Download Chereads APP
Chereads App StoreGoogle Play
Chereads

We Were Teleported to Another World

🇧🇷Birtolomeu
7
chs / week
The average realized release rate over the past 30 days is 7 chs / week.
--
NOT RATINGS
304
Views
Synopsis
Quatro amigos viviam a vida normalmente, aproveitando a vida de estudante sem muitas dificuldades, mas de repente tudo o que conheciam como sendo real e normal foi virado do avesso. Levados a força para um novo e desconhecido mundo, sem explicação e sem saber se voltarão pra casa, eles agora tem que sobreviver em meio aos desafios que existem nesse mundo fantástico.

Table of contents

VIEW MORE

Chapter 1 - Um Outro Mundo

PONTO DE VISTA DE LUCAS PONTES 

"...Além de serem métodos contraceptivos, eles também evitam a transmissão de DSTs e ISTs", a mulher idosa, sua voz rouca por causa dos inúmeros cigarros que ela fuma durante os intervalos apenas me dava mais sono ainda. 

 

O tempo parecia correr em câmera lenta enquanto ouvia a senhora Eliza palestrar sobre a importância dos contraceptivos. Já estava me cansando de ouvir sobre camisinha aquilo, DIU aquilo. 

 

Cubro minha boca com a mão, evitando que o bocejo seja escutado. Eu deito minha cabeça na mesa e fecho meus olhos, a voz da professora ficando mais baixa à medida que o sono e cansaço começam a me dominar. 

 

O sono começa a vencer, até que alguém estraga totalmente o meu precioso momento, "Por acaso não andou dormindo bem durante a noite, senhor Lucas?" Uma voz rouca e insuportável me tira do meu momento relaxante. Olho para ela de canto, sem tirar a cabeça da mesa para ver a palestrante ao meu lado com cara de deboche. 

 

"Perdoe-me senhorita Eliza, não tenho dormido muito bem esses dias", ergo minha cabeça para olhá-la nos olhos com uma cara de indiferença. "As coisas tem andado meio complicadas ultimamente, espero que entenda." 

 

Ela se virou de costas e falou: "Espero que isso não se repita novamente durante minhas aulas. Sinta-se avisado." 

 

Sem nem me dar ao luxo de responder a velha, me ponderei na cadeira, me balançando para trás e para frente enquanto a olhava voltar para a frente da sala. Olho o relógio acima do quadro negro com diversas anotações, eram 11:40, mais vinte minutos de espera e a aula teria terminado. E assim eu fiz, eu esperei. 

 

Enquanto me perdia em meus pensamentos, o tempo foi passando, felizmente não fui o único a receber um dos famosos "Avisos" da senhora Eliza. Sentado do meu lado direito estava João, enquanto argumentava com a senhora Chaminé que segurava seu celular em suas mãos o olhando com uma expressão severa. Segurando o riso pelo meu amigo por ter o celular confiscado, eu ficava um pouco sentido, ter o celular confiscado pela Eliza era o mesmo de pedir para te roubarem, a senhora só devolveria com uma assinatura de um responsável, e no caso do João, bem... 

 

"E-eu estava apenas vendo as horas", ele falou em meio a gaguejos enquanto segurava firmemente o celular. Eu me sentia de certa forma mal por ele, não por estar mexendo no celular durante a palestra da carrancuda Eliza, mas pelo fato dele provavelmente nunca mais ver aquele celular. 

"Você poderia muito bem ter olhado para o relógio de parede acima da lousa", tomando o celular da mão dele, ela o coloca em sua pequena bolsa de couro que ela sempre carrega com um símbolo escrito 'L' e 'V' nele sobrepostos. "Ou vai me dizer que os jovens de hoje em dia não sabem olhar as horas em um relógio convencional? Que vergonha..." 

Meu sangue ferve um pouco. É claro que eu sei olhar as horas em um relógio de ponteiro. Eu solto um longo suspiro e me ajeito na cadeira, alguns outros estudantes riem baixo do meu amigo enquanto outros permanecem em silêncio, gravando a cena escondida com seus celulares. Bando de hipócritas falsos, eu cuspo. 

