotizante aos olhos humanos, tão hipnotizante que parece ser uma criação divina. Eu me vejo sozinha naquele enorme campo majestoso rodeada de várias árvores cheias de frutos e flores perfumadas, a cada minuto daquilo parece ser um enorme sonho.

No entanto, de repente vejo uma mulher andando de uma forma angelical enquanto carrega uma adorável raposa que possui olhos azuis e está deitada enquanto olha para mim. Logo em seguida vários animais pequenos a seguem, como se ela fosse uma divindade tão majestosa que não seria compreendida pela mente humana. Sua aparência remete ao seu andar angelical, seus cabelos são longos como um riacho sem fim em uma tarde de primavera, entretanto a cor dos seus cabelos é extremamente vermelha como fogo ardente.

Isso me deixa intensamente curiosa sobre aquela adorável mulher que parece até mesmo uma divindade. Inesperadamente ela revela o seu rosto que antes estava escondido entre os seus longos cabelos ruivos como fogo. Quando vejo o seu rosto ficou extremamente assustada com tamanha beleza, aquela mulher era realmente uma humana?

Essa mulher tem uma beleza que poderia se assemelhar a uma divindade, seus traços são tão marcantes que seria impossível de se esquecer de traços tão perfeitos. Seus cabelos longos e ondulados apresentam um tom vibrante de ruivo que simboliza tamanha força ardente do fogo, com reflexos dourados sob a luz, sugerindo um cuidado delicado. Sua pele é clara, quase translúcida, e levemente salpicada de sardas naturais que realçam sua juventude e autenticidade.

Seus olhos têm uma profundidade expressiva e um tom entre verde e dourado, que combinam perfeitamente com as joias que usa. Ela veste um elaborado vestido de veludo verde escuro, adornado com bordados dourados detalhados em forma de folhas ou flores, que remetem à natureza e reforçam sua conexão com o ambiente ao redor.

Os acessórios complementam sua aparência de nobreza ou realeza: uma tiara prateada delicadamente posicionada em seu cabelo e um conjunto de jóias (colares e brincos) cravejados com pedras preciosas verdes, que adicionam um brilho sofisticado ao seu visual.

Como uma mulher como aquela conseguiria ser tão bonita a esse ponto? Isso é impressionante, essa mulher não tem beleza humana e sim uma divina que está além da nossa compreensão.

Quando tento falar com ela, crianças aparecem à minha volta formando uma pequena roda de 10 crianças, elas olham para mim e começam a cantar uma cantiga que até então é desconhecida para mim.

No vale escuro, morava a ruiva,

de olhos brilhantes, de alma tão pura.

Amava um homem que riu de seu amor,

humilhou a donzela e deixou-lhe a dor.

E o vento soprou, o céu se incendiou,

e a ruiva donzela em bruxa mudou.

Agora no crepúsculo vaga a dançar,

seu riso de mágoa no ar a ecoar.

Com coração ferido, fugiu para montanha,

e lá conjurou sua dor que acompanha.

Os cabelos de fogo ao céu ela ergueu,

e o mundo inteiro sua força temeu.

E o vento soprou, o céu se incendiou,

e a ruiva donzela em bruxa mudou.

Agora no crepúsculo vaga a dançar,

seu riso de mágoa no ar a ecoar.

Dizem que os homens que zombam do amor

sentem o calor de seu feitiço e terror.

Então cuidado, criança, ao céu avermelhado,

pois a bruxa ruiva pode te encontrar!

As crianças começam a repetir a mesma cantiga várias e várias vezes, porém meus ouvidos começam a sangrar e começo a sentir o sangue saindo por ele. A mulher ruiva olha para mim e lança um sorriso assustadoramente diabólico enquanto sai com os animais.

Contudo, eu acordo desesperada do meu longo sonho que parecia se assemelhar a um grande e tortuoso pesadelo.

- Senhorita Thalia? - A voz de minha empregada pessoal ecoa pelo quarto. - Você já está acordada?

- Ah sim, bom dia penélope. - Sorrio com um sorriso sem jeito.

