Se havia alguém que Alaric e Griffin odiavam com cada fibra do seu ser, era o homem parado diante deles.
Patrick Vale.
O bastardo médico.
Patrick ainda tinha o mesmo ar engomado e polido, a mesma inquietante diversão desapegada em sua expressão, como se estivesse dissecando-os com os olhos, avaliando-os como nada mais do que cobaias de testes.
Sua aparência jovem poderia enganar qualquer outro, poderia fazer alguém acreditar que ele não havia envelhecido um dia sequer, mas Alaric e Griffin sabiam mais. O bastardo havia retalhado corpos suficientes para saber como preservar o próprio.
Ainda assim, mesmo que as cirurgias tivessem sido impecáveis, não era perfeito.
Os procedimentos não podiam apagar completamente as grotescas, desiguais cicatrizes que marcavam o lado de seu rosto direito – uma assinatura permanente da ira de Asher e um lembrete de sua falha anterior. Era o delicioso legado da noite em que Asher o havia compelido a esfaquear a si mesmo com um bisturi.