Ignorando a senhora Eliza dando bronca no restante da sala por estarem atrapalhando sua palestra, eu direciono minha atenção a janela ao meu lado, e observo a janela ao lado — e a quadra que há. Eu nunca fui muito fã de biologia, então a palestra da professora fumante era minha última responsabilidade. 

A quadra está cheia, por sorte consigo diferenciar um pontinho preto em meio à multidão de outros pontos vestindo o uniforme branco e azul da escola, Mateus. Olhando a quadra me lembro de uma aposta que fiz com ele antes que o jogo começasse, se o time dele ganhar, eu devo pagar 20 reais para ele, caso contrário ele quem deve me pagar. Espero que ele perca. 

PONTO DE VISTA DE MATEUS RODRIGUES 

Eu pego um impulso correndo na direção da rede e pulo com tudo o que eu tenho. Já no ar eu vejo a bola que foi levantada para mim, o momento, o ângulo, tudo perfeito para esse momento. Como um chicote no ar, um tapa meu eclode na bola de vôlei, o som alto e a velocidade da bola até atingir o canto esquerdo da quadra atrás do libero. Não consegui ver se foi dentro ou fora da quadra. 

Eu caio de pé no chão e me viro para o juiz, a respiração ofegante, o suor escorrendo pelo meu rosto, o set quase empatado, era o ponto decisivo. Com um balançar de mão e um apito, era ponto! "Isso!" Eu grito de empolgação e me viro para o meu time que está em êxtase. 

"Boa Mateus!" Henri se aproxima levantando a mão para um 'high five', que eu genuinamente aceito dando um tapa na mão dele de comemoração. "Se você jogar assim no Campeonato Estadual, tenho certeza que o pódio será nosso", eu dou um sorriso sincero, o Campeonato se aproximava cada vez mais, não acredito que já estamos em outubro, todos estão ansiosos para o dia da competição em dezembro. 

"Com certeza, Brian", alguém fala me dando um 'tapinha' nas minhas costas, apoiando a mão no meu ombro. Olho para o lado para ver Thiago, nosso líbero, seu cabelo castanho cai em seu ombro e seus olhos verdes viajam entre mim e o resto do time. "Sinto que estamos cada vez mais perto do nosso objetivo." 

O time todo se reuniu em volta de mim, cumprimentos e abraços comemorando nossa vitória foram dados, além de, é claro, muita risada. 

"A aula já está acabando", disse o líbero olhando o celular enquanto coloca a mochila nas costas. "Eu vou indo primeiro, vejo vocês amanhã pessoal." 

"Tchau 'Tigas'", me despeço do líbero chamando-o pelo apelido. 

"Até pessoal, eu vou indo também, minha 'mina' está me esperando em casa", Brian também se despedia enquanto ia atrás do seu capacete preto com detalhes em rosa. 

O restante também se despede um do outro e seguem seu caminho, pegando seus pertences deixados ao lado da quadra. Eu vou junto e pego minha mochila e a ponho no ombro, não antes de pegar meu celular e ver uma mensagem do Lucas. 

Desbloqueio o celular e abro a mensagem: "Porque você tinha que ganhar? Por sua causa eu perdi a aposta." e em seguida uma figurinha de uma mão mostrando um dedo em específico. 

Solto uma risada sincera enquanto respondo a mensagem: "Pode me passar o dinheiro logo antes que esqueça." 

Após minha mensagem, pouco tempo depois, uma notificação do meu banco, "Transferência de 20 reais recebida de Lucas Pontes..." dou um sorriso e guardo o celular no bolso, feliz por ter ganhado a aposta. 

Enquanto caminhava para fora da quadra, o alto e barulhento sinal da escola toca, cubro meus ouvidos com minha mão para abafar um pouco o som de alarme tocando incessantemente por alguns minutos. Quando ele finalmente parou, o som de inúmeros passos apressados e conversas que pareciam disputar entre si qual seria mais alta. 

