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Chapter 9 - A Misericórdia do Senhor

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A guia designada, Maria, era uma loira alta e elegante com um ar de nobreza que sugeria que ela nunca precisou mover um dedo em toda a sua vida. Não era surpreendente, afinal, a Academia Lunaris atendia aos humanos ricos e elite.

Pessoas como Violeta eram apenas "privilegiadas" por estar aqui — assim ela foi lembrada a cada passo do caminho. Desde o momento em que entrou no campus, a opulência a cercava do lado de fora até o interior do terreno da academia, fazendo com que ela se sentisse deslocada.

No entanto, para alguém de tal origem, a humildade de Maria pegou Violeta de surpresa. Não era bom estereotipar, mas os ricos frequentemente se encaixavam no molde de serem arrogantes, com direito a tudo e desdenhosos. Maria, no entanto, era gentil, com um comportamento calmo e suave que, estranhamente, deixava Violeta tranquila.

Isso dizia muito, dada a desconfiança que Violeta tinha de todos, especialmente nesta escola, onde suas piores suposições já haviam sido confirmadas. Maria foi uma mudança refrescante dos estudantes que Violeta havia encontrado até agora.

"Não sei o que está acontecendo entre você e a Diretora Jameson," Maria começou, seu tom suave mas cauteloso, "mas confie em mim, você não quer fazer uma inimiga dela —"

"Não tenho medo da Diretora Jameson, se é isso que está te preocupando," Violeta interrompeu, seu tom ficando sério. "Confie em mim, eu venho de um distrito onde os jogos que vocês jogam aqui pareceriam brincadeira de criança."

Maria parou de caminhar abruptamente, forçando Violeta a parar também. Violeta viu um sorriso feio torcer o rosto da garota pela primeira vez, uma escuridão piscando em seus olhos.

"Quem disse que eu estava falando sobre a diretora?"

Ela se aproximou, sua alta estatura quase dominando Violeta. Embora Violeta não fosse baixa, Maria tinha quase uma cabeça de vantagem.

"Não é da Jameson que você deve se preocupar. São eles..."

Embora Maria não tenha elaborado quem "eles" referiam, Violeta não precisou dela para isso. Havia claramente uma poderosa clique na academia puxando as cordas nos bastidores. Na antiga escola dela, havia sido Jasmine e sua gangue. Aqui na Lunaris, Violeta já podia dizer que Griffin Hale era um de "eles", se não o líder. Ela não tinha perdido o traço de medo nos olhos da Diretora Jameson com a mera menção do nome dele.

Mas mesmo isso não abalava Violeta. Lá na favela, Jasmine e seus capangas quase não tinham limites, e Violeta lidava com eles muito bem. O que um grupo de moleques mimados e cheios de direitos poderia jogar nela que ela não pudesse aguentar?

Violeta encarou Maria com confiança inabalável. "Eu. Consigo. Lidar. Com. Eles," ela enunciou devagar, garantindo que a mensagem estava clara.

Por um momento, Maria a encarou incrédula antes de soltar uma risada lenta e zombeteira. "Ah, eles vão gostar de quebrar você."

Espera — o quê? Violeta piscou, pega de surpresa. De repente, ela se perguntou se seus instintos sobre confiar em Maria estavam certos.

"Eu vi garotas como você ao longo dos anos," Maria continuou, seu tom quase de pena. "Esse fogo nos seus olhos? Sempre é extinto. Há uma hierarquia aqui, Violeta, e até você aprender o seu lugar, esse fogo vai ser totalmente consumido pela tempestade."

O ar entre elas engrossou com um silêncio tenso, a gravidade das palavras de Maria pairando ominosamente. Qualquer empolgação que Violeta tinha pelo passeio evaporou.

Mas em vez de recuar, Violeta levantou o queixo desafiadoramente. "Talvez eles tenham quebrado outras, mas eles não me encontraram."

Maria balançou a cabeça, "Não diga que eu não avisei."

"Obrigada pelo aviso," Violeta devolveu, revirando os olhos. "Agora, podemos terminar isso logo? Está ficando chato."

