O vento sussurrava pelos picos nevados da Seita Tianhuan, espalhando notícias tristes como cinzas ao vento. Jing Wu Feng, o Mestre do Pico da Névoa Silenciosa, estava morto. Ninguém esperava que a lenda terminasse assim, tão abruptamente, tão sem aviso. Durante décadas, ele havia governado o pico com a força de um rio calmo — profundo, implacável, mas sempre discreto. Sua morte foi como o cair de um grande carvalho na floresta: um estrondo que deixou um vazio ensurdecedor.
As Sete Seitas ao redor do território Tianlong sussurravam boatos e especulações. Alguns diziam que ele fora envenenado, outros murmuravam que o frio implacável do pico havia, finalmente, derrotado seu corpo envelhecido. Mas na Seita Tianhuan, ninguém disse uma palavra. Por uma semana inteira, um silêncio desconfortável pairou sobre os Quatro Picos. Nem mesmo os irmãos marciais de Jing Wu Feng tiveram coragem o suficiente para subir até o topo do Pico da Névoa Silenciosa para prestar seus respeitos.
Aquele homem que outrora fora considerado o segundo maior do mundo, uma sombra próxima do imbatível Xu Jinhai que desapareceu há dez anos, agora repousava sob a terra congelada, aos pés de uma solitária árvore de pessegueiro no penhasco mais alto do pico, conforme seu último desejo.
As pétalas rosadas ainda caíam suavemente daquela árvore, mesmo em meio à neve. Diziam que a árvore de pessegueiro era antiga, plantada por Jing Wu Feng quando ele assumiu o pico, como um lembrete de que mesmo nas condições mais inóspitas, a beleza poderia florescer. Agora, parecia que a árvore chorava por ele, e suas pétalas rodopiavam ao vento como uma última homenagem.
Enquanto a Seita permanecia neutra em relação a sua morte, um único aposento no Pico da Névoa Silenciosa continuava a irradiar vida. Lin Ziyu, o discípulo mais enigmático de Jing Wu Feng, havia se trancado em reclusão. Ninguém o via desde o dia do funeral. Alguns diziam que ele meditava, outros que estava envolto em algum ritual em honra ao mestre. Mas a verdade era mais simples, e também mais pesada: Lin Ziyu estava sentado em silêncio, diante de uma vela que se consumia lentamente, com seus olhos fixos na chama vacilante.
Jing Wu Feng havia sido mais do que um mestre para ele. Quando Lin Ziyu chegou ao Pico da Névoa Silenciosa, com dezessete anos, carregando um passado manchado pela vergonha e um corpo marcado por cicatrizes de tortura, ele era apenas um garoto tentando escapar de um destino pior que a morte. Jing Wu Feng o acolheu, não com palavras de conforto, mas com um silêncio que Lin Ziyu logo aprendeu a valorizar. Foi o silêncio que lhe deu espaço para respirar, para existir.
Agora, aquele silêncio parecia maior, mais pesado, mais cruel.
Lin Ziyu era uma figura isolada na Seita Tianhuan. Seu nome era respeitado, temido, mas nunca compreendido. Ele era o discípulo mais poderoso que o Pico da Névoa Silenciosa já havia produzido, mas nunca demonstrava todo o seu poder. Por anos, ele se manteve nas sombras, obedecendo ao único pedido de Jing Wu Feng: "A força só deve ser usada quando não há outra escolha."
Era um homem de poucas palavras, cuja presença bastava para calar uma sala. Seu rosto era muito belo e sereno como o gelo, mas havia algo em seus olhos — uma profundidade que fazia qualquer um hesitar em olhá-lo diretamente. Alguns acreditavam que ele havia herdado a sabedoria e o poder de seu mestre. Outros, que sua força vinha de um segredo ainda mais antigo, talvez do tempo em que esteve perdido no Rio Negro antes de ser trazido a seita, aquele lugar esquecido pelo tempo e pela história, onde apenas os mais desesperados ousavam pisar.
