Renier usou suas garras para arremessar Rodan contra um enorme prédio, que rapidamente desabou, enterrando o Titan sob os escombros.
Ao ver que qualquer vontade de desafiar havia desaparecido de Rodan, Renier relaxou, sabendo que a batalha estava vencida. No entanto, ele percebeu a aproximação de caças do exército, que dispararam mísseis contra sua forma de Dragão. A futilidade dos ataques fez Renier lançar um leve sorriso convencido, quando os mísseis explodiram nele sem causar danos às suas escamas.
Com um poderoso bater de asas, Renier levantou voo, criando um vento forte que cobriu o local com poeira, impossibilitando a visibilidade das aeronaves.
Quando a poeira abaixou, os pilotos informaram à base da Monarch que o Titan havia desaparecido. O Dr. Ilene acabou deixando escapar um suspiro de frustração, enquanto olhava pelas telas de monitoramento.
— Ele é diferente de qualquer outro Titan, — afirmou Ilene. — Estamos lidando com algo que vai além do nosso conhecimento. Não sabemos quando ou onde ele irá surgir novamente.
O Dragão Negro, assim como Godzilla, se tornou uma grande incógnita para os seres humanos, Dr. Ilene olhava para o comportamento gravado do Titan, que tinham até então apenas registros desde os ataques dele contra o Godzilla, e o Skullcrawler.
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Jio logo se encontrou com sua mãe adotiva, onde ela explicou o que havia acontecido, Reina havia sido enviada para sua família após tudo se acalmar, embora Dr. Ilene, tenha dado um grande sermão em ambas, por não terem obedecido o alerta de titan e ido procurar abrigo como deveriam.
— Como é? — incrédula Ilene, com sobre o acontecido de Jio sobre o incidente. Esse Renier, estava falando com um Titan? — indagou usando a linguagem de sinais.
Jio preocupada com a segurança de Renier, respondeu. — Estou com medo que tenha acontecido algo de ruim com ele… — disse ela, com um olhar caído.
Porém, mesmo antes de Ilene dar uma um amparo sobre as buscas por sobreviventes, Renier já havia chegado dando um sorriso, após os guardas da Monarch terem o liberado.
Ilene, visivelmente surpresa e intrigada, olhou para Renier com uma expressão séria.
— Você consegue falar com os Titans? — perguntou ela, agora mais cautelosa, tentando processar as implicações dessa revelação.
Renier, com um sorriso tranquilo, assentiu. — Sim, consigo entender e me comunicar com eles. Não é algo que eu esperava compartilhar, mas acho que as circunstâncias exigem isso.
Ilene cruzou os braços, ponderando. — Isso é uma descoberta incrível. A comunicação com os Titans poderia nos fornecer uma compreensão muito mais profunda sobre suas intenções e comportamentos. Poderia ser revolucionário para a Monarch... mas também coloca você em uma posição perigosa, Renier. Nem todos os Titans são tão... razoáveis quanto Rodan parece ter sido.
Jio, ainda preocupada, interrompeu. — Renier, você estava sozinho contra Rodan. Como conseguiu despistá-lo sem se ferir?
Renier deu de ombros. — Usei um pouco de sorte e minha capacidade de falar com ele. Consegui convencê-lo de que não valia a pena continuar a luta. Foi arriscado, mas funcionou... desta vez.
Ilene exalou lentamente, tentando manter a calma diante da situação. — Renier, você compreende o quão perigoso isso é? Se algum dia um Titan decidir não ouvir você ou até mesmo algum governado tentar usar você… — Ela parou, pensando em todas as consequências possíveis.
— Eu sei, doutora, — respondeu Renier, seu tom mais sério agora. — Mas é por isso que existe a Monarch certo? — afirmou Renier dando um sorriso de canto.
Ilene soltou um suspiro involuntário, com a fala dele. — Espertinho, você vai ficar sob minha supervisão, entendeu? Não vou deixar um garoto que fala com Titans simplesmente solto por aí, — disse ela cruzando os braços.