- A senhorita conseguiu ter uma boa noite de sono? - Ela perguntou de uma maneira suave e gentil.

- Sim, tive uma noite esplêndida e pude dormir bem! - Respondo de uma maneira bem empolgada e agradável.

- Fico honrada de poder vê-la pela última vez, queria lhe dizer que foi uma honra servir uma santa. - Ela se ajoelha gentilmente sobre o chão enquanto curva sua cabeça com satisfação.

- Penélope!

- Espero que a senhorita, não, vossa majestade, possa ser uma ótima imperatriz para o nosso império.

- Se levante, penélope!

- Não precisa se alarmar, vossa graça. - Ela se levanta voluntariamente limpando a sua saia.

- Você deverá se acostumar a ter seus criados reverenciados, não acha? - Ela estende a sua mão.

- Sim, você tem razão. Mas isso é muito novo para mim, não sei se irei conseguir me acostumar com isso! - Respondo com um pouco de tremor na voz.

Hoje é um dia imensamente importante! Hoje será o dia em que irei para o palácio imperial para me preparar para o grande casamento que irá firmar a aliança da igreja com o império. Estou carregando um fardo enorme em meus ombros ao fazer tal aliança, confesso que isso é um pouco assustador de fato, mas não posso voltar atrás de tamanha decisão.

O Papa odiaria saber disso.

Mas em meio a tudo isso apenas algo me consola, o amor que eu sinto por Zeus. Eu o amo mesmo não podendo nos ver por causa das nossas obrigações, logo nós dois seremos os Imperadores de Celestia. Só de pensar em ser a esposa dele, faz o meu coração palpitar de tanta emoção, nunca pensei que iria conhecer um homem tão especial para mim.

Mesmo eu sendo mais nova, ele decidiu esperar até que eu fizesse os meus 20 anos, agora estamos noivos e prestes a fazer o maior casamento do império. Isso é tão emocionante!

Me lembro vividamente dos nossos tempos de amizade, ele sempre cuidou de mim desde que eu era apenas uma criancinha. Espero que agora com a minha idade, ele possa finalmente ver a mulher que eu sou! Tenho esperado isso desde os meus 15 anos, e agora isso se tornará real e tão mágico!

(..)

O sol nascente tingia o horizonte em tons de dourado e laranja enquanto as carruagens ornamentadas aguardavam diante da mansão. Penélope, sempre diligente, estava a postos para ajudar Thalia a se preparar para a viagem ao palácio imperial. A jovem futura imperatriz se olhava no espelho, seus olhos refletindo uma mistura de excitação e nervosismo.

- Penélope, você acha que ele vai gostar do vestido que escolhi? - Me perguntou, ajeitando as mangas bordadas com pérolas.

Vestido branco com detalhes em dourado, ornamentos bordados em padrões intrincados, especialmente na área do busto e na cintura. Decote acentuado, com um design sofisticado que valoriza o colo.

Capa branca que cobre os ombros, com bordados dourados combinando com o vestido. Joias marcantes, incluindo um colar com uma pedra azul grande no centro, brincos longos de pedras semelhantes e detalhes brilhantes que realçam sua aparência refinada.

As vestimentas transmitem um ar de nobreza e beleza clássica, suas cores são extremamente claras pelo fato de eu ser uma santa, somente as santas podem usar cores em tons claros que remetem à inocência e ao poder divino que emana em meu corpo. O azul significa o poder divino, branco se significa a pureza de uma santa, dourado significa a humanidade que ainda possuo.

- Vossa Graça está deslumbrante. Não há como Sua Majestade não ficar encantado. - Aquela jovem encantadora respondeu com um sorriso calmo, apertando o meu corpete um pouco mais. - Mas lembre-se, sua beleza é apenas um reflexo da força e da luz que carregas dentro de si.

Eu assenti, mas uma pontada de dúvida permaneceu. Embora estivesse ansiosa para encontrar Zeus, mas algo me deixava inquieta. Estava ansiosa para ver Zeus novamente pois sempre nutri um amor de irmão por Zeus, ele me viu crescer e sempre me tratou como a sua adorável irmã, e eu também o via como meu irmão desde os meus 16 anos, mas após os meus 20 comecei a vê-lo como um homem, mas aguentei tamanha emoção pois eu não poderia me render a tal sentimento por ser uma figura santa.

