Kaelos despertou com um gemido baixo, sentindo o peso da batalha recente em cada parte do corpo. O mundo ao seu redor estava desfocado por um breve momento, mas a única memória clara era a voz de Elys, firme e cheia de determinação, dizendo que ele não iria morrer. Ele se levantou da cama com dificuldade, os músculos rígidos e um leve torpor dominando seus movimentos. Apesar de sentir que algo estava errado, ele caminhou com sua usual indiferença, até perceber: seus poderes estavam ligeiramente mais fracos, como se algo tivesse drenado sua força vital.
Seu olhar se fixou em Elys, a garota que o resgatara. Cabelos dourados caíam como uma cascata sobre seus ombros, mas seus olhos brilhavam com algo muito além da inocência. Kaelos sentiu a raiva subir como uma chama repentina. Pegou sua espada, avançou com a intenção de matá-la, mas antes que pudesse agir, foi subitamente esmagado contra o chão. A força que o dominava não era física; era algo intangível, psiquicamente avassalador, que parecia arrancar cada fragmento de energia restante do seu corpo.
O impacto o deixou atordoado, mas a pressão logo desapareceu. Ele ergueu os olhos para Elys, que o observava com a calma de quem sabe que está no controle. "Esse poder é...", murmurou Kaelos, ainda surpreso.
Elys completou com um tom sereno, mas implacável: "Sim, o mesmo poder que te derrubou. E o mesmo que pode te destruir. A você e a qualquer outro deus fraco."
Kaelos se levantou, cambaleante, mas rapidamente se reequilibrou, encarando-a com desdém. "Ah, você é bem espirituosa, não é?" respondeu, referindo-se aos deuses que ela mencionava.
Elys apenas deu de ombros, como se não fosse importante. Ela se aproximou com passos leves, mas o ar ao redor dela parecia pesar mais a cada momento. De repente, sem aviso, ela o prendeu novamente com uma força esmagadora, seus membros travados como se correntes invisíveis o tivessem envolvido.
"Você vai me ajudar a matar Iskren e os outros deuses," ela disse, séria, com uma firmeza que não deixava espaço para discordar. "Querendo ou não."
Kaelos soltou uma risada baixa e seca, cheia de desdém. "Você realmente acha que pode me forçar? Menina." Dissipando a pressão com esforço, ele avançou novamente, sua espada brilhando com a pouca energia que lhe restava.
Mas Elys não se moveu. Quando a lâmina estava prestes a atingi-la, ela simplesmente estendeu a mão e tocou Kaelos no peito. A sensação foi imediata: uma drenagem completa de força, como se sua essência estivesse sendo sugada por um vazio sem fim. Ele desabou no chão, desmaiado antes que pudesse reagir.
Quando Kaelos acordou, encontrou-se preso por correntes metálicas que irradiavam um brilho sombrio, como se fossem feitas de pura energia. Elys estava sentada à sua frente, os olhos fixos nele com uma intensidade quase inquietante.
"Você vai selar Nyvern para que Iskren não possa chamar reforços," ela explicou, fria e meticulosa. "Depois, você nos levará até o castelo dele. Eu irei lá dentro e acabarei com tudo."
Kaelos riu, um som rouco e sarcástico. "Isso é loucura. Enfrentar Iskren com um plano tão simples é pedir para morrer."
Elys não se abalou com o escárnio. "Eu sei o que estou fazendo," respondeu ela. "A única forma de derrotar divindades como ele é com o que eles temem: a luz. E eu sou essa luz."
Kaelos ficou em silêncio, a mente trabalhando rapidamente. Ele sabia que a batalha contra Iskren seria impossível nas condições atuais. Seus poderes estavam severamente limitados, e mesmo com o que restava, ele só poderia invocar sua escuridão uma vez por mês. Mas, ao olhar para Elys, havia algo nela — uma determinação quase suicida, misturada com um poder que ele mal entendia — que o fez hesitar.
