Chereads / Acordei Como Meu Protagonista no Universo de Runeterra!? / Chapter 30 - Capítulo 30: Três Desafios.

Chapter 30 - Capítulo 30: Três Desafios.

Amante? Ela quer me ter como sua propriedade... Bem, considerando que estamos falando de Qiyana, isso não é exatamente uma surpresa. Para ela, tudo gira em torno de poder, status. Eu seria apenas mais um troféu.

Seus olhos ainda estavam fixos em mim, expectantes. O que ela queria realmente? Eu, como algo de valor, uma peça para seus jogos?

Mantendo-me indiferente, arqueei uma sobrancelha e perguntei:

- E o que eu ganho com essa... parceria?

Seu sorriso esbelto, porém carregado de ego, surgiu em resposta, e a convicção em sua voz era quase palpável.

- Você terá a mim. Não é o suficiente? - sua expressão se fechou, revelando uma carranca impaciente. - Sou uma mulher pela qual qualquer homem se ajoelharia, lamberia o chão por onde passo. - Ela deu um passo à frente, sua presença quase sufocante. - Não sou o suficiente para você?

Claro... arrogante, exatamente como eu imaginava. O olhar dela queimava com a expectativa de submissão, mas a verdade é que... já tinha mais do que o suficiente. Ahri, Jinx... Elas eram tudo o que eu precisava. Com Qiyana, eu não veria nada além de jogos de poder e ambição, e esse não era o meu caminho.

Cruzei os braços, mantendo meu tom firme, mas com uma pitada de sarcasmo.

- Tenho meus próprios objetivos. - meus olhos cravaram-se nos dela, imperturbáveis. - E eles não estão aqui, em Ixtal.

Qiyana ficou visivelmente ofendida, sua postura rígida denunciando o descontentamento. Ela avançou um passo, seu tom carregado de autoridade enquanto cruzava os braços.

- Isso não é uma escolha, Renier. - sua voz tinha uma ameaça velada. - Ou você aceita, ou não sai desta sala sem dar sua resposta.

Eu já esperava por isso. Recusar Qiyana, a futura Imperatriz, seria um ato considerado ousado, até mesmo perigoso. Sair desse quarto sem aceitar? Uma ideia absurda. Claro, eu poderia derrotá-la facilmente, mas ferir uma candidata ao trono de Ixtal me tornaria um inimigo do território. Um risco que não valia a pena correr.

Qiyana quer poder... Ela anseia pelo trono de Ixtal, e isso era algo que eu podia usar ao meu favor.

Com um sorriso sutil, dei um passo adiante, minha voz calma e resoluta:

- Aceito. - A simplicidade da resposta a pegou de surpresa por um breve momento, antes que ela voltasse à sua postura arrogante.

- Sábia escolha, garoto. - disse Qiyana, o brilho da vitória em seus olhos.

Eu continuei a caminhar lentamente pela sala, meus passos ecoando no chão de mármore, minha presença preenchendo o ambiente ao redor dela.

- No entanto, ter-me como seu amante não a fará superior por si só. - minha voz carregava uma confiança fria. - Nossas ações serão julgadas juntas.

Ela franziu as sobrancelhas, pensativa, sua irritação agora trocada por curiosidade.

- O que exatamente está tentando dizer? - perguntou Qiyana, seu tom mais controlado, mas seus olhos ainda analisavam cada palavra.

Parei ao seu lado, inclinei um pouco a cabeça, deixando que a sombra da minha presença a envolvesse.

- Tenho poder, Qiyana. - minhas palavras eram diretas, mas envoltas na promessa de algo maior. - Posso fazer o que for preciso para colocá-la no topo de Ixtal.

As palavras pareciam ressoar em sua mente, como eu desejava. Ela estava pensando, calculando, exatamente como eu esperava que fizesse.

Aproveitei a hesitação dela e continuei.

- Meu objetivo é Águas de Sentina. Se a Imperatriz de Ixtal estiver ao meu lado nessa jornada, seu povo a verá como uma líder visionária, alguém que busca o conhecimento e poder além das fronteiras. - Fiz uma breve pausa, observando o efeito das minhas palavras nela. - Suas irmãs, presas às regras de Ixtal, jamais terão essa visão. Mas ao meu lado, você pode ter tudo.