Caminhando um pouco antes da multidão chegar até mim, chego ao portão da escola, e me escoro em uma das paredes do lado de fora da escola. Solto uma risada ao ver o porteiro tendo dificuldade em lidar com esse tanto de alunos apressados e famintos querendo sair daqui. 

Permaneço olhando para a multidão quando a vibração do meu celular chama minha atenção para uma mensagem de um grupo que faço parte juntamente de mais três pessoas, Lucas, João e Mario. 

Mario: "O que vocês acham de a gente ir ao fliperama depois da aula?" 

Lucas: "Eu não vejo problema, vai ser bom para distrair um pouco antes das provas começarem." 

Mario: "Tem razão, e vocês João e Mateus? O que acham?" 

Lucas: "O João está sem celular, a Senhora Maria Fumaça tomou dele. Mas eu posso perguntar para ele." 

Mario: "E você Mateus?" 

Lendo as conversas, meio sem reação, eu penso um pouco. Não deve ter problema em me atrasar um pouco para o almoço, minha mãe deve entender se eu falar para ela que vou passar no fliperama antes. 

Antes de enviar qualquer coisa no grupo, eu mando uma mensagem para minha mãe: "Boa tarde Mãe, hoje eu vou passar no fliperama com meus amigos, pode almoçar sem mim." enviado. 

Poucos minutos depois recebo uma resposta: "Tá bom meu anjo, toma cuidado viu, mamãe te ama muito." Seguida de diversos emojis de coração e beijo. 

Sinto um aconchego no meu coração, dando um sorriso bobo para a tela do meu celular, eu devolvo: "Obrigado mãe, também te amo." 

De volta ao grupo, as mensagens já tinham se acumulado aos montes, dei uma rápida lida por elas para não ficar perdido. Com minha lida rápida, consegui entender que todo mundo já tinha concordado em ir, Lucas tinha perguntado ao João e ele tinha topado, Mario estava tirando sarro do João, apenas faltava minha confirmação. 

De volta ao grupo: "Eu vou!" respondo animado seguido de alguns emojis e figurinhas. Todos se exaltaram sem motivo aparente, me tirando uma risada sincera. Logo após minha mensagem, Mario a responde passando a localização do fliperama e alguns pontos de referência. 

"AHHH!" eu grito assustado, me virando rapidamente para trás para ver uma pessoa de cabelos negros como a noite rindo da minha cara. "Vai ter volta João." 

"Ha ha ha ha", ele permanece rindo da minha cara, me tirando do sério. "Você tinha que ter visto a sua cara, foi hilário! Você gravou Lucas?" 

"Gravei tudo." o loiro segurava seu celular apontando para mim. 

"Pode apagar isso logo", me aproximo dele, ficando cara a cara com ele. 

"Ou...?" ele ri se aproximando mais ainda de mim, seu cabelo loiro caindo sobre seu rosto e seu ombro enquanto ele esboça um sorriso de deboche. "É o que eu mereço por ter perdido a aposta." 

"Seu... desgraçado," eu cuspo tentando pegar meu celular da mão dele, mas ele apenas levanta o braço para cima, uma injustiça ele ter mais de 1,90 e eu apenas 1,72. Eu tento pular para alcançar, mas não adianta, os dois riem da minha tentativa fútil, e eventualmente desisto. "Certo, fica com o vídeo, mas saiba que terá volta." 

"Bem, vamos para o fliperama?" João toma a dianteira caminhando pela calçada rumo ao fliperama, e nós dois começamos a segui-lo. 

"E o Mario?" pergunto, parando meu passo fazendo os dois pararem também, olhando ao redor procuro por ele. "Ele não vem com a gente?" 

Uma pessoa baixinha, morena de cabelo raspado, a única dificuldade seria achar ele em meio à multidão de alunos, mas logo após um tempo eu vejo um projeto de gente se esgueirar em meio aos estudantes. 

"Lá está ele", aponto para alguém se aproximando a distância. 

"Me esperem", o moreno fala apressando o passo na nossa direção. 