Zeus sempre teve uma aparência deslumbrante mesmo tendo 120 anos, sua aparência nunca mudou durante os anos e sempre permaneceu jovem e muito. Ele possui cabelos marrons em um tom escuro, eles eram ondulados como um mar calmo e sereno em uma noite de verão. Seus olhos eram extremamente claros e azuis, seu rosto tinha linhas masculinas perfeitas e apaixonantes o que ressaltava a sua masculinidade. Seu corpo é em forma por muitas vezes ter ido ao campo de batalha para lutar por nosso país, ele possui músculos definidos que fazem todas as donzelas caírem de amor por sua aparência e masculinidade.

Além da sua aparência extremamente bela, Zeus possui uma alma nobre que se importa com o seu povo e sempre segue a verdade, não importa qual seja ela. Ele era calmo e sereno, sábio e curioso, sonhador e aventureiro, e extremamente gentil comigo ao ponto de me considerar uma irmã.

Aquele homem bondoso e genil sempre dizia que eu deveria crescer bem e forte para que pudesse me tornar uma boa santa. Ele também dizia que eu deveria aproveitar a minha infância, para depois dar atenção aos deveres divinos. Na visão dele, eu iria me tornar uma adorável santa que segue o caminho da verdade sem esconder os pecados dos outros. Me sentia melhor quando ele sempre me incentivava assim pois me dava vontade saber que alguém realmente me entendia.

Mas mesmo com pensamentos tão adoráveis, uma sombra escura pairava sobre seus pensamentos: o sonho da mulher ruiva e a estranha cantiga das crianças. Por mais que tentasse afastá-lo, o pesadelo parecia se enraizar em sua mente, como se carregasse um aviso que ainda não conseguia decifrar.

A viagem ao palácio foi tranquila, mas conforme a carruagem se aproximava das torres de mármore branco, minha pessoa sentiu uma onda de ansiedade crescer. A grandiosidade do lugar a fazia se sentir minúscula, quase engolida pela magnitude da responsabilidade que carregava.

Assim que desceu da carruagem, fui recebida por uma comitiva de nobres e servos. No entanto, meus olhos procuravam apenas uma pessoa: Zeus, mas ele não estava ali. Confesso que por um momento fiquei decepcionada em saber que o meu amado não estava ali para me receber, mas relevei por saber que ele era Simplesmente o Imperador de Celestia.

Mas o seu mais fiel braço direito estava ali parado nos degraus do palácio, usando terno preto bem escuro que possui bordados com fios dourados que destacavam sua figura imponente.

O mordomo parecia estar perto de se aposentar, sua expressão era se um senhor de aproximadamente 70 anos que ainda servia o seu imperador com extrema lealdade de sua juventude, seus olhos me observavam com uma intensidade que fez meu coração acelerar.

- Vossa Santidade. - A voz dele era profunda, mas havia uma doçura contida. Ele estendeu a mão para me ajudar a subir os degraus. - Está ainda mais bela do que me lembrava.

Eu obviamente lembra daquele mordomo, em todas as vezes que vim ao palácio durante minha infância, ele sempre me tratou como uma adorável filha que nunca poderia ter. Ainda lembro de seu nome.

- Obrigada, Senhor Edward. - Respondo com um leve sorriso que deixa destacado a minha empolgação e alegria.

Ele apenas assentiu com um sorriso e me guiou para dentro daquele grande castelo que não via há anos. Enquanto ele a guiava para dentro, Edward falou sobre os preparativos do casamento e a recepção que seria realizada naquela noite em minha honra. Apesar da formalidade, havia uma gentileza em seu tom, uma tentativa clara de me deixar à vontade.

Porém, enquanto caminhavam pelos corredores decorados com tapeçarias luxuosas, senti algo. Um arrepio na espinha. olhei para trás, mas não viu nada além dos servos que nos seguiam. Ainda assim, a sensação persiste, como se estivesse sendo observada por olhos invisíveis.