Sem opções claras, ele cedeu. "Boa sorte com o seu plano, mas fique atenta. Se vacilar, eu te mato," ele disse, a voz baixa e cansada. "Mas saiba de uma coisa: minhas correntes e minha escuridão não são ilimitadas. Se você as usar errado, todos estaremos mortos. Não sou como os outros."
Elys apenas sorriu, mas não era um sorriso de conforto ou gratidão. Era frio, calculado, quase desumano. "Correntes do Caos e a escuridão de um deus banido," ela disse, com uma confiança gélida. "Isso será mais do que suficiente."
Kaelos não respondeu. Em seu íntimo, ele sabia que aquele plano era loucura, e que qualquer erro os levaria à morte certa. Mas algo naquela garota, algo na força que ela exalava, o fazia questionar se, talvez, havia uma chance de que ela estivesse certa.
O silêncio entre os dois era sufocante. Ambos sentiam o peso da presença um do outro, como polos opostos forçados a coexistir. Kaelos, a personificação da escuridão, e Elys, a luz em sua forma mais pura. A ironia era evidente: forças destinadas a se repelir agora precisavam uma da outra. E essa necessidade o incomodava profundamente.
Enquanto caminhavam por um vale coberto pelas cinzas do que um dia fora um campo fértil, Kaelos refletia. Por que ela simplesmente não fazia isso sozinha? A luz, em sua glória, já havia banido os antigos deuses das trevas antes. Qual era o obstáculo agora? Ele observava a garota de relance, tentando decifrar o que estava escondido sob aquela aparência quase angelical. E então, como uma lâmina perfurando o véu da dúvida, a resposta veio: ela não sabia usar seu poder.
Era óbvio. A luz era forte, sim, mas era inútil sem alguém que soubesse como manipulá-la certo. A garota possuía a força para varrer o mundo de tudo que Kaelos conhecia, mas não tinha experiência. Ela era como um martelo segurado por mãos inseguras, incapaz de acertar o prego sem hesitação. Essa constatação trouxe um misto de desprezo e alívio para Kaelos.
Porém, a verdade ia além disso. Quanto mais próximo Kaelos ficava de Elys, mais fraco ele se tornava. A luz dela o corroía, apagava lentamente os resquícios da força que ele absorvera ao longo de sua existência. Mas, ao mesmo tempo, a escuridão ao redor o fortalecia, como se o universo quisesse manter o equilíbrio. Ele era um paradoxo ambulante, uma força autodestrutiva em constante conflito.
Elys era diferente. Ela não precisava absorver a luz, porque ela era a luz apesar da sua conexão intensa. Escolhida por essa força primordial, ela crescia em poder a cada passo que dava, a cada desafio que enfrentava. Kaelos sabia o que isso significava. Não demoraria muito para que ela tomasse o lugar dos deuses que ele jurou destruir. Ela não seria apenas uma arma para derrubá-los; ela se tornaria a sucessora deles, era uma criança manipulável.
E isso, para Kaelos, era inaceitável.
Ele andava ao lado dela, silencioso, mas sua mente fervia com pensamentos sombrios. Ela era um resquício do sistema podre que ele odiava, um fragmento do poder que aprisionou o mundo em desespero e ruína. E, como todo resquício, ela carregava em si o germe da repetição. Kaelos acreditava que o ciclo era inevitável: ela começaria como salvadora, mas terminaria como aquilo que jurou destruir.
Essa convicção o corroía. Ele não via em Elys uma aliada, mas uma ameaça. Se ela sobrevivesse, ela seria o novo rosto da tirania divina. E Kaelos, preso em sua arrogância e autoproclamado salvador, acreditava que apenas ele tinha o direito de refazer o mundo. Ele, e somente ele, era capaz de moldar algo novo a partir das cinzas.
Mas, no fundo, a verdade era outra. Kaelos estava tão preso ao sistema que odiava quanto os próprios deuses. Sua visão de destruição e renascimento não era diferente daquilo que ele combatia. Elys era a luz, sim, mas ela também era a prova viva de que Kaelos não era único. Ele não era o centro do mundo, nem o único capaz de moldá-lo.