Nós esperamos por ele, poucos minutos se passam e logo todos estamos reunidos, Lucas permanece calmo como sempre, Mario ofegava um pouco, sua testa brilhando por causa do suor e João ainda tomava a dianteira na caminhada. Nós o seguindo. 

A conversa fluía naturalmente em nosso grupo, afinal, éramos amigos desde nosso primeiro ano do ensino médio o que tornava as coisas mais fáceis para a gente. 

João na frente puxou um isqueiro e um maço de cigarro do bolso. 

"Alguém aceita?" O cheiro de cigarro vindo na minha direção. 

"Não, eu passo," o moreno levanta a mão em recusa. 

"Eu também não quero," faço o mesmo que Mario, mas com a mão no nariz por causa do cheiro. "Só sopra a fumaça para longe de mim, não quero ficar fedendo a cigarro por sua causa." 

"Tá bem senhor delicadeza," ele brinca, e eu apenas cruzo os braços. 

"Delicadeza não, eu só não gosto do cheiro," retruquei. 

"De-li-ca-de-za, uma princesa delicada," rindo alto enquanto coloca um cigarro na boca, eu apenas dou um suspiro e um pequeno sorriso. 

"Esqueceu de mim João?" Lucas se aproxima dele com os braços cruzados enquanto olha para o maço. 

"Você quer?" Joao estende o maço levantando um cigarro. 

"Não," cortando de forma seca enquanto dá uma risada ele recua um pouco. 

"Então porque perguntou se não iria aceitar?" guardando o maço no bolso junto do isqueiro ele resmunga. 

"Por educação, o que custava você oferecer para mim?" Lucas faz beicinho atrás do João o provocando e eu solto uma risada baixa, Mario olha para mim e também ri um pouco. "Custava?" 

"Que seja," estalando a língua, o fumante acelera o passo. Todos nós acelerando também, não querendo ficar para trás. 

"Você vai ficar igual a senhora Tabaco se continuar assim," provoca Lucas tirando, eu me seguro para conter o riso, mas a risada abafada sai do mesmo jeito se transformando em uma gargalhada. 

"Olha, a gente já está chegando," ignorando completamente a provocação do Lucas e minha risada João aponta para o fliperama, no fim da rua, que Mario havia comentado, 'Salão dos Arcades' era seu nome. "Vamos?" 

"Vamos!" como um coral em uníssono, nós 3 falamos praticamente ao mesmo tempo enquanto caminhávamos rumo ao fliperama. 

João deu uma última tragada em seu cigarro antes de jogar a bituca no chão e pisar em cima. Nós já estávamos frente a porta de vidro do fliperama, havia poucas pessoas dentro, seja por causa do horário ou por ser um lugar não tão conhecido assim. 

Mario toma a dianteira agora, nós todos ao redor dele ansiosos, já imaginava quais jogos jogar lá dentro, talvez um Lutador de Rua 2 ou até mesmo Combate Mortal. Querendo ou não eu era um fã de jogos de luta, independente de qual seja. 

"Mas o que é isso?!" Um grito do João chama nossa atenção para ele. 

Mas ao contrário do grito quase gutural dele, algo além me espanta, no chão abaixo de nós, um círculo se forma, diversos símbolos o adornavam contornando sua forma. E junto dele uma forte luz ameaçava me cegar caso eu não fechasse os olhos, mas ainda permanecia um clarão, mesmo com as pálpebras fechadas. 

"I-isso é uma pegadinha, não é?!" Eu ouço a voz do Mario falhar enquanto ele pergunta, eu realmente espero que seja e não um ataque de seja lá quem. 

"QUE PORRA," um grito gutural do João. "MEU OLHOS!" 

Eu quero ver, mas a luz me impede de abrir meus olhos, tento me forçar, mas apenas uma queimação na minha retina é o suficiente para eu desistir da ideia. Eu tento caminhar para a frente, mas meu corpo cede e eu me ajoelho, era como se eu estivesse tentando levantar um carro submerso em uma piscina de mel — ou qualquer outro liquido semelhante. 