(...)

Mais tarde, enquanto me preparava para a recepção, uma visitante inesperada chegou aos seus aposentos. Era uma mulher alta, envolta em um manto vermelho que brilhava como brasas sob a luz das velas. Seus cabelos eram longos e ruivos como fogo, exatamente como a mulher do sonho.

- Boa noite, Vossa Santidade. - Disse a estranha, inclinando-se ligeiramente. Sua voz era hipnotizante, como o canto de uma sereia. - Sou Elira, enviada pelo Conselho dos Magos para lhe entregar um presente de casamento.

Senti o meu coração acelerar com toda a força que tinha. Eu simplesmente não sabia como reagir, mas Penélope interveio no meio daquilo.

- O presente pode ser deixado na entrada, Lady Elira. Sua Graça está ocupada. - Disse, com firmeza.

Aquela mulher chamada Elira sorriu, mas havia algo perturbador em seus olhos que na verdade eram cinzas, e não verdes escuros como a mulher do meu sonho.

- Claro. Mas lembre-se, Vossa Santidade... o destino às vezes esconde seus maiores segredos sob véus de seda. - Ela se curvou novamente antes de sair, deixando uma sensação de inquietação no ar.

Naquela noite, enquanto a recepção acontecia e eu era apresentada aos nobres do império, meus pensamentos continuavam a vagar para o sonho e para a mulher misteriosa. As palavras de Elira ecoavam em sua mente, despertando uma curiosidade que lutava para permanecer contida.

Mas eu mal sabia que o véu de seda estava prestes a ser levantado, revelando verdades que mudariam não apenas seu destino, mas o de todo o império de Celestia.

Além disso, havia outra coisa que me preocupava profundamente, a ausência do meu noivo. Desde que cheguei neste palácio, Zeus não veio a mim nenhuma vez, nem ao menos sei se ele está aqui essa noite, não me atrevi a perguntar pois sabia que todos diriam que ele está ocupado com assuntos do Império.

Parece que ser Imperador não é uma coisa fácil, principalmente pelo fato de você ser Imperador a mais de 120 anos. Sim, Zeus é um imperador que está vivendo por mais tempo durante um longo período, até o momento de sua enorme e extensa geração, no início de sua juventude ele derrotou um enorme dragão maligno, e como recompensa do nosso grandioso Deus.

Ele teve a sua vida prolongada por mais anos que um humano normal poderia conseguir. E por incrível que pareça, ele nunca teve filhos até o momento, e nem ao menos se casou pois não havia santas antes de mim. Houve uma época chamada época das trevas no império, foi uma época em que Deus estava chateado com o seu próprio povo por conta dos terríveis pecados da humanidade.

Os adoradores estavam diminuindo e o pecadores aumentando gradualmente ao decorrer do tempo, e mais e mais pessoas começaram a debochar do divino e onipotente Deus do império.

Como punição divina, Deus deu a seguinte profecia ao Papa da Igreja: "Humanos impuros que ainda permanecem presos a seus pecados, como punição por permanecerem em tamanha desobediência sem arrependimento, terão a minha fiel filha tirada de vocês até que se arrependam."

E em seguida o império passou por extrema dificuldade de secas, desastres naturais, doenças e etc. O povo percebeu o quão chateado Deus estava e o imperador estava desesperado para se reconciliar com Deus.

Isso foi tudo o que eu li nos livros de história, essa história aconteceu a mais de 120 anos atrás, eu não pude nascer naquele tempo por causa da punição divina de meu pai. Porém, por ser tão bondoso com esses humildes pecadores, meu pai permitiu que eu pudesse nascer novamente.

Graças a ele, eu serei a primeira imperatriz do imperador e serei a mãe dos filhos dele. Confesso que estou um pouco assustada com isso, não sei se poderei agradar o meu amado tanto como agrado os meus fiéis. Me sinto mal por já está pecando pelo desejo de agradar meu marido sem ao menos termos nos casado, mas eu estou ansiosa para poder dizer a ele que eu serei totalmente dele.

