๑ ⋆˚₊⋆────ʚ Thalia ɞ────⋆˚₊⋆ ๑
A santa deve ter dúvidas?
Hoje faz 3 dias que não vejo Zeus desde aquela coisa turbulenta, além da aparição dele naquela noite, também me lembro da mulher ruiva que me assombrou. Sinto que estou sendo testada de todas as formas pelo inimigo que deseja derrubar a minha fé diante de Deus.
A minha alma está aflita e eu necessito do consolo de Deus para acalmá-la. Paro e penso no que eu posso estar errado, isso é algo difícil de decifrar, sinto que se eu não resolver toda essa situação irei continuar caindo no caminho do pecado e da tentação.
Paro de pensar um pouco e começo a ver o enorme e belo jardim do palácio imperial, o palácio sempre foi conhecido por ter o jardim mais lindo e adorável de todo o Império Celestia. Eu amava vir aqui quando eu era bem pequena, sempre fiz diversas brincadeiras com Zeus como: Se esconder, correr, pular corda, contar os peixes e entre outros.
Queria poder ter o meu amigo de volta, mas parece que ficaremos mais distantes do que estou acostumada a estar. Mas logo jogo fora esses pensamentos e começo a admirar a enorme vista que há diante de mim nesta adorável manhã ensolarada que possui um vento adorável.
Neste jardim há inúmeras plantas e florescendo junto com o adorável sol da manhã, mas há algo que me chama mais a minha atenção que era um enorme domo de cristal que parecia conter mais flores e plantas agradáveis. Eu não sabia se tinha permissão de entrar ali, mas era tão interessante que não pude resistir à imensa curiosidade que senti.
Na porta da frente havia dois guardas que após me virem, deixaram que eu entrasse instantaneamente sem ao menos questionar a minha decisão sobre entrar lá dentro. Entrei lá e fiquei deslumbrada após ver a adorável visual dentro daquele enorme domo de cristal.
Havia árvores e inúmeras plantas adoráveis que estavam em bom estado para cultivo. Mas depois de admirar tanto aquele lugar, pude escutar vozes e gargalhadas do que parecia ser uma mini festinha, supôs que fosse uma festa do chá e acabei me sentindo um pouco sorrateira por estar invadindo uma festa privada.
Então, decidi sair de fininho para que ninguém soubesse que eu entrei em uma festa de chá privada, mas de repente eu escuto uma voz familiar vindo dessa suposta festa do chá. A voz era dele, Zeus, eu pude escutá-lo rindo e conversando bastante, e com isso não pude conter a minha curiosidade novamente.
Quando cheguei mais perto, pude vê-lo rodeado de mulheres familiares que eram as damas de companhia que Evangeline tinha me mostrado anteriormente. Todas elas estavam sorrindo e conversando alegremente, mas o que me chamou a atenção foi Annaelise. Annaelise estava simplesmente sentada do lado do Imperador, que já estava noivo há mais de anos de outra mulher. Aquilo abalou o meu coração instantaneamente, e lágrimas saíram do meus olhos como adoráveis cachoeiras cristalinas de uma primavera.
Fingi não saber o motivo de estar chorando mas eu sabia, eu podia negar naquele momento porém o meu coração dizia outra coisa que iria contra a minha mente. Mesmo conhecendo o novo Zeus agora, eu ainda o amava com todo o meu coração sempre o amei, mas só pude reconhecer isso quando me tornei mais velha.
Mas o que adianta amá-lo se ele não me ama? Eu não sou nem de perto o ideal dele, ele prefere dormir com prostitutas baratas do que a mim. Por que eu sou tão desinteressante para ele?
Neste momento agora, consigo vê-los felizes um com o outro, estão até se beijando como se fossem um casal extremamente apaixonado. Por que eu tenho que ver essa tão triste e horripilante verdade?
Secou as minhas lágrimas e saiu dali entendendo que aquele não era o meu lugar, não só ali como aquele palácio inteiro não era o meu lugar. Eu acho que finalmente entendi o que ele quis dizer com eu não ser interessante pra ele.
Saio tentando esconder o meu semblante deprimente depois de ter visto aquelas cenas, tento mostrar confiança e formalidade para que ninguém ao menos saiba que eu estava chorando.