Maria deu um olhar incrédulo para Violeta. Apesar de todos os avisos, nada parecia abalá-la. Como guia para os novos estudantes deste semestre, Maria viu a maioria deles baixar a cabeça assim que souberam sobre a hierarquia da escola, ansiosos para ficar fora de vista e evitar problemas.

Mas Violeta? Ela não era como os outros. Não havia hesitação, nenhum medo em seus olhos. Maria já podia dizer que ela ia dar problema. De novo, os alfas provavelmente lidariam com ela em breve.

"Tudo bem!" Ela resmungou, momentaneamente abalada pela confiança inabalável de Violeta.

À medida que saíam do andar administrativo e entravam no corredor agitado, ficou claro que as aulas haviam acabado por aquele dia. Estudantes saíam das salas de aula, e a atmosfera zumbia com a pressa do final do dia.

Violeta podia sentir o peso dos olhares deles, agudos e perturbadores. Não era o olhar curioso reservado para uma garota nova, algo novo e intrigante para olhar. Não, esses olhares eram diferentes, famintos, avaliadores. Eles a observavam como predadores analisando a presa, escrutinando cada centímetro como se tentassem determinar se ela perturbaria a ordem à qual estavam tão acostumados.

Mas Violeta não se rebaixou sob o olhar deles. Em vez disso, ela encarou de volta com a mesma intensidade feroz, sua desobediência encontrando o escrutínio deles frente a frente. Um por um, seus olhares caíram, tendo recebido a mensagem.

"Aqui," Maria disse, pressionando uma bolsa pesada nos braços de Violeta. Violeta a pegou instintivamente, sua curiosidade aguçada. Ela havia notado Maria sair do escritório de Jameson com a bolsa, mas não tinha perguntado sobre isso até agora.

"Essa é sua bolsa de boas-vindas. Vá em frente, abra," Maria incentivou quando captou o olhar questionador de Violeta.

Violeta abriu o zíper da bolsa e viu uma pilha de livros didáticos, mas algo mais chamou sua atenção. Havia um pacote selado dentro. Quando Violeta o puxou para fora e viu o logotipo da marca, seus olhos se arregalaram em descrença.

"Não acredito..." ela sussurrou, segurando a caixa do telefone selada e olhando para Maria com descrença e antecipação.

Maria sorriu, sabendo do segredo. "Nós entendemos que alguns de nossos estudantes bolsistas vêm de... distritos menos privilegiados," ela disse, escolhendo suas palavras com cuidado. "Então, nós fornecemos dispositivos gratuitos para ajudar os estudantes a aprender aqui na Academia Lunaris."

Tudo o que Maria disse depois disso soou distante enquanto Violeta abria ansiosamente a caixa do telefone. No momento em que descobriu o dispositivo elegante e touchscreen por dentro, ela prendeu a respiração.

Violeta ficou paralisada no corredor, o novo telefone repousando na palma da mão. Seus instintos gritavam para ela gritar ou pular de alegria, mas a elegância da academia a lembrava que seria uma péssima ideia. Ela poderia ser a garota nova, mas não precisava que todos soubessem que ela era novata.

Em vez disso, ela sorriu silenciosamente, seu sorriso se alargando enquanto ela o admirava. Nunca em seus sonhos mais selvagens ela pensou que seguraria algo assim. Sem mencionar, Nancy iria enlouquecer por um touchscreen.

O pensamento de Nancy fez a culpa se infiltrar. Depois de toda a resistência que ela teve para entrar na Academia Lunaris, aqui estava ela, mal um dia, e já desfrutando das vantagens.

"Vem com acessórios, fones de ouvido, carregador, manual do usuário, caso você não saiba como—"

"Eu sei como usar um telefone," Violeta a interrompeu abruptamente, sentindo-se um pouco insultada. O fato de nunca ter possuído um não significava que ela era ignorante.

"Sem ofensas," Maria disse, levantando as mãos em rendição teatral. "Eu só estava tentando ajudar."

