O tilintar das espadas se chocando e o rugido ensurdecedor da criatura à sua frente marcavam o clímax da batalha. Lucas, Matheus, Alexandre e Beatriz estavam concentrados, seus olhos fixos na tela do computador enquanto seus personagens davam o golpe final no último chefe de Infinity World, o lendário Dragão do Caos.
— Conseguimos! — gritou Lucas, socando o ar em comemoração.
— Finalmente zeramos esse jogo! — disse Beatriz, levantando as mãos.
— Isso foi insano! Eu já tava quase sem mana! — Matheus riu, ajustando os óculos.
— Bom, se for seguir a lógica do jogo, agora vem a recompensa lendária, certo? — Alexandre cruzou os braços, observando a tela.
O brilho dourado da tela iluminou seus rostos. Uma mensagem apareceu no jogo:
> "Parabéns, jogadores! Vocês completaram Infinity World e provaram serem dignos do verdadeiro desafio. Como recompensa... vocês entrarão no mundo real deste jogo."
O brilho aumentou. Os quatro não tiveram tempo de reagir antes que seus corpos fossem envolvidos por uma luz intensa. Tudo girou, suas consciências foram sugadas para um vazio profundo.
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Lucas sentiu o vento gelado contra sua pele antes mesmo de abrir os olhos. O cheiro de terra úmida invadiu suas narinas. Ele se levantou devagar, sentindo o chão de grama sob suas mãos.
— Ugh... onde diabos estamos? — murmurou ele, esfregando os olhos.
Matheus, ao seu lado, já estava em pé e olhando ao redor, sua expressão séria.
— Parece que... estamos dentro de Infinity World.
Beatriz arregalou os olhos.
— Isso é uma piada, né? Como assim estamos no jogo?
Alexandre sorriu de canto, olhando para o céu azul.
— Faz sentido. O jogo nos transportou pra cá como recompensa por zerarmos. Se pensarmos na lógica do RPG... então temos um sistema de status agora.
Lucas abriu a palma da mão, e um painel translúcido apareceu à sua frente com informações sobre ele.
— Caramba! É como nos menus do jogo!
Matheus abriu o dele também e começou a analisar.
— Então estamos mesmo dentro de Infinity World. Isso significa que esse mundo tem tudo o que estudamos no jogo.
Ele se virou para os outros e começou a explicar:
— Primeiro, esse mundo funciona baseado em um sistema de classes. Podemos escolher uma, e cada uma tem suas vantagens.
Ele apontou para Lucas.
— Você se encaixaria bem como Comandante. Consegue dar buffs pro time e tem ataques de médio alcance.
Lucas deu um sorriso confiante.
— Óbvio! Um líder tem que ser um Comandante!
Matheus continuou:
— A Beatriz poderia ser uma Arqueira. Ela sempre foi boa com ataques de longa distância no jogo. Além disso, um Arqueiro pode atirar qualquer coisa e fazer virar uma flecha.
Beatriz assentiu, já se acostumando com a ideia.
— Gosto disso. Parece divertido.
— Eu provavelmente serei um Mago. Como sempre, magia é a melhor estratégia, e eu sou o cérebro do grupo.
Lucas revirou os olhos.
— Pfff, claro, o nerd vai de Mago. Que surpresa.
— E o Alexandre? — perguntou Beatriz.
Alexandre coçou o queixo, pensativo.
— Eu? Acho que vou testar a classe de Assassino. A habilidade de furtividade pode ser útil.
Matheus assentiu.
— Ótima escolha. Agora, além das classes, temos as magias que vão de G até EX. Como estamos começando, nossas magias devem estar no nível G ou F.
Lucas franziu a testa.
— Então ainda somos fracos?
— Exato. Sem contar que existem guildas neste mundo. Elas vão de Bronze até Superior. Se quisermos sobreviver aqui, entrar em uma guilda forte pode ser essencial.
Beatriz cruzou os braços.
— E os monstros?
Matheus suspirou.
— Temos de tudo aqui. Dragões, demônios, fadas, lobos das sombras e muito mais. E o pior... eles têm um ranking de ameaça. Se encontrarmos um de nível 'Humanidade em Extinção', estamos basicamente mortos.
Lucas riu nervoso.
— Bom, isso é animador.
Alexandre deu um passo à frente.
— Ok, então estamos aqui dentro do jogo. A questão é... o que fazemos agora?
Os quatro se entreolharam, e Lucas deu um sorriso confiante.
— Simples. Se este é o nosso novo mundo... vamos dominá-lo!
E assim começava a jornada dos quatro amigos dentro de Infinity World.