Mas reconhecer isso seria admitir sua própria fraqueza. E Kaelos, em sua obsessão e narcisismo, jamais faria isso. Assim, ele seguia ao lado dela, planejando, odiando, temendo. Elys, por outro lado, parecia alheia a tudo isso, ou talvez apenas fingisse não perceber. Afinal, quem melhor do que a luz para enxergar as sombras que Kaelos tentava esconder?
POV ELYS
Elys caminhava ao lado de Kaelos, mas sua mente estava distante, mergulhada em um turbilhão de pensamentos. Ela sentia o peso do homem ao seu lado como se ele fosse um abismo ambulante, sugando qualquer raio de esperança ao redor. Cada passo que ele dava parecia exalar uma sombra invisível, e ela sabia que, se baixasse a guarda por um segundo, seria engolida por ela.
Kaelos era uma figura imponente, mesmo enfraquecido. Não era sua força física que a incomodava, mas o que ele representava: o caos puro, sem direção, uma força que ansiava por destruição sem propósito claro. Para alguém como Elys, que acreditava no equilíbrio e na reconstrução, ele era tudo o que precisava ser controlado — e, talvez, destruído.
"Por que ele ainda está vivo?"
Essa pergunta ecoava em sua mente. Kaelos era perigoso, disso não havia dúvida. Ele poderia ser útil na luta contra Iskren, mas Elys sabia que essa utilidade vinha com um custo. Quanto mais tempo passasse ao lado dele, mais a luz que a preenchia seria desafiada. A luz e a escuridão coexistem, mas nunca sem conflito, então decidiu matar Kaelos após a batalha ou durante.
Ela olhou para ele de relance, observando sua postura arrogante, a maneira como ele andava, como se carregasse o mundo — e talvez carregasse. Mas o que Kaelos não via era que ele também era prisioneiro de tudo aquilo que odiava. Ele se achava diferente dos deuses, mas Elys via nele os mesmos traços: o ego inflado, a incapacidade de confiar, a crença de que só ele poderia mudar o mundo.
"No fundo, ele é igual a eles. Só veste uma máscara diferente."
Mas havia algo mais profundo. Algo que ela não queria admitir nem para si mesma. Kaelos a assustava. Não pelo que ele podia fazer a ela fisicamente — ela já tinha provado ser capaz de contê-lo. Era o que ele fazia com sua mente. Estar ao lado de Kaelos era como estar diante de um espelho distorcido, onde suas certezas eram questionadas e seus ideais testados.
"E se eu estiver errada?"
Essa dúvida a corroía. A luz que carregava, o poder que a escolheu, era inquestionável, não? Ela havia sido chamada para isso, escolhida para trazer um fim ao ciclo dos deuses. Mas e se, no processo, ela se tornasse exatamente o que Kaelos acreditava que ela seria, apesar de Kaelos não ter demonstrado isso, todos já conheciam seus pensamentos após a queda, então e se Kaelos estivesse certo? Uma nova tirana, um novo símbolo de opressão, vestida de luz em vez de sombras?
Ela balançou a cabeça, tentando afastar o pensamento. Não era hora para isso. Havia coisas maiores em jogo. Iskren era uma ameaça real, um monstro que precisava ser destruído. Kaelos era um meio para um fim, e ela precisava dele, mesmo que isso significasse conviver com o desconforto e a dúvida.
"Kaelos não entende a luz. Ele a teme porque nunca a experimentou."
Era nisso que ela precisava acreditar. Que, apesar de tudo, Kaelos ainda era um instrumento da mudança, mesmo sem perceber. Ela não precisava dele para acreditar na luz. Ele precisava dela.