Violeta ignorou, ligando o telefone. O nome da marca, AVAX, apareceu com um floreio dramático na tela, seguido por "Bem-vinda, Violeta" piscando no visor. Ela franziu a testa com isso.

Maria explicou, orgulho evidente em sua voz. "Cada telefone é personalizado para os estudantes. Eu te disse, a Academia Lunaris não perde um único detalhe."

Violeta teve que admitir, por mais que não quisesse, que a atenção aos detalhes era impressionante. Se as crianças de sua casa soubessem o nível de luxo que esta escola oferecia, eles fariam qualquer coisa para estar no lugar dela.

Maria continuou, "Seu telefone tem tudo, mapas do campus, sua programação, correspondências da escola, o programa e, é claro, sua classificação para o período."

Violeta franziu a testa, tentando navegar no telefone para encontrar todas as coisas que Maria estava falando.

"Aqui, deixe-me mostrar," Maria disse, arrancando o telefone das mãos de Violeta.

Antes que Violeta pudesse protestar, Maria tirou uma foto dela sem aviso, o flash pegando-a desprevenida e fazendo-a piscar.

Momentos depois, Maria estava digitando, configurando coisas. Violeta a deixou ser. Pela primeira vez, ela admitiu para si mesma que não sabia de tudo.

Violeta sabia que era teimosa ao extremo, mas não se podia culpá-la. Ela havia sido independente toda a sua vida e não precisava da ajuda de ninguém. Mesmo sem a ajuda de Maria, ela teria descoberto mais cedo ou mais tarde.

"Tudo o que você precisa fazer agora é entrar no aplicativo da Academia Lunaris," Maria explicou. "A escola oferece Wi-Fi gratuito, embora a maioria de nós não use. Embora seja criptografado, alguns dos principais estudantes de Lunaris têm habilidades impressionantes de hacking, então tenha cuidado com as informações que armazena no dispositivo. Segredos são moeda valiosa aqui."

Em um lugar onde o dinheiro fluía como água, segredos se tornavam a verdadeira moeda. Violeta quase revirou os olhos, exasperada com a facilidade com que esses estudantes viviam, o quão alheios eles eram ao seu privilégio.

Ela se perguntou se Maria tinha alguma ideia de que seu distrito mataria por algo tão simples quanto Wi-Fi gratuito, hackeado ou não. Mesmo no mundo antigo, o governo nunca se importou com o bem-estar das pessoas, e neste novo mundo, era ainda pior. Seu distrito era um dos muitos deixados para sofrer nas sombras, negligenciados e esquecidos.

"Certo, aqui está o seu horário!" Maria disse animada enquanto entregava o telefone de volta para Violeta. Os olhos de Violeta quase saltaram das órbitas quando ela viu a programação repleta.

Segunda-feira

7:00 AM: Café da Manhã

8:00 AM - 9:30 AM: Antropologia e Cultura dos Lobisomens (Não Optativa)

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Foco em tradições, hierarquia social e costumes lobisomens.

9:45 AM - 11:15 AM: Biologia Humana Avançada (Curso de Ciências Obrigatório)

Mergulho profundo na anatomia humana, genética e comparação com a fisiologia dos lobisomens.

11:30 AM - 12:30 PM: Treinamento Físico (Esportes Obrigatórios)

Exercícios de força, agilidade e resistência.

12:30 PM - 1:30 PM: Intervalo para Almoço

1:30 PM - 3:00 PM: História do Novo Mundo (Não-Eletivo)

Exploração da integração pós-guerra entre humanos e lobisomens.

3:15 PM - 4:45 PM: Etiqueta & Dinâmica Social (Obrigatório)

Lições sobre boas maneiras, comportamento social e interação com alfas lobisomens.

5:00 PM - 6:00 PM: Mitologia de Criaturas Híbridas (Eletivo)

Exploração de criaturas mitológicas e híbridas.

7:00 PM – 10:00 PM: Janta, Descanso, Hora de Estudo / Tempo Livre...