Mas assim que saio, vejo Miranda a dama mais nova na porta do domo de cristal. Por um momento ela parece um pouco surpresa mas logo se recompõe.
- V-vossa Santidade? - Ela finalmente fala. - O que devo a honra da sua presença? - Ela se curva de forma graciosa.
- Já estou de saída, pode entrar. - Respondo um pouco murmurante.
- Ah bem, eu entendo perfeitamente. - Ela sorriu de forma graciosa.
- Mas recomendo não ficar entrando no domo de cristal da senhorita Annaelise, ela odeia que entrem sem a permissão dela. ‐ Ela comenta em um tom agradável.
- Esse... - As palavras somem instantaneamente, mas voltam logo em seguida. - Esse domo enorme de cristais foi feito para ela? - Pergunto com pesar na voz.
- Sim, no aniversário de 20 anos dela, o imperador mandou construir esse enorme domo para dar de presente ela.
Isso é tão engraçado. No meu aniversário de 20 anos, ele apenas mandou uma mera carta me desejando felicidades pelo meu aniversário. Mas para essa mulher que é sua amante, ele fez um enorme domo de cristais cheios de flores e árvores. Começo a sentir a enorme distância e diferença que tenho dessa suposta amante.
- Eu desejo caminhar com a senhoria, Vossa Santidade. - Ela diz de forma amigável e espontânea enquanto segura a minha mão.
- O quê? Mas você não foi convidada para a festa de Annaelise? - Pergunto confusa pois ela parece estar bem arrumada.
- Se eu for ou não for, Annaelise não irá se importar. - Miranda abre a sua sombrinha que tinha lindas e adoráveis rosas incrustadas nela. - Ela apenas me convida para suas festas do chá por causa da minha irmã.
- Vai por mim Santidade, as festas dela são bem entediantes. - Ela comenta com um pouco de desdém.
- Em suas festas ela vive trazendo o imperador, ela adora mostrar que é amante dele e que ele a ama. - Então acho que não irei perder tanta coisa Seu sorriso é dócil e adorável.
- Mas para mim, a vossa Santidade parece ser muito mais importante do que uma mera amante. - Miranda estende a sua mão para que eu possa pegá-la.
- Queria que o imperador pensasse da mesma forma que você, senhorita. - Pegou a mão dela e ela me convida pra baixo da sua adorável sombrinha.
- Bem, Annaelise não é a única amante dele. O imperador tem inúmeras amantes em casas de prostituição, as vezes ele nem ao menos volta para o palácio. - Seu semblante é triste e um pouco chateado.
- Me parte o coração saber que o imperador do nosso império vai contra os princípios de Deus e acaba caindo na tentação do demônio.
Caminhamos pelo jardim em silêncio, enquanto o som suave do vento acariciava as folhas e o murmúrio das fontes preenchia o vazio. A presença de Miranda, inesperadamente reconfortante, parecia um bálsamo para meu coração inquieto.
- A fé é um presente difícil de sustentar, Santidade. - Miranda quebrou o silêncio, sua voz carregada de uma sabedoria que parecia ir além de sua idade. - Especialmente quando aqueles que amamos nos traem ou nos esquecem.
Suas palavras atingiram algo profundo em mim. Seria tão óbvio assim? Miranda sabia mais do que eu pensava, ou estava simplesmente intuindo minha dor?
- Não cabe a mim questionar os planos de Deus. - Respondi, tentando manter meu tom firme, embora sentisse minha voz trêmula. - Mas, às vezes, parece que Ele me abandonou também.
Miranda parou de caminhar e se virou para mim, seus olhos refletindo compaixão e determinação.
- Deus nunca nos abandona, Santidade. - Ela disse suavemente, segurando minha mão. - Ele nos observa e nos dá força, mesmo quando tudo parece perdido.
Quis acreditar em suas palavras, mas a dor em meu peito era grande demais. Zeus. Annaelise. O jardim cheio de flores e árvores que ele construiu para ela, enquanto para mim, apenas cartas e indiferença.
- Miranda, por que Deus permite que eu sinta isso? - Minha voz saiu baixa, quase um sussurro.
Ela apertou minha mão levemente e respondeu:
- Às vezes, as dores que carregamos nos ajudam a encontrar nosso verdadeiro caminho. Talvez o imperador não veja o valor que há em você, mas isso não diminui quem você é.