Quando dou por mim, estou em um lugar estranho, parece que acabei me perdendo em meus pensamentos. O lugar onde me perdi tinha várias portas luxuosas mas uma em específico me chamou a atenção, espero que eu não seja repreendida por minha curiosidade, por favor me perdoe meu pai.

Pelo meu ato de curiosidade, abri aquela imensa porta que havia várias pedras preciosas incrustadas nela. Quando abro a porta me deparo com a cena mais horripilante e pecaminosa que eu poderia ter visto em toda a minha vida.

A taça de suco de Uva que estava na minha mão caiu instantaneamente no chão sujando tudo, até mesmo o meu vestido, mas a sujeira do meu vestido não poderia ser comparada com aquele ato libertino.

Minha voz começa a falhar de uma forma entristecente e lágrimas caem do meu rosto instantaneamente como uma grande cachoeira, lágrimas que a tanto tempo não caiam porque sempre se seguravam ao saber que era as lágrimas de uma santa e uma santa não podia chorar.

- Zeus...? - sussurro com maior pesar em minha voz após ter demorado tanto tempo para falar.

- Thalia! - Ele responde enquanto pula de sua cama para achar roupas que fossem decentes.

- O que faz aqui? - Ele tenta se aproximar de mim.

Sinto tanto nojo que não deixo ele tocar em mim com mãos tão sujas de pecado como as suas. Consigo ver nitidamente o pecado neste quarto indecente e extremamente vulgar.

- Você deveria estar no banquete de casamento a essa hora, ou deveria ter recebido a sua noiva mais cedo. - retruco com imenso pesar na voz.

- Thalia, eu estava extremamente ocupado, não tive tempo de poder te receber e nem de ir ao banquete. - Ele murmura enquanto arruma seu cabelo.

- Estava ocupado suprindo o seu enorme e sujo pecado? - Indago com extremo desprezo.

Ele apenas me olha com um olhar surpreso enquanto vê a minha expressão de desprezo ao enfrentá-lo daquela forma.

- Sai daqui mulher. - Ele sinaliza para a maldita mulher oblíqua que estava em sua cama.

- Isso foi apenas um mal entendido, esqueça isso e volte para o banquete, estarei indo em seguida. - Ele se vira por um momento.

- Como eu poderia esquecer?

- Como? - Ele pergunta confuso.

- Eu não sou uma mulher qualquer, eu sou a filha de Deus. - Murmuro com tamanha determinação.

- Como você consegue esquecer o fato de ter dormido com uma mulher mundana enquanto você tinha a filha de Deus prometida a você?

Ele apenas me olha com um olhar assustador e extremamente sombrio, mas isso não me aflige nenhum pouco, apenas tenho vontade de confrontar o pecador que eu achava que seguia as regras de Deus.

- Você é apenas uma santa que fica abaixo de mim em relação ao poder. - Ele finalmente pensa em dar uma resposta.

- Você está completamente errado. - Digo com confiança enquanto estou sedenta por irá. - Eu sou a filha de Deus, a filha dele que até o momento está na terra.

- Eu sou quem liga os fiéis a ele, sou eu quem tem a maior responsabilidade diante dele.

Ele apenas fica em silêncio, mas de repente ele começa a se aproximar de mim, é nesse momento que volto a razão e começo a sentir um medo crescente em mim, mas guardo isso para mim e não deixo que que perceba.

- Ao meu ver, você é apenas uma reles humana que cumpri um papel medíocre que faz o povo de idiota. - Ele retrucou com uma voz extremamente assustadora que poderia matar qualquer um apenas um tal voz.

- Você é de carne e osso como eu. - Ele segura o meu braço. - Você também peca e sente desejos.

- Jamais irei sentir ou me entregar aos desejos sujos que a minha humanidade me sujeita.

- Será mesmo? - Ele questiona com um tom de desafio enquanto se aproxima de mim.

- Eu sou algo divino, não irei me corromper com coisas humanas. - Declaro sem duvidar da minha palavra.