"Que diabos..." Violeta murmurou para si mesma, encarando o intimidador currículo. Na sua antiga escola, as aulas sempre terminavam às duas em ponto.

"Eu sei, né?" Maria suspirou, compreensiva, "A Academia Lunaris acredita em manter os alunos ocupados, por isso o currículo é cheio. Mas faz sentido quando você pensa nos lobisomens entre nós. Eles precisam permanecer ativos, ou o caos se instaura quando têm energia demais e não têm onde colocá-la."

"Então eles deveriam ter uma escola própria e não nos arrastar para essa confusão," Violeta respondeu irritada.

Agora ela tinha que lidar com cursos impregnados de lobisomens que nunca tinham sido da sua conta antes. Claro, sua velha escola havia flertado com alguns desses assuntos, mas isso? Eram avançados comparados ao que ela estava acostumada.

"E que diabos é 'Etiqueta e Dinâmica Social' e por que é obrigatório?" Ela franziu a testa, a absurdidade disso tudo não fazendo o menor sentido.

Em vez de responder, Maria deu um sorrisinho, um brilho conspiratório em seus olhos. E isso foi o suficiente para acender os alarmes na cabeça de Violeta.

"Não se preocupe, você vai descobrir em breve. Vamos, vamos para a enfermaria. Agora que você tem o mapa, achar tudo o resto deve ser moleza." Maria a guiou suavemente para a frente antes que Violeta pudesse fazer mais perguntas.

"Ah, e a menos que você queira perder pontos, uniformes são obrigatórios todos os dias, exceto nos fins de semana," Maria acrescentou. "E garanta estar vestindo o uniforme completo. A Diretora Jameson adora usar isso como desculpa para tirar pontos."

Violeta franzia a testa, lembrando como Griffin e Roman não estavam completamente vestidos com seus uniformes. É claro que havia exceções para as regras.

"Não consigo dizer o que está passando na sua cabeça com essa cara toda enrugada, mas confie em mim, a Academia Lunaris tem suas vantagens. Você vai adorar aqui logo. Caras humanos gatos, lobisomens musculosos e, vamos lá, professores super atraentes."

Violeta a olhou, não julgando, mas definitivamente não impressionada.

Maria sorriu, não se abalando. "Falando nisso, tenho certeza de que você notou as sessões semanais obrigatórias de aconselhamento no seu horário. É a maneira da Lunaris de verificar a saúde mental dos alunos. E o Sr. Richmond... Bem, digamos que ele adora ouvir, se é que você me entende."

"Eu não quero saber o que você quer dizer," Violeta respondeu secamente.

Mas Maria ainda não havia terminado. Ela piscou, se inclinando. "Não há problema real com relacionamentos aluno-professor aqui, especialmente com os lobisomens. Eles têm muita energia, e alguns alunos... se oferecem quando o Sr. Richmond precisa desabafar—"

"To certo, isso é informação demais!" Violeta gemeu, horrorizada com as imagens se formando em sua cabeça.

Ela deu a Maria um olhar implorante. "Podemos chegar na enfermaria logo?"

Maria assentiu, embora um pouco relutante, claramente ansiosa para compartilhar mais. Violeta estava apenas aliviada por não estar prestes a receber mais detalhes não solicitados sobre os escândalos da escola.

Ela veio aqui para focar nos estudos, não para acabar no mesmo caminho que Nancy havia escolhido. Mas parecia que esse caminho era normal demais aqui.

Como Violeta havia adivinhado, este era o prédio principal, uma estrutura grandiosa de três andares que abrigava as salas de aula, sala comum, escritórios administrativos e áreas de reunião. A Academia Lunaris também se orgulhava de possuir uma piscina de última geração, quadras, pistas, academia, estufa e até um salão de baile. Embora o salão de baile fosse interno, as outras instalações ficavam atrás do prédio principal.

Violeta tinha assumido que a enfermaria também estaria por lá, mas ela não poderia estar mais enganada.