Minha respiração está irregular, sem conseguir enxergar ou sequer me mexer, a ansiedade tomava conta, cada vez mais torcendo para que isso passe. Os outros com certeza estão na mesma situação que eu. 

A forte luz começava a cessar, pouco a pouco dando lugar a um breu total, eu sabia que era apenas meus olhos fechados, ainda tentando se acostumar com o clarão. Pouco a pouco meus olhos se acostumavam e eu me forçava a abri-los, uma queimação irradiante ainda me forçava a mantê-los fechados, lágrimas de dor caiam de meus olhos e respingavam na minha perna, molhando a minha calça 

Meus olhos se acostumaram, e lentamente eu fui abrindo-os. Quanto mais eu ia abrindo, mais boquiaberto eu ficava, isso com certeza tinha que ser uma pegadinha, com toda certeza. 

Eu gaguejava enquanto minha mente tentava processar onde quer que esteja, paredes rústicas pinceladas de mármore branco e liso, diversos pilares também brancos intrincados com detalhes e desenhos dourados em suas bases. A visão de o que se assemelhava ao interior de um palácio ou castelo tirava o ar dos meus pulmões. As diversas janelas que seguiam tanto à minha esquerda como à minha direita davam um tom alaranjado para a sala em que eu estava por causa do sol. 

O teto com diversos lustres que continham pedras azuladas que emanavam luz, davam ao lugar como um todo um ar... aconchegante? Por um momento eu tinha esquecido dos meus amigos, como um reflexo, eu olho para os lados. Eles estavam aqui comigo, suas reações tão exageradas que quem visse de longe poderia imaginar que eram falsas, mas eu sabia que não, afinal, eu também estou assim. 

Abaixo de mim, um grande tapete vermelho se estendia tanto para trás como para minha frente, deixando meus olhos o seguirem adiante, ele subia uma escada que dava para um trono exuberante cor de mogno vivo com várias pessoas de armadura ao lado, juntamente de outras de manto branco que seguravam o que eu diria ser cajados ou varinhas. 

Sentado no trono estava uma mulher, ela aparentava ser um pouco mais velha que eu, cabelos loiros que pareciam cintilar com o tom laranja que irradiava das janelas, seus olhos azuis como um rio cristalino pareciam me chamar. Sua roupa parecia ser da mais alta classe, um vestido azul marinho cobria seu corpo enquanto ela nos encarava de longe. 

E atrás do trono, um vitral, a palavra 'magnífico' parecia pouco para descrever o que eu via, simplesmente não conseguia pensar em nenhuma palavra apta o suficiente para me referir a peça de arte. O que se assemelhava a um homem jovem, com seus cabelos e barba longa castanhos, ele vestia um manto branco que cobria todo seu corpo. Segurando na sua mão um cajado com uma pedra azul na ponta, e na outra extremidade do vitral tinha o que pareciam ser bestas, eu não conseguia distinguir nenhum animal semelhante, a criatura parecia ter dois grandes chifres retorcidos, a feição se assemelhava a um porco com um humano e seu corpo humanoide era peludo com garras nas mãos e pés. Ela estava espantada com o cajado, com o homem. 

Cochichos vindo da direção do trono me tiraram do meu transe, eram baixos demais para eu conseguir discernir qualquer coisa, mas altos o suficiente para não passarem despercebidos. A mulher então ergueu sua mão e tudo ficou silencioso de repente. 

Se levantando do trono, ela seguiu caminhando na nossa direção, cada passo que ela dava era o suficiente para fazer qualquer homem ou mulher perder o fôlego, seu rosto perfeitamente esculpido, seus lábios vermelhos e com um brinco em formato de estrela em ambas as orelhas. 

O barulho de seus passos ecoava agora no silencioso salão até ela parar a alguns metros de distância da gente. Ela se ajoelhou em uma das pernas, ficando cara a cara com a gente, eu podia sentir o coração de todos nós batendo como se fosse rasgar nosso peito, nossa respiração ofegante, mas nenhum conseguia tirar o olhar dela. Ela sorriu. 

"Seja bem-vindo ao nosso mundo herói."