- Mas eu estou acima de você e possivelmente desse Deus. Só sigo as regras dele porque não quero ter que controlar o povo. É tão fácil enganá-lo com esse papo de divindade que eles simplesmente se tornam obedientes diante de mim.

- Você está blasfemando! - Grito com raiva.

- Blasfêmia? Me poupe, o seu Deus é apenas um artifício pra controlar o povo que acredita em qualquer coisa.

- Na época das bruxas, foram mortas centenas de mulheres inocentes, simplesmente porque o seu Deus disse que elas eram malignas. O seu Deus não é bom, porque ele é o próprio papa usando esse nome para fazer o que quiser com o povo. - Ele murmura com desprezo.

- Murmurar é um terrível pecado imperador. - Tento falar em meio a sua tamanha grosseira.

- Vocês da igreja católica são um bando de corruptos que fazem o que querem em nome desse honrado e oponente Deus que vocês criaram! - Ele continua a repetir insultos com tamanho desdém e desprezo diante de mim, é notável a sua insatisfação.

- O verdadeiro Deus, nunca tiraria vidas inocentes em prol de pessoas ignorantes que temem o desconhecido. Vocês que são os demônios, Vocês que são a escória! Vocês que são os pecadores aqui! - Ele aumenta o tom da sua voz.

- Imperador Zeus Maximilian Celestia! - Perco a minha paciência e aumento o meu tom de voz mais do que o dele. - Não cometa Blasfêmia diante da santa do Império Celestia, me conheça como tal! Sem mim a paz do império não existe.

Ele apenas ficou calado por alguns minutos, mas logo em seguida ele pega o meu braço e me jogar naquela cama onde havia dormido com outra.

- Se você é tão santa como diz, conseguirá suportar isso sem sentir desejo ou prazer. - Ele tira as suas roupas novamente enquanto diz tal coisa.

- Não se atreva a tocar em algo santo, seu pecador! - Neste momento a raiva toma conta de mim.

O que esse humano impuro acha que pode fazer comigo? Ele acha mesmo que Deus o deixaria sair impune após fazer tal blasfêmia contra mim?

- Neste império sou eu que governo e tudo me pertence, se eu sentir vontade posso te destronar do seu cargo de santa.

- Os fiéis não permitiriam tão ato absurdo!

- Parece que você esqueceu qual é o tamanho do poder do imperador perante o império. Eu já fiz isso uma vez e posso fazer uma segunda se eu sentir vontade de fazer isso.

Uma segunda vez? Do que ele esta falando? A última santa deixou de existir antes mesmo do nascimento dele, como ele poderia destronar uma santa, se a terra passou 20 anos sem uma santa? Esses 20 anos correram antes mesmo de ele nascer.

- Por que está com medo, Vossa Santidade? - Ele debocha do meu nervosismo. - Eu apenas quero testar se a santa realmente não tem os pecados e se realmente tem humanidade como a mim.

- Me solte! - Tento evitá-lo.

Como esse homem pode ser o homem que me viu crescer? Ele não parece nem um pouco com o Zeus que eu conheço! Esse não deve ser Zeus, isso é um terrível engano.

O Zeus que eu conheço sempre foi gentil e amável, ele sempre disse que levaria as minhas vontades em conta e que iria me respeitar. Mas agora eu o encontro com outra mulher e ainda estou sendo desafiada por ele? Ele foi possuído por um demônio? Isso é a única solução plausível.

- Nunca pensei que eu provaria a Santidade tão cedo, parece que valeu a pena esperar por tantos anos. - Ele usa um tom amedrontador. - Serei eu que provarei que você não é uma santa totalmente. - Ele sussurrou enquanto suas mãos deslizaram pelas minhas pernas.

- Você se arrependerá de tal ato sujo, você deveria ser santo igual ao papa, essa é a sua figura que os fiéis projetam em você! - Declaro com desprezo.

- E quem disse que o papa é santo ou puro? - Ele começa a sorrir com um sorriso demoníaco.

- Irei lhe contar um pequeno segredo, Vossa "Santidade". - Ele beija o meu pescoço de uma forma suave e delicada.