E agora, esse homem, essa lenda em formação, estava sozinho em um mundo que parecia menor sem a presença de Jing Wu Feng.
Os dias passavam lentamente no Pico da Névoa Silenciosa. Yi Meixue, a única discípula que Lin Ziyu ousou aceitar, aguardava ansiosa por uma decisão que não ousava exigir. Ela havia sido escolhida como a sucessora natural de Jing Wu Feng a pedido de seu Shizun, e precisava da orientação de Lin Ziyu para reivindicar seu lugar como líder do Pico. Mas Lin Ziyu permanecia em silêncio, como se estivesse esperando por algo — ou por sua própria força de vontade para agir novamente.
E em meio a tudo isso, os rumores continuavam a crescer fora da Seita. Diziam que a morte de Jing Wu Feng era apenas o começo. Que forças ocultas da Seita Demoníaca estavam se movendo, prontos para desafiar a paz que Tianhuan mantinha há décadas. E no centro de tudo, Lin Ziyu, o homem que carregava segredos suficientes para derrubar impérios, permanecia imóvel como uma montanha.
Mas montanhas, como se sabe, não permanecem imóveis para sempre.
No oitavo dia após a morte de Jing Wu Feng, Lin Ziyu finalmente deixou seus aposentos. Envolto em um manto branco que contrastava com a escuridão de seus olhos, ele desceu para o salão principal do pico. Yi Meixue estava lá, esperando, com uma determinação quase desesperada brilhando em seu rosto. Ela se levantou imediatamente, fazendo um arco de reverência, mas antes que pudesse falar, Lin Ziyu ergueu a mão, pedindo silêncio.
— O Pico da Névoa Silenciosa não será tomado pelo caos. Além disso, meu mestre me deixou uma carta, e disse que preparou um novo discípulo para mim em um vilarejo chamado Qingshui... O velho sempre foi imprevisível... — Ele disse, com sua voz calma, mas tão afiada quanto uma lâmina. — Prepare-se, A-Xue. Após localizar este discípulo misterioso, eu mesmo a guiarei até o topo do pico. Porém, as provações deverão ser enfrentadas apenas por você, ou não será digna de assumir a posição de liderança.
A jornada para o topo do pico, onde Yi Meixue reivindicaria seu título, não seria fácil. Mesmo em vida, Jing Wu Feng insistia que o caminho até o topo deveria ser trilhado com esforço, como um teste final de dignidade. Mas ninguém sabia que, para Lin Ziyu, essa jornada seria mais do que uma prova de lealdade à sua discípula. Era também uma jornada para confrontar os fantasmas de seu passado — e o mistério que ele sabia que estava se aproximando, como uma sombra sobre os picos.
Lin Ziyu era como o vento que soprava sobre as montanhas: etéreo e implacável. Cada traço de seu rosto parecia ter sido esculpido pelo tempo e pelo silêncio do mundo, afiado como uma lâmina e sereno como águas imutáveis. Sua pele era alva como a neve que repousa nos picos mais altos, contrastando com os cabelos longos, da cor de uma noite sem estrelas, que fluíam como rios de tinta sob o comando do vento.
A veste branca que adornava seu corpo era como uma extensão de sua própria essência — um tecido tão leve que parecia ter sido costurado com fios feitos da própria neblina. Seu olhar, contudo, era o seu traço mais marcante: olhos profundos e ligeiramente sombrios, como duas janelas abertas para um horizonte onde mistério e melancolia caminhavam lado a lado.
Havia algo nele que parecia deslocado deste mundo. Se Lin Ziyu fosse um personagem das antigas lendas, seria aquele herói que surge quando a poeira da batalha assenta, o último a falar, mas cujas palavras eram como decretos do destino. As fitas de seda em seus cabelos dançavam com o vento, desenhando movimentos que pareciam criar versos de uma poesia. Seu porte era ereto, disciplinado, mas ao mesmo tempo distante, como se a própria terra não fosse capaz de segurá-lo por muito tempo.