Engoli em seco, tentando absorver suas palavras. Queria acreditar nisso, mas como poderia deixar de me sentir tão pequena e descartável diante da atenção que Zeus dava a Annaelise?
- Santidade, sabe o que sempre penso quando vejo esse jardim?
- O que? - Perguntei, curiosa.
- Que cada flor aqui seja cuidada com atenção para florescer no tempo certo. Nem todas desabrocham juntas, mas isso não as torna menos belas ou importantes.
Sua metáfora atingiu meu coração como uma flecha. Talvez meu momento ainda não tenha chegado. Talvez eu estivesse olhando para o lugar errado, buscando valor em alguém que nunca o enxergaria.
- Miranda, você parece entender muito bem essas coisas. - Comentei, ainda refletindo sobre suas palavras. - Por que me ajuda?
Ela sorriu gentilmente.
- Porque acredito que a vossa Santidade tem muito mais a oferecer ao nosso mundo do que imagina. Você é mais forte do que pensa.
O som de risos distantes voltou a alcançar meus ouvidos, vindo do domo de cristal. Por um instante, senti novamente o peso da cena que presenciei.
- Vamos sair daqui. - Decidi, endireitando meu semblante. - Há lugares no palácio onde posso ser útil, e ficar aqui apenas prolonga minha dor.
Miranda assentiu e acompanhou meu ritmo, me protegendo sob sua sombrinha.
- Não se esqueça, Santidade: Deus não fecha uma porta sem abrir outra. Talvez você não veja agora, mas algo está sendo preparado para você.
Seus olhos brilhavam com uma certeza que eu ainda não tinha, mas naquele momento, decidi me agarrar à sua fé. Eu precisava encontrar um novo propósito, algo que me afastasse da sombra de Zeus e da tentação de ceder à dor.
Enquanto deixamos o jardim para trás, senti um leve sopro de alívio no coração, como se uma pequena parte do peso tivesse sido retirada. Miranda tinha razão. Ainda que tudo parecesse perdido, eu precisava acreditar que Deus tinha um plano para mim.
E pela primeira vez, comecei a considerar que talvez meu lugar não fosse ao lado de Zeus, mas em um caminho que ainda não havia sido revelado.
Deixamos o jardim para trás, e Miranda me guiou por um corredor de colunas brancas ladeado por trepadeiras floridas. O som dos pássaros ecoava ao longe, mas dentro de mim, o silêncio ainda reinava. Cada passo parecia me afastar mais de Zeus, do domo de cristal, das memórias dolorosas, e ainda assim, a dor não desaparece.
- Santidade, posso perguntar algo? - Miranda interrompeu meus pensamentos, olhando-me com um sorriso discreto.
- Claro, Miranda.
- Você já pensou em abandonar o palácio ou até mesmo a igreja? - Sua voz era cuidadosa, mas havia algo de ousado em suas palavras.
Senti meu peito apertar. A ideia já tinha passado pela minha mente, mas nunca com seriedade. Eu sempre me apeguei ao pensamento de que meu lugar era aqui, mesmo sendo ignorada e maltratada.
- Abandonar o palácio seria algo fácil de se suportar, mas abandonar a igreja seria como abandonar tudo que conheço. - Respondi, desviando o olhar para o chão. - E para onde eu iria? Quem eu seria fora destas paredes?
- Às vezes, recomeçar é o maior ato de coragem que podemos ter. Você não é apenas a Santidade, ou alguém que vive à sombra do imperador. Você é muito mais do que isso, mesmo que ainda não consiga enxergar. - Miranda suspirou, fechando sua sombrinha.
Havia uma paixão em suas palavras que me fez parar. Era como se ela acreditasse em mim de uma forma que eu mesma não conseguia.
- Mas e a minha fé? - Perguntei, tentando desviar o foco da ideia de partir. - Como posso fortalecer minha fé em Deus quando tudo ao meu redor parece desmoronar?
Miranda tocou meu ombro gentilmente, sua expressão séria.
- Santidade, sua fé não depende dos outros. Ela é sua. Deus não está no imperador, nem em Annaelise, nem no jardim. Ele está em você, e é a sua força que o mantém perto. Não deixe que eles roubem isso de você.