Ilene observou Renier com uma expressão preocupada. — Renier, você tem alguém com quem ficar? Não pode ficar sozinho após o que aconteceu.
Renier, com uma expressão neutra, respondeu calmamente.
— Na verdade, eu sou um estudante com autorização da Monarch para frequentar uma escola. No entanto, não tenho uma família para ir. Ela foi vítima do ataque em São Francisco alguns anos atrás.
Jio, que estava ao lado, sentiu um aperto no coração ao ouvir a história de Renier. A preocupação em seus olhos era evidente. — Você não pode ficar sozinho. É perigoso, especialmente com o que você acabou de passar — disse ela com usando linguagem sinais.
Ilene suspirou, decidindo rapidamente. — Tudo bem, vou cuidar dele até encontrarmos uma solução melhor. Venham comigo.
Jio e Renier seguiram Ilene até a base de monitoramento da Monarch, chamada Barbatos. A base era uma impressionante estrutura, equipada com uma tecnologia avançada e uma rede de segurança robusta. O espaço era amplo, com paredes revestidas de metal reforçado e iluminação fria que conferia um tom clínico ao ambiente.
Quando entraram, Renier ficou imediatamente impressionado com a vista. Diversos paineis de controle cobriam as paredes, exibindo uma infinidade de dados em tempo real sobre os Titans ao redor do mundo.
Telas de monitoramento exibiam imagens capturadas por satélites e drones, oferecendo uma visão detalhada dos movimentos e comportamentos dos Titans. O sistema de rastreamento parecia ser um complexo quebra-cabeça de informações interconectadas, mostrando a presença de várias criaturas ao redor do globo.
Soldados da Monarch, uniformizados com equipamentos táticos de alta tecnologia, circulavam pela base, realizando suas tarefas com eficiência. Alguns estavam em frente a consoles, analisando dados e discutindo estratégias, enquanto outros se preparavam para missões ou realizavam verificações de rotina.
Naves de transporte e de combate estavam estacionadas em hangares adjacentes, prontas para serem lançadas a qualquer momento. Essas naves eram de um design futurista, com superfícies aerodinâmicas e uma tecnologia que parecia estar à frente do tempo. Renier observou uma grande nave, aparentemente destinada a operações na Terra Oca, com uma estrutura robusta e sistemas de propulsão avançados.
Ilene mostrou a Renier as principais áreas de operação da base. — Aqui na Barbatos, monitoramos e analisamos todas as atividades dos Titans. Temos satélites em órbita, drones no ar e sensores ao redor do planeta para garantir que nada passe despercebido. Nosso objetivo é prever e mitigar qualquer ameaça antes que ela se torne um problema.
Renier olhou ao redor, absorvendo a magnitude da operação.
— Isso é impressionante. Nunca imaginei que uma organização tivesse tantos recursos dedicados ao monitoramento dos Titans — afirmou ele admirando tudo.
Ilene sorriu levemente. — A Monarch não pode se dar ao luxo de subestimar qualquer ameaça. Cada Titan é uma peça fundamental em um grande jogo, e precisamos estar sempre um passo à frente.
Jio, ao lado de Renier, observava com um misto de alívio e curiosidade. — Então, Renier, você vê algo que pode te ajudar a entender melhor o que está acontecendo? — indagou ela.
Renier, ainda impressionado, balançou a cabeça. — Ainda estou processando tudo isso. É fascinante, mas também um pouco intimidante. A capacidade de monitorar e responder a esses eventos é admirável. — respondeu ela, interagindo para com sinais para ela não perder os detalhes de suas palavras.
Ilene conduziu-os para uma sala de descanso, onde Renier poderia se acomodar temporariamente. — Fique à vontade aqui. Jio, você pode se juntar a nós também. Vamos discutir nossos próximos passos e garantir que você esteja seguro.
Enquanto Renier se instalava, ele sabia que estava prestes a mergulhar mais fundo no complexo mundo da Monarch, onde cada descoberta poderia mudar a forma como ele via os Titans e sua própria missão.
Continua…