Ele era o jovem que decidiu caminhar pelos caminhos da imortalidade sem ascender aos céus, um cultivador que carregava em si o silêncio das eras — tão frágil quanto uma pétala e tão indestrutível quanto as montanhas de pedra. Lin Ziyu era, afinal, uma promessa de Jing Wu Feng feita ao mundo desde a criação da seita há milênios: uma lenda em Tianlong que ainda aguardava seu desfecho.
Quanto à jovem discípula de Lin Ziyu, ela era o retrato de um equilíbrio delicado entre a força e a graça, como uma flor que cresce solitária entre as rochas, desafiando o tempo e a tempestade. Sempre vestida em dourado — apesar das vestes do Pico da Névoa Silenciosa serem brancos —, ela parecia carregar o próprio sol sobre os ombros, mas sua presença era tão serena quanto a brisa que antecede a chegada de uma tempestade.
Yi Meixue sempre carregava uma lança em mãos, que fora entregue por seu pai em seus últimos momentos de vida, e era onde repousavam duas histórias: a de um legado esquecido e a de um futuro ainda por desabrochar. Yi Meixue segurava-a como se fosse parte de si, seus dedos sempre envolviam o cabo com um respeito que beirava a reverência. A arma não era apenas aço e madeira aos seus olhos — era um laço invisível entre ela e sua falecida mãe, entre a filha que chorava a ausência de um pai e a guerreira que buscava seu lugar no mundo. Ali, no equilíbrio do Pico da Névoa Silenciosa, sua dor se tornava propósito, sua tristeza, determinação.
Lin Ziyu, seu Shizun, se tornou um guia, mas jamais uma muleta. Ele a ensinara os fundamentos, pequenos sopros de sabedoria, suficientes apenas para que Yi Meixue entendesse que o verdadeiro mestre da lança seria um dos caminhos que ela poderia seguir, e o caminho, o reflexo dela mesma. Apesar de não ter tantos conhecimentos sobre a lança, já que ele era mais guiado pela espada, ainda fora capaz de fazer com que sua discípula crescesse. Yi Meixue é tanto uma mestra da lança, quanto da espada.
"Cada golpe deve conter sua alma, ou não passará de um gesto vazio", Lin Ziyu uma vez dissera a ela, e desde então, Yi Meixue aprendera a ouvir o som do vento ao girar a lança, a sentir o peso do metal como uma extensão do próprio corpo. Era um aprendizado solitário, mas, como ela bem sabia, as grandes verdades só se revelam àqueles que ousam enfrentar o vazio.
Havia uma beleza na forma como ela sempre se movia ao empunhar a Lança da Fênix, um ritmo hipnótico, quase uma dança. Seu olhar, firme e inabalável, era o de alguém que já enfrentara suas penitências. E no horizonte onde o mar encontrava o céu, havia um presságio: a lança em suas mãos ainda desenharia o destino de muitos.
Yi Meixue permaneceu de pé, com seu olhar fixo na figura alta de Lin Ziyu. A neve caía ao redor deles em silêncio absoluto, e o único som era o vento serpenteando entre os picos, balançando as fitas brancas no cabelo de seu Shizun. Ele estava imóvel, e o seu olhar sempre fixo no céu como se buscasse respostas que ninguém mais ousava procurar. Seus longos cabelos negros, ondulavam com a brisa do vento como sombras quebrando a luz do dia.
Ela sabia que deveria falar algo, mas cada palavra parecia inadequada. Lin Ziyu era um homem de poucas palavras e, mesmo agora, depois de dias de silêncio, sua presença era tão avassaladora que Yi Meixue sentia sua garganta apertar. O que poderia dizer a um homem que já havia perdido tudo antes mesmo de se juntar à Seita?
Lin Ziyu era um enigma. Nenhuma raiz o prendia a Tianlong. Era sabido que ele tinha um irmão mais novo vivendo em algum lugar do mundo, no entanto, seu paradeiro atual ainda é desconhecido. A vida privada de Ziyu era um vazio profundo que ninguém conseguia preencher. Talvez fosse essa ausência que o tornava tão solitário, uma figura impenetrável até mesmo para aqueles que treinavam ao seu lado.