As palavras atingiram Qiyana com força. Eu podia ver o desejo de poder reluzir em seus olhos, misturado à ambição crua. Ela estava exatamente onde eu queria.

Qiyana pareceu intrigada pelo que ouviu, seus olhos brilhando com um interesse renovado. No entanto, algo parece incomodá-la. Ela cruzou os braços e olhou para mim, sua voz carregada de exigência:

- Preciso de algo mais... algo que prove sua lealdade a mim.

Eu sorri, descontraído, com um tom levemente brincalhão.

- Duas garotas como namoradas não contam como prova de lealdade? - Me referi a Jinx e Ahri, sabendo que isso a provocaria.

Qiyana mostrou um leve aborrecimento, franzindo o cenho.

- Eu já soube desses seus envolvimentos. - Ela respondeu com um certo desdém. - Não me importo com suas diversões. Não é isso que estou pedindo como prova.

Ela deu um passo à frente, sua presença imponente.

- Existem três criaturas em Ixtal que quero que você elimine. Se fizer isso, eu irei com você para onde quiser. - Sua voz estava cheia de certeza, como se esse fosse o único caminho.

Pensei por um momento, me perguntando o que ela tinha em mente. Três criaturas? Antes que eu pudesse perguntar, ela continuou:

- A primeira... - ela sorriu com malícia. - O Demônio da Agonia, Evelynn, tem caçado nas redondezas de Ixtal. Ela mata homens e mulheres de forma sádica e cruel. Quero ver se seu poder é realmente o que você diz. Derrote-a, e isso será um bom começo.

- E as outras duas? - perguntei, já imaginando que ela não pararia por aí.

O sorriso de Qiyana cresceu, satisfeito.

- A segunda é Zyra, aquela selvagem erva daninha que espreita por Ixtal. Ela é uma ameaça constante, e não pode ser ignorada.

Eu senti a gravidade do que ela estava pedindo, mas o golpe final ainda estava por vir.

- E o último... - ela continuou, sua voz fria como gelo. - Malphite, o gigante de pedra. Ele é uma pedra no caminho da minha supremacia em Ixtal. Derrube-o, e terá minha lealdade.

Fiquei surpreso com a lista. Evelynn, Zyra e Malphite? Não eram qualquer um. Eram forças da natureza, literalmente, cada um com um poder vasto e único.

Zyra, nascida de uma antiga catástrofe mágica, Zyra é a própria fúria da natureza em forma física. Ela é uma criatura híbrida, uma sedutora combinação de planta e humana, que faz a vida brotar com cada passo que dá. Para ela, os mortais de Valoran não passam de presas para suas crias semeadas, e ela os destroça sem piedade em turbilhões de farpas e espinhos mortais.

Malphite, Uma imensa criatura de pedra viva, nascida do coração do Monolito, uma antiga construção ixtalense. Ele passou séculos estudando o equilíbrio elemental de Runeterra, usando sua tremenda força para manter a ordem. Mas com o passar do tempo, ele se viu cada vez mais desgastado pelo temperamento volátil dos mortais. Agora, Malphite busca a única causa que ele considera digna de seu poder.

Evelynn, A demoníaca Evelynn é uma caçadora cruel, sempre à procura de sua próxima vítima. Ela se aproxima disfarçada na forma de uma voluptuosa fêmea humana, atraindo suas presas com um charme irresistível. Mas assim que a vítima sucumbe à tentação, Evelynn revela sua verdadeira forma, um pesadelo sádico que se alimenta da dor e sofrimento de suas vítimas. Para ela, são apenas brincadeiras passageiras, mas para o resto de Runeterra, suas ações são contos horríveis de terror e desejo corrompido.

Internamente, eu estava animado. Encontrar essas figuras imponentes de Runeterra seria, no mínimo, um desafio interessante.

Um sorriso leve se formou em meu rosto. "Isso será divertido".

Continua...