O céu de Nyvern foi tomado por sombras quando Kaelos e Elys sobrevoaram a cidade na gigantesca águia de escuridão. Suas asas, vastas como a noite, abafaram o sol gélido que já parecia incapaz de oferecer calor. Lá embaixo, os habitantes deformados e presos entre carne e metal olharam para cima, seus rostos sem emoção refletindo a miséria da cidade. No alto de seu castelo de ferro e ossos, Iskren observava, impassível, como se a chegada de Kaelos fosse um evento inevitável, mais um ato no teatro eterno do caos. Seus olhos sem pupilas brilharam por um momento, mas seu rosto líquido permaneceu calmo.
Kaelos ergueu o braço, e as Correntes do Caos se espalharam como serpentes metálicas pelo horizonte, selando Nyvern em uma jaula invisível. A conexão com os outros deuses foi cortada, deixando Iskren isolado. Elys, escondida dentro da sombra da águia, preparava-se.
Sem hesitar, Kaelos saltou, sua figura sombria caindo como um meteoro sobre o castelo. CRASH! O impacto foi devastador, desintegrando o topo da estrutura e criando uma cratera grotesca. Ele aterrissou sobre Iskren, esmagando sua forma nebulosa. Por um breve momento, parecia que Kaelos tinha a vantagem. Mas então, como um rio que se dissolve no ar, Iskren se transformou em uma névoa viscosa e escapou, fluindo para longe como uma cobra na relva.
Quando reapareceu, moldando-se de volta à sua forma amorfa, Iskren tentou falar, mas Kaelos não deu chance. Com agilidade quase animalesca, ele saltou entre os destroços como um gafanhoto nas ruínas, usando pilares e paredes como apoio. Sua espada descia em golpes precisos, mas cada ataque atravessava a forma etérea de Iskren como se tentasse cortar o vento.
Iskren observava Kaelos com uma expressão quase melancólica. "É isso o que você se tornou?", murmurou, sua voz ressoando como um trovão abafado. E então, com um único tapa, jogou Kaelos no chão com tanta força que o impacto fez o castelo tremer.
Mesmo caído, Kaelos reagiu instintivamente. Uma faca surgiu em sua mão, e ele a arremessou com força. THUNK! A lâmina perfurou o olho esquerdo de Iskren. Um grito gutural ecoou pela cidade, uma mistura de raiva e dor, como se todo o vazio dentro de Iskren tivesse sido exposto. Ele recuou, levando a mão à faca cravada, e arrancou-a com brutalidade. Mas o ferimento não se curou.
Iskren, surpreso, olhou para Kaelos. "Era por isso que você absorvia tanta escuridão? Por um olho?", disse, com uma pitada de escárnio.
Kaelos apenas riu, uma gargalhada rouca que parecia vir das profundezas de sua própria miséria. Ele se levantou lentamente, como uma máquina quebrada, e sacou duas facas envoltas em pura escuridão. O confronto recomeçou com ferocidade.
CLANG! SWISH! THUD! Os golpes ressoavam como tambores de guerra. A luta era brutal, caótica, uma dança macabra de destruição. Iskren, apesar de ferido, ainda era superior, e cada golpe seu era como uma avalanche esmagando Kaelos. A cidade começou a ruir ao redor deles, as construções grotescas de carne e metal sendo reduzidas a destroços.
Iskren, percebendo a vantagem, começou a concentrar escuridão em seu dedo, moldando-a em uma esfera pulsante, densa e letal. Ele apontou para Kaelos, pronto para encerrar a batalha com um único golpe. Mas então, algo chamou sua atenção.
A águia sombria ainda estava no ar, voando em direção ao castelo. Iskren girou rapidamente e disparou a esfera contra o pássaro. BOOM! A explosão ressoou como um trovão, e destroços caíram por toda parte. Por um momento, tudo ficou em silêncio.
Quando a poeira baixou, Kaelos estava em pé, cambaleante, protegido parcialmente pelos escombros. Ele havia sobrevivido, mas mal. Então, ele viu Elys. Ela estava no meio dos destroços, ilesa, como se a destruição ao redor não pudesse tocá-la.