Suas palavras atingiram meu coração como um raio. Era verdade. Eu estava permitindo que minha dor e as ações dos outros interferissem na minha conexão com Deus.
Antes que pudesse responder, o som de passos apressados ecoou no corredor. Uma dama de companhia, Evangeline, aproximou-se, parecendo nervosa.
- Santidade, o imperador solicita sua presença imediatamente. - Ela disse, curvando-se rapidamente.
Meu coração afundou. Depois de tudo que vi, encará-lo seria a última coisa que eu queria.
- Ele mencionou o motivo? - Perguntei, tentando manter a compostura.
- Não, mas a senhorita Annaelise está com ele. - A dama respondeu, sua voz baixa, quase como se sentisse vergonha por mim.
Miranda apertou minha mão antes que eu pudesse recusar o chamado.
- Vá. Mostre a ele que sua força não depende do que ele pensa ou faz. Você é mais do que ele imagina.
Respirei fundo e assenti. Havia um nó em meu estômago, mas as palavras de Miranda ecoavam em minha mente como um lembrete de que eu precisava enfrentar meus medos.
Fui conduzida pelos corredores até o salão principal. Quando entrei, lá estava Zeus, sentado em seu trono, à sua direita havia Annaelise, que expressava um sorriso doce e angelical, ela estava vestindo um majestoso e delicado em tons suaves de rosas e branco perolado, criando uma aparência etérea e delicada. O corpete é bem ajustado, com um design fora dos ombros (decote princesa), destacando os ombros e o pescoço.
Há detalhes ornamentais, como aplicações de pérolas e bordados florais, acrescentando sofisticação. A linha do decote é decorada com pequenas flores e rendas delicadas.
A saia é volumosa, confeccionada em várias camadas de tecido, incluindo renda e organza brilhante, proporcionando uma textura rica e dimensão ao visual. Sobrepostas na saia, há camadas de organza translúcida em azul claro, com bordas adornadas por pérolas, formando padrões elegantes.
Aquele vestido era simplesmente incrível e adorável, confesso que por um momento fiquei hipnotizada com tal vestido tão lindo. Sua beleza era tão angelical e adorável que comecei a me comparar com aquela criatura celestial.
Sua mão repousava casualmente no braço dele, como se quisesse reafirmar sua posição. E a sua esquerda havia um homem bem vestido que eu não conseguia identificar quem era.
- Santidade. - Zeus começou, sua voz imponente, mas sem calor. - Precisamos discutir uma questão delicada.
- Estou à disposição, Majestade. - Endireitei-me, cruzando as mãos na frente do corpo para esconder o leve tremor.
- Majestade, permita-me falar primeiro. - A voz daquele homem que estava à sua esquerda, era áspera e muito afiada quanto uma lâmina.
Zeus acenou com a cabeça, e ele continuou com um sorriso que parecia adorável mas continua tamanho veneno, mas seu sorriso conseguia conter.
- Santidade, há rumores no palácio de que você tem se mostrado... inadequada para seu papel. Alguns até questionam sua devoção a Deus.
A acusação foi como um golpe direto. Daquele velho senhor que parecia ter um certo desgosto em relação a mim. Olhei para Zeus, esperando que ele me defendesse, mas seu semblante permaneceu impassível.
- Majestade, - respondi, mantendo minha voz firme - a minha devoção é entre mim e Deus. Rumores são fáceis de espalhar, especialmente por aqueles que não compreendem o verdadeiro significado da fé.
O senhor abriu a boca para usar a sua língua pecadora para retrucar o meu simples argumento, mas Zeus apenas suspirou e levantou a mão, silenciando-o com um olhar de desaprovação.
- Isso é suficiente. - Ele disse, seus olhos fixos em mim. - Espero que se mantenha acima dessas intrigas. Você é um símbolo para o povo, e eu não tolerarei que sua imagem seja manchada.
Havia uma frieza em suas palavras que me fez perceber algo importante: ele nunca enxergaria quem eu realmente era.
- Eu sinto que esses rumores são falsos. - Annaelise levantou a sua voz levemente em um tom doce.
- A santa não deveria ser julgada ou questionada por meros humanos que pecam. Ela é uma figura divina que merece ser adorada independente do que ela faça.
