Com os olhos cheios de lágrimas, Lion olhou para cima e viu Yan, que se aproximava cautelosamente. — Oi, pequeno, você está bem? — perguntou Yan, tentando acalmar o garoto. Lion balançou a cabeça negativamente. — Estou procurando meu pai, mas não consigo encontrá-lo. — Yan franziu a testa, preocupado. — Vamos juntos, então. Eu posso te ajudar a procurá-lo. Não se preocupe, não vou deixar você sozinho. — Ele se agachou e estendeu a mão, esperando que Lion a pegasse.
Lion, com receio, pega a mão de Yan lentamente. Yan percebe que o pequeno tem uma pulseira de identificação com o número de emergência e rapidamente liga para esse número.
— Alô? Você é parente do menino Lion? — pergunta a voz do outro lado.
— Sim, graças a Deus! Onde ele está? Me diga, por favor! — responde William, com uma voz cheia de aflição e desespero.
— Eu o encontrei perdido na rua. Nós estamos na Sorveteria 00, que fica na rua 00. Não sei se conhece — diz Yan.
— Sim, sim, eu conheço! É na rua de trás da minha casa. Chego em cinco minutos! — responde William, com a voz trêmula e ofegante.
Enquanto isso, William chega rapidamente à sorveteria, aliviado por encontrar Lion, mas ainda nervoso. Ele se levanta, reconhecendo Yan, e se aproxima.
— Yan! Obrigado por cuidar do Lion! Eu estava tão preocupado! — diz William, com um misto de alívio e gratidão.
— Ele estava com medo, mas eu fiquei com ele — responde Yan, aliviado ao ver que William chegou.
Nesse momento, William se abaixa para ficar na altura de Lion, olhando nos olhos do pequeno.
— O que aconteceu, Lion? Como você se perdeu? — pergunta William, com uma expressão de preocupação.
— Desculpa, papai, eu fiquei com saudades de você — responde Lion com os olhos cheios de água, pedindo colo ao pai.
— Oh, meu pequeno — diz William enquanto pega Lion no colo e o abraça forte.
— Então esse é seu outro filho? — pergunta Yan com um tom de curiosidade e alívio.
— Sim, obrigado mesmo, doutor — diz William.
Nesse momento, seus olhos se encontram e seus corações batem mais rápido.
— Eu ia pedir seu número lá no hospital, mas agora acho que já tenho — diz Yan com um olhar tímido e apaixonado, acompanhado de um sorriso suave.
— Por quê? Você ia me chamar para um encontro? — pergunta William, rindo sem jeito.
— Como você adivinhou? Você aceita jantar comigo sábado às 20:00? — pergunta Yan, olhando nos olhos de William com um olhar de esperança.
De uma forma sem graça e tímido, William responde: — Seria um prazer sair com você.
— Então nos vemos sábado — dizem os dois ao mesmo tempo, seguidos de risadas sem jeito.