A luz que emanava dela era sufocante, desafiando toda a escuridão ao redor. Iskren, que começava a se curar, parou por um momento, sua forma tremendo levemente. Era claro: a luz não apenas anulava os ataques de escuridão, mas também enfraquecia tudo que dela dependia.
Kaelos a observou, respirando com dificuldade. Sua própria força parecia diminuir na presença dela, mas ele sabia que Iskren estava em uma situação pior. A luta estava longe de acabar, mas por um breve momento, Kaelos percebeu que a luz de Elys não era sua aliada.
Elys avançou contra Iskren com uma fúria desenfreada, sua luz rasgando as sombras como o sol despedaça a noite. Seu corpo parecia pequeno e frágil diante da figura massiva e amorfa de Iskren, mas cada golpe que ela desferia era como um relâmpago, iluminando e queimando a escuridão ao seu redor.
Iskren rugiu, sua voz reverberando como uma avalanche. Sua forma fluida e grotesca tentava engolfá-la, mas Elys esquivava-se, sua agilidade rivalizando com a de Kaelos. Quando ela tocava Iskren com as mãos, sua luz queimava sua carne de escuridão, fazendo um cheiro pútrido encher o ar.
Mas Iskren era um deus. Ele não era uma criatura comum para ser facilmente abatida. De sua forma líquida emergiram tentáculos negros, cada um com lâminas de ossos e fragmentos de metal em suas pontas. Um deles envolveu o braço esquerdo de Elys, apertando com força absurda. CRACK! O som dos ossos estilhaçando ecoou, seguido por um grito agudo. Com um puxão brutal, Iskren arrancou o braço de Elys, sangue jorrando como um rio escarlate.
Elys cambaleou, mas não parou. A dor era insuportável, mas ela a ignorou, movida por uma determinação sobrenatural. Sua luz se intensificou, envolvendo seu corpo restante em um brilho quase divino. Com a mão que ainda restava, ela conjurou uma lança de luz pura e atirou-a no peito de Iskren.
THUNK! A lança perfurou o coração de escuridão de Iskren, fazendo-o urrar de agonia. Ele caiu de joelhos, sua forma oscilando entre solidez e vapor. Elys se aproximou, a luz pulsando ao seu redor, pronta para desferir o golpe final.
Mas então, no momento em que a vitória parecia certa, Kaelos apareceu por trás dela. Com um movimento rápido e impiedoso, ele cravou sua espada na barriga de Elys. SHLIK! O som do metal rasgando carne foi seguido por um silêncio congelante.
Elys virou-se lentamente, os olhos arregalados em choque. "Então, vai me matar mesmo...?" sussurrou, sua voz tremendo. Mas antes que pudesse dizer mais, a espada começou a absorver sua essência, seu espírito.
A lâmina brilhou em um tom estranho, uma mistura de luz e escuridão, enquanto o nome "Elys" se formava gravado em seu metal. Da ponta da espada, uma esfera pequena e densa de pura escuridão nasceu, pulsando com um poder avassalador.
Kaelos a lançou contra Iskren. BOOOOM! O impacto foi devastador, explodindo parte do castelo e jogando Iskren longe. Mas mesmo ferido, o deus não estava acabado. Com um rugido de pura raiva, ele usou o restante de seu poder para erguer toda a cidade.
CRASH! CLANG! Edifícios quebrados, destroços, e os corpos distorcidos dos habitantes começaram a flutuar no ar como bonecos presas a fios invisíveis. As Correntes do Caos, antes inquebráveis, foram reduzidas a nada.
Elys estava morta, mas sua história não terminou ali. Seus olhos abriram-se novamente, brilhando com um amarelo intenso. A luz que ela carregava usava seu corpo como uma casca, uma marionete, e seu rosto antes determinado agora era frio e sem vida.
De um lado, estava Kaelos, sua espada agora pulsando com o poder da luz que absorvera de Elys. Do outro, a Elys controlada pela luz, movendo-se como uma boneca quebrada. No centro, Iskren, com sua forma vacilante, mas ainda terrivelmente poderosa.