— A-Xue.
A voz dele era baixa, mas cortante, como o som de uma espada saindo de sua bainha. Yi Meixue estremeceu levemente e encontrou os olhos de seu Shizun. Havia uma tranquilidade assustadora ali, mas também algo que ela não conseguia definir, como uma chama que queima de forma tão silenciosa que é difícil dizer se está realmente lá.
— Vou ao túmulo do meu mestre — ele disse, sem mudar sua expressão ou tom. — Há coisas que preciso resolver sozinho.
Ela abriu a boca para falar, mas ele já havia se virado. A neve rangia sob seus pés enquanto ele caminhava pelo caminho que levava ao topo do penhasco onde Jing Wu Feng havia sido enterrado, sua silhueta desaparecendo gradualmente na neblina branca.
Lin Ziyu não olhou para trás. Ele nunca olhava para trás.
Yi Meixue permaneceu onde estava, os punhos cerrados ao lado do corpo. Ela queria dizer tantas coisas, mas as palavras ficavam presas na garganta. Ele era seu Shizun, seu guia, o pilar que sustentava o pico. Mas agora, ela sentia que ele era tão humano quanto qualquer outro, perdido em uma tempestade de neve que ninguém mais conseguia ver.
Por um momento, Yi Meixue considerou segui-lo, mas sabia que não era o momento. Havia uma barreira invisível ao redor de Lin Ziyu que mesmo ela, como sua única discípula mais próxima, não podia cruzar.
Ela permaneceu ali, quieta e pensativa, olhando para o mesmo céu que ele encarara antes. Talvez, assim como seu Shizun, ela também estivesse buscando respostas.
— Shizun... Eu sei que dói, o meu coração também sente o mesmo... — Ela finalmente disse em um sussurro. — Mas eu estou aqui, e nunca vou deixá-lo sozinho.
Yi Meixue estava absorta em pensamentos quando ouviu passos suaves sobre a neve. Ao se virar, avistou Qin Yao, sua amiga e irmã juramentada, aproximando-se com a postura graciosa de sempre. Os longos cabelos de Qin Yao estavam presos por um ornamento simples, mas elegante, e ela trazia consigo a dignidade serena típica de uma discípula do Pico da Névoa Silenciosa.
Qin Yao parou a uma curta distância, fez uma leve reverência e uniu as mãos em um gesto de saudação. — Saudações, irmã Meixue — disse ela com um sorriso tranquilo, sua voz baixa como o murmúrio de uma brisa.
Yi Meixue retribuiu a saudação com igual cortesia. — Yao'er, que surpresa vê-la por aqui. Não esperava que seu mestre a deixasse sair da reclusão tão cedo para vir até aqui.
Qin Yao sorriu com suavidade e deu alguns passos à frente, seus olhos brilhando com a familiar curiosidade que Yi Meixue conhecia tão bem. — Eu soube da partida de Jing-shifu — disse ela, sua voz tingida de respeito. — Achei que você talvez precisasse de companhia. Além disso, é raro ter uma desculpa para visitar este lugar magnífico.
Yi Meixue assentiu, mas seu olhar se voltou novamente para o caminho onde Lin Ziyu havia desaparecido. Qin Yao seguiu o olhar de sua amiga e fez uma pausa antes de falar novamente.
— O shishu Lin Baihan parecia ainda mais introspectivo do que de costume — comentou Qin Yao, referindo-se a Lin Ziyu por seu nome de cortesia, Lin Baihan, o que significava "Floresta da Neve Fria". E shishu "tio-mestre." — Não é de surpreender, considerando o que aconteceu. O mestre Jing Wu Feng foi uma figura incomparável, e carregar o legado dele não é um fardo pequeno.
Yi Meixue suspirou, abraçando-se contra o frio. — Lin Ziyu sempre foi assim, distante e silencioso. Mesmo antes disso, ele não deixava ninguém se aproximar de verdade. Mas... hoje, há algo diferente nele. É como se estivesse carregando o peso do mundo sozinho.
