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Chapter 9 - Capítulo 9: A Ira de Poseidon

Após o despertar dos antigos segredos de Cronos e o entendimento devastador do poder incomensurável de Drogo Kraken, Poseidon se viu em uma encruzilhada. O irmão que havia perdido para a névoa do esquecimento, aquele que era mais uma sombra do que uma presença real em sua vida, agora representava uma ameaça que transcendia todos os limites conhecidos. O deus do mar, até então senhor dos mares e oceanos, sentiu uma ira que não conhecia desde os dias da guerra contra os titãs. No entanto, essa ira não era apenas contra seu irmão, mas contra o próprio destino que o havia colocado diante dessa realidade.

Poseidon sempre fora um deus impulsivo, mas equilibrado, ciente de seu papel dentro da ordem cósmica. Ele governava os mares com um olhar atento e sereno, mais preocupado em manter o equilíbrio da natureza do que em disputar com os outros deuses. Porém, a revelação de que Drogo Kraken era o verdadeiro herdeiro da força primordial, a força que ele, Poseidon, imaginava controlar, quebrou algo dentro dele. Se Drogo fosse realmente o que os textos antigos descreviam, então ele não seria apenas uma ameaça física, mas uma força que poderia reescrever os próprios mares — uma ameaça direta ao domínio que Poseidon considerava seu e seu por direito.

A ira de Poseidon não se manifestava apenas como raiva física, mas como uma fúria interna, algo que ameaçava corroer sua própria essência. Como o deus do mar, ele compreendia a magnitude das águas, sabia que eram as correntes e marés que controlavam o equilíbrio entre o céu e a terra, entre os vivos e os mortos. No entanto, uma força como a de Drogo não poderia ser contida por qualquer deus. Drogo, com seus poderes desconhecidos, possuía uma conexão primordial com os elementos mais profundos da existência, algo que transcendia até os próprios limites do oceano.

Em um dos momentos mais angustiantes de sua jornada, Poseidon se deparou com uma verdade imutável: ele não podia mais controlar as águas do mundo, nem mesmo as águas de seu próprio ser. O oceano, até então seu reino absoluto, começava a se rebelar sob seu comando. As ondas tornaram-se mais agressivas, as marés mais imprevisíveis, e os ventos do mar pareciam sussurrar o nome de Drogo Kraken. Poseidon já não era o senhor do oceano. Ele estava sendo testado por uma força que não poderia compreender completamente, e isso alimentava sua fúria ainda mais.

A cada passo que dava em sua busca para confrontar seu irmão, Poseidon sentia a proximidade de uma batalha inevitável. Uma batalha onde não seria apenas a força física que o derrotaria, mas onde os próprios conceitos do que significava ser deus seriam desafiados. Ele se perguntava se, na verdade, Drogo não era um reflexo daquilo que ele temia se tornar — uma força sem limites, não mais ligado ao reino dos deuses, mas ao caos que preexiste ao próprio cosmos.

Poseidon sabia que, ao enfrentar Drogo, ele não estava apenas enfrentando um irmão perdido, mas o próprio abismo do desconhecido, o vazio primordial que corria ao longo de todas as coisas. O mar, que sempre foi seu aliado, agora era seu maior inimigo. E, em sua fúria, Poseidon tomou a decisão de buscar uma confrontação direta com a essência de Drogo, na tentativa desesperada de manter o controle sobre o que restava de sua existência.