Zarck saiu da Cidadela, sentindo o vento frio envolver seu corpo. Ele caminhava determinado, com a sensação de clareza e propósito ainda vívida em sua mente. No entanto, à medida que se afastava das luzes da Cidadela, a escuridão começava a envolver o caminho à frente, tornando o ambiente cada vez mais opressor e desconhecido.
As sombras ao redor pareciam se mover com vida própria, distorcendo as formas das árvores e rochas ao seu redor. O chão, antes sólido e firme, agora se tornava traiçoeiro, com raízes que pareciam brotar subitamente para tentar agarrá-lo. Zarck manteve o medalhão firme em sua mão, buscando força no objeto que o conectava à sua missão.
De repente, ele ouviu sussurros ao longe, palavras desconexas e vozes que pareciam surgir do nada. Olhando ao redor, ele notou pequenas luzes flutuando entre as árvores, semelhantes àquela que o guiara antes, mas essas eram diferentes, com um brilho mais sombrio e uma aura inquietante. As luzes dançavam ao seu redor, tentando atrair sua atenção para trilhas laterais que desapareciam na escuridão.
Zarck ignorou as luzes e seguiu em frente, mas logo se deparou com uma das criaturas mágicas que habitavam aquele lugar. Uma figura alta e esguia, com olhos brilhantes e um sorriso enigmático, surgiu na estrada. Seu corpo parecia feito de sombra e névoa, oscilando e mudando de forma a cada instante.
"Você está perdido, jovem viajante," disse a criatura com uma voz suave e melodiosa. "Eu posso te guiar por um caminho mais seguro, longe dos perigos que espreitam na escuridão."
Zarck hesitou, mas lembrou-se do conselho da luz mágica na Cidadela: confiar em seu propósito e não se deixar desviar. Ele agradeceu a criatura, mas continuou seu caminho, ignorando os sussurros tentadores que ecoavam ao seu redor.
Conforme avançava, novas criaturas surgiam, cada uma mais estranha e fascinante que a anterior. Havia pequenos seres alados que tentavam enredá-lo em ilusões, mostrando imagens de segurança e descanso. Grandes bestas, com olhos que brilhavam na escuridão, bloqueavam seu caminho, rugindo e tentando intimidá-lo a retornar. Cada desafio testava sua determinação e foco.
Mas Zarck, com o pergaminho em mente e o medalhão firme em sua mão, avançava com passos resolutos. Ele sabia que o caminho não seria fácil e que a escuridão tentaria de todas as formas desviá-lo de sua missão. Ainda assim, sua determinação crescia a cada passo, e a clareza de seu propósito o mantinha firme, mesmo quando a escuridão parecia pronta para consumi-lo por completo.