Qin Yao inclinou levemente a cabeça, com seu sorriso desaparecendo. — Ele é uma pessoa que guarda seus segredos a sete chaves, shijie. Há histórias sobre ele que circulam mesmo entre as seitas mais distantes.
Yi Meixue olhou para sua amiga, surpresa. — O que você quer dizer com isso?
Qin Yao hesitou por um momento, depois sussurrou:
— Ouvi de meu mestre que Lin Baihan era uma figura respeitável na corte imperial antes de se juntar à Seita Tianhuan. Foi enviado por sua família para noivar com a princesa Zhou Fuyao. Mas algo aconteceu e ele negou o casamento de última hora... algo que o levou a fugir e se esconder nas regiões do Rio Negro. Não sei mais do que isso, mas, seja o que for, deixou marcas que ele ainda carrega.
Yi Meixue sentiu um frio diferente do que a neve podia trazer. Era verdade que pouco se sabia sobre o passado de seu Shizun, mas ouvir tais rumores fazia com que ele parecesse ainda mais distante.
— Seja qual for o seu passado, ele é o pilar deste pico — disse Yi Meixue, com sua voz firme. — E eu não acredito que Lin Baihan carregue as sombras que alguns atribuem a ele. Ele é mais do que isso.
Qin Yao assentiu, mas o olhar perspicaz de sua amiga deixou claro que ela sabia mais do que estava disposta a dizer naquele momento.
Yi Meixue pousou os olhos sobre Qin Yao, um brilho gélido irradiando de suas orbes. A pergunta que lhe pairava nos lábios era tão cortante quanto a espada que cintia nos quadris de sua amiga.
— E o que te traz aqui, além de mais uma sessão de fofoca sobre meu Shizun? — A voz da jovem cultivadora era fria como o inverno, e suas palavras, como flechas afiadas, atingiram o alvo com precisão.
Se havia algo que Yi Meixue detestava com todas as forças, era a falta de respeito para com Lin Ziyu. Sabia muito bem que, apesar da disciplina e retidão que o caracterizavam, o Shizun carregava consigo a herança de Jing Wu Feng. O espírito travesso e a paixão por tesouros eram marcas indeléveis deixadas pelo lendário cultivador. No entanto, isso não diminuía em nada a admiração e o respeito que muitos nutriam por Lin Ziyu.
Qin Yao, aparentemente sem se abalar pela frieza da companheira, respondeu com um sorriso suave.
— Meu mestre Wang Lin me enviou para solicitar seu apoio, ou o de algum outro discípulo do pico, em uma missão para a captura de um demônio. Um discípulo da Seita Demoníaca do Lotus Branco tem causado distúrbios nas regiões vizinhas e devemos detê-lo enquanto ainda podemos.
Yi Meixue cerrou os punhos, as unhas cravando na palma da mão. A lembrança da queda de sua família, obra dos malditos da Seita do Lotus Branco, a consumia por dentro. Um ódio visceral, uma ferida aberta que pulsava a cada respiração. A raiva a impulsionava, mas a consumia também. Lin Ziyu, seu Shizun, quando tomava conhecimento da tormenta interior de sua discípula, começou a mudar seus métodos de ensino, buscando cultivar em sua mente a serenidade necessária para um cultivador. A sabedoria daquele jovem mestre, muitas vezes, eclipsava a do próprio Grande Mestre, o líder da Seita Tianhuan.
Ela logo se lembrou das palavras de Lin Ziyu: "Lembre-se, A-Xue," uma vez ele disse, "o ódio pode ser um poderoso motivador, mas também um veneno que consome a alma. Vingue sua família, mas não permita que ele obscureça seu caminho."
— Acho que chegou a hora de seguir o meu caminho, shizun — Yi Meixue sussurrou para si mesma. — Certo, Yao'er. Eu vou acompanhar você — ela disse, com um olhar determinado.
Continua...