Chamar o prédio de dois andares, separado do principal, de "enfermaria" era um eufemismo. Era mais um hospital particular e sofisticado. Violeta ficou surpresa com os corredores impecavelmente limpos e bem iluminados. Os pisos eram revestidos de azulejos claros e lisos, e as paredes eram adornadas com painéis de madeira na metade inferior, cobertos no topo com uma faixa azul horizontal calmante que dava ao espaço uma sensação refrescante e tranquila.

Médicos em jalecos brancos se moviam rapidamente, pranchetas à mão, e algumas áreas do prédio pareciam ter acesso restrito. Violeta não pôde deixar de ficar impressionada. Será que a escola experimentava tantos ferimentos, ou isso era apenas outra maneira dos ricos exibirem seus recursos? Ela não tinha certeza.

"Vamos," Maria insistiu, puxando-a pelo braço quando Violeta não conseguia parar de olhar, boca aberta como um peixe fora d'água.

Elas entraram num ala menor onde já havia um pequeno tumulto. Um curandeiro—um dos raros lobisomens agora extintos com a habilidade de canalizar magia de cura—estava repreendendo um aluno, um garoto cujos braços estavam cobertos de queimaduras recentes. Violeta mal teve tempo de processar o fato de que a academia empregava um verdadeiro curandeiro, porque sua atenção rapidamente se voltou para ele.

"Você não pode continuar fazendo isso, Alaric," o curandeiro disse, claramente exasperado. "Se você se esforçar assim, a enfermaria vai se tornar sua segunda casa."

"Eu estou bem," ele resmungou, claramente irritado, enquanto a magia do curandeiro trabalhava em seus braços, aliviando as queimaduras.

Quase imediatamente, como se pudesse sentir que estava sendo observado, ele se virou e seus olhares se encontraram.

Santo criador do universo. Violeta esqueceu como respirar.

Droga. Isso estava lentamente virando um hábito.

Ele tinha cabelos loiros quase brancos que emolduravam um rosto tão marcante que era quase injusto. Mas foram seus olhos que verdadeiramente a captivaram, azuis tempestuosos, como uma tempestade se formando.

Ela não era a única afetada; ela ouviu Maria sussurrar seu nome com admiração, "Alfa Alaric," suas bochechas levemente coradas.

Claro, outro alfa. Violeta ainda não conseguia decidir se estava impressionada.

Embora ele não se encaixasse na imagem típica de um alfa, havia uma intensidade silenciosa nele que o diferenciava dos demais. Em vez da grosseria usual, havia uma inocência em seu comportamento que estranhamente a atraía.

Com aqueles olhos azuis safira marcantes, ele poderia facilmente ter sido o alfa mais bonito que ela conheceu hoje—se não fosse pelo súbito franzir de testa que escureceu seu rosto. Violeta não apenas sentia sua raiva; ela sabia. Mas por quê? Ela nunca nem tinha visto ele até agora.

Se isso já não fosse suficiente, seu olhar a examinou de cima a baixo, como se a avaliasse, enviando um arrepio inesperado por ela. Mas tão rápido quanto surgiu aquele lampejo de excitação, foi esmagado por sua fria indiferença. Sua expressão deixava claro: ela não valia o tempo dele. Qualquer ilusão de interesse da parte dele foi destruída por seu distante desdém.

"Você está liberado." o curandeiro terminou com ele.

Pronto, Alaric passou por Violeta, e naquele breve, fugaz contato, uma faísca percorreu por ela. Era como um relâmpago, agudo, inesperado e estranhamente emocionante. Violeta congelou, prendendo a respiração, mas Alaric nem sequer olhou em sua direção. Se ele sentiu o mesmo estranho choque, não demonstrou.

"Você. O que posso fazer por você?" a curandeira perguntou, as sobrancelhas franzidas enquanto ela estudava Violeta. "Você é um rosto novo, não é?"

Violeta assentiu.

"E já na enfermaria no seu primeiro dia?" A curandeira balançou a cabeça, reprovadora. "Que o senhor esteja com você."

"Eu sei," Violeta sussurrou, sua voz mal audível. "Eu sei."

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Confira a seção de comentários para ver como é o horário da Violeta.