- Você acha que foi encontrada em vão? Acha mesmo que o papa te resgatou por pura pena? - Ele termina a frase mordendo o meu pescoço.

- Você é fruto de um relacionamento extremamente pecaminoso entre o Papa e a Princesa Imperial do Império Helena.

O quê? Eu sou filha do papa e de uma princesa imperial? Isso não faz nenhum sentido, eu sou filha de uma prostituta, não de sua Santidade e de uma Princesa!

A Princesa do Império Helena, era chamada Arabella e era a única filha do imperador Eleonor. Ela foi prometida para o Zeus, mas acabou adquirindo uma doença e morreu no dia do casamento.

- O seu adorado Papa, teve um relacionamento com arabella e disso surgiu você, que logo foi escondida por aquela maldita mulher que iria se casar comigo.

- Você, já nasceu sendo suja e morrerá sendo suja. Aceite que você não é uma santa, você surgiu de uma maneira suja, seu destino é ser tão suja quanto a sua mãe. - Ele morde mais uma vez o meu pescoço, mas de uma forma bem agressiva.

- Você está mentindo!! Claramente está mentido para testar a fé que tenho no Papa! A minha confiança e fé nele nunca serão abalada por palavras do inimigo!

- Você é realmente bem interessante e persistente! - Ele apenas me olha fixamente e começa a rir intensamente. - Realmente foi moldada pra seguir ordens e ser uma tola.

Ele de repente começa a me beijar à força enquanto aperta as minhas coxas de uma forma extremamente intensa. Sinto que este homem tem a intenção de me fazer cair em total tentação, mas eu já caí em tentação várias vezes durante a minha vida de santa pra depois me levantar, não será agora que irei cair.

- A santa realmente é bem mais forte do que eu pensei. - Ele indagou com sarcasmo.

- Eu não tenho medo ou ressentimento algum, só espero que meu pai possa perdoar a afronta do inimigo que beira a minha vida.

- Então me ver como o inimigo? - Ele rir em seguida.

- Somente o inimigo seria capaz de fazer uma coisa tão cruel como a tentação.

- Então te farei desejar sentir essa tentação. - Ele sorriu com um sorriso extremamente malicioso..

- Espero que esteja preparada para a lua de mel, santa. - Ele sussurra de uma forma assustadoramente pecaminosa.

- Hoje, eu irei usar apenas as minhas mãos e a boca, não quero que você sinta o céu tão rápido assim, te farei desejar isso para cometer o pecado que abomina.

- Seu maldito pecador! - Grito o mais alto que posso.

Mas meus gemidos são abafados pelo extremo calor que sinto e a intensa dor que acompanha aquela situação. É algo extremamente do que pensei que seria, nunca soube nada sobre esse assunto pois os senhores da igreja só me ensinaram que era algo errado que só podia ser usado para gerar herdeiros sem sentir o prazer do pecado.

Mas porque eu me sinto dessa forma? Esse pecado é tão diabólico que está me fazendo sentir esse calor intenso?

- J-já chega. - Murmuro sentidos dores constantes.

- Parece que você está sentindo prazer pelo simples fato de eu ter usado as minhas mãos, pensei que você suportaria isso. - Ele começa a rir.

- Será mesmo que você irá aguentar quando realmente for pra valer? - Ele se aproxima dos meus lábios.

- Mas por ser tão bonzinho, te darei mais um gosto do que o pecado irá te dar, minha adorável santa.

Assim que penso ter acabado essa situação embaraçosa. Não tenho mais noção de nada, apenas sinto esse enorme prazer que está a todo custo tentando me corromper aos poucos.

Sinto tanto prazer que chegou ao ponto de começar a gemer intensamente enquanto aquela situação ocorre. Os movimentos ficam mais intensos e a luta contra mim mesma fica cada vez mais difícil de suportar. A exaustão me toma e finalmente desmaio por causa daquele batalha comigo mesma que tomou o meu corpo.

๑ ⋆˚₊⋆────ʚ Continua ɞ────⋆˚₊⋆ ๑