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Chapter 3 - Capítulo 3 - Passando com Louvor!

O vento cortava entre as árvores enquanto o grupo adentrava a Floresta Sombria. A atmosfera era densa, úmida, e cada farfalhar das folhas parecia esconder algo na escuridão.

— Ok, fiquem atentos. Os goblins costumam se esconder e atacar em bando.— Matheus sussurrou, ajustando os óculos.

Lucas segurava sua espada com firmeza, os olhos brilhando com empolgação.

— **Se eles aparecerem, nós detonamos!**

E então, como se suas palavras fossem um chamado, o primeiro goblin surgiu. Pequeno, verde e com olhos brilhantes e malignos, ele rosnou antes de chamar seus companheiros. De repente, mais de dez goblins emergiram das sombras.

— Hora do show!— Lucas avançou, sua lâmina brilhando à luz do sol filtrado pela floresta.

Ele desferiu um corte poderoso, abrindo o peito do primeiro goblin. Beatriz, posicionada na retaguarda, disparava flechas rapidamente, acertando alvos certeiros nas pernas e braços dos goblins para diminuir sua mobilidade.

Alexandre se movia como um vulto, surgindo de repente atrás de um goblin e o derrubando com um golpe limpo no pescoço. Matheus, ainda aprendendo a usar magia, conjurava pequenas explosões para afastar os inimigos.

— Oito já foram! — gritou Beatriz, recarregando o arco.

Lucas desviou de um golpe de clava e cravou sua espada no peito de outro goblin.

— Nove!

Matheus conjurou uma rajada de vento, arremessando dois goblins contra as árvores.

— Onze!

Alexandre correu pela lateral e terminou o trabalho com cortes precisos.

— Treze!

Beatriz disparou duas flechas em sequência, finalizando os últimos dois.

— Quinze! Acabamos!

Lucas se encostou em uma árvore, respirando fundo.

— Isso foi mais fácil do que eu pensava.

— Não comemorem ainda. Precisamos pegar as ervas. — Matheus lembrou.

O grupo se reorganizou e começou a procurar as ervas medicinais. O silêncio da floresta voltava a reinar, trazendo uma sensação estranha de tranquilidade. Mas então, o grito.

Um som agudo e desesperado ecoou pela floresta.

Beatriz parou de colher ervas e olhou para os outros.

— Vocês ouviram isso?

Lucas sentiu um arrepio na espinha.

— Com certeza.

Outro grito.

Alexandre cerrou os punhos.

— Tem gente precisando de ajuda.

— Não é nossa missão.— Matheus hesitou, mas seu olhar mostrava preocupação.

Lucas não pensou duas vezes.

— Dane-se a missão. Vamos!

O grupo correu pela floresta, os sons de batalha ficando mais altos. Ao atravessarem um conjunto de árvores, avistaram uma pequena vila no meio da mata. Casas de madeira estavam parcialmente destruídas, e aldeões fugiam enquanto uma criatura imensa se erguia no meio da praça.

Um orc.

Ele era mais alto que qualquer humano que já tinham visto, sua pele verde-escura coberta de cicatrizes. Em sua mão, um machado de guerra com o fio manchado de sangue. Seus olhos selvagens brilhavam de fúria.

Lucas engoliu seco.

— Isso não estava nos planos.

O orc rugiu, avançando contra um aldeão caído.

— Não!— Beatriz disparou uma flecha, acertando o braço da criatura.

O orc parou, virou-se para o grupo e sorriu.

— Ele está vindo!— Matheus avisou.

Lucas puxou sua espada e correu na linha de frente.

— Se quer lutar, então vem!

Ele tentou acertar um golpe no peito do orc, mas a criatura bloqueou facilmente com o cabo do machado e o empurrou para trás com um golpe brutal. Lucas foi arremessado no chão.

— Agh!

Beatriz continuava disparando flechas, mas o orc usava seu machado como escudo.

Alexandre se escondeu na lateral, esperando o momento certo para atacar furtivamente. Quando finalmente viu uma abertura, avançou com sua adaga mirando as costas do orc.

Mas a criatura era mais inteligente do que parecia.

Com um movimento inesperado, girou o machado e acertou Alexandre no peito. Ele caiu no chão, tossindo.

— Droga… ele me viu!

Matheus tentou conjurar uma bola de fogo, mas quando o ataque acertou o orc, mal deixou um arranhão.

— Isso não é nada bom...

Lucas se levantou, limpando o sangue no canto da boca. Ele olhou para os outros e gritou:

— Não podemos vencer desse jeito! Precisamos de uma estratégia!

Matheus, respirando pesado, analisou os movimentos do orc.

— Eu percebi algo… Toda vez que atacamos, ele protege o peito. Seu ponto fraco é o coração!

Lucas assentiu.

— Então vamos focar nisso! Precisamos de um ataque coordenado!

Eles se posicionaram.

Lucas ficou na linha de frente, distraindo o orc e atacando apenas o suficiente para evitar ser derrubado novamente. Matheus conjurou feitiços de enfraquecimento, reduzindo a velocidade do monstro.

Beatriz, com seu arco pronto, mirou no peito do orc.

Alexandre se escondeu novamente, esperando a chance perfeita.

Lucas segurou o machado do orc com sua lâmina e gritou:

— AGORA!

Beatriz disparou uma flecha direto no peito da criatura. O orc rugiu, cambaleando para trás.

Matheus lançou uma rajada de vento para desequilibrá-lo ainda mais.

E então, Alexandre surgiu das sombras e cravou sua adaga diretamente no coração do monstro.

O orc arfou, seus olhos ficando sem brilho. Ele tentou balbuciar algo, mas caiu de joelhos antes de tombar no chão, imóvel.

O silêncio preencheu o ar.

— Nós… vencemos? — Beatriz perguntou, ofegante.

Lucas sorriu.

— Passamos com louvor!

O grupo pegou as ervas restantes e, exaustos, retornaram para a guilda. Eles não sabiam o que o futuro reservava, mas uma coisa era certa: estavam prontos para qualquer desafio.