A fala dela iria parecer certa se ela não tivesse falado a palavra "independente". As pessoas veem através de mim, as pessoas irão me julgar caso eu cai ou faça um pequeno deslize, elas não irão me perdoar caso eu cometa erros.
Para eles eu devo ser uma santa que não comete os mesmo erros que eles, erros não podem ser cometidos de minha parte.
- Eu, eu agradeço o vosso consolo, senhorita Rosalinde. - Falo de uma maneira que não expresse a minha indiferença.
- Se me derem licença, irei sair agora.
Saí do salão com a cabeça erguida, mas dentro de mim, algo havia mudado. Quando cheguei aos jardins novamente, encontrei Miranda esperando por mim, como se soubesse que eu precisaria dela.
- E então? - Ela perguntou.
- Talvez seja hora de encontrar meu próprio caminho. - Respondi, sentindo uma nova determinação crescer dentro de mim.
( ... )
Após uma longa conversa e risadas com mirada, aquela jovem teve que voltar para casa. Ela tinha estudos de etiqueta e artes para serem concluídos, mas o que mais interessava para aquela adorável moça era a mim. Seus olhos brilhavam enquanto conversamos, mas também se entristeceram quando teve que ir embora para as suas aulas.
Ela com certeza é uma garotinha adorável, espero poder conversar com ela mais vezes pode ser que o palácio se torne mais interessante com a sua presença.
- Vossa Santidade. - Uma voz masculina bate diante da porta do meu quarto.
Penélope vai abrir instantaneamente, mas de repente aparecem 5 cavaleiros fortes com semblantes sérios.
- Vossa Santidade. - Ele se ajoelha perante mim com graça e devoção.
- Eu possuo uma mensagem do imperador Zeus para a senhorita. - Ele fala com um pouco de tremor na voz.
- Sinta-se à vontade para falar, mas acho que é um incômodo ter tantos homens no quarto de uma mulher. - Respondo com um pouco de formalidade.
- Peço desculpas por isso, mas eu possuo uma mensagem do imperador que é importante. - Ele se levanta.
- Prossiga.
- O imperador deseja que Vossa Santidade se mude para outro palácio.
Eu já estava esperando por isso, eu nem ao menos sei porque fiquei tanto tempo no palácio do imperador. Mas isso é algo bom, me manterei longe dele e dessa sua amante.
- Eu agradeço pela mensagem, podemos me mudar hoje mesmo, correto? - Comentei com um adorável Sorriso.
Os homens que estavam no quarto ficaram assustados com a minha resposta imediata, parece que eles pensaram que eu iria ser contra essa decisão, mas é totalmente o contrário, ela me alegra!
- Exato, obrigada por ter entendido. - O homem responde um pouco confuso.
- Mas desejo saber para onde irei. - Falou suavemente enquanto tomo uma xícara de chá.
- Bem, minha senhorita... - Ele hesita um pouco.
- Tudo bem meu senhor, sei que a decisão não foi sua. - Respondo colocando a minha xícara de volta no prato.
Ele fica mais aliviado com a minha resposta, mas ao mesmo tempo parece triste e aflito pelo que irá falar nesse momento. Mas sei que essas pessoas só são devotas a mim por eu ser uma santa, se eu fosse uma mulher qualquer eles não se importariam.
É uma compaixão falsa.
- O imperador disse que a senhorita será designada para o Palácio de Lilith.
Pensei que ele não gostasse de mim, mas parece que ele realmente sente desdém por mim, isso é o cúmulo para que eu possa suportar tamanha humilhação neste lugar. O palácio Lilith é conhecido por ser abandonado e sujo, em anos ninguém se hospedou lá por ser o palácio da amante do antigo imperador. Dizem as más línguas que a antiga amante do imperador era uma bruxa que praticava bruxaria no palácio, tanto é que ela foi culpada pela morte da Imperatriz Liliana, a mãe de Zeus.
Neste momento sinto uma raiva crescer pelo meu corpo, mas tento me controlar diante dessa situação. Não posso deixar que o sentimento de raiva contamine a minha alma que é devota a Deus, preciso suportar isso.
๑ ⋆˚₊⋆────ʚ Continua ɞ